Diretor: Jon Watts
Atores principais: Tom Holland, Michael Keaton, Robert Downey Jr., Marisa Tomei, Jon Favreau, Jacob Batalon, Laura Harrier
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=x5Q0AzHr3FM
Nota: 8,0
Nota: 8,0
O filme mais heróico do UCM
Ao invés de comparar este primeiro filme solo da 3ª encarnação do Homem Aranha nos cinemas com os filmes anteriores do Cabeça de Teia, irei compará-lo com todos os filmes do UCM (Universo Cinematográfico Marvel). E nesta comparação, Homem-Aranha: De Volta ao Lar é o filme que melhor transmite o sentimento de heroísmo dentre todos os filmes UCM até agora.
Neste 2º do Aranha temos o Peter Parker (Tom Holland) mais novo de todos, com 15 anos. Ou seja, ao invés de vê-lo "saindo" do colegial, ele ainda está em seu começo (curiosidade: Holland tinha 19 anos na época das filmagens). Na história, o garoto começa sua vida de super-herói enfrentando bandidos "comuns". Quando aparece a gangue do Abutre (Michael Keaton), que começa a vender armas alienígenas de grande poder de devastação em sua Nova York, o Homem Aranha tenta impedir o pior, enfrentando o maior desafio de sua vida.
O dilema principal deste filme é que Peter descobre que ao se tornar o Homem Aranha ele põe em risco de vida a Tia May (Marisa Tomei), que representa toda única família que ele tem; e põe a perder o relacionamento com a garota que ele adora, Liz (Laura Harrier). Além disto, inexperiente como combatente e desacostumado com os próprios poderes, em alguns momentos Peter teme pela própria vida, assustado em situações de alto risco. Para piorar, ele atua contra a vontade de Tony Stark (Robert Downey Jr.), ou seja, também coloca em risco sua chance de um dia ser aceito pelo grupo dos Vingadores.
Nunca nos filmes da Marvel um protagonista teve tanto a perder. E apesar de tudo, Peter Parker não desiste, pois sabe que tem um dever. O Homem Aranha até "curte" o sonho de ser super no começo da história. Mas quando as coisas se tornam realmente sérias, a "brincadeira" acaba e ele se sacrifica sem hesitar para ajudar as pessoas, que é a definição de herói e está um pouco esquecida nos cinemas atualmente. Aquelas "piadinhas" características dos filmes da Marvel aparecem em poucos momentos: estamos falando de um filme que enfim transmite perigo e seriedade nos desafios ao herói.
O tom mais "caseiro" de Homem-Aranha: De Volta ao Lar (ou seja, ele precisa salvar sua cidade, e não o mundo ou o universo) traz várias vantagens. As cenas de ação são bem filmadas e dispensam aquela quantidade absurda de efeitos especiais. Outra vantagem é que enfim no MCU temos um vilão de motivações críveis e interessantes, e que - respondendo a "cutucada" do escritor de Game of Thrones, George R. R. Martin - finalmente temos um vilão que tem poderes diferentes do herói.
Se tecnicamente o filme agrada bastante, assim como suas cenas de ação, em termos de elenco e coadjuvantes Homem-Aranha: De Volta ao Lar comete seus deslizes. A maioria dos personagens da escola de Peter são caricatos, sem graça, e quebram o ritmo do filme. O mesmo acontece com os descartáveis companheiros do Abutre, que mais parecem que estão no filme porque pagaram para fazer uma ponta, do que por atuação. Também é de se lamentar a pouca atenção dada à Tia May em detrimento da atenção exagerada dada a "Happy" (Jon Favreau), que pela milésima vez não convence com ator.
Simples, eficiente e heróico, Homem-Aranha: De Volta ao Lar é outro exemplo bem sucedido de renovação em filmes de super-herói, trazendo um tom diferente dos principais blockbusters da atualidade. Nota: 8,0.
PS 1: o filme possui duas cenas pós-créditos.
PS 2: o cinema imita a vida ou o contrário? São várias as "curiosidades" que misturam a vida real com este filme. Por exemplo, o ator Michael Keaton teve sua carreira "encerrada" após viver o Batman nos cinemas, para ser "ressuscitada" como um aposentado ator de um Birdman, para neste filme viver o também "pássaro" Abutre, em uma cena sob o luar que é igualzinha a que ele protagonizou no filme do Morcegão no passado; outro exemplo é que a voz do computador do Homem de Ferro - Jarvis - é feita por Paul Bettany. Já a voz do uniforme deste Homem Aranha - Karen - é dublada por Jennifer Connelly. Bettany e Connelly são casados desde 2001.
Neste 2º do Aranha temos o Peter Parker (Tom Holland) mais novo de todos, com 15 anos. Ou seja, ao invés de vê-lo "saindo" do colegial, ele ainda está em seu começo (curiosidade: Holland tinha 19 anos na época das filmagens). Na história, o garoto começa sua vida de super-herói enfrentando bandidos "comuns". Quando aparece a gangue do Abutre (Michael Keaton), que começa a vender armas alienígenas de grande poder de devastação em sua Nova York, o Homem Aranha tenta impedir o pior, enfrentando o maior desafio de sua vida.
O dilema principal deste filme é que Peter descobre que ao se tornar o Homem Aranha ele põe em risco de vida a Tia May (Marisa Tomei), que representa toda única família que ele tem; e põe a perder o relacionamento com a garota que ele adora, Liz (Laura Harrier). Além disto, inexperiente como combatente e desacostumado com os próprios poderes, em alguns momentos Peter teme pela própria vida, assustado em situações de alto risco. Para piorar, ele atua contra a vontade de Tony Stark (Robert Downey Jr.), ou seja, também coloca em risco sua chance de um dia ser aceito pelo grupo dos Vingadores.
Nunca nos filmes da Marvel um protagonista teve tanto a perder. E apesar de tudo, Peter Parker não desiste, pois sabe que tem um dever. O Homem Aranha até "curte" o sonho de ser super no começo da história. Mas quando as coisas se tornam realmente sérias, a "brincadeira" acaba e ele se sacrifica sem hesitar para ajudar as pessoas, que é a definição de herói e está um pouco esquecida nos cinemas atualmente. Aquelas "piadinhas" características dos filmes da Marvel aparecem em poucos momentos: estamos falando de um filme que enfim transmite perigo e seriedade nos desafios ao herói.
O tom mais "caseiro" de Homem-Aranha: De Volta ao Lar (ou seja, ele precisa salvar sua cidade, e não o mundo ou o universo) traz várias vantagens. As cenas de ação são bem filmadas e dispensam aquela quantidade absurda de efeitos especiais. Outra vantagem é que enfim no MCU temos um vilão de motivações críveis e interessantes, e que - respondendo a "cutucada" do escritor de Game of Thrones, George R. R. Martin - finalmente temos um vilão que tem poderes diferentes do herói.
Se tecnicamente o filme agrada bastante, assim como suas cenas de ação, em termos de elenco e coadjuvantes Homem-Aranha: De Volta ao Lar comete seus deslizes. A maioria dos personagens da escola de Peter são caricatos, sem graça, e quebram o ritmo do filme. O mesmo acontece com os descartáveis companheiros do Abutre, que mais parecem que estão no filme porque pagaram para fazer uma ponta, do que por atuação. Também é de se lamentar a pouca atenção dada à Tia May em detrimento da atenção exagerada dada a "Happy" (Jon Favreau), que pela milésima vez não convence com ator.
Simples, eficiente e heróico, Homem-Aranha: De Volta ao Lar é outro exemplo bem sucedido de renovação em filmes de super-herói, trazendo um tom diferente dos principais blockbusters da atualidade. Nota: 8,0.
PS 1: o filme possui duas cenas pós-créditos.
PS 2: o cinema imita a vida ou o contrário? São várias as "curiosidades" que misturam a vida real com este filme. Por exemplo, o ator Michael Keaton teve sua carreira "encerrada" após viver o Batman nos cinemas, para ser "ressuscitada" como um aposentado ator de um Birdman, para neste filme viver o também "pássaro" Abutre, em uma cena sob o luar que é igualzinha a que ele protagonizou no filme do Morcegão no passado; outro exemplo é que a voz do computador do Homem de Ferro - Jarvis - é feita por Paul Bettany. Já a voz do uniforme deste Homem Aranha - Karen - é dublada por Jennifer Connelly. Bettany e Connelly são casados desde 2001.