Diretor: J.C. Chandor
Atores principais: Oscar Isaac, Jessica Chastain, David Oyelowo, Albert Brooks, Elyes Gabel
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YXoq-5a6MT4
Nota: 7,0
Nota: 7,0
Bom suspense policial com bom desenvolvimento dos personagens
Estamos em 1981. E conforme o título do filme diz, este foi de fato o ano mais violento da história de Nova York. Para míseros 365 dias foram reportados mais de 120 mil casos de roubo... tudo isto em uma única cidade!
E o protagonista de O Ano Mais Violento também padece desta violência: Abel Morales (Oscar Isaac) é um empresário em franca ascensão do ramo de distribuição de petróleo. Porém seus caminhões sofrem assaltos frequentemente, a ponto de colocar em risco o funcionamento da empresa. Ele pede ajuda a polícia, que não o auxilia... muito pelo contrário: através do promotor Lawrence (David Oyelowo), a empresa de Morales passa a ser investigada por fraudes e sonegação de impostos. Para piorar, Abel tem poucos dias para pagar uma enorme dívida e precisa desesperadamente buscar investidores no meio deste caos.
Esta portanto é a história de O Ano Mais Violento: uma contagem regressiva para constatarmos se Abel resolve ou não todos seus problemas antes do deadline do pagamento de seus débitos, que se não cumpridos, praticamente significa sua falência.
E em meio a esta jornada, somos expostos a toda criminalidade, corrupção e decadência da então Nova York. Por exemplo, aprendemos que o negócio do petróleo é comandado por verdadeiros mafiosos. O Ano Mais Violento acaba sendo, portanto, uma mistura de suspense policial e filme de máfia. E é uma história consideravelmente interessante. Seu ponto forte, entretanto, fica para o desenvolvimento de seus personagens.
Vamos conhecendo Abel e sua esposa Anna Morales (Jessica Chastain) bem lentamente. E ambos proporcionam algumas situações surpreendentes na tela. Ou melhor, não é bem isso... depois que as "surpresas" acontecem, ao parar para se pensar nos pequenos e sutis detalhes exibidos anteriormente, você consegue entender que a surpresa não deveria ser tão surpresa assim... e que tudo fica crível e compatível dentro da história. E isto é bastante gratificante.
Há outras qualidades em O Ano Mais Violento: as atuações, principalmente de Oscar Issac e Jessica Chastain, estão muito boas. E não custa lembrar que infelizmente ambos foram ignorados pelo Oscar...
Além disto, Fotografia e Direção de Arte também são dignas de elogios, sendo ambas bem sucedidas em emular a Nova York de 81. Aliás, a baixa iluminação somada a alta saturação das cores, abuso de tons vermelhos... tudo isto faz com que o filme se pareça muito visualmente com as produções de mesmo gênero dos anos 70 e 80 (O Poderoso Chefão é um destes exemplos).
Embora seja um thriller policial o filme não tem tanta ação, principalmente devido a Abel, que abomina a violência e sempre busca diálogos. Desta forma, O Ano Mais Violento infelizmente perde bastante em dinamicidade. Paradoxalmente, entretanto, o filme apresenta duas grandes sequencias de ação. Ambas excelentes, muito bem executadas, repletas de tensão e adrenalina.
Com uma história boa porém lenta, cujo destaque fica para o casal protagonista, O Ano Mais Violento é uma boa pedida para quem sente saudades dos grandes clássicos de drama policial / máfia dos anos 70 / 80. Nota: 7,0.
E o protagonista de O Ano Mais Violento também padece desta violência: Abel Morales (Oscar Isaac) é um empresário em franca ascensão do ramo de distribuição de petróleo. Porém seus caminhões sofrem assaltos frequentemente, a ponto de colocar em risco o funcionamento da empresa. Ele pede ajuda a polícia, que não o auxilia... muito pelo contrário: através do promotor Lawrence (David Oyelowo), a empresa de Morales passa a ser investigada por fraudes e sonegação de impostos. Para piorar, Abel tem poucos dias para pagar uma enorme dívida e precisa desesperadamente buscar investidores no meio deste caos.
Esta portanto é a história de O Ano Mais Violento: uma contagem regressiva para constatarmos se Abel resolve ou não todos seus problemas antes do deadline do pagamento de seus débitos, que se não cumpridos, praticamente significa sua falência.
E em meio a esta jornada, somos expostos a toda criminalidade, corrupção e decadência da então Nova York. Por exemplo, aprendemos que o negócio do petróleo é comandado por verdadeiros mafiosos. O Ano Mais Violento acaba sendo, portanto, uma mistura de suspense policial e filme de máfia. E é uma história consideravelmente interessante. Seu ponto forte, entretanto, fica para o desenvolvimento de seus personagens.
Vamos conhecendo Abel e sua esposa Anna Morales (Jessica Chastain) bem lentamente. E ambos proporcionam algumas situações surpreendentes na tela. Ou melhor, não é bem isso... depois que as "surpresas" acontecem, ao parar para se pensar nos pequenos e sutis detalhes exibidos anteriormente, você consegue entender que a surpresa não deveria ser tão surpresa assim... e que tudo fica crível e compatível dentro da história. E isto é bastante gratificante.
Há outras qualidades em O Ano Mais Violento: as atuações, principalmente de Oscar Issac e Jessica Chastain, estão muito boas. E não custa lembrar que infelizmente ambos foram ignorados pelo Oscar...
Além disto, Fotografia e Direção de Arte também são dignas de elogios, sendo ambas bem sucedidas em emular a Nova York de 81. Aliás, a baixa iluminação somada a alta saturação das cores, abuso de tons vermelhos... tudo isto faz com que o filme se pareça muito visualmente com as produções de mesmo gênero dos anos 70 e 80 (O Poderoso Chefão é um destes exemplos).
Embora seja um thriller policial o filme não tem tanta ação, principalmente devido a Abel, que abomina a violência e sempre busca diálogos. Desta forma, O Ano Mais Violento infelizmente perde bastante em dinamicidade. Paradoxalmente, entretanto, o filme apresenta duas grandes sequencias de ação. Ambas excelentes, muito bem executadas, repletas de tensão e adrenalina.
Com uma história boa porém lenta, cujo destaque fica para o casal protagonista, O Ano Mais Violento é uma boa pedida para quem sente saudades dos grandes clássicos de drama policial / máfia dos anos 70 / 80. Nota: 7,0.