Diretor: Michael Haneke
Atores principais: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva
Nota: 7,0
“Duro e realista, mas surpreendentemente não tão chocante”
Este é o primeiro filme do elogiado diretor alemão Michael Haneke que assisto. E sua fama de fazer filmes "pesados" me deixou preparado para o pior assitindo Amor, sua nova produção. Premiadíssimo, Amor levou a Palma de Ouro de Cannes em 2012, e mais recentemente ganhou 5 indicações ao Oscar, dentre elas a de de Melhor Filme.
A trama não alivia: Um casal francês, Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), ambos com mais de 80 anos de idade e professores de música aposentados vivem em um modesto apartamento em Paris. Até que Anne sofre um AVC e fica com seu lado direito paralisado; com isto seu marido prova seu amor ao se dedicar a tratá-la a partir de então.
Amor é bastante realista. E aborda todos os problemas e dilemas associados a esta situação: a frustração e desânimo de Anne, a impotência e preocupação de George, a impaciência e revolta da filha (e a briga dela com o pai para deixar a mãe em um hospital), a dificuldade de se arrumar bons enfermeiros, e principalmente, a proximidade da morte. Tudo esta lá, de maneira direta, sem distrações.
A trama não alivia: Um casal francês, Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), ambos com mais de 80 anos de idade e professores de música aposentados vivem em um modesto apartamento em Paris. Até que Anne sofre um AVC e fica com seu lado direito paralisado; com isto seu marido prova seu amor ao se dedicar a tratá-la a partir de então.
Amor é bastante realista. E aborda todos os problemas e dilemas associados a esta situação: a frustração e desânimo de Anne, a impotência e preocupação de George, a impaciência e revolta da filha (e a briga dela com o pai para deixar a mãe em um hospital), a dificuldade de se arrumar bons enfermeiros, e principalmente, a proximidade da morte. Tudo esta lá, de maneira direta, sem distrações.
Mesmo assim, para minha surpresa, Amor não choca tanto. Pode ser uma percepção minha, já que sei que a vida é exatamente como o filme mostra, nada que vi foi novidade. Mesmo assim, é evidente que não sou só eu: o diretor tem "culpa" em aliviar o peso emocional do filme.
Por exemplo, as cenas mais fortes são curtas. Mesmo claramente mais abatida e mais doente com o passar do tempo, Anne está sempre "arrumada" nas filmagens... limpa, bem cuidada. Este esmero se reflete no ambiente: a fotografia é muito bonita, as cenas são sempre bem iluminadas, e isto consegue transformar o velho apartamento dos protagonistas em algo aconchegante. Tudo isto torna o filme muito menos pesado para se assistir.
Georges pouco fala, nunca reclama. Só vemos seu sofrimento no olhar. A atuação de Jean-Louis Trintignant é tão boa quanto a de Emmanuelle Riva (que foi muito mais indicada a prêmios que ele, inclusive ao Oscar de Melhor Atriz). Mas se ambos atuam muito bem, acima da média, não chegam a me impressionar tanto, até porque, novamente, não há muitas cenas que lhes exijam tanto. Os maiores dramas estão reservados para pequenas cenas.
No fundo, o maior pesar ao assistir Amor é a paciência. O filme é bastante lento, e nos transforma em cúmplices do casal no sofrimento que é ver o tempo passar tão devagar em uma situação tão desagradável.
Bastante realista, bem executado, sem defeitos, Amor é um filme muito bom mas que não surpreende e evita chocar, o que faz perder para mim alguns pontos. Nota: 7,0.
No fundo, o maior pesar ao assistir Amor é a paciência. O filme é bastante lento, e nos transforma em cúmplices do casal no sofrimento que é ver o tempo passar tão devagar em uma situação tão desagradável.
Bastante realista, bem executado, sem defeitos, Amor é um filme muito bom mas que não surpreende e evita chocar, o que faz perder para mim alguns pontos. Nota: 7,0.