terça-feira, 12 de julho de 2016

Crítica - Independence Day: O Ressurgimento (2016)

Título: Independence Day: O Ressurgimento ("Independence Day: Resurgence", EUA, 2016)
Diretor: Roland Emmerich
Atores principais: Liam Hemsworth, Jeff Goldblum, Jessie T. Usher, Bill Pullman, Maika Monroe,William Fichtner, Brent Spiner
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=LwgF3bmQ1rE
Nota: 4,0
20 anos depois os aliens retornam... para um filme muito pior

Antes de qualquer coisa, uma explicação para os mais novos. Quando o primeiro Independence Day saiu nos cinemas em 1996 ele foi um enorme sucesso. Foi naquele momento nada menos que a 2ª maior bilheteria de todos os tempos e de quebra lançou o ator Will Smith para o estrelato.

E por falar em Will Smith, ironicamente ele é o único nome importante que não voltou para esta continuação (o estúdio diz que ele pediu dinheiro demais, já o diretor diz que Will não queria fazer ficção científica naquele momento devido o fracasso de Depois da Terra).

Desta maneira, sem o Will voltaram o diretor Roland Emmerich e também outros seis atores reprisando seus papéis. Deles, destaco o tecnólogo de Jeff Goldblum, o ex-presidente de Bill Pullman e o cientista louco de Brent Spiner, que aliás supostamente morrera no filme anterior.

Independence Day: O Ressurgimento consegue ser desinteressante para seus dois tipos possíveis de público: os que assistiram e os que não assistiram o filme anterior. Para quem não assistiu, a sensação é de chegar no meio de uma história, já que as rasas explicações do que está acontecendo não são suficientes para aproveitar o filme. Por outro lado, quem já viu estará diante de um mais do mesmo, vendo basicamente a mesma trama do primeiro Independence Day sendo que agora os personagens que você conhece tem pouca importância e são substituídos de maneira apressada por uma nova geração de atores desprovida de carisma e com atuações duvidosas.

As exceções da frase acima vão para Goldblum e Liam Hemsworth - os menos piores - tanto em atuação como em termos de personagem.

Se no primeiro filme os aliens eram muito superiores a humanidade e só perderam devido a um Deus ex machina absurdo, agora os ETs são ainda mais superiores e a maneira com que são derrotados é ainda mais idiota. Em suma, pouco no filme faz sentido, tudo que temos no roteiro são desculpas ruins para colocar efeitos especiais na tela. E haja efeitos de computador! Eles dominam o filme e pelo menos são bons... ou melhor, dentro da média das grandes produções atuais.

Em seu ato final Independence Day: O Ressurgimento melhora bastante, principalmente porque as homenagens ao filme anterior enfim acabaram. Em termos de ação e visual a batalha final é bem bacana, mas ainda assim nada original, já que mistura os designs do primeiro filme com o que já vimos em Guerra dos Mundos (2005).

Passaram-se 20 anos e não conseguiram fazer um roteiro decente para a continuação de Independence Day. E pior, o final tem um enorme gancho para outra continuação. Que demorem 40 anos para fazê-la: os 20 desta vez não foram suficientes. Nota: 4,0

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Crítica Netflix - I Am Mother (2019)

Título :  I Am Mother (idem, Austrália, 2019) Diretor : Grant Sputore Atores principais :  Clara Rugaard, Hilary Swank, Luke Hawker, R...