A lista voltou! Após assistir 25 séries originais Netflix, elegi as 10 melhores delas e publiquei uma lista em 2019 (clique aqui para ver); depois assisti 25 outras séries originais e fiz outro top 10, o qual publiquei em 2022 (clique aqui). Agora vamos a terceira lista: mais 25 seriados originais assistidos, e destes, trago pra vocês breves comentários dos 10 que achei melhores dentre eles:
Ainda que não tenha feito sucesso no Brasil, esta série de comédia foi bem sucedida nos EUA, tanto que chegou a ter um especial de Natal. Porém até agora eu e os fãs de lá aguardam por uma 2ª temporada, que nunca foi anunciada. Resumidamente, a série, que até agora só teve 6 episódios, mistura comédia, investigação policial e reality show. Em cada episódio temos um assassinato para ser resolvido, e o detetive Terry Seattle (Will Arnett) o faz com a ajuda de um ator convidado diferente. O "tchans" do programa é que o ator convidado não sabe nada do que está acontecendo (ele não recebe o roteiro do episódio), e então cabe a ele, juntamente com o telespectador, tentar descobrir no final quem foi o assassino. Em geral não é difícil descobrir o culpado, mas ainda assim, é uma experiência interessante que agrada os fãs de história de detetive.
9) Asterix e Obelix: O Combate dos Chefes (1 temporada)
Minissérie de animação com apenas 5 episódios com cerca de 35 minutos cada, o desenho é baseado no álbum O Combate dos Chefes, um dos mais engraçados de Asterix. Se por um lado os 3 primeiros episódios seguem consideravelmente próximos à obra dos quadrinhos, nos 2 episódios finais a trama leva à rumos bem distintos, com o protagonismo do chefe Abracurcix sendo substituído por um destaque bem maior em Obelix e Panoramix, além da inclusão de alguns personagens não presentes na obra original.
A série faz mais piadas com temas dos tempos atuais do que com o universo de Asterix, e também por isso, com ela o espectador que não conhece o mundo dos gauleses continuará sem aprender muito; por outro lado, Asterix e Obelix: O Combate dos Chefes é um bom entretenimento e acessível para todos, que conhecem ou não as histórias de Asterix.
Eu já elogiei bastante aqui o seriado Mindhunter, que a dona Netflix resolveu cancelar. Inside Man é a coisa mais próxima de Mindhunter que já vi, porém inferior. A primeira temporada possui apenas 4 episódios e eu tinha certeza que logo ganharia alguma continuação. Porém, a série é de 2022 e até agora nada...
Criada por Steven Moffat (o mesmo criador do seriado Sherlock, da BBC), trata-se de um suspense policial envolvendo caça à assassinos. A trama é um pouco confusa, com algumas falhas, mas ainda assim se mantém com suas reviravoltas e tensão constante. O elenco, capitaneado por David Tennant e Stanley Tucci, também é outro atrativo.
A série fenômeno sul-coreana entra na minha lista devido sua primeira temporada. E só não está na 1ª ou 2ª posição dela justamente por ter mais de uma temporada.
Bastante violento, o programa mostra um reality show onde pessoas desesperadas participam de provas onde podem morrer, tudo para tentar ganhar um prêmio milionário e mudar suas vidas. Round 6 nos mostra a dura história de alguns dos protagonistas, e principalmente, escancara o que o livre capitalismo acabou fazendo com a Coréia do Sul: milhões de pessoas miseráveis, endividadas, mesmo trabalhando a exaustão em subempregos. Mas claro, em paralelo há os poucos bilionários, que aliás, estão por trás desta competição doentia.
Round 6 deveria ter se encerrado na primeira temporada, e o fato de não acontecer me irritou bastante, tanto que não assisti as temporadas 2 e 3. Se a primeira temporada tem uma aprovação unânime, a recepção para as outras temporadas foi mista, e sendo mais preciso, com mais críticas do que elogios.
Estamos aqui diante da segunda animação da lista, agora um anime, e do qual escrevi elogios a respeito, após assistir seus primeiros 11 episódios. A primeira temporada possui 24 episódios (com cerca de 27 min cada), e a história será concluída na segunda temporada, cuja estréia, embora prometida para 2025, provavelmente só vai sair no primeiro semestre de 2026.
A história acompanha um grupo de heróis descendo uma masmorra, e é uma ótima maneira de apresentar este tipo de universo para quem ainda não é familiar com os mundos de aventuras medievais de fantasia dos "RPG". Leve, bem humorado - ainda que vá acrescentando um pequeno tom de mistério e terror conforme a trama avança - temos criaturas e personagens diversos sendo apresentados ao longo dos episódios de maneira bem natural. O inesperado e a criatividade também são fatores bem presentes no enredo de Dungeon Meshi.
Bem, esta série de comédia polonesa é tão boa que não me contive e também já fiz um artigo sobre ela anteriormente. Então agora vamos com uma descrição mais resumida. Trata-se de um mocumentário sobre um pequeno vilarejo polonês, no ano de... 1670 (quem diria!).
A série ironiza os costumes antiquados daquele tempo, assim como a submissão a religião e a nobreza, porém também de modo surpreendente faz piadas com temas atuais, como celulares, feminismo, redes sociais, etc. Ainda que não seja um humor tipicamente "britânico", a série lembra um pouco do que vemos nos filmes do Monty Python, como Em Busca do Cálice Sagrado (1975) e A Vida de Brian (1979). Até agora foram duas temporadas (e uma terceira já foi prometida), sendo a 1ª, que é mais focada em piadas rápidas, é melhor que a 2ª, com tramas um pouco mais longas. Dá para assistir rapidinho: cada temporada conta com 8 episódios de cerca de 30 minutos.
Minissérie alemã de ficção científica com apenas 4 episódios, que começa com muitas perguntas. Acompanhamos a astronauta Paula, que está voltando à Terra após algo estranho ter acontecido em sua missão, e que ainda não sabemos do que se trata (o tal "Sinal" é uma delas). Seu marido Sven e sua filha Charlie acabam envolvidos em todos os mistérios em que Paula fez parte e viram alvo do governo.
Temos aqui um suspense lento e repleto de dúvidas, mas que felizmente são todas respondidas dentro de um bom roteiro que fala sobre conspirações e política. Após seu lançamento O Sinal foi comparado com o também seriado alemão Dark, devido seus mistérios, reviravoltas e tramas paralelas (mas tudo em menor escala). Como um todo, gostei bastante da série. O final de O Sinal poderia ter sido melhor, mas ainda assim foi mais satisfatório que o desfecho de Dark, ainda que tenha um ponto nele que eu considero impossível de acontecer no mundo real.
Série britânica - ou melhor, irlandesa - sobre um grupo de 3 podcasters investigando um possível assassinato em uma pequena cidadezinha do litoral da Irlanda. O trio principal é formado por ótimos atores e os personagens não são lá muito amigáveis entre eles, o que torna acompanhá-los mais interessante. São apenas 7 episódios e em cada um deles há uma reviravolta que muda o rumo da investigação dos protagonistas.
A série traz um bocado de sarcasmo, humor ácido, e provocações com o "mau humor e ignorância do irlandês de cidade pequena". Para quem gosta de séries de investigações e/ou britânicas, é uma boa pedida.
Assim como 1670, O Mundo Por Philomena Cunk é um mocumentário sobre História, mas aqui o assunto é uma jornada por toda a historia da humanidade. Também se trata de uma comédia repleta de ironia e nonsense, que lembra bastante Monty Python. E desta vez o seriado também é britânico, e não polonês, como é 1670.
A série é realmente muito engraçada, e um deleite especial para quem curte História. A tal personagem Philomena Cunk (Diane Morgan), já protagonizou alguns outras minisséries do mesmo estilo, sendo esta aqui a melhor delas e a única que chegou por enquanto à Netflix. Neste ano de 2025 foi lançado o filme A Vida Por Philomena Cunk, que é legal, mas inferior a esta série. O Mundo Por Philomena Cunk possui 5 episódios, e caso queira saber mais, escrevi mais sobre ele aqui.
Sandman é uma obra de quadrinhos escrita por Neil Gaiman, entre o final dos anos 80 e início dos anos 90, e se encontra entre as melhores HQs de todos os tempos. Composta de 75 edições, a adaptação feita pela Netflix em duas temporadas (11 episódios na primeira, e 12 episódios na segunda) cobre a história completa das revistas, e na verdade até além, já que o último capítulo de cada temporada são contos extras, fechados e independentes, que fazem parte do mesmo universo mas não tem relação com a história principal.
A trama conta a história de Sonho, um dos sete Perpétuos, e suas interações e aventuras com os humanos e outras entidades sobrenaturais (em ordem de idade, do mais velho para o mais novo, os Perpétuos são: Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio - o nome de todos eles propositalmente começa com a letra "D" no inglês original). A adaptação para a TV acabou mudando um bocado de coisas, mas ao mesmo tempo, é bastante fiel a obra original. Diria que a primeira temporada é excelente, assim como a primeira metade da segunda. Altamente recomendável.
Não gostei tanto da metade final da última temporada. É meio corrida, alterações para pior, o que menos gostei foi a alteração feita em que o papel que na história original seria do corvo Matthew, foi trocada pela Johanna Constantine. Isso fez a trama ficar mais "melodramática", além de mostrar um Coríntio bem mais bonzinho que no das HQs. A justificativa oficial para a troca foi economizar dinheiro com CGI. Porém na vida real, a atriz que interpreta Johanna (Jenna Coleman) é namorada do diretor e co-produtor da série (Jamie Childs)... Ao menos o último episódio de todos, um especial sobre a Morte, é muito bom e encerra a série de Sandman em alta. Para quem curte séries de fantasia meio dark / contemplativas, não tem como errar com Sandman.
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