Mais duas ótimas produções com indicações para o Oscar 2018, e que chegaram ao Brasil em Janeiro. Confiram!
Diretor: Joe Wright
Atores principais: Gary Oldman, Ben Mendelsohn, Kristin Scott Thomas, Lily James, Stephen Dillane, e Ronald Pickup
O Destino de uma Nação recebeu 6 indicações ao Oscar, dentre elas a de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Maquiagem e Melhor Fotografia.
O filme conta o dia a dia do político britânico Winston Churchill em um período bem curto: desde sua posse como Primeiro Ministro até a Operação Dínamo (que curiosamente é retratada em detalhes por um filme "concorrente" no Oscar: Dunkirk).
Mais do que qualquer coisa, O Destino de uma Nação é um filme sobre Política; um filme de diálogos, que apesar de ser em plena 2ª Guerra Mundial não tem nenhuma cena de ação. Ainda assim, seu ritmo é bem dinâmico e agradável graças a seu protagonista.
Gary Oldman está excelente como Churchill. Os trejeitos e voz do falecido dirigente são muito bem imitados. A maquiagem - que torna o ator bem gordo - é irrepreensível. Se Oldman vencer o Oscar por esta sua atuação não seria injusto; e me deixaria feliz. Dito isto entretanto, mesmo com grande atuação e maquiagem eu não consegui "ver" Winston Churchill no filme... apesar de tanto trabalho, ator e personagem possuem rostos demasiadamente diferentes para convencerem meus olhos.
E sobre as outras indicações ao Oscar que ainda não comentei, a Fotografia é muito boa. E embora ela seja melhor nos ambientes internos, o filme traz de diferente justamente algumas cenas externas bem bacanas, onde a câmera vai descendo do céu até o chão para nos dar uma melhor visão do "todo" de cada cena. Já quanto a indicação de Melhor Filme... não... O Destino de uma Nação não tem força para isto.
Para quem gosta de História e Política, O Destino de uma Nação é diversão certa. Ainda que falte ao filme qualquer momento marcante - nem mesmo os discursos famosos de Churchill impressionam - toda a história contada tem passagens curiosas e interessantes, que prendem a atenção do espectador do começo ao fim. Nota: 7,0.
Mais do que qualquer coisa, O Destino de uma Nação é um filme sobre Política; um filme de diálogos, que apesar de ser em plena 2ª Guerra Mundial não tem nenhuma cena de ação. Ainda assim, seu ritmo é bem dinâmico e agradável graças a seu protagonista.
Gary Oldman está excelente como Churchill. Os trejeitos e voz do falecido dirigente são muito bem imitados. A maquiagem - que torna o ator bem gordo - é irrepreensível. Se Oldman vencer o Oscar por esta sua atuação não seria injusto; e me deixaria feliz. Dito isto entretanto, mesmo com grande atuação e maquiagem eu não consegui "ver" Winston Churchill no filme... apesar de tanto trabalho, ator e personagem possuem rostos demasiadamente diferentes para convencerem meus olhos.
E sobre as outras indicações ao Oscar que ainda não comentei, a Fotografia é muito boa. E embora ela seja melhor nos ambientes internos, o filme traz de diferente justamente algumas cenas externas bem bacanas, onde a câmera vai descendo do céu até o chão para nos dar uma melhor visão do "todo" de cada cena. Já quanto a indicação de Melhor Filme... não... O Destino de uma Nação não tem força para isto.
Para quem gosta de História e Política, O Destino de uma Nação é diversão certa. Ainda que falte ao filme qualquer momento marcante - nem mesmo os discursos famosos de Churchill impressionam - toda a história contada tem passagens curiosas e interessantes, que prendem a atenção do espectador do começo ao fim. Nota: 7,0.
Diretores: Dorota Kobiela, Hugh Welchman
Atores principais: Douglas Booth, Robert Gulaczyk, Jerome Flynn, Saoirse Ronan, Helen McCrory, Chris O'Dowd, Eleanor Tomlinson
Com Amor, Van Gogh recebeu apenas uma indicação ao Oscar, a de Melhor Animação, o que considero pouco dado sua qualidade e grandeza de produção.
Considerado o primeiro filme composto 100% de pinturas, depois de apenas 14 dias de filmagens com atores reais um time composto por 125 artistas produziu em 6 anos as 65.000 pinturas a óleo que formam as aproximadas 1h30min de projeção.
A história se passa cerca de 1 ano após a morte de Van Gogh e mostra Armand Roulin (Douglas Booth) recebendo de seu pai carteiro a missão de levar a Theo van Gogh (o irmão do pintor) uma carta de Vincent ainda não entregue. Durante a sua jornada, Armand acaba se interessando pelas estranhas circunstâncias da morte de Van Gogh, e o filme acaba se tornando principalmente uma investigação policial amadora.
Maravilhoso visualmente, o filme é composto em sua maioria por pinturas que simulam o estilo de Van Gogh, com as famosas pinceladas grossas e cores fortes. Apenas quando temos flashbacks as pinturas mudam, indo para um estilo bem mais tradicional e em preto e branco. Muito bacana que além de vermos as obras do pintor em tela, também vemos seus "pensamentos", já que vários trechos de cartas suas são comentados.
Contando com um elenco famoso e talentoso para dar suporte, Com Amor, Van Gogh conta uma história que precisa ser vista por qualquer amante de pintura e/ou curioso pela obra e vida de Vincent. Ao mesmo tempo em que o espectador se deslumbra com o estilo de Van Gogh na tela, sua história é bem interessante, porém bastante melancólica e triste. Dói ver um gênio ser mal tratado, viver deprimido, e pior: morrer de maneira tão inesperada e até "tola".
Retratado de maneira bem plausível historicamente (todos os personagens são pessoas reais que conviveram com o pintor em vida), Com Amor, Van Gogh é facilmente um dos melhores filmes da safra de 2017 e uma homenagem maravilhosa e digna ao genial Vincent Van Gogh. Nota: 8,0.
PS: abaixo exemplos da transformação da filmagem "real" em pinturas.
Considerado o primeiro filme composto 100% de pinturas, depois de apenas 14 dias de filmagens com atores reais um time composto por 125 artistas produziu em 6 anos as 65.000 pinturas a óleo que formam as aproximadas 1h30min de projeção.
A história se passa cerca de 1 ano após a morte de Van Gogh e mostra Armand Roulin (Douglas Booth) recebendo de seu pai carteiro a missão de levar a Theo van Gogh (o irmão do pintor) uma carta de Vincent ainda não entregue. Durante a sua jornada, Armand acaba se interessando pelas estranhas circunstâncias da morte de Van Gogh, e o filme acaba se tornando principalmente uma investigação policial amadora.
Maravilhoso visualmente, o filme é composto em sua maioria por pinturas que simulam o estilo de Van Gogh, com as famosas pinceladas grossas e cores fortes. Apenas quando temos flashbacks as pinturas mudam, indo para um estilo bem mais tradicional e em preto e branco. Muito bacana que além de vermos as obras do pintor em tela, também vemos seus "pensamentos", já que vários trechos de cartas suas são comentados.
Contando com um elenco famoso e talentoso para dar suporte, Com Amor, Van Gogh conta uma história que precisa ser vista por qualquer amante de pintura e/ou curioso pela obra e vida de Vincent. Ao mesmo tempo em que o espectador se deslumbra com o estilo de Van Gogh na tela, sua história é bem interessante, porém bastante melancólica e triste. Dói ver um gênio ser mal tratado, viver deprimido, e pior: morrer de maneira tão inesperada e até "tola".
Retratado de maneira bem plausível historicamente (todos os personagens são pessoas reais que conviveram com o pintor em vida), Com Amor, Van Gogh é facilmente um dos melhores filmes da safra de 2017 e uma homenagem maravilhosa e digna ao genial Vincent Van Gogh. Nota: 8,0.
PS: abaixo exemplos da transformação da filmagem "real" em pinturas.