Diretor: Andy Muschietti
Atores principais: Bill Skarsgård, Jaeden Lieberher, Sophia Lillis, Jeremy Ray Taylor, Finn Wolfhard, Wyatt Oleff, Chosen Jacobs, Jack Dylan Grazer, Nicholas Hamilton
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=UllUiLEXB_g
Nota: 7,0
Nota: 7,0
Produção e personagens são a força de It: A Coisa
Adaptação de um dos mais extensos e famosos livros de Stephen King (A Coisa, de 1986), e bastante elogiado por público e crítica no exterior, chega aos cinemas brasileiros o filme It: A Coisa. Mesmo sendo a primeira adaptação desta obra para os Cinemas, ela já é bem conhecida no Brasil devido à minissérie de 1990 que já foi exibida várias vezes nas TVs nacionais.
Na história, que acontece em 1988 na pequena cidade estadunidense de Derry (local fictício, presente em outras obras de King), crianças começam a desaparecer misteriosamente. Com o sumiço de seu irmão mais novo, Bill (Jaeden Lieberher) tenta investigar o ocorrido e não demora muito para que ele e seus amigos do "Clube dos Perdedores" descubram que um palhaço demoníaco está agindo na cidade em busca de vítimas.
It: A Coisa é - para o bem ou para o mal - um reflexo da cultura dos anos 80. Portanto, temos aqui um terror pouco interessado em explicações e com muitos adolescentes mortos. E como pano de fundo para a história, um bando de jovens "perdedores" sofrendo bullying dos valentões da escola: tema ultra comum nas produções desta década.
A produção para It: A Coisa é excepcional. Ótima fotografia, bons efeitos especiais, ótimo design de produção (cenário, ambientação, objetos decorativos, etc). E, não se pode deixar de citar, a excelente caracterização do palhaço Pennywise (Bill Skarsgård), muito mais assustadora do que sua versão de 90.
E por falar em assustar, ironicamente é neste quesito que It: A Coisa falha. E o principal motivo é que o filme mostra demais o seu monstro (o que é ruim, já que o que mais assusta é o desconhecido). Há outras causas (que citarei adiante), mas apesar de Pennywise não assustar tanto, as cenas finais em seu covil conseguem ao menos trazer com sucesso um pouco da tensão e medo que o filme promete.
It: A Coisa também traz um roteiro com algum conteúdo (se levarmos em conta ser um filme do gênero de terror). Por exemplo, é bacana constatar que alguns dos pais são tão maus quanto o palhaço-vilão; ou ainda, é legal ver adolescentes encontrando seu "primeiro amor" de uma maneira crível.
O elenco como um todo não é bom, porém seu trio principal Bill Skarsgård, Jaeden Lieberher e Sophia Lillis (respectivamente Pennywise, Bill e a corajosa Bev Marsh) mandam muito bem. Cada um dos três entregam grandes atuações que sustentam o filme facilmente.
Há um personagem que me incomodou bastante: Richie (interpretado por Finn Wolfhard, curiosamente o ator adolescente mais famoso da produção, que fez o Mike Wheeler da série Stranger Things). Agindo como uma espécie de Jar Jar Binks, o personagem fala muito, e sempre fazendo piadas. É tanta idiotice dita por ele o tempo todo que isto quebra um pouco da tensão do filme. A meu ver se Richie tivesse participação reduzida o filme poderia ser mais interessante e assustador.
Somando prós e contras, It: A Coisa é um filme bem feito que deverá agradar até mesmo quem não é fã do gênero. Aliás, os fãs de terror provavelmente irão reclamar da falta de sustos... mas ainda assim é uma excelente oportunidade para que estes assistam um "terror das antigas" com uma produção de qualidade impensável para quem via estes clássicos nos anos oitenta. Nota: 7,0.
Na história, que acontece em 1988 na pequena cidade estadunidense de Derry (local fictício, presente em outras obras de King), crianças começam a desaparecer misteriosamente. Com o sumiço de seu irmão mais novo, Bill (Jaeden Lieberher) tenta investigar o ocorrido e não demora muito para que ele e seus amigos do "Clube dos Perdedores" descubram que um palhaço demoníaco está agindo na cidade em busca de vítimas.
It: A Coisa é - para o bem ou para o mal - um reflexo da cultura dos anos 80. Portanto, temos aqui um terror pouco interessado em explicações e com muitos adolescentes mortos. E como pano de fundo para a história, um bando de jovens "perdedores" sofrendo bullying dos valentões da escola: tema ultra comum nas produções desta década.
A produção para It: A Coisa é excepcional. Ótima fotografia, bons efeitos especiais, ótimo design de produção (cenário, ambientação, objetos decorativos, etc). E, não se pode deixar de citar, a excelente caracterização do palhaço Pennywise (Bill Skarsgård), muito mais assustadora do que sua versão de 90.
E por falar em assustar, ironicamente é neste quesito que It: A Coisa falha. E o principal motivo é que o filme mostra demais o seu monstro (o que é ruim, já que o que mais assusta é o desconhecido). Há outras causas (que citarei adiante), mas apesar de Pennywise não assustar tanto, as cenas finais em seu covil conseguem ao menos trazer com sucesso um pouco da tensão e medo que o filme promete.
It: A Coisa também traz um roteiro com algum conteúdo (se levarmos em conta ser um filme do gênero de terror). Por exemplo, é bacana constatar que alguns dos pais são tão maus quanto o palhaço-vilão; ou ainda, é legal ver adolescentes encontrando seu "primeiro amor" de uma maneira crível.
O elenco como um todo não é bom, porém seu trio principal Bill Skarsgård, Jaeden Lieberher e Sophia Lillis (respectivamente Pennywise, Bill e a corajosa Bev Marsh) mandam muito bem. Cada um dos três entregam grandes atuações que sustentam o filme facilmente.
Há um personagem que me incomodou bastante: Richie (interpretado por Finn Wolfhard, curiosamente o ator adolescente mais famoso da produção, que fez o Mike Wheeler da série Stranger Things). Agindo como uma espécie de Jar Jar Binks, o personagem fala muito, e sempre fazendo piadas. É tanta idiotice dita por ele o tempo todo que isto quebra um pouco da tensão do filme. A meu ver se Richie tivesse participação reduzida o filme poderia ser mais interessante e assustador.
Somando prós e contras, It: A Coisa é um filme bem feito que deverá agradar até mesmo quem não é fã do gênero. Aliás, os fãs de terror provavelmente irão reclamar da falta de sustos... mas ainda assim é uma excelente oportunidade para que estes assistam um "terror das antigas" com uma produção de qualidade impensável para quem via estes clássicos nos anos oitenta. Nota: 7,0.