Diretores: Kyle Balda, Pierre Coffin
Atores principais (vozes): Pierre Coffin, Sandra Bullock, Jon Hamm, Michael Keaton, Allison Janney, Geoffrey Rush
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ly-GueGW3_s
Nota: 6,0
Nota: 6,0
Ainda que muito divertidos, os Minions mereciam ser melhor aproveitados
Os simpáticos Minions apareceram pela primeira vez em 2010, como coadjuvantes do divertido Meu Malvado Favorito, e rapidamente ganharam o carinho do público. A continuação do filme original, Meu Malvado Favorito 2 (2013), foi bem inferior, mas ainda sim, um bom entretenimento... justamente graças aos Minions, que roubaram a cena! Portanto, por mais caça-níquel que possa parecer, até mesmo eu considerei justo os divertidos baixinhos amarelos receberem seu próprio filme.
E enfim, o protagonismo dos Minions aconteceu. Co-dirigido por Kyle Balda e Pierre Coffin (o primeiro, novo na franquia; o segundo, diretor dos dois Meu Malvado Favorito e, ainda, que fez as vozes dos Minions em todos os filmes, inclusive este), apesar de ser bastante divertido, Minions não traz um roteiro bom o suficiente para explorar todo o potencial das atrapalhadas criaturinhas.
Minions começa bem. Ao estilo "documentário de ciência", um narrador apresenta as origens dos amarelinhos, desde o surgimento da vida, passando por dinossauros, até os tempos atuais. Eles possuem um único grande desejo comum: servirem ao mais malvado "chefe" de sua época. Desta maneira, os vemos servindo um tiranossauro rex, faraós, Drácula, Napoleão Bonaparte... até chegarmos ao "hoje", que no caso do filme, é 1968.
Toda esta sequencia de "a evolução dos Minions ao longo da história" - que aliás, é uma das promessas do filme - é divertidíssima. Porém, não dura nem 5 minutos... fora o fato de que a maioria de suas cenas já estarem presentes no trailer. Então, chegamos a história do restante do filme, que é de três Minions (Kevin, Stuart e Bob), que saem ao mundo em busca da maior vilã da época, Scarlett Overkill.
É aí que Minions enfraquece. Sem nenhum carisma, tanto Scarlett quanto qualquer outro personagem humano do filme não empolgam em nenhum momento. A trama principal - de ajudar Scarlett a roubar a coroa da rainha inglesa - é bem desinteressante. Não há nenhum "ponto alto", tudo transcorre de maneira burocrática. Não que o filme não seja bastante engraçado e divertido. Ele é. Na verdade, há várias piadas espalhadas ao longo de toda a história; algumas não tão boas, mas outras, realmente ótimas (as com o rato, a com o globo de neve... são geniais). Confesso ter gargalhado em vários momentos ao longo de toda a projeção. O problema é que todas estas ótimas cenas não possuem ligação com a trama principal. É como se tivéssemos ótimas esquetes cômicas espalhadas pelo filme com um "algo" ligando todas elas. É neste "algo" que Minions decepciona.
Outro ponto que decepciona um pouco é que o filme é menos "louco" do que o esperado. Com o foco sendo dado em apenas três Minions, e não no grupo todo, temos uma espécie de road movie de família, onde Kevin é o "pai", Stuart é o "adolescente rebelde", e Bob é a criança. Esta estrutura faz com que apenas Bob seja verdadeiramente aquele carinha absurdamente louco, insano, empolgado e fofo que todo Minion deveria ser. Principalmente Kevin, é bem mais comportado que os demais.
A ambientação dos anos 60 funciona bem no filme. Com várias referências históricas, e boa representação visual daquela época, esta sensação de viagem no tempo é reforçada por uma ótima trilha sonora, da qual fazem parte músicas clássicas de The Beatles, The Doors, The Who, dentre outros.
Para quem gosta dos Minions (e tem como não gostar deles?), vale a pena assistir seu primeiro filme: as risadas estão garantidas. Entretanto, o encerramento também transmite um ar de frustração: ele poderia ser muito mais engraçado. Será que os Minions só se desenvolvem bem em pequenas participações como coadjuvantes? Espero que não. E daqui alguns anos poderemos ter esta resposta. Certamente Minions ganhará continuação. Nota: 6,0
PS: o engraçadíssimo idioma falado pelos Minions (que felizmente não são traduzidos), é na verdade uma enorme mistura de palavras básicas do francês, inglês, italiano, espanhol e um pouco de japonês. Criada pelo diretor/animador/dublador francês Pierre Coffin, ao contrário do que aconteceu com outros idiomas fictícios, como por exemplo o Klingon (Star Trek) e o Na'vi (Avatar), o "Minionês" não foi levado a sério por seu criador. Não há um "dicionário" sobre a língua. Tudo foi feito de improviso, mas o resultado não deixa de ser sensacional.
E enfim, o protagonismo dos Minions aconteceu. Co-dirigido por Kyle Balda e Pierre Coffin (o primeiro, novo na franquia; o segundo, diretor dos dois Meu Malvado Favorito e, ainda, que fez as vozes dos Minions em todos os filmes, inclusive este), apesar de ser bastante divertido, Minions não traz um roteiro bom o suficiente para explorar todo o potencial das atrapalhadas criaturinhas.
Minions começa bem. Ao estilo "documentário de ciência", um narrador apresenta as origens dos amarelinhos, desde o surgimento da vida, passando por dinossauros, até os tempos atuais. Eles possuem um único grande desejo comum: servirem ao mais malvado "chefe" de sua época. Desta maneira, os vemos servindo um tiranossauro rex, faraós, Drácula, Napoleão Bonaparte... até chegarmos ao "hoje", que no caso do filme, é 1968.
Toda esta sequencia de "a evolução dos Minions ao longo da história" - que aliás, é uma das promessas do filme - é divertidíssima. Porém, não dura nem 5 minutos... fora o fato de que a maioria de suas cenas já estarem presentes no trailer. Então, chegamos a história do restante do filme, que é de três Minions (Kevin, Stuart e Bob), que saem ao mundo em busca da maior vilã da época, Scarlett Overkill.
É aí que Minions enfraquece. Sem nenhum carisma, tanto Scarlett quanto qualquer outro personagem humano do filme não empolgam em nenhum momento. A trama principal - de ajudar Scarlett a roubar a coroa da rainha inglesa - é bem desinteressante. Não há nenhum "ponto alto", tudo transcorre de maneira burocrática. Não que o filme não seja bastante engraçado e divertido. Ele é. Na verdade, há várias piadas espalhadas ao longo de toda a história; algumas não tão boas, mas outras, realmente ótimas (as com o rato, a com o globo de neve... são geniais). Confesso ter gargalhado em vários momentos ao longo de toda a projeção. O problema é que todas estas ótimas cenas não possuem ligação com a trama principal. É como se tivéssemos ótimas esquetes cômicas espalhadas pelo filme com um "algo" ligando todas elas. É neste "algo" que Minions decepciona.
Outro ponto que decepciona um pouco é que o filme é menos "louco" do que o esperado. Com o foco sendo dado em apenas três Minions, e não no grupo todo, temos uma espécie de road movie de família, onde Kevin é o "pai", Stuart é o "adolescente rebelde", e Bob é a criança. Esta estrutura faz com que apenas Bob seja verdadeiramente aquele carinha absurdamente louco, insano, empolgado e fofo que todo Minion deveria ser. Principalmente Kevin, é bem mais comportado que os demais.
A ambientação dos anos 60 funciona bem no filme. Com várias referências históricas, e boa representação visual daquela época, esta sensação de viagem no tempo é reforçada por uma ótima trilha sonora, da qual fazem parte músicas clássicas de The Beatles, The Doors, The Who, dentre outros.
Para quem gosta dos Minions (e tem como não gostar deles?), vale a pena assistir seu primeiro filme: as risadas estão garantidas. Entretanto, o encerramento também transmite um ar de frustração: ele poderia ser muito mais engraçado. Será que os Minions só se desenvolvem bem em pequenas participações como coadjuvantes? Espero que não. E daqui alguns anos poderemos ter esta resposta. Certamente Minions ganhará continuação. Nota: 6,0
PS: o engraçadíssimo idioma falado pelos Minions (que felizmente não são traduzidos), é na verdade uma enorme mistura de palavras básicas do francês, inglês, italiano, espanhol e um pouco de japonês. Criada pelo diretor/animador/dublador francês Pierre Coffin, ao contrário do que aconteceu com outros idiomas fictícios, como por exemplo o Klingon (Star Trek) e o Na'vi (Avatar), o "Minionês" não foi levado a sério por seu criador. Não há um "dicionário" sobre a língua. Tudo foi feito de improviso, mas o resultado não deixa de ser sensacional.