Diretor: Taika Waititi
Atores principais: Roman Griffin Davis, Scarlett Johansson, Thomasin McKenzie, Taika Waititi, Sam Rockwell, Rebel Wilson, Alfie Allen, Stephen Merchant, Archie Yates
Emocionante e surpreendente filme sobre o nazismo
Jojo Rabbit é outro filme com múltiplas indicações ao Oscar 2020 (6, incluindo a de Melhor Filme), e que me lembrou dois de seus concorrentes: assim como Parasita ele mistura comédia e drama, de uma maneira quase bizarra; e assim como 1917, consegue ser um filme sobre guerra diferente (o que é muito difícil, dados os milhares filmes do gênero já feitos).
A história nos traz o garoto de 10 anos Jojo (Roman Griffin Davis), que vive numa cidadezinha alemã em plena Segunda Guerra. Deslumbrado pelo nazismo (não por ser má pessoa, e sim apenas por ser influenciado pela lavagem cerebral nazista), Jojo tem como ídolo - e amigo imaginário - Adolf Hitler (Taika Waititi). Seus problemas começam a aumentar quando os alemães começam a perder a guerra e, ao mesmo tempo, ele descobre que sua mãe Rosie (Scarlett Johansson) está abrigando secretamente um garota judia (Thomasin McKenzie) em sua casa.
Jojo Rabbit mexe com os sentimentos do espectador de maneira única. Ele tira sarro dos absurdos dos regimes totalitários mas ao mesmo tempo, sempre rimos com um "sorriso amarelo", já que o filme não esconde a pesada carga de morte que aquele ambiente representa. Ainda assim, Jojo Rabbit é em geral um filme até leve, pois é visto sob os olhos do inocente e bom Jojo.
A relação de Jojo com a garota judia Elsa é muito bem construída e tocante: Jojo aprendeu a vida toda que os judeus são "monstros cruéis", e quando enfim se encontra com um deles, mistura medo, confusão e piedade. Já do lado da garota, ela sabe que Jojo é apenas uma criança inocente, porém não pode confiar nele, ou ainda, tratá-lo bem.
O diretor/roteirista neozelandês Taika Waititi está mais associado ao mundo da comédia (Thor: Ragnarok, O Que Fazemos Nas Sombras); portanto mesmo que ele ainda traga humor nesta sátira ao nazismo, é muito admirável a maneira com que ele constrói a tensão em Jojo Rabbit. Acredite, as cenas tensas são de "grudar" na poltrona: parece que a qualquer momento algo muito ruim vai acontecer.
Jojo Rabbit também é muito bom tecnicamente, com boa fotografia, figurino e, o que mais gostei, ótima trilha sonora, que mistura músicas clássicas e jazz com músicas pop / rock "modernas", bem posteriores à Segunda Guerra. Apesar da miscelânea, todas as músicas casam bem com o espírito do filme.
Trazendo o lado dos "habitantes comuns alemães" durante a segunda guerra, e principalmente, fazendo forte crítica à propaganda ideológica de massas, Jojo Rabbit é um filme que emociona e precisa ser visto nos nossos tempos atuais, onde a ideologia de extrema direita parece renascer para a tristeza da humanidade. Nota: 8,0
A história nos traz o garoto de 10 anos Jojo (Roman Griffin Davis), que vive numa cidadezinha alemã em plena Segunda Guerra. Deslumbrado pelo nazismo (não por ser má pessoa, e sim apenas por ser influenciado pela lavagem cerebral nazista), Jojo tem como ídolo - e amigo imaginário - Adolf Hitler (Taika Waititi). Seus problemas começam a aumentar quando os alemães começam a perder a guerra e, ao mesmo tempo, ele descobre que sua mãe Rosie (Scarlett Johansson) está abrigando secretamente um garota judia (Thomasin McKenzie) em sua casa.
Jojo Rabbit mexe com os sentimentos do espectador de maneira única. Ele tira sarro dos absurdos dos regimes totalitários mas ao mesmo tempo, sempre rimos com um "sorriso amarelo", já que o filme não esconde a pesada carga de morte que aquele ambiente representa. Ainda assim, Jojo Rabbit é em geral um filme até leve, pois é visto sob os olhos do inocente e bom Jojo.
A relação de Jojo com a garota judia Elsa é muito bem construída e tocante: Jojo aprendeu a vida toda que os judeus são "monstros cruéis", e quando enfim se encontra com um deles, mistura medo, confusão e piedade. Já do lado da garota, ela sabe que Jojo é apenas uma criança inocente, porém não pode confiar nele, ou ainda, tratá-lo bem.
O diretor/roteirista neozelandês Taika Waititi está mais associado ao mundo da comédia (Thor: Ragnarok, O Que Fazemos Nas Sombras); portanto mesmo que ele ainda traga humor nesta sátira ao nazismo, é muito admirável a maneira com que ele constrói a tensão em Jojo Rabbit. Acredite, as cenas tensas são de "grudar" na poltrona: parece que a qualquer momento algo muito ruim vai acontecer.
Jojo Rabbit também é muito bom tecnicamente, com boa fotografia, figurino e, o que mais gostei, ótima trilha sonora, que mistura músicas clássicas e jazz com músicas pop / rock "modernas", bem posteriores à Segunda Guerra. Apesar da miscelânea, todas as músicas casam bem com o espírito do filme.
Trazendo o lado dos "habitantes comuns alemães" durante a segunda guerra, e principalmente, fazendo forte crítica à propaganda ideológica de massas, Jojo Rabbit é um filme que emociona e precisa ser visto nos nossos tempos atuais, onde a ideologia de extrema direita parece renascer para a tristeza da humanidade. Nota: 8,0