sábado, 16 de fevereiro de 2013

Crítica - João e Maria: Caçadores de Bruxas (2013)

Título: João e Maria: Caçadores de Bruxas ("Hansel & Gretel: Witch Hunters", Alemanha / EUA, 2013)
Diretor: Tommy Wirkola
Atores principais:  Jeremy Renner, Gemma Arterton, Famke Janssen
Nota: 4,0

“Sessão da Tarde em forma de videoclipe”

Particularmente, não gosto deste tipo de "releitura" dos contos de fábulas. Transformar uma história infantil em um filme com um monte de ação sem propósito. Meses atrás, isto já fora feito com Branca de Neve e o Caçador, filme que ainda não assisti. E como ambos foram bem de bilheteria (muito bem aqui no Brasil, aliás), certamente ainda vamos ter vários filmes seguindo esta fórmula.

Apesar de meus protestos, se as cenas de ação forem bem feitas estes filmes podem se tornar um bom entretenimento apesar de tudo. Porém, infelizmente não é o que acontece aqui em João e Maria: Caçadores de Bruxas.

A história é bem simplória: João (Jeremy Renner) e Maria (Gemma Arterton) se tornaram celebridades ainda crianças, por matarem a bruxa que os seqüestrou. E resolveram desde então virarem "profissionais" no caça às bruxas. A história que vêm a seguir é parecidíssima com a do divertido Os Irmãos Grimm (2005), de Terry Gilliam, porém os Grimm nos proporcionam algum enredo, o que não acontece aqui. João e Maria é pura ação e mais nada.

As dezenas de lutas espalhadas ao longo da trama são bastante irregulares. Algumas muito boas, mas a maioria delas são lutas fake. Você acha que vê os heróis e as bruxas se batendo o tempo todo, mas tudo é tão rápido que você não vê os golpes de verdade. Apenas os imagina.

A única coisa realmente boa do filme são as imagens. A fotografia é muito bonita e as lutas parecem videoclipes. Não a toa, um dos estúdios das filmagens de João e Maria foi o MTV Films. A maquiagem também me agradou. Mesmo as bruxas, feitas para serem horríveis, ficaram bonitas e críveis nas telas.

Há uma outra qualidade no filme. A presença de um trol almofadinha e de bruxas "do bem" proporcionam algumas cenas inesperadas no meio de tantos clichês. Por outro lado, a "atuação" de Jeremy Renner é digna de um estudo científico. Como alguém consegue ser tão sem expressão? Nem o cigano Igor de Ricardo Macchi conseguiu tal façanha.

Em geral, João e Maria é um filme bem previsível, rodando no automático. Um trabalho bem preguiçoso do diretor Tommy Wirkola. Me senti como vendo um daqueles filmes da Sessão da Tarde, da TV Globo. Serve para se distrair, passar o tempo, mas é tudo o que você já viu dezenas de vezes. Nota: 4,0.

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