Diretor: Anthony Russo, Joe Russo
Atores principais: Chris Evans, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Robert Redford, Sebastian Stan, Anthony Mackie
Uma boa evolução do filme anterior
Capitão América: O Primeiro Vingador (2011), não me agradou. Um filme apenas mediano e que nasceu datado: parece ter sido feito na década de 80. Agora com novos diretores (são 2), surge a sequência Capitão América 2: O Soldado Invernal, que felizmente é bem melhor que seu predecessor. Certamente um bom filme, mas longe de ser perfeito: por exemplo, algumas de suas cenas de ação são tão exageradas que comprometem o trabalho como um todo.
Na trama deste segundo capítulo, Capitão América / Steve Rogers (Chris Evans) e seus companheiros Nick Fury (Samuel L. Jackson), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Falcão (Anthony Mackie) se juntam para salvar o mundo de uma ameaça global. Ameaça que, desta vez, vem de dentro da própria S.H.I.E.L.D., onde há agentes da H.I.D.R.A. infiltrados.
Este cenário faz com que Capitão América 2: O Soldado Invernal se pareça bastante com os mais recentes filmes das franquias Missão Impossível e James Bond: muita ação, algumas reviravoltas, espionagem, planos secretos, e principalmente: "não confie em ninguém".
Todo este pano de fundo de espionagem não é uma má notícia. Pelo contrário, é uma grande virtude: a explicação do como a infiltração da H.I.D.R.A. aconteceu, o Capitão questionando se as agências secretas realmente fazem algum bem às pessoas, o debate sobre a liberdade do indivíduo versus a vigilância que os governos impõem... tudo isto é bastante plausível, atual, interessante e o ponto alto do filme.
Já o desenvolvimento dos personagens é irregular: se por um lado o desenvolvimento de nenhum deles é aprofundado, por outro, também nenhum deles é "abandonado". Todos os personagens coadjuvantes principais são interessantes e possuem relevância à trama. O tal "Soldado Invernal" (Sebastian Stan) aparece bem e chama a atenção do público. Seu figurino (e o do Falcão) são visualmente muito bem bolados, em contrapartida ao do figurino do Capitão, que por mais que a produção se esforce, nunca fica tão bonito e parecido com o visual dos quadrinhos.
E se Capitão América 2: O Soldado Invernal é diferente dos demais filmes da Marvel devido a seus toques de espionagem, por outro lado o filme não deixa de ser bem parecido. Afinal, ele também segue a risca a "fórmula de sucesso Marvel" atual: bastante correria, cenas intercaladas com piadinhas, Stan Lee fazendo novamente uma ponta... Repetitivo, mas ainda divertido.
O maior problema do filme se encontra nas cenas de ação. É verdade que algumas são muito boas (as lutas contra o Soldado Invernal, por exemplo) e os efeitos especiais são competentes. Porém são vários os deslizes.
Para começar, Capitão América 2: O Soldado Invernal comete o pecado de exagerar no poder de seus personagens. Todos (principalmente o Capitão América) são praticamente super-humanos. Por mais que o Capitão tenha tomado o "soro do supersoldado", alguns de seus feitos na tela são difíceis de engolir.
Algumas cenas são mal executadas: há momentos de luta filmados com cortes bruscos, porém quando estas cenas cortadas são montadas em sequencia, nem sempre elas fazem coerência visual, tornando difícil de entender o que está acontecendo na tela.
A primeira cena de ação do filme é a pior de todas. Para mostrar o quanto o Capitão é tão mais forte e rápido que os demais, ele passa correndo (e ao mesmo tempo distribuindo golpes) diante de dezenas de inimigos, mas todos eles caem inertes aos pés de Steve Rogers sem mesmo havendo um contato. É isto mesmo: dá para perceber claramente que os capangas apenas simulam que levaram os golpes e se jogam ao chão. Chega a constranger.
Outro problema vem dos exageros nos tiroteios. Sabem os filmes policiais onde o mocinho passa correndo diante de cinco bandidos atirando mas nenhum tiro o acerta? Se isto já é forçado neste caso, imagine aqui onde os bandidos são centenas, todos com metralhadoras, bombas, projéteis teleguiados... e mesmo assim igualmente ninguém é ferido? Nada acerta o Capitão América: com apenas um escudo ele protege seu corpo inteiro (e de seus amigos) em um angulo de 360 graus. Forçado demais!
Com um roteiro interessante e mais altos do que baixos, Capitão América 2: O Soldado Invernal garante a diversão de quem curte filmes que mesclam espionagem com ação. Nota: 7,0.
PS: desta vez são DUAS cenas adicionais nos créditos finais: uma no meio deles, e outra ao final de todos. A primeira cena é um baita preview da trama do futuro Os Vingadores 2: A Era de Ultron. Já a segunda cena, curiosamente, pode ser o início do plano para a substituição do ator que faz o Capitão América: Chris Evans não está querendo renovar com a Marvel, e talvez teremos em Vingadores 2 sua última participação.
Na trama deste segundo capítulo, Capitão América / Steve Rogers (Chris Evans) e seus companheiros Nick Fury (Samuel L. Jackson), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Falcão (Anthony Mackie) se juntam para salvar o mundo de uma ameaça global. Ameaça que, desta vez, vem de dentro da própria S.H.I.E.L.D., onde há agentes da H.I.D.R.A. infiltrados.
Este cenário faz com que Capitão América 2: O Soldado Invernal se pareça bastante com os mais recentes filmes das franquias Missão Impossível e James Bond: muita ação, algumas reviravoltas, espionagem, planos secretos, e principalmente: "não confie em ninguém".
Todo este pano de fundo de espionagem não é uma má notícia. Pelo contrário, é uma grande virtude: a explicação do como a infiltração da H.I.D.R.A. aconteceu, o Capitão questionando se as agências secretas realmente fazem algum bem às pessoas, o debate sobre a liberdade do indivíduo versus a vigilância que os governos impõem... tudo isto é bastante plausível, atual, interessante e o ponto alto do filme.
Já o desenvolvimento dos personagens é irregular: se por um lado o desenvolvimento de nenhum deles é aprofundado, por outro, também nenhum deles é "abandonado". Todos os personagens coadjuvantes principais são interessantes e possuem relevância à trama. O tal "Soldado Invernal" (Sebastian Stan) aparece bem e chama a atenção do público. Seu figurino (e o do Falcão) são visualmente muito bem bolados, em contrapartida ao do figurino do Capitão, que por mais que a produção se esforce, nunca fica tão bonito e parecido com o visual dos quadrinhos.
E se Capitão América 2: O Soldado Invernal é diferente dos demais filmes da Marvel devido a seus toques de espionagem, por outro lado o filme não deixa de ser bem parecido. Afinal, ele também segue a risca a "fórmula de sucesso Marvel" atual: bastante correria, cenas intercaladas com piadinhas, Stan Lee fazendo novamente uma ponta... Repetitivo, mas ainda divertido.
O maior problema do filme se encontra nas cenas de ação. É verdade que algumas são muito boas (as lutas contra o Soldado Invernal, por exemplo) e os efeitos especiais são competentes. Porém são vários os deslizes.
Para começar, Capitão América 2: O Soldado Invernal comete o pecado de exagerar no poder de seus personagens. Todos (principalmente o Capitão América) são praticamente super-humanos. Por mais que o Capitão tenha tomado o "soro do supersoldado", alguns de seus feitos na tela são difíceis de engolir.
Algumas cenas são mal executadas: há momentos de luta filmados com cortes bruscos, porém quando estas cenas cortadas são montadas em sequencia, nem sempre elas fazem coerência visual, tornando difícil de entender o que está acontecendo na tela.
A primeira cena de ação do filme é a pior de todas. Para mostrar o quanto o Capitão é tão mais forte e rápido que os demais, ele passa correndo (e ao mesmo tempo distribuindo golpes) diante de dezenas de inimigos, mas todos eles caem inertes aos pés de Steve Rogers sem mesmo havendo um contato. É isto mesmo: dá para perceber claramente que os capangas apenas simulam que levaram os golpes e se jogam ao chão. Chega a constranger.
Outro problema vem dos exageros nos tiroteios. Sabem os filmes policiais onde o mocinho passa correndo diante de cinco bandidos atirando mas nenhum tiro o acerta? Se isto já é forçado neste caso, imagine aqui onde os bandidos são centenas, todos com metralhadoras, bombas, projéteis teleguiados... e mesmo assim igualmente ninguém é ferido? Nada acerta o Capitão América: com apenas um escudo ele protege seu corpo inteiro (e de seus amigos) em um angulo de 360 graus. Forçado demais!
Com um roteiro interessante e mais altos do que baixos, Capitão América 2: O Soldado Invernal garante a diversão de quem curte filmes que mesclam espionagem com ação. Nota: 7,0.
PS: desta vez são DUAS cenas adicionais nos créditos finais: uma no meio deles, e outra ao final de todos. A primeira cena é um baita preview da trama do futuro Os Vingadores 2: A Era de Ultron. Já a segunda cena, curiosamente, pode ser o início do plano para a substituição do ator que faz o Capitão América: Chris Evans não está querendo renovar com a Marvel, e talvez teremos em Vingadores 2 sua última participação.