sábado, 28 de setembro de 2019

Crítica - Ad Astra - Rumo às Estrelas (2019)

TítuloAd Astra - Rumo às Estrelas ("Ad Astra", China / EUA, 2019)
Diretor: James Gray
Atores principais: Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Negga, Donald Sutherland, John Ortiz, Liv Tyler, Greg Bryk
Uma viagem solitária, melancólica e visualmente bela

Escrito e dirigido por James Gray (Z: A Cidade Perdida, de 2016), Ad Astra - Rumo às Estrelas é um filme de ficção científica bastante lento, contemplativo, e com muito pouca ação. Ele me lembrou bastante do filme russo Solaris (1972) e (apenas) um pouco de 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968).

Na história que se passa em um "futuro próximo", Brad Pitt (Roy McBride) é um astronauta que vive sob a sombra da lembrança do pai, Clifford McBride (Tommy Lee Jones), considerado um dos maiores astronautas de todos os tempos e, que há algumas décadas atrás desapareceu perto do planeta Netuno, em uma missão para encontrar vida extraterrestre. É então que estranhas explosões de antimatéria são detectadas no mesmo planeta Netuno, o que leva o Comando Espacial dos EUA acreditar que Clifford ainda vive, e que então envia seu filho Roy para investigar.

Talvez a maior qualidade de Ad Astra - Rumo às Estrelas sejam suas imagens. Ainda que não tenha uma fotografia acima da média, o próprio Sistema Solar garante o show. Em uma espécie de tour pelas regiões do espaço mais próximas à Terra, o filme traz imagens espetaculares de nosso planeta, da Lua, de Marte e de Netuno.

Vários aspectos do roteiro também me agradaram bastante: todo o mistério envolvendo o desparecimento de McBride pai, se ele está vivo ou não, ou o que está contendo em Netuno... tudo é bem interessante do começo ao fim. Também é interessante e marcante a certa melancolia e pessimismo com que Roy enxerga a humanidade; pessimismo este meio que "provado" pelo mundo onde ele vive, já que em plena colonização espacial os homens continuam se matando por dinheiro e recursos.

Mas nem tudo em Ad Astra - Rumo às Estrelas é bem vindo. Quando nos aprofundamos no roteiro, encontramos nos pequenos detalhes muita coisa inverossímil, exagerada, ou que simplesmente não faz sentido. O próprio desenvolvimento do personagem de Roy é apenas superficial, com a atuação com pouca variação de expressões de Brad Pitt também não ajudando.

Outro ponto que também não me agradou foi a duração de Ad Astra. Pela quantidade de história que o filme tem ele dura demais, cansando o espectador. Mas nada cansa mais em Ad Astra - Rumo às Estrelas do que sua pesada trilha sonora. Abusando de uma música incidental em volume bem alto, temos o som trazendo para o filme durante quase o tempo todo uma sensação de confusão misturada com triunfo, o que na maior parte do tempo não combina em nada com o que é mostrado. Para mim, a trilha sonora é o ponto mais baixo de Ad Astra.

Contando com uma boa premissa, mas aparentemente alongado demais, Ad Astra - Rumo às Estrelas é um filme sobre exploração espacial que certamente me agradou. Ainda assim, tem seus defeitos e está longe de agradar todo o tipo de público. Se você não gosta de filmes como Gravidade ou Blade Runner, passe longe deste aqui. Nota: 7,0

sábado, 21 de setembro de 2019

Mocumentário de Zach Galifianakis que acaba de estrear na Netflix é uma das comédias Pop mais engraçadas do ano!


A maioria do público brasileiro não sabe mas Zach Galifianakis, comediante que ficou famoso mundialmente com o filme Se Beber Não Case (2009), apresenta desde 2008 um talk show de nome Between Two Ferns with Zach Galifianakis. São pouquíssimos episódios por ano, que vão ar através do site de comédia estadunidense Funny or Die.

O programa se trata de Zach entrevistando celebridades em um cenário pobre, de fundo preto, entre duas samambaias (ferns, em inglês). Daí o nome do show. Os episódios são curtos e as perguntas feitas por Galifianakis são feitas especialmente para constranger o entrevistado. Politicamente incorreto, as vezes um pouco pesado, mas ainda assim bem engraçado, Between Two Ferns with Zach Galifianakis já chegou a vencer dois prêmios Emmy.

E agora, este inusitado programa chega à Netflix mundial através de um filme mocumentário de nome - é claro - Between Two Ferns with Zach Galifianakis: o Filme.

Neste falso documentário, Zach apresenta a historia do seu programa, mostrando falsos bastidores misturados com fatos reais, e tenta vencer uma aposta "tudo-ou-nada" de gravar 10 novos episódios em 2 semanas.

Surpreendente, ácido, e politicamente incorreto como sempre, o filme é bem engraçado, sem dúvida uma das melhores comédias do ano. E a produção consegue fazer rir tanto nas cenas "por trás das câmeras" como nas gravações do programa, com as celebridades.

E a lista de celebridades importunada por Zach neste filme é bem grande: Matthew McConaughey, Benedict Cumberbatch, Peter Dinklage, David Letterman, Paul Rudd, John Legend, Brie Larson, Jon Hamm, Keanu Reeves e Tessa Thompson dentre outros.

Quem não se importa de ver um humor escrachado com uma pitada de maldade, corra para ver Between Two Ferns with Zach Galifianakis: o Filme na Netflix, um dos melhores lançamentos de humor da temporada.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Top 10 estréias de filmes que ainda aguardo em 2019

O ano de 2019 começa a se aproximar do fim, mas ainda tem bastante coisa interessante para se ver nos cinemas! Abaixo segue a lista dos 10 filmes que mais aguardo para assistir antes que a ano acabe. Podem ter certeza que a crítica de todos estes filmes vai aparecer aqui no Cinema Vírgula. Confiram a lista, e se programem para assistí-los!


26 de Setembro: Ad Astra - Rumo às Estrelas

Depois de tantos galãs de Hollywood protagonizarem seus filmes de ficção espacial, agora é a vez de Brad Pitt. Situada em um futuro não muito próximo, o personagem de Pitt parte em viagem pelo Sistema Solar para encontrar seu pai (Tommy Lee Jones), astronauta desaparecido em viagem há 30 anos, e que ressurge em aparente caminho de volta à Terra.


03 de Outubro: Coringa

Muito talentoso e esquisito na vida real, o ator Joaquin Phoenix é em teoria um dos melhores atores possíveis para viver o maior rival do Batman. O hype com o filme está tão grande que muitos apostam em que teremos pela primeira vez alguém vencendo o Oscar de Melhor Ator sendo um super-herói (ou super-vilão, no caso). Já se sabe que o diretor / roteirista Todd Phillips criou uma história totalmente nova, sem se basear em nenhuma história dos quadrinhos.


10 de Outubro: Projeto Gemini

Will Smith tem dado algumas pequenas derrapadas na carreira nos últimos anos, portanto estou curioso para ver como ele se sairá desta vez. E o fato de ser um filme de ação dirigido por Ang Lee também chama minha atenção. Na história, Will faz o papel de um velho matador de aluguel, que de repente entra na mira de outro matador... um clone dele mesmo, e bem mais jovem. Ah, e o filme também é estrelado pela Mary Elizabeth Winstead, um dos talentos + beleza injustamente mais desconhecidos da atualidade.


24 de Outubro: Zumbilândia: Atire Duas Vezes

O mundo muda rapidamente, não? Há dez anos atrás, quando o primeiro Zumbilândia foi feito, Jesse Eisenberg e Emma Stone eram pouco conhecidos e estavam tendo, na época, a melhor chance de suas carreiras. E olha que esta "grande oportunidade" era uma comédia de baixo orçamento sobre um mundo dominado por zumbis... O primeiro Zumbilândia agradou crítica e público e agora, vamos ver o que acontece quando o filme retorna com mais dinheiro e com o elenco original bem mais experiente e premiado.


31 de Outubro: O Farol

O diretor / roteirista de A Bruxa (2015), Robert Eggers, volta com uma nova história de terror, agora filmada em preto-e-branco. Na trama, que se passa na década de 1890, temos dois guardadores de farol (Willem Dafoe e Robert Pattinson) isolados do mundo em uma misteriosa ilha. Já exibido em alguns festivais, O Farol foi bastante elogiado tanto pelos seus aspectos técnicos quanto pela atuação da dupla protagonista.


07 de Novembro: Doutor Sono

As histórias de Stephen King continuam gerando material para Hollywood. Doutor Sono é um livro lançado em 2013 que é nada menos que a continuação do clássico livro/filme O Iluminado. Nesta continuação, acompanhamos a perturbada vida do menino da primeira história, Danny Torrance, agora adulto. O filme conta com Mike Flanagan na direção e roteiro (ele que é o criador / diretor / roteirista do ótimo seriado de terror da Netflix, A Maldição da Residência Hill) e conta também com a presença dos atores Ewan McGregor e Rebecca Ferguson.


14 de Novembro: Ford vs. Ferrari

Eis um filme que promete encantar todos os fãs de corridas de automóveis do mundo. Sendo ele biográfico, a trama se baseia nos esforços do projetista Carroll Shelby (Matt Damon) e do piloto Ken Miles (Christian Bale), que foram contratados pela Ford para vencerem a imbatível Ferrari na famosa corrida de Le Mans de 1966. Curiosidade: o filme, que foi filmado com a dupla Damon e Bale, originalmente contava com Tom Cruise e Brad Pitt nos papéis principais.


27 de Novembro: O Irlandês (na Netflix)

Martin Scorsese volta a fazer um filme sobre máfia, reunindo no mesmo filme grandes atores que tornaram seus filmes famosos: Robert De Niro, Al Pacino, Harvey Keitel e Joe Pesci. O fato do filme não ter sido feito para os cinemas lhe deu uma liberdade inédita, e O Irlandês será o filme mais longo de sua carreira: 3h e 30min. Se todo este tempo foi usado de forma positiva ou não, estou ansioso para descobrir.


28 de Novembro: Entre Facas e Segredos

Para quem, como eu, gosta dos livros da Agatha Christie, este filme parece promissor. O enredo é o clichezão das histórias de detetive: patriarca reúne a família em sua mansão para comemorar o aniversário e é assassinado. Então, um detetive passa a interrogar os familiares para achar o culpado. O filme tem um tom de comédia e conta com elenco famoso: Chris Evans, Daniel Craig, Jamie Lee Curtis, Christopher Plummer e Ana de Armas. Rian Johnson, o polêmico diretor / roteirita de Looper e Star Wars VIII é quem assina o filme.


19 de Dezembro: Star Wars: A Ascensão Skywalker

Depois de explorar por décadas a franquia Star Wars (que aliás continuará sendo explorada como nunca nos próximos anos), chega o filme que a Lucasfilm promete ser o último e derradeiro da saga em termos de família Skywalker. Ao mesmo tempo que estou empolgado com a volta de J.J. Abrams na direção e com a promessa da volta do personagem de Lando Calrissian, estou bastante preocupado com o já anunciado retorno do Imperador Palpatine. Espero meeeeeesmo, pelo bem da franquia, que ele não esteja vivo, e apareça apenas como espírito ou flashback.


E vocês? Concordam com a lista? Teve algum filme que ficou faltando? Escrevam nos comentários!

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Crítica - Bacurau (2019)

TítuloBacurau (idem, Brasil / França, 2019)
Diretores: Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles
Atores principais: Barbara Colen, Thomas Aquino, Wilson Rabelo, Sônia Braga, Udo Kier, Karine Teles, Silvero Pereira, Rubens Santos
Uma experiência bem desagradável

Laureado este ano com o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, sendo então o segundo filme nacional a conquistar este título (o primeiro foi O Pagador de Promessas (1962), do Saltense Anselmo Duarte), Bacurau tem sido bastante elogiado pela crítica especializada, porém dificilmente atingindo nota máxima. E não é difícil entender o porquê. Bacurau é um filme "estranho" e irregular, com vários altos e baixos. Mas independente de seus prós e contras, a experiencia de assisti-lo não é nada agradável, seja pelas constantes cenas de miséria e violência, ou por suas mais de 2 horas de duração em um ritmo insuportavelmente lento.

Esta produção franco-brasileira mistura drama, ação, terror, humor, fantasia e até um pouco de ficção científica, pois sua história se passa "no futuro". E, sem nenhuma dúvida o ponto alto de Bacurau são suas imagens. A fotografia é excelente e o filme entrega diversas cenas memoráveis.

Infelizmente, para falar do que não gostei em Bacurau, serei obrigado a revelar parte da trama (mas não o seu final). Quem não quiser spoiler nenhum, sugiro pular deste parágrafo aqui para o último.

A história do filme é sobre o pequeno vilarejo (fictício) pernambucano de nome Bacurau. Aos poucos, fatos cada vez mais sinistros afetam a cidadezinha e então os moradores são atacados por um grupo de turistas estadunidenses, que em estilo parecido ao Predador, viajam pelo mundo matando humanos por esporte/diversão. O roteiro de Bacurau usa esta situação bizarra para discutir política e fazer diversas críticas sociais. A história entrega uma mensagem forte e atual de amor à terra natal, de que os pobres são heroicos e têm força, e de resistência à todos os "ricos" que se preocupam apenas com os próprios interesses.

A ideia é boa, consideravelmente original, e com isto Bacurau ganha pontos positivos. O problema é que esta ideia está longe de ser bem implementada: os (poucos) diálogos são bem ruins, o roteiro tem furos e exageros, vários atores são bem fracos e os personagens são absurdamente estereotipados... fora a lentidão do filme, já comentada anteriormente.

Mas o que mais me desagradou foi a maneira com que a dupla de diretores/roteiristas Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles apresentam o "verdadeiro brasileiro". Nossos heróis são criminosos que ingerem alucinógenos, decapitam os inimigos, andam pelados pela rua sem pudor nenhum, e fazem sexo a toda hora, de maneira bem banal. Li opiniões de ativistas de esquerda louvando essa imagem. Para mim, entretanto, é uma maneira antiquada, preconceituosa e ofensiva de expor o Brasil para o mundo.

Bacurau é um filme chato para se assistir, mas ainda assim interessante devido suas imagens, discussões sociais, e por ser bem diferente do comum. E, de maneira bastante contraditória, é uma história que traz um chocante futuro que pode sim acontecer, mas que foi escrito por mentes que aparentam terem estacionado há pelo menos meio século. Nota: 6,0

sábado, 7 de setembro de 2019

Crítica - It: Capítulo Dois (2019)

TítuloIt: Capítulo Dois ("It Chapter Two", Canadá / EUA, 2019)
Diretor: Andy Muschietti
Atores principais: Jessica Chastain, James McAvoy, Bill Hader, Isaiah Mustafa, Jay Ryan, James Ransone, Andy Bean, Bill Skarsgård
Uma continuação fraca e cansativa

É comum nos cinemas que as continuações sejam inferiores aos filmes originais. Mas me parece que no caso de filmes de terror, esta lei tem mais força. Por exemplo, os ótimos A Bruxa de Blair (1999), O Chamado (2002) e Invocação do Mal (2013) tiveram todos péssimas sequencias. E... infelizmente, este também é o caso de It: Capítulo Dois.

Na história, passada em 2016, e exatamente 27 anos após os eventos do primeiro filme, o palhaço Pennywise (Bill Skarsgård) volta a atacar na pequena Derry, e então os 7 integrantes do "Clube dos Perdedores" voltam a se reunir para cumprir a promessa de se juntarem para matar o monstro se ele um dia retornasse.

Com o sucesso de crítica e público do filme anterior, It: Capítulo Dois contou com o dobro do orçamento e conseguiu trazer para o elenco duas importantes estrelas de Hollyhood: Jessica Chastain e James McAvoy. Apesar disto, nem eles foram suficientes para fazer o filme melhorar.

It: Capítulo Dois conta com o mesmo diretor, e também com o mesmo diretor de fotografia do filme anterior. Enquanto o segundo volta a fazer um trabalho excelente - com isso parece até que as duas obras foram filmadas "juntas", de tão belas e idênticas visualmente - o mesmo não se pode afirmar do primeiro. Parece que Andy Muschietti esqueceu importantes lições sobre filmes de terror. It: Capítulo Dois é bem menos assustador que It: A Coisa, principalmente porque aqui temos pouco "mistério": os monstros são vistos na claridade, por inteiro, e aí perde-se o clima de suspense. Isto sem contar com as várias piadinhas ao longo da história, que também enfraquecem o clima de medo. Os únicos momentos que se têm algum susto são quando temos cenas do palhaço atacando de surpresa com o volume repentinamente estridente e no alto; ou seja, através do recurso mais banal e fraco dos filmes de terror. Isto estava presente no primeiro filme, mas com moderação. Aqui em It: Capítulo Dois isso acontece mais de dez vezes, até cansa.

Mas nada cansa mais do que a história em si - sua duração (2h 39min) - e o fato dela teimar em evoluir. Dividido em três atos, no primeiro descobrimos que o integrantes do "Clube dos Perdedores" esqueceram de quase tudo o que aconteceu no filme anterior - o que gera, aliás, alguns furos de roteiro - e ficam o tempo todo brigando entre si. Chato. No segundo ato, cada personagem se relembra de algum episódio assustador envolvendo eles sozinhos contra o Pennywise do passado, ou seja, quando ainda eram crianças (com isto, voltam os atores do primeiro filme). Então, ao invés da história avançar, ela retrocessa, já que se os personagens estão vivos hoje, não importa o que aconteceu no passado... que tensão há nisso?

Finalmente no terceiro ato It: Capítulo Dois melhora, e finalmente o filme se aproxima da qualidade do It: A Coisa. Agora tendo a batalha final contra Pennywise, novamente em seu covil, temos alguns bons diálogos e algumas boas cenas de terror. Ainda assim, se este segmento do filme é interessante, seu desfecho é quase patético.

Mal realizado, It: Capítulo Dois esquece do medo e dos dramas psicológicos apresentados no primeiro filme e seu resultado mais parece o esforço de se entregar uma continuação rapidamente para ganhar mais dinheiro independentemente de sua qualidade. Uma pena, mais uma franquia que se encerra em baixa. Nota: 5,0


PS1: aparentemente nem todos desgostaram tanto do filme como eu: Stephen King elogiou bastante o It: Capítulo Dois publicamente e inclusive ele faz uma ponta na produção, fazendo o papel de um dono de loja de penhores.

PS2: com It: Capítulo Dois o conteúdo do livro em que os dois filmes se baseou se encerra. O livro também conta com o Clube dos Perdedores enfrentando Pennywise duas vezes, uma como crianças e outra como adultos. A principal diferença é que no livro as duas fases acontecem respectivamente em  1957 e 1984.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Crítica - Stan e Ollie - O Gordo e o Magro (2018)

TítuloStan e Ollie - O Gordo e o Magro (Stan & Ollie, Canada / EUA / Reino Unido, 2018)
Diretor: Jon S. Baird
Atores principais: Steve Coogan, John C. Reilly, Shirley Henderson, Nina Arianda, Rufus Jones, Danny Huston
Ótima interpretação sobre dois ótimos intérpretes

Mais um filme muito bom que merecia alcançar os cinemas brasileiros e não conseguiu. Stan e Ollie - O Gordo e o Magro chegou no Brasil poucos meses atrás, apenas através da compra via serviços de streaming como Youtube, Looke, etc.

A dupla composta pelo americano Oliver Hardy e o inglês Stan Laurel (conhecida no Brasil como "O Gordo e o Magro") deixou sua marca na história sendo um dos nomes mais populares da comédia do início de Hollywood. Atuando juntos da década de 1920 até a década de 1950, a dupla era tão talentosa que conseguiu fazer a transição do cinema mudo para o cinema sonoro sem perder a qualidade de seu humor.

Os reprises de seus filmes eram comuns na TV brasileira até meados dos anos 80. Depois disso eles "sumiram" da vida tupiniquim e se você tiver menos de 30 anos, muito provavelmente não os conhece. Stan e Ollie - O Gordo e o Magro é uma boa oportunidade para corrigir isto.

O filme se passa em 1953, onde a velha dupla, já sem dinheiro e sem saúde, realizou suas últimas performances juntos em uma breve turnê por teatros europeus. A história contada no filme é bem próxima dos fatos reais - pelo menos é o que se acredita - já que Hardy e Laurel eram bem reservados e jamais se pronunciaram sobre esta época para qualquer veículo de mídia.

Não vou contar mais sobre a trama, mas posso garantir que se trata de uma história muito triste, bela e comovente sobre o final da vida e a amizade. Me emocionei bastante nos minutos finais. Vale o alerta: este filme não é uma comédia, e sim um drama.

A "cereja do bolo" certamente é a atuação da dupla principal Steve Coogan (Stan) e John C. Reilly (Oliver). É muito impressionante o quanto eles conseguiram ficar "iguais" à dupla original. Desde a aparência física, como as expressões faciais, os trejeitos... tudo inacreditavelmente parecido com os verdadeiros Gordo e Magro.

O filme só não ganha nota maior porque se arrisca pouco, principalmente no roteiro. O filme certamente poderia se aprofundar mais em alguns dramas, mostrar mais cenas de Stan e Ollie em ação como comediantes, ou ainda, contar um pouco mais da história de ambos antes de 1953. Ainda assim, Stan e Ollie - O Gordo e o Magro é uma homenagem muito bonita e merecida a esta dupla genial. Nota: 7,0


PS: algumas das cenas do filme são refilmagens idênticas de performances da dupla verdadeira. Por exemplo, há esta propaganda que quem assistiu o filme certamente irá se lembrar.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Dupla Crítica: MIB: Homens de Preto - Internacional (2019) e Brightburn - Filho das Trevas (2019)


Duas produções envolvendo alienígenas e super-seres que chegaram ao Brasil meses atrás e que só agora tive tempo para publicar minha análise por aqui. A primeira se trata do reboot da franquia Homens de Preto, que fez muito sucesso no fim dos anos 90 e já teve 3 filmes. A segunda é uma obra inédita, mas não tão original, da história de um "Superman do mal". Já tivemos algumas versões similares a isto nos quadrinhos... entretanto é a primeira vez que temos uma visão desta história contada nas telonas. Confiram ambas as críticas!


MIB: Homens de Preto - Internacional (2019)
Diretor: F. Gary Gray
Atores Principais: Chris Hemsworth, Tessa Thompson, Kumail Nanjiani, Rebecca Ferguson, Rafe Spall, Emma Thompson, Liam Neeson

Em uma época em que os reboots empesteiam os cinemas pelo mundo,  não é nenhuma surpresa que Homens de Preto ganhe o seu. A princípio a aposta tinha boa chance de dar certo, ao trazer como os dois novos agentes protagonistas o carismático Chris Hemsworth e a competente Tessa Thompson, dois atores jovens que fazem sucesso nos filmes de super-heróis da Marvel.

Mas a dupla esteve longe de salvar MIB: Homens de Preto - Internacional: com uma história sem nenhum propósito, repleta de furos, e que mais parece um filme B de James Bond do que qualquer filme sobre ETs, o novo MIB é intragável. Aliás, o roteiro é tão ruim que conseguiu fazer Chris Hemsworth ser irritante, com um personagem muito burro e arrogante que tenta fazer rir o tempo todo e não consegue.

Aparentemente os envolvidos com o filme sabiam que não tinham roteiro, e então a tentativa para agradar veio através de centenas de piadinhas (que não funcionam) e muuuuitos efeitos especiais e personagens bizarros. Porém estes não acrescentam nada à trama e nem são lá muito bem feitos, já que o filme não teve um orçamento tão grande se comparado aos blockbusters atuais (US$ 110 milhões).

Mesmo não investindo muita grana na produção do filme, a Sony bem que tentou fazer deste reboot um sucesso, já que investiu mais dinheiro em marketing (US$ 120 milhões) do que fazendo seu produto. Por exemplo, em alguns países o filme foi alterado para receber uma pequena participação especial de uma personalidade local. O Brasil foi um dos países contemplados com essa ação e quem faz uma ponta em MIB 4 nos nossos cinemas é... Sérgio Mallandro.

Mas quando o produto é ruim, é difícil ele ser salvo pela propaganda. Os US$ 260 milhões arrecadados em bilheteria não são valores baixos, mas o filme sequer se pagou com estes números. E eu acho que é muito que bem feito! Quando os executivos de Hollywood vão aprender a se preocupar em trazer bons roteiros? Nota: 4,0.


Brightburn - Filho das Trevas (2019)
Diretor: David Yarovesky
Atores principais: Elizabeth Banks, David Denman, Jackson A. Dunn, Matt Jones, Meredith Hagner, Emmie Hunter, Gregory Alan Williams

Não é a primeira vez que alguém pensa em contar nos cinemas a história de um Superman malvado. Mas é a primeira vez que alguém consegue realizá-lo. Um dos responsáveis por esta façanha foi James Gunn (Guardiões da Galáxia), que atuou como produtor e trouxe para roteiristas o seu irmão Brian e seu primo Mark. Por motivos de licenciamento - já que a DC Comics não tem nada a ver com esta produção - ao invés de um Clark Kent e um Superman temos um Brandon Breyer e um Brightburn.

A idéia é certamente interessante, mas em Brightburn... é pessimamente executada. A história é muito ruim, quase inexistente; mas o que realmente inexiste é o desenvolvimento de personagens. O "superboy" Brandon (Jackson A. Dunn) teve uma boa educação, sempre foi bonzinho, e, de uma hora pra outra, ganha seus poderes e vira malvado. O mais perto de explicação para seu comportamento seria que o garoto estivesse "possuído" pela sua nave. Ou seja, nem coragem de fazer ele mau de verdade o filme teve.

E após o garoto virar mau e invencível com um piscar de olhos, o filme descamba para um terror trash, repleto de sangue, rostos dilacerados... cenas de puro mal gosto. Se Brightburn pelo menos tivesse alguma qualidade como filme de terror até vai lá... mas nem isto, pois o espectador não chega a sentir medo ou suspense. As mortes são tão fáceis e rápidas que você as assiste passivamente, sem emoção, assim como são as expressões da maioria dos atores do filme...

Somando o currículo do diretor e dos dois roteiristas, juntos o trio possui apenas 2 longa metragens na carreira. Junta-se a isso um baixo orçamento e atores ruins... as chances de Brightburn dar certo não eram as melhores. O que aprendemos aqui é que da família Gunn só mesmo o James tem talento... e ele mesmo teve seu filme queimado comigo ao produzir algo tão ruim como isso. Nota: 3,0.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Crítica - Era Uma Vez em... Hollywood (2019)

TítuloEra Uma Vez em... Hollywood ("Once Upon a Time... in Hollywood", China / EUA / Reino Unido, 2019)
Diretor: Quentin Tarantino
Atores principais: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Emile Hirsch, Margaret Qualley, Timothy Olyphant, Dakota Fanning, Austin Butler, Al Pacino
Uma ode saudosista à Hollywood do fim dos anos 60

Eis que chega aos cinemas o 9º filme de Tarantino como diretor. Estamos na Hollywood de 1969 e ao misturar fatos e personagens reais com fictícios, para aproveitar melhor o filme é necessário saber um pouco do contexto histórico da época.

É importante saber o básico de quem foram Charles Mason e Sharon Tate, de que estamos nos últimos anos do movimento hippie, e principalmente, que TV e Cinema passavam por grandes mudanças. Com uma população cada vez mais urbanizada, programas de faroeste e show de variedades estavam em decadência; já nos cinemas as grandes super produções começavam a ser substituídas por filmes autorais e mais baratos, de uma nova geração de diretores como Martin Scorcese, Francis Ford Copolla, e o próprio Roman Polanski, que aparece no filme.

É nesse contexto que conhecemos a ex-estrela de Westerns na TV, o ator Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), e seu ex-dublê (e melhor amigo) Cliff Booth (Brad Pitt) buscando novas oportunidades de emprego. É então que eles se envolvem indiretamente com o grupo da Família Manson, dentre outras pequenas histórias envolvendo bastidores do mundo dos filmes e seriados da época.

Era Uma Vez em... Hollywood traz um dos roteiros mais fracos e simples dentre os filmes de Tarantino. Não há grandes diálogos ou acontecimentos. Ainda assim, o roteiro é bom e acima da média.

É certamente o filme mais pessoal e menos violento de Quentin. E aliás, por muitos momentos esta "violência" é substituída por um ingênuo otimismo e amor ao mundo das celebridades, amor este personificado principalmente em Sharon Tate (Margot Robbie). Robbie convence com seu encantamento e felicidade em todos os momentos em tela.

A homenagem de Tarantino pela Hollywood do final dos anos 60 é escancarada com quase uma centena de referências a filmes, seriados, propagandas e músicas da época. Por falar em músicas, a trilha sonora - como em todo filme do diretor - é excelente, e se bobear este é o filme que traz uma maior quantidade de músicas diferentes.

Se o roteiro não é o ponto principal do filme, por outro lado Tarantino compensa com uma grande qualidade técnica, através de uma fotografia excelente e tomadas em movimento muito belas e bem feitas. A maneira com que ele cria o clima de tensão e suspense em algumas cenas é magistral. E, claro, não podemos deixar de elogiar o cuidado com que o diretor tem com seus atores/personagens.

DiCaprio e Brad Pitt estão excelentes em Era Uma Vez em... Hollywood. Carismáticos, engraçados, mudanças repentinas de emoções... somente pela dupla o filme já vale muito a pena.

Era Uma Vez em... Hollywood é provavelmente o filme mais mainstream de Tarantino, ainda que ele mantenha todas suas características autorais. É também provavelmente seu filme mais lento e contemplativo, sendo isto o que entendo ser o ponto fraco deste filme. Com vários altos e poucos baixos, Era Uma Vez em... Hollywood é obrigatório para todo fã de cinema. Nota: 7,0


PS 1: o filme traz uma cena pós créditos com DiCaprio fazendo uma propaganda e, em seguida, aparece um inusitado "áudio pós créditos" (que sequer foi legendado aqui no Brasil). O áudio (real) é de Adam West em um concurso ocorrido em 1966 para uma rádio, onde ele promovia o seu seriado do Batman.

PS 2: é muito provável que vocês já tenham visto notícias da polêmica envolvendo a maneira com que Bruce Lee é representado no filme. Tarantino mostra Lee como uma pessoa bem arrogante, o que causou a ira da família do ex-lutador. Mas poderia ser pior. Pelo roteiro original, o personagem de Brad Pitt iria ter uma luta demorada contra Bruce Lee, sendo que o personagem de Pitt iria massacrá-lo. Mas Pitt foi contra esta ideia, por respeito a Lee, e então juntamente com o responsável pela coreografia da luta eles convenceram Tarantino a deixar a luta como ficou no filme... curta e sem vencedores.

domingo, 30 de junho de 2019

Evangelion chegou na Netflix. Aprenda porque este Anime é tão importante e você deve assistí-lo


Neon Genesis Evangelion é uma Anime japonês de 1995, composto por 26 episódios, escrito e dirigida por Hideaki Anno. A produção chegou por completo semana passada na Netflix nacional e neste texto eu apresento a vocês esta obra que é obrigatória para quem gosta de ficção científica, animes e tokusatsu's.

O enredo
No universo de Evangelion aprendemos que no ano 2000 uma explosão gigantesca aconteceu na Antártida, no que oficialmente foi a queda de um gigantesco meteoro. Como consequência deste evento, grandes tsunamis, erupções de vulcão, e vários outros efeitos climáticos fizeram a população humana cair pela metade, mudando para sempre nossa civilização.

15 anos depois, o planeta - em especial a cidade de Tóquio-3 - começa a ser atacada por monstros gigantes, denominados "Anjos". Com as armas tradicionais falhando no combate contra estas criaturas, são criados então os gigantes EVAs, robôs que só podem serem pilotados por crianças bem especiais. Na foto acima vemos os EVAs e seus três principais pilotos: Shinji Ikari, Rei e Asuka. Cabe a eles salvarem a humanidade.

Porque é tão importante
Acreditem se quiser, mas os tais filmes de "monstros e robôs gigantes" chegaram a fracassar e ter imagem ruim mesmo no Japão, e isto acontecia no início dos anos 90. Neon Genesis Evangelion foi um estrondoso sucesso que salvou o gênero da extinção, e até hoje muitos filmes e desenhos deste tipo são criados todos os anos no Oriente e no Ocidente.

Neon Genesis Evangelion tem batalhas de robôs vs monstros muito bacanas; até porque cada Anjo que aparece é completamente diferente do anterior, tanto em design quanto em poderes, deixando tudo mais emocionante e imprevisível.

Porém, Evangelion não é apenas um filme de monstros. É uma baita ficção científica, abordando temas frequentes do gênero como: mundo pós-apocalíptico, sobrevivência da humanidade, excesso poder de grandes corporações, sentido da vida, questionamento à religiões e profecias. E mais ainda, o foco do Anime não são os monstros, mas seus complexos personagens, que estão sempre lutando contra a solidão, e tentam de alguma maneira se encontrar dentro do mundo que vivem.

Neon Genesis Evangelion tem algumas características não tão comuns em Animes, como por exemplo, personagens femininos bastante fortes e independentes (e isso em 1995!), e uma quase ausência de humor: Evangelion é bem sério, emocionalmente pesado, e com poucos alívios cômicos. A se lamentar, a sexualização feminina tão comum nos Mangás e Animes não foi eliminada. Mas isto não compromete o resultado final desta grande obra.

O conturbado desfecho
Neon Genesis Evangelion teve um desfecho bem diferente do esperado pelos fãs, com muita reflexão e pouca ação (boa parte do mesmo se passa dentro dos pensamentos de Shinji). Mesmo com grandes elogios da crítica especializada, acho que o final de Evangelion causou no Japão uma revolta maior do que tivemos recentemente com Lost ou Game of Thrones (risos).

Por isto mesmo, apenas dois anos após o encerramento da série (1997), surgiram dois filmes para trazer outro desfecho. Ambos filmes também se encontram na Netflix.

O primeiro filme se chama Neon Genesis Evangelion: Death & Rebirth. Composto de duas partes, a primeira resume (em muito) os 24 primeiros episódios sem alterações relevantes; e a segunda parte traz o início de um novo desfecho, cujas cenas futuramente entraram no começo do filme seguinte, The End of Evangelion. Na verdade a versão que chegou na Netflix é a Evangelion: Death (True)² que, basicamente, retira de Death & Rebirth toda a segunda parte "rebirth", ou seja, você não vai assistir aqui todas as cenas que seriam repetidas no filme seguinte (portanto, esta edição é melhor!).

O segundo filme, de nome The End of Evangelion, começa imediatamente após os eventos do 24º episódio, e então temos outra versão dos episódios 25 e 26, agora estendida (84 minutos) e bem modificada. De certa forma, The End of Evangelion mostra tudo o que foi exibido nos episódios 25 e 26, porém sob perspectiva "externa"... ou seja, o que aconteceu "realmente" com o mundo, sem a perspectiva de dentro da cabeça do protagonista.

Por um lado, Hideaki Anno satisfez aos fãs trazendo enfim bastante ação e lutas com os EVAs, e respondeu várias perguntas que ficaram sem respostas. Entretanto, The End of Evangelion é bem mais difícil de compreender, e suas últimas cenas trazem uma mudança essencial em relação ao final da série original: enquanto no anime Shinji recebe uma conclusão "otimista", no filme o protagonista têm uma conclusão "pessimista". Seria esta mudança uma maneira do diretor/escritor se "vingar" dos fãs chatos?

Particularmente, prefiro o desfecho original, dos episódios 25 e 26 do anime. Ainda assim, ambos desfechos se complementam e devem ser assistidos.

Um novo Evangelion em HD
Em 2007 Evangelion voltou às manchetes com o projeto Rebuild of Evangelion, que consiste em contar toda a série em 4 filmes, agora com desenhos todos modernizados e em HD. Hideaki Anno não voltou para a direção, mas continua sendo o único roteirista. O quarto e último filme do projeto está previsto para 2020... e adivinhem... promete outro desfecho inédito. Rebuild of Evangelion conta  com alguns personagens inéditos, e seu terceiro filme, Evangelion: 3.0 You Can (Not) Redo, já tem uma trama bem diferente do que vimos no anime. Portanto, o novo desfecho para este Evangelion é completamente inesperado.

E também temos Mangás!
Evangelion também saiu em Mangá (encerrado apenas em 2014 e felizmente publicado na íntegra aqui no Brasil, em 28 edições: as 20 primeiras pela Conrad e as 8 últimas pela editora JBC) e tem como curiosidade ser a visão do designer da série original, Yoshiyuki Sadamoto. Ou seja, mais uma vez temos diferenças em relação ao Anime; porém aqui as diferenças se refletem ao longo de toda a história e não apenas no desfecho.

Também foram publicados no Japão mais 3 spin-offs em Mangá, todos eles com temática completamente diferente da obra original. O mais relevante destes 3 títulos também foi publicado no Brasil, com o nome de Neon Genesis Evangelion: The Iron Maiden 2nd. Trazido aqui na íntegra pela editora Conrad em 12 volumes, se trata de uma espécie de comédia romântica contando a vida dos protagonistas dentro da escola, como colegiais.


Gostaram da matéria? Convencidos a assistir Evangelion? Segue abaixo mais algumas fotos do anime:







Obs.: este texto foi atualizado e expandido em 15/08/2019.

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