Diretor: Damien Chazelle
Atores principais: Ryan Gosling, Claire Foy, Jason Clarke, Kyle Chandler, Corey Stoll, Ciarán Hinds, Patrick Fugit, Lukas Haas, Olivia Hamilton
Uma grande história contada através de uma infeliz fotografia
A história de O Primeiro Homem é baseada no livro-biografia First Man: The Life of Neil A. Armstrong, publicado por James R. Hansen em 2005. Mas enquanto o livro nos mostra literalmente toda a vida de Neil, da infância a velhice, aqui temos sua trajetória contada desde o início de sua participação no projeto espacial até o dia em que ele chega à Lua.
A grande força do filme reside em sua história. Neil Armstrong (aqui interpretado por Ryan Gosling) é uma pessoa fascinante, passou por momentos bem difíceis tanto na vida profissional quanto pessoal, e, afinal de contas, foi um dos principais responsáveis por conduzir a raça humana à Lua pela primeira vez.
Para quem gosta de História e astronomia, O Primeiro Homem tem todos os elementos para agradar. O filme é bem sucedido em mostrar o quão difícil, perigoso e custoso a chegada do homem à Lua. Os fracassos da NASA, a pressão popular, a dificuldade para o corpo humano resistir ao espaço. Uma coisa muitíssimo bacana é que quando chegamos enfim na famosa viagem da Apolo 11, algumas das cenas mostradas são cenas reais da viagem, agora coloridas e aperfeiçoadas. Para mim o ponto alto do filme é o momento da chegada a Lua. Agradeço ao diretor Damien Chazelle, já que me senti como se estivesse lá pisando na superfície de nosso satélite natural, sendo Neil Armstrong. É uma sensação indescritível participar desta experiência dentro de um cinema iMAX.
Outra grande qualidade de O Primeiro Homem é seu som e trilha sonora. Os "ruídos" das espaçonaves e ambientes parecem bem reais, e a música é bem bonita e inspiradora, ainda que em alguns momentos temos o absurdo clichê de ver naves se movimentando no espaço com aquelas músicas clássicas "de balé" ao fundo.
Entretanto, saibam os fãs de filmes de Espaço que O Primeiro Homem não é sobre viagens espaciais. O filme é acima de tudo sobre Neil Armstrong, e em segundo lugar, sobre sua família. Sua esposa Janet (Claire Foy) também se sacrifica devido a profissão do marido, e o filme também é bem sucedido em nos mostrar isto.
O Primeiro Homem tinha de tudo para ser um dos meus filmes preferidos de 2018. Isto não ocorreu, entretanto, devido a maneira com que ele foi filmado. Quase todo ele é filmado como se fosse um filme "caseiro" da época, com cores opacas, imagens não tão nítidas, excesso de closes nos personagens, e principalmente, muita "tremedeira" na tela.
Ter cores e definição similares a de uma câmera antiga está ok. Agora, ficar o tempo todo com a imagem em close, tremendo e se movimentando de lá pra cá foi uma escolha bastante infeliz de Damien Chazelle e seu diretor de fotografia Linus Sandgren. Se fosse o caso de estarmos vendo através dos olhos de Neil Armstrong (o que acontece em alguns momentos do filme), tudo bem. Mas não é assim na maioria do filme: uma simples conversa de Neil e esposa na cozinha é filmada deste jeito... oras, por acaso o casal tinha um documentarista ao seu lado 24 horas por dia? Lamentável. Não sei o que os diretores tinham na cabeça.
Confesso que fiquei muito incomodado na primeira metade do filme, cheguei até a ter que desviar uns momentos o olhar da tela para não ficar um pouco atordoado. Depois de um certo tempo seu cérebro se acostuma com tudo isto, mas enquanto isso não ocorre, o filme desagrada.
Há outros pequenos momentos em que acho que o diretor erra a mão novamente, desta vez, por exagerar no dramático. É verdade que isto ocorre muito pouco, mas ainda assim, não deixa de ser irônico Chazelle exagerar na emoção e ao mesmo tempo escolher como protagonista um ator que pouco fala e que tem pouca expressão facial.
Sendo uma mistura de drama amoroso com filmes espaciais, O Primeiro Homem pode não agradar tanto devido seus defeitos, mas para quem gosta de astronomia, a história deste filme é tão fascinante, tão impressionante, que assisti-lo se torna obrigatório. Nota: 7,0
A grande força do filme reside em sua história. Neil Armstrong (aqui interpretado por Ryan Gosling) é uma pessoa fascinante, passou por momentos bem difíceis tanto na vida profissional quanto pessoal, e, afinal de contas, foi um dos principais responsáveis por conduzir a raça humana à Lua pela primeira vez.
Para quem gosta de História e astronomia, O Primeiro Homem tem todos os elementos para agradar. O filme é bem sucedido em mostrar o quão difícil, perigoso e custoso a chegada do homem à Lua. Os fracassos da NASA, a pressão popular, a dificuldade para o corpo humano resistir ao espaço. Uma coisa muitíssimo bacana é que quando chegamos enfim na famosa viagem da Apolo 11, algumas das cenas mostradas são cenas reais da viagem, agora coloridas e aperfeiçoadas. Para mim o ponto alto do filme é o momento da chegada a Lua. Agradeço ao diretor Damien Chazelle, já que me senti como se estivesse lá pisando na superfície de nosso satélite natural, sendo Neil Armstrong. É uma sensação indescritível participar desta experiência dentro de um cinema iMAX.
Outra grande qualidade de O Primeiro Homem é seu som e trilha sonora. Os "ruídos" das espaçonaves e ambientes parecem bem reais, e a música é bem bonita e inspiradora, ainda que em alguns momentos temos o absurdo clichê de ver naves se movimentando no espaço com aquelas músicas clássicas "de balé" ao fundo.
Entretanto, saibam os fãs de filmes de Espaço que O Primeiro Homem não é sobre viagens espaciais. O filme é acima de tudo sobre Neil Armstrong, e em segundo lugar, sobre sua família. Sua esposa Janet (Claire Foy) também se sacrifica devido a profissão do marido, e o filme também é bem sucedido em nos mostrar isto.
O Primeiro Homem tinha de tudo para ser um dos meus filmes preferidos de 2018. Isto não ocorreu, entretanto, devido a maneira com que ele foi filmado. Quase todo ele é filmado como se fosse um filme "caseiro" da época, com cores opacas, imagens não tão nítidas, excesso de closes nos personagens, e principalmente, muita "tremedeira" na tela.
Ter cores e definição similares a de uma câmera antiga está ok. Agora, ficar o tempo todo com a imagem em close, tremendo e se movimentando de lá pra cá foi uma escolha bastante infeliz de Damien Chazelle e seu diretor de fotografia Linus Sandgren. Se fosse o caso de estarmos vendo através dos olhos de Neil Armstrong (o que acontece em alguns momentos do filme), tudo bem. Mas não é assim na maioria do filme: uma simples conversa de Neil e esposa na cozinha é filmada deste jeito... oras, por acaso o casal tinha um documentarista ao seu lado 24 horas por dia? Lamentável. Não sei o que os diretores tinham na cabeça.
Confesso que fiquei muito incomodado na primeira metade do filme, cheguei até a ter que desviar uns momentos o olhar da tela para não ficar um pouco atordoado. Depois de um certo tempo seu cérebro se acostuma com tudo isto, mas enquanto isso não ocorre, o filme desagrada.
Há outros pequenos momentos em que acho que o diretor erra a mão novamente, desta vez, por exagerar no dramático. É verdade que isto ocorre muito pouco, mas ainda assim, não deixa de ser irônico Chazelle exagerar na emoção e ao mesmo tempo escolher como protagonista um ator que pouco fala e que tem pouca expressão facial.
Sendo uma mistura de drama amoroso com filmes espaciais, O Primeiro Homem pode não agradar tanto devido seus defeitos, mas para quem gosta de astronomia, a história deste filme é tão fascinante, tão impressionante, que assisti-lo se torna obrigatório. Nota: 7,0