terça-feira, 7 de junho de 2016

Crítica - Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos (2016)

TítuloWarcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos ("Warcraft", China / EUA, 2016)
Diretor: Duncan Jones
Atores principais: Travis Fimmel, Paula Patton, Ben Foster, Dominic Cooper, Toby Kebbell, Ben Schnetzer, Daniel Wu
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=OOTjr18_w0A
Nota: 4,0
Warcraft é filme B que teve muito dinheiro para efeitos especiais

Após muita expectativa por todos que ainda aguardam uma boa adaptação de jogo de vídeo-game para as telonas, chega aos cinemas Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos, a aposta de 160 milhões de dólares da Blizzard - a dona/criadora da franquia nos games.

E a aposta deu errado mais uma vez. Repleto de personagens genéricos, que não são apresentados em nenhum momento da história, a história é fraca, cheia de furos, e apesar da grande produção Warcraft mais lembra filmes B por seus defeitos.

Como todo filme B que se preze, os atores em sua maioria são fracos e totalmente desprovidos de carisma, os diálogos são horrorosos (as vezes chegam a constranger - é a pior coisa do filme), e tudo o que protagonista faz - o humano Anduin Lothar (Travis Fimmel) - desde beber água ou olhar para uma janela é feito de maneira "heróica/épica"... Lastimável!

Contando basicamente com apenas ação - sem uma história pra contar - o roteiro ainda entrega um péssimo vilão. Pelo menos dá para dar um desconto para a Blizzard que não é só ela que erra nisto, vide os últimos filmes da Marvel e DC.

Tecnicamente, a trilha sonora também é bem ruim. Muito barulhenta, genérica, repetitiva, preguiçosa, e que contribui grandemente para estabelecer o exagerado clima sombrio do filme. Em termos visuais, os efeitos especiais até são bons, entretanto, a computação gráfica é tão exagerada, usada tanto, que em muitas cenas temos a sensação de estar vendo algo "falso".

Há algo bom para se falar de Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos? Bem, as lutas "mano-a-mano" dos Orcs são bem legais, a magia azul dos magos é exibida de maneira bem bonita, temática e crível, e finalmente, é uma satisfação ver que os Orcs não são vilões, nem estúpidos, nem monstros... sempre é bacana quebrar um paradigma, como este, de que todo ser grande e feio é uma besta.

Contando com uma grande quantidade de personagens vindo diretamente dos jogos de vídeo-game, talvez o jogador fanático da franquia Warcraft consiga desfrutar melhor do filme, principalmente por conhecer o "currículo" dos personagens através dos jogos. Mas para quem nunca jogou a série - meu caso - Warcraft nada mais é que uma experiência enfadonha e genérica de fantasia medieval. Nota: 4,0


PS 1: assistindo ao filme pude reparar em diversos erros de tradução. Nada muito relevante, mas ainda assim alterando levemente o sentido de algumas falas. Até nisto o filme decepciona!

PS 2: os realizadores de Warcraft foram incompetentes, porém, não se pode dizer que não foram otimistas! Afinal, na verdade o que vemos é apenas o encerramento de um arco da história, propositalmente foram incluídas diversos fortes ganchos para mais de uma continuação. Mas como o filme até este momento sequer chegou a metade de seu custo (US$ 80 milhões) em bilheterias, provavelmente seremos poupados de uma sequência.

PS 3: (atualização as 18h do dia 07/06/16) acabo de ler uma notícia que só na pré-estreia o filme já passou da marca de US$ 20 milhões na China. Olha só, talvez os chineses salvem o filme do prejuízo!

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