terça-feira, 28 de junho de 2016

Crítica - Uma Repórter em Apuros (2016)

TítuloUma Repórter em Apuros ("Whiskey Tango Foxtrot", EUA, 2016)
Diretores: Glenn Ficarra, John Requa
Atores principais: Tina Fey, Margot Robbie, Martin Freeman, Alfred Molina, Christopher Abbott, Billy Bob Thornton
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=6nn7L6EJq0c
Nota: 7,0
Mais sério, profundo e melhor do que prometia

Esqueça o trailer repleto de piadas bobinhas, o título boçal que traduziram para o filme, e também, esqueça que a protagonista é a comediante Tina Fey. Pois apesar de todos os indícios Uma Repórter em Apuros possui conteúdo sério e quantidade apenas moderada de comédia.

Na história - baseada no livro auto-biográfico da jornalista estadunidense Kim Barker - Tina Fey interpreta uma repórter quarentona que nunca teve a oportunidade de aparecer na televisão. Quando sua emissora lhe apresenta a possibilidade de ser uma correspondente internacional no Afeganistão em guerra (e com isto aparecer ao vivo em um jornal da TV) ela não pensa duas vezes e topa o desafio. Despreparada, aprendemos junto com ela como viver em um país machista e em conflito armado.

No começo do filme, a impressão é mesmo que estamos diante de uma comédia comum. São várias as piadinhas, e a maioria delas inclusive são sobre sexo. Porém com o passar do tempo, gradativamente a história se torna mais séria, e não há muito mais do que rir.

Portanto, muito além dos clichês de comédias e filme de guerra, Uma Repórter em Apuros em primeiro lugar mostra de maneira leve sobre como é viver em um mundo masculino. Mas além disto, o filme traz assuntos como relacionamentos, ética profissional, o "se encontrar" na vida, e, por que não, diferenças culturais e os riscos e tragédias da guerra. Tudo de forma bem sutil, sem nenhum "didatismo".

Reforçado por um elenco estrelado que conta também com Margot Robbie, Martin Freeman, Alfred Molina e Billy Bob Thornton (todos muito bem), Uma Repórter em Apuros consegue entreter, educar e emocionar ao mesmo tempo. E principalmente, o faz de maneira não convencional: é muito difícil prever o que vai acontecer na história, e o que vai acontecer com a protagonista. Em tempos onde sabemos o final de um filme antes mesmo dele estrear, isto é uma enorme qualidade. Nota: 7,0

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