Diretor: Tom Hooper
Atores principais: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard, Matthias Schoenaerts, Ben Whishaw
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=vjq2FgjpXow
Nota: 5,0
Nota: 5,0
Uma grande história real mal aproveitada
Com quatro indicações ao Oscar, A Garota Dinamarquesa é um filme baseado no romance homônimo de David Ebershoff e que conta a história real de Einar Wegener, a primeira pessoa do mundo que comprovadamente realizou uma cirurgia de troca de sexo.
Situada nos anos de 1920 em Copenhagen, Dinamarca, conhecemos a vida do casal de pintores Einar Wegener (Eddie Redmayne) e Gerda (Alicia Vikander). Após um episódio em que Gerda pede para Einar se vestir de mulher para servir de modelo para sua pintura, o marido vai progressivamente (re)descobrindo sua feminilidade oprimida ao longo dos anos.
Os fatos históricos tinham tudo para fazer de A Garota Dinamarquesa um drama de primeira: ser uma "mulher em corpo de homem" já é algo polêmico e alvo de preconceitos atualmente. Imaginem há 90 anos atrás! Fora isto, há o fato de Gerda estar lutando pelo reconhecimento artístico no mesmo tempo que seu marido começa a mudar e o casamento começa a desabar.
Porém, mesmo com temas tão ricos, A Garota Dinamarquesa não consegue abordá-los de maneira interessante. Primeiro, o filme é intimista demais. Quase todo ele possui cenas dentro de casa com apenas Einar e Gerda interagindo entre eles, e com excesso de closes no rosto dos atores. Os diálogos, me desculpem, são cotidianos demais, até bobos... e em nenhum momento emocionam.
Na verdade, desde o começo, A Garota Dinamarquesa foi vendido como tendo grande atrativos a atuação dos atores principais Eddie Redmayne e Alicia Vikander. E de fato, a atuação dos atores parece ser o alvo principal do diretor Tom Hooper. Ambos atuam muito bem, porém nenhum dos dois tem uma performance espetacular. Mais ainda: são tantos closes nas reações dos rostos da dupla que a importância da atuação de ambos decai por excesso. Ver os mesmos trejeitos de sempre nos atores cansa. Neste aspecto, a bela Vikander é menos repetitiva. Já Redmayne... deve ter feito a mesma carinha sorrindo e olhando pra baixo umas 200 vezes ao longo do filme.
Tecnicamente a produção tem suas qualidades. Tanto fotografia quanto figurino são muito bonitos. Bonitos até demais... parece que estamos diante de uma fantasia, e não de um drama. Falando nisto, é impressionante como a maioria do tempo a dupla principal está feliz, sorridente. O drama realmente é colocado de lado em A Garota Dinamarquesa. Como outro exemplo disto, há várias cenas com Redmayne sozinho, feliz, se encantando com as roupas femininas ou com sua transformação.
Bastante elogiado pelos críticos como cinema, A Garota Dinamarquesa por outro lado foi bastante criticado pela imprecisão histórica dos fatos. A explicação para isto é simples: o filme optou por ser fiel ao livro, este uma simples romantização parcialmente baseada no que aconteceu de verdade. De minha parte, independente da sua precisão, entendo que a história é mal contada. Faltou focar mais na mesma e muito menos nos atores. Nota: 5,0
Situada nos anos de 1920 em Copenhagen, Dinamarca, conhecemos a vida do casal de pintores Einar Wegener (Eddie Redmayne) e Gerda (Alicia Vikander). Após um episódio em que Gerda pede para Einar se vestir de mulher para servir de modelo para sua pintura, o marido vai progressivamente (re)descobrindo sua feminilidade oprimida ao longo dos anos.
Os fatos históricos tinham tudo para fazer de A Garota Dinamarquesa um drama de primeira: ser uma "mulher em corpo de homem" já é algo polêmico e alvo de preconceitos atualmente. Imaginem há 90 anos atrás! Fora isto, há o fato de Gerda estar lutando pelo reconhecimento artístico no mesmo tempo que seu marido começa a mudar e o casamento começa a desabar.
Porém, mesmo com temas tão ricos, A Garota Dinamarquesa não consegue abordá-los de maneira interessante. Primeiro, o filme é intimista demais. Quase todo ele possui cenas dentro de casa com apenas Einar e Gerda interagindo entre eles, e com excesso de closes no rosto dos atores. Os diálogos, me desculpem, são cotidianos demais, até bobos... e em nenhum momento emocionam.
Na verdade, desde o começo, A Garota Dinamarquesa foi vendido como tendo grande atrativos a atuação dos atores principais Eddie Redmayne e Alicia Vikander. E de fato, a atuação dos atores parece ser o alvo principal do diretor Tom Hooper. Ambos atuam muito bem, porém nenhum dos dois tem uma performance espetacular. Mais ainda: são tantos closes nas reações dos rostos da dupla que a importância da atuação de ambos decai por excesso. Ver os mesmos trejeitos de sempre nos atores cansa. Neste aspecto, a bela Vikander é menos repetitiva. Já Redmayne... deve ter feito a mesma carinha sorrindo e olhando pra baixo umas 200 vezes ao longo do filme.
Tecnicamente a produção tem suas qualidades. Tanto fotografia quanto figurino são muito bonitos. Bonitos até demais... parece que estamos diante de uma fantasia, e não de um drama. Falando nisto, é impressionante como a maioria do tempo a dupla principal está feliz, sorridente. O drama realmente é colocado de lado em A Garota Dinamarquesa. Como outro exemplo disto, há várias cenas com Redmayne sozinho, feliz, se encantando com as roupas femininas ou com sua transformação.