domingo, 2 de fevereiro de 2020

Crítica - Jojo Rabbit (2019)

TítuloJojo Rabbit (idem, EUA / Nova Zelândia / República Checa, 2019)
Diretor: Taika Waititi
Atores principais: Roman Griffin Davis, Scarlett Johansson, Thomasin McKenzie, Taika Waititi, Sam Rockwell, Rebel Wilson, Alfie Allen, Stephen Merchant, Archie Yates
Emocionante e surpreendente filme sobre o nazismo

Jojo Rabbit é outro filme com múltiplas indicações ao Oscar 2020 (6, incluindo a de Melhor Filme), e que me lembrou dois de seus concorrentes: assim como Parasita ele mistura comédia e drama, de uma maneira quase bizarra; e assim como 1917, consegue ser um filme sobre guerra diferente (o que é muito difícil, dados os milhares filmes do gênero já feitos).

A história nos traz o garoto de 10 anos Jojo (Roman Griffin Davis), que vive numa cidadezinha alemã em plena Segunda Guerra. Deslumbrado pelo nazismo (não por ser má pessoa, e sim apenas por ser influenciado pela lavagem cerebral nazista), Jojo tem como ídolo - e amigo imaginário - Adolf Hitler (Taika Waititi). Seus problemas começam a aumentar quando os alemães começam a perder a guerra e, ao mesmo tempo, ele descobre que sua mãe Rosie (Scarlett Johansson) está abrigando secretamente um garota judia (Thomasin McKenzie) em sua casa.

Jojo Rabbit mexe com os sentimentos do espectador de maneira única. Ele tira sarro dos absurdos dos regimes totalitários mas ao mesmo tempo, sempre rimos com um "sorriso amarelo", já que o filme não esconde a pesada carga de morte que aquele ambiente representa. Ainda assim, Jojo Rabbit é em geral um filme até leve, pois é visto sob os olhos do inocente e bom Jojo.

A relação de Jojo com a garota judia Elsa é muito bem construída e tocante: Jojo aprendeu a vida toda que os judeus são "monstros cruéis", e quando enfim se encontra com um deles, mistura medo, confusão e piedade. Já do lado da garota, ela sabe que Jojo é apenas uma criança inocente, porém não pode confiar nele, ou ainda, tratá-lo bem.

O diretor/roteirista neozelandês Taika Waititi está mais associado ao mundo da comédia (Thor: Ragnarok, O Que Fazemos Nas Sombras); portanto mesmo que ele ainda traga humor nesta sátira ao nazismo, é muito admirável a maneira com que ele constrói a tensão em Jojo Rabbit. Acredite, as cenas tensas são de "grudar" na poltrona: parece que a qualquer momento algo muito ruim vai acontecer.

Jojo Rabbit também é muito bom tecnicamente, com boa fotografia, figurino e, o que mais gostei, ótima trilha sonora, que mistura músicas clássicas e jazz com músicas pop / rock "modernas",  bem posteriores à Segunda Guerra. Apesar da miscelânea, todas as músicas casam bem com o espírito do filme.

Trazendo o lado dos "habitantes comuns alemães" durante a segunda guerra, e principalmente, fazendo forte crítica à propaganda ideológica de massas, Jojo Rabbit é um filme que emociona e precisa ser visto nos nossos tempos atuais, onde a ideologia de extrema direita parece renascer para a tristeza da humanidade. Nota: 8,0

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Crítica - 1917 (2019)

Título1917 (idem, EUA / Reino Unido, 2019)
Diretor: Sam Mendes
Atores principais: George MacKay, Dean-Charles Chapman, Mark Strong, Andrew Scott, Richard Madden, Claire Duburcq, Colin Firth, Benedict Cumberbatch
Outra obra prima cinematográfica que DEVE ser vista nos cinemas

1917 é um filme sobre a Primeira Guerra Mundial que acaba de receber 10 indicações ao Oscar 2020, dentre elas a de Melhor Filme. Baseado nas histórias que o avô do diretor/roteirista Sam Mendes contava para ele, a trama principal acompanha dois jovens cabos Blake (Dean-Charles Chapman) e Schofield (George MacKay) em uma corrida contra o tempo, onde eles são encarregados a atravessar o território inimigo para encontrar e avisar um batalhão de 1600 homens que o ataque que eles planejaram para a manhã do dia seguinte é uma grande emboscada.

E quando eu digo "acompanha", isso é literal, pois este filme de 2h de duração é composto por apenas um único, maravilhoso, incrível e espetacular plano-sequência. Do primeiro ao último segundo do filme temos uma única tomada, sem cortes. E mais ainda, as cenas são bem movimentadas: uma enorme correria, muita ação, tiros e explosões.

Só pelo que descrevi acima, 1917 é uma obra muito impressionante e admirável, ainda que seja uma "farsa", já que não temos aqui um plano-sequência verdadeiro: na verdade, são dezenas de cortes que vão de 2 a 8 minutos, unidos de maneira praticamente imperceptível. Confesso que não "vi" nenhum corte, embora tenha desconfiado (ou melhor, tive certeza) de uns 5 deles... que ocorreram após explosões que deixavam a tela toda escura ou cheia de fumaça. Como o restante dos cortes foram unidos de maneira tão perfeita? Não tenho a menor idéia!

Mas 1917 não é só seu plano-sequência. A fotografia é simplesmente espetacular, assim como o som, trilha sonora, design de produção... tudo no mais alto nível. Das 10 indicações ao Oscar recebidas pelo filme, para mim 1917 é forte favorito em pelo menos 6 delas.

E, finalmente, vamos aos motivos do porque ainda não dei nota maior para 1917: a história do filme é muito boa, contando com vários momentos verdadeiramente emocionantes, mas ainda assim, possui alguns defeitos.

A curta jornada de 2h em "tempo real" de Blake e Schofield tem espaço para nos mostrar a loucura da guerra, a quantidade absurda de desperdício de vida humana, o desespero de perder familiares, o sofrimento imensurável dos habitantes dos locais invadidos que perderam literalmente "tudo"... Tudo isto é bem feito, porém algumas das cenas foram adicionadas a trama de maneira forçada. Isso sem contar que os alemães aparentam ser tão "bons" na mira quanto os Stormtroopers de Star Wars.

Mas talvez minha maior reclamação é que o filme é "bonito demais". Não só porque as paisagens são espetaculares, mas porque vemos pouco sangue, poucas mutilações. Não se engane, há muita morte em 1917, mas ela não chocam visualmente. Também não se trata de eu ser "sádico"... é que simplesmente uma obra que se propõe a nos transportar com realismo à Primeira Guerra, deveria mostrar mais seus horrores... foram mais de 20 milhões de mortos, que se matavam praticamente no "corpo-a-corpo" através da guerra de trincheiras.

1917 é uma verdadeira aula de como se fazer um filme, um espetáculo imperdível de imagens em movimento, mas que DEVE ser visto em uma sala de cinema. Assistir este filme na sua casa é simplesmente impensável, o filme perde 80% da sua força. Nota: 8,5

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Retrospectiva Cinema Vírgula 2019: O melhor e o pior do Cinema e da TV, e a lista de filmes assistidos

Adeus ano velho, feliz ano novo!! No primeiro dia de 2020, mais uma vez o Cinema Vírgula traz os melhores e piores do ano que acabou.

2019 foi o ano de encerramento de várias grandes franquias, porém em alguns casos - tanto na telinha como na telona - tivemos apresentações bem decepcionantes. Vamos à retrospectiva?

Melhores e piores da TV - Seriados
Em termos de seriados, como sempre a Netflix trouxe boas novidades, como por exemplo as estréias de Vis a VisSex Education (não assisti ambos), The Witcher e After Life (que já assisti e me surpreenderam positivamente). Mas o melhor do que vi na Netflix ficou por conta de Boneca Russa (que também estreou este ano) e a 2a temporada do ótimo Mindhunter.

As duas melhores séries que vi em 2019, entretanto, não vieram da Netflix: The Boys, da Amazon Prime, é um seriado de super-heróis muito escrachado e politicamente incorreto... e adorei, por reinventar um bocado do gênero. O outro foi Chernobyl, da HBO, um drama histórico com apenas 5 episódios e que já entrou na minha lista de "melhores séries de drama de todos os tempos".

Chernobyl alías, que para grande sorte da HBO, serviu como um gigantesco "pano quente" para abafar a tragédia que foi o desfecho da série Game of Thrones. A dupla de patetas David Benioff e D. B. Weiss - os principais produtores e roteiristas do programa - conseguiram a façanha de desagradar todo mundo com o final do seriado. E os erros da 8a e derradeira temporada foram além do roteiro: por exemplo, ao terem a "jenial" idéia de filmar a batalha noturna do 3o episódio do ano com apenas luzes naturais (tochas e fogueiras), os espectadores ficaram quase 1h contemplando uma escuridão onde pouco se via o que acontecia.

Apenas concluindo o assunto Game of Thrones, o desfecho em si para cada personagem foi em geral satisfatório. O problema foi COMO se chegou nestes desfechos, após 7a e 8a temporadas muito ruins. Enquanto David Benioff e D. B. Weiss tiveram os livros para adaptar, tudo corria bem... mas quando os livros acabaram e a dupla teve que passar a escrever roteiros do zero, tudo virou uma catástrofe.

Melhores e piores da TV - Filmes
Já em termos de filmes, a Netflix continuou produzindo mais quantidade do que qualidade. Porém, a quantidade de filmes bons aumentou, felizmente. Pelo menos três filmes da Netflix deverão ter indicações para o Oscar 2020: O Irlandês, História de um CasamentoJóias Brutas, sendo que este último ainda não chegou ao Brasil. O Irlandês é um evento cinematográfico, e certamente o melhor filme para TV deste ano. Já para o segundo melhor, voto na bizarra comédia Between Two Ferns with Zach Galifianakis: o Filme.

Outros filmes muito bons que merecem destaque são: O Menino que Descobriu o Vento, Estrada Sem Lei, O Rei, e a ótima e surpreendente ficção científica I Am Mother. Um outro filme bem surpreendente é American Son, pouco badalado, que fala sobre racismo de um jeito diferente.

Em contrapartida, tivemos várias decepções, dentre eles o péssimo Democracia em Vertigem, ou os fracos Loja de Unicórnios, Pássaro do Oriente e Eli.

Melhores e piores dos Cinemas
O surpreendente Coringa foi o melhor filme de 2019. Ele é tão bom que não me contive e escrevi um segundo texto sobre ele. E descontando os filmes "do Oscar", que chegam nos cinemas brasileiros no 1o trimestre de todo ano, meu outro filme preferido da ano fica para Ford vs Ferrari.

Também não podemos esquecer que 2019 foi o ano de Vingadores: Ultimato, que encerrou uma saga da Marvel Comics que durou 11 anos e 21 filmes! Embora eu não tenha gostado tanto assim do filme, pelo menos ele foi bem divertido e encerrou a saga de maneira digna e coerente.

Outros bons filmes que recomendo pra vocês? Assistam Era Uma Vez em... Hollywood, do Tarantino, ou Doutor Sono, a continuação do clássico O Iluminado. Ou ainda, pra quem gosta de filme policial cheio de reviravoltas, o desconhecido Maus Momentos no Hotel Royale.

Já se excluirmos o circuito hollywoodiano da jogada, infelizmente não assisti muitos filmes de outros "mercados"... mas gostei bastante do também bem incomum filme sul-coreano Parasita, ganhador da Palma de Ouro.

Já quanto aos filmes ruins, tivemos aos montes nos cinemas infelizmente. Tive o desprazer de assistir os pavorosos Hellboy e Brightburn - Filho das Trevas, que receberam, merecidamente, algumas das menores notas da história do meu blog. Mas as grandes decepções estão associadas às grandes franquias. Nem perdi meu tempo assistindo X-Men: Fênix Negra, mas perdi meu tempo assistindo os fracos MIB: Homens de Preto - InternacionalRambo 5 e Homem-Aranha: Longe de Casa. Aliás este novo filme do aracnídeo é forte concorrente ao pior filme do MCU até agora.

Porém nada chega perto da decepção que foi Star Wars: A Ascensão Skywalker. Não somente foi a maior decepção do ano, como pra mim também ganha o prêmio de maior decepção desta década. Foi de causar indignação. Por isto, ele ganhou o capítulo só dele nesta retrospectiva, que segue abaixo.

Que a Forçação de Barra esteja com Você!
Não vou dizer aqui que Star Wars: A Ascensão Skywalker é o pior filme da franquia Star Wars, e isso porque ele é bastante superior tecnicamente que os Episódios de I a III, além de ser menos penoso de assistir do que a famigerada trilogia inicial.

MAS, afirmo que Star Wars: A Ascensão Skywalker é certamente o filme de pior roteiro da franquia. Pior do que qualquer roteiro dos Episódios I a III, pior que Han Solo: Uma História Star Wars. O roteiro do tal Episódio IX é tão ruim, que chega a ofender a inteligência do espectador - e a ofender a mitologia da franquia - dezenas de vezes. Dezenas mesmo, não estou exagerando.

Esta "obra prima" bem abaixo da mediocridade foi escrita por Chris Terrio e J. J. Abrams. Sabe quem é Chris Terrio? O mesmo roteirista dos criticados Batman vs Superman e Liga da Justiça. COMO se contrata um cara destes??

E tem mais. Fica difícil me convencer que este filme não teve uma "vingança" egocêntrica de J.J. Abrams contra o também egocêntrico Rian Johnson por este ter destruído em seu filme (o XIII) as idéias de J.J. do Episódio VII. Há duas cenas em que a provocação de Abrams é evidente (spoilers até o final deste parágrafo): uma quando Luke não deixa Rey jogar um sabre de luz fora, e ele diz que "a Força merece mais respeito". E a outra, quando se reconstrói - sem nenhum motivo - o capacete original de Kylo Ren. Estas cenas não acrescentam nada ao filme. Estão lá apenas para dar "recado" a Rian Johnson. Uma vergonha!

E talvez o mais absurdo de tudo isso é a dona Kathleen Kennedy assistir seus contratados destruírem o legado de uma das maiores franquias de todos os tempos e deixar tudo acontecer. Sinceramente, dona Kathleen deveria ser removida da presidência da Lucasfilm IMEDIATAMENTE, e o sr. J.J. deveria ser impedido de voltar a escrever outro roteiro em vida.

Lista dos filmes que assisti em 2019
E finalmente, a lista de todos os filmes que assisti em 2019; novos ou antigos, sendo a primeira vez que os vi ou não. Desta vez cumpri minha meta de assistir pelo menos 104 filmes no ano (o que significa uma média de 2 filmes por semana), assistindo 109 no total.

Abaixo segue a lista. Os filmes em laranja negrito e com um (*) são aqueles a que dou uma nota de no mínimo 8,0 e portanto, recomendo fortemente.

1922 (idem, EUA, 2017)
Ad Astra - Rumo às Estrelas ("Ad Astra", China / EUA, 2019)
Agatha and the Truth of Murder (idem, Reino Unido, 2018)
American Son (idem, EUA, 2019)
Animais Fantásticos e Onde Habitam ("Fantastic Beasts and Where to Find Them", EUA / Reino Unido, 2016)
Antes Só do que Mal Acompanhado ("Planes, Trains & Automobiles", EUA, 1987)
Aquarius (idem, Brasil / França, 2016)
Bacurau (idem, Brasil / França, 2019)
Between Two Ferns: O Filme ("Between Two Ferns: The Movie", EUA, 2019)   (*)
Brightburn - Filho das Trevas ("Brightburn", EUA, 2019)
Bumblebee ("Bumblebee", EUA, 2018)
Um Cadáver Para Sobreviver ("Swiss Army Man", EUA / Suécia, 2016)
Capitã Marvel ("Captain Marvel", Austrália / EUA, 2019)
Casa de mi Padre (idem, EUA / México, 2012)
Chumbo Grosso ("Hot Fuzz", França / Reino Unido, 2007)
Cidade dos Sonhos ("Mulholland Dr.", EUA / França, 2001)
O Conde de Monte Cristo ("The Count of Monte Cristo", EUA / Irlanda / Reino Unido, 2002)
Um Contratempo ("Contratiempo", Espanha, 2016)
Coringa ("Joker", Canadá / EUA, 2019)   (*)
A Corrente do Bem ("Pay It Forward", EUA, 2000)
Creed II (idem, EUA, 2018)
David Brent: a Vida na Estrada ("David Brent: Life on the Road", EUA / Reino Unido, 2016)
Democracia em Vertigem (idem, Brasil, 2019)
Dias Incríveis ("Old School", EUA, 2003)
Dois Papas ("The Two Popes", Argentina / Estados Unidos / Itália /Reino Unido, 2019)
Doutor Sono ("Doctor Sleep", EUA / Reino Unido, 2019)
O Duelo (idem, Brasil, 2015)
Durante a Tormenta ("Durante la tormenta", Espanha, 2018)
Eli (idem, EUA, 2019)
Era Uma Vez em... Hollywood ("Once Upon a Time ... in Hollywood", China / EUA / Reino Unido, 2019)
Um Espírito Baixou em Mim ("All of Me", EUA, 1984)
Um Estado de Liberdade ("Free State of Jones", EUA, 2016)   (*)
Estrada Sem Lei ("The Highwaymen", EUA, 2019)
Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro (idem, Brasil, 2018)
A Favorita ("The Favourite", EUA / Irlanda / Reino Unido, 2018)
Ford vs Ferrari ("Ford v Ferrari", EUA / França, 2019)   (*)
Frances Ha (idem, Brasil / EUA, 2012)
Fratura ("Fractured", EUA, 2019)
A Ganha-Pão ("The Breadwinner", Canadá / EUA / Irlanda / Luxemburgo, 2017)   (*)
Ghost Town: Um Espírito Atrás de Mim ("Ghost Town", EUA, 2008)
Godzilla II: Rei dos Monstros ("Godzilla: King of the Monsters", EUA / Japão, 2019)
O Grande Lebowski ("The Big Lebowski", EUA / Reino Unido, 1998)
Green Book: O Guia ("Green Book", EUA, 2018)   (*)
Han Solo: Uma História Star Wars ("Solo: A Star Wars Story", EUA, 2018)
Hellboy (idem, Bulgária / EUA / Reino Unido, 2019)
Heróis modestos: Cinema de Curtas da Ponoc ("Chiisana eiyû: Kani to tamago to tômei ningen", Japão, 2018)
História de um Casamento ("Marriage Story", EUA / Reino Unido, 2019)
Homem-Aranha: Longe de Casa ("Spider-Man: Far from Home", EUA, 2019)
Homem-Aranha no Aranhaverso ("Spider-Man: Into the Spider-Verse", EUA, 2018)
I Am Mother (idem, Austrália, 2019)
Idiocracia ("Idiocracy", EUA, 2006)
O Iluminado ("The Shining", EUA / Reino Unido, 1980)
Invasão Zumbi ("Busanhaeng", Coréia do Sul, 2016)
O Irlandês ("The Irishman", EUA, 2019)   (*)
It: Capítulo Dois ("It Chapter Two", Canadá / EUA, 2019)
Jogo Perigoso ("Gerald's Game", EUA, 2017)
John Wick: Um Novo Dia Para Matar ("John Wick: Chapter 2", EUA / Hong Kong, 2017)
Johnny English 3.0 ("Johnny English Strikes Again", EUA / França / Reino Unido, 2018)
La Bamba (idem, EUA, 1987)
A Lavanderia ("The Laundromat", EUA, 2019)
Loja de Unicórnios ("Unicorn Store", EUA, 2017)
Loucos de Dar Nó ("Stir Crazy", EUA, 1980)
As Loucuras de Dick & Jane ("Fun with Dick and Jane", EUA, 2005)
Magnólia ("Magnolia", EUA, 1999)   (*)
Maus Momentos no Hotel Royale ("Bad Times at the El Royale", EUA, 2018)
O Menino que Descobriu o Vento ("The Boy Who Harnessed the Wind", Malawi / Reino Unido, 2019)
Meu Nome é Dolemite ("Dolemite Is My Name", EUA, 2019)
MIB: Homens de Preto - Internacional ("Men in Black: International", EUA, 2019)
Mindhorn (idem, Reino Unido, 2016)
Mistério no Mediterrâneo ("Murder Mystery", EUA, 2019)
A Mula ("The Mule", EUA, 2018)
Neon Genesis Evangelion: Death & Rebirth ("Shin seiki Evangelion Gekijô-ban: Shito shinsei", Japão, 1997)
Neon Genesis Evangelion: The End of Evangelion ("Shin seiki Evangelion Gekijô-ban: Air/Magokoro wo, kimi ni", Japão, 1997)   (*)
Olhos da Justiça ("Secret in Their Eyes", Coréia do Sul / Espanha / EUA / Reino Unido, 2015)
Paddleton (idem, EUA, 2019)
Parasita ("Gisaengchung", Coréia do Sul, 2019)
Pássaro do Oriente ("Earthquake Bird", EUA, 2019)
Projeto Gemini ("Gemini Man", China / EUA, 2019)
Psicopata Americano ("American Psycho", Canadá / EUA, 2000)
Rambo: Até o Fim ("Rambo: Last Blood", Bulgária / Espanha / EUA 2019)
O Rei ("The King", Austrália / Hungria / Reino Unido, 2019)
ReMastered: O Diabo na Encruzilhada ("ReMastered: Devil at the Crossroads", EUA, 2019)
Riqueza Tóxica ("Prospect", Canadá / EUA, 2018)
Rocketman (idem, Canadá / EUA / Reino Unido, 2019)
Sala Verde ("Green Room", EUA, 2015)
As Sete Caras do Dr. Lao ("7 Faces of Dr. Lao", EUA, 1964)
Sexta-Feira em Apuros ("Friday", EUA, 1995)
Shaft (idem, EUA, 2019)
Shazam! (idem, EUA, 2019)
A Sombra e a Escuridão ("The Ghost and the Darkness", Alemanha / EUA, 1996)
Sombra Lunar ("In the Shadow of the Moon", EUA, 2019)
Stallone: Cobra ("Cobra", EUA / Israel, 1986)
Stan e Ollie - O Gordo e o Magro (Stan & Ollie, Canada / EUA / Reino Unido, 2018)
Star Wars: A Ascensão Skywalker ("Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker", EUA, 2019)
Star Wars: O Despertar da Força ("Star Wars: Episode VII - The Force Awakens", EUA, 2015)   (*)
Star Wars: Os Últimos Jedi ("Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi", EUA, 2017)
Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal ("Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile", EUA, 2019)
Terra à Deriva ("Liu lang di qiu", China, 2019)
The Perfection (idem, EUA, 2018)
Toc Toc (idem, Espanha, 2017)
Todos Já Sabem ("Todos lo Saben", Espanha / França / Itália, 2018)
Tolkien (idem, EUA, 2019)
Toy Story 2 (idem, EUA, 1999)
Toy Story 4 (idem, EUA, 2019)
Trinity Ainda é Meu Nome ("Continuavano a chiamarlo Trinità", Itália, 1971)
Vice (idem, EUA, 2018)   (*)
Vidro ("Glass", EUA, 2019)
Vingadores: Ultimato ("Avengers: Endgame", EUA, 2019)
Zumbilândia: Atire Duas Vezes ("Zombieland: Double Tap", EUA, 2019)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Dupla Crítica Filmes Netflix - O Irlandês (2019) e História de um Casamento (2019)

Outros dois filmes de produção Netflix, sendo que ambos partilham várias qualidades em comum: diretores famosos, filmes de muuuuuuuuuitos diálogos, muitos elogios da crítica especializada, e altíssimas chances de múltiplas indicações para o futuro Oscar 2020. Confira uma breve crítica de cada um deles!


O Irlandês (2019)
Diretor: Martin Scorsese
Atores principais: Robert De Niro, Al Pacino, Joe Pesci, Harvey Keitel, Ray Romano, Bobby Cannavale, Anna Paquin, Stephen Graham

Baseado no livro I Heard You Paint Houses (2004) de Charles Brandt, a realização de O Irlandês é um enorme feito. Scorsese tentou fazer este filme por mais de 10 anos, e felizmente encontrou na Netflix sua casa. Aliás, se este filme saísse por um estúdio de cinema, dificilmente seria aceita a sua duração de 3h e 39 min. Portanto, mesmo que seja um "desperdício" ter um filme com fotografia e design de produção (cenários, objetos decorativos, etc) tão bons sendo exibidos apenas em "telinhas", pra mim é justamente porquê O Irlandês foi feito para um streaming que ele consegue ser tão único e tão incrível cinematograficamente.

Reunindo pela primeira vez em um mesmo filme Martin Scorsese, Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, a turma mostra mais uma vez que sabe fazer (e muito bem) filmes de Máfia. A história de O Irlandês é basicamente toda a história adulta de Frank "O Irlandês" Sheeran (De Niro), que se tornou um "faz-tudo" da máfia estadunidense - mais especificamente prestando serviço para Russell Bufalino (Joe Pesci) - a partir dos anos 50.

A grande diferença deste filme para os demais filmes do gênero feitos por Scorsese é que aqui os personagens são reais; a história é real. É muito interessante ver o quanto a máfia estadunidense realmente mandava no país, e a relação dos mesmos com a família Kennedy e com o sindicalista Jimmy Hoffa (Al Pacino), um dos homens mais poderosos dos EUA em sua época. Quer saber como John F. Kennedy e Jimmy Hoffa morreram? Bem, Frank Sheeran lhe dará a sua versão dos fatos.

Talvez por ser um filme histórico, mas principalmente porque hoje temos um Martin Scorsese bem mais velho e experiente, comparando com Os Bons Companheiros (1990) ou Cassino (1995), O Irlandês é um filme bem mais contemplativo, com bem menos ação, pouca violência explícita. Outra enorme diferença é que aqui os mafiosos não são tratados com glamour: vemos o pesado e cansativo dia-a-dia dos homens do crime. Tudo está muito longe de ser diversão e alegria.

O Irlandês é uma aula de cinema. Direção, atuações, produção... tudo muito impressionante. E o roteiro também é ótimo. Mas, mesmo com o pedido de Scorsese para que o filme seja visto "em tela grande e de uma vez só", é muito difícil assistí-lo assim; tanto pela sua longa duração como também pelo seu ritmo lento.  O Irlandês, portanto, não deverá agradar a todos. Mas para quem consegue admirar um cinema bem feito, filmes históricos, filmes de máfia, a nova produção de Scorcese é um deleite. Nota: 8,5

História de Um Casamento (2019)
Diretor: Noah Baumbach
Atores principais: Adam Driver, Scarlett Johansson, Laura Dern, Alan Alda, Ray Liotta, Azhy Robertson

Quem não acompanha muito as notícias sobre o mundo do cinema vai se surpreender com o fato a seguir: História de Um Casamento está sendo tão elogiado (e até mais) que O Irlandês. A nova produção de Noah Baumbach segue as mesmas características de seus outros filmes: muitos diálogos, cenas cotidianas, personagens marcantes e a relação entre eles.

História de Um Casamento conta o "começo do fim" do casamento entre os artistas Charlie (Adam Driver) e Nicole (Scarlett Johansson). O amor entre ambos acabou, e agora começam as disputas e os problemas de uma separação.

Como seu grande mérito, História de Um Casamento conta sua história de uma maneira absurdamente real e sem tomar partido. Tanto Charlie quanto Nicole tem seus momentos de leves "vilões" e leves "vítimas"... mas nenhum dos dois é julgado pelo roteiro. No final, ambos perdem bastante. Somente ganham - e muito - os insensíveis advogados. Como disse, bem real.

Contando com boas atuações (dos protagonistas) e ótimas atuações (de alguns dos coadjuvantes), o bom roteiro História de Um Casamento de não me encantou tanto quanto encantou a crítica especializada. E sinceramente, a explicação que vejo é que somente se você passou por um processo de de divórcio o filme vai realmente te tocar. Como não é o meu caso, fico com os votos de que História de Um Casamento é sim um bom filme, mas não vai tão além disto. Nota: 7,0

sábado, 21 de dezembro de 2019

Crítica - Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019)

Título: Star Wars: A Ascensão Skywalker ("Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker", EUA, 2019)
Diretor: J.J. Abrams
Atores principais: Daisy Ridley, e mais um montão de gente que não é importante por não ser a Daisy Ridley
Uma tragédia mais que anunciada

Eu já desconfiava que a conclusão da grande saga Star Wars seria insatisfatória desde que terminei de assistir Star Wars: Os Últimos Jedi. Após um bom filme VII, que trouxe algumas novidades interessantes, veio Rian Johnson com seu Episódio VIII para destruir tudo o que era mais importante do filme anterior: dizer que os pais de Rey não são ninguém e que a origem dela não é importante, matar o vilão Snoke de maneira estúpida, e ainda, iniciar uma forçada aproximação de Rey com o odiado do público Kylo Ren.

Depois vieram as primeiras notícias de Star Wars: A Ascensão Skywalker: trailers vagos e ruins, boatos de regravações emergenciais três meses antes do filme estrear, e para completar o cenário ruim, o anúncio do retorno do personagem do Imperador Palpatine.

Com este cenário, confesso que estava com baixas expectativas para Star Wars: A Ascensão Skywalker. Mas para minha surpresa, o filme foi abaixo da minha previsão mais pessimista.

O filme se divide em dois temas bem claros: um é reapresentar todos os personagens e localidades da saga (literalmente) por simples fan service, e o outro é finalmente revelar os segredos de Rey... sua verdadeira origem e seu destino.

E é o final da saga pessoal da nossa heroína a única pequena parte que presta neste Episódio IX, por trazer novidades e reviravoltas. Mas nem isto é feito de maneira ideal: há sim uma grande e surpreendente reviravolta (que aliás não faz muito sentido), mas depois dela, todas as surpresas são meio que previsíveis dada a alta quantidade de "pistas de roteiro" que J.J. Abrams deixou em suas cenas.

Como filme, Star Wars: A Ascensão Skywalker é uma enorme bagunça. Não há história suficiente para se fazer um longa metragem, tudo acontece de maneira absurdamente corrida, regras básicas de espaço e tempo são quebradas o tempo todo... aparentemente todos os personagens são oniscientes e onipresentes: eles se movem de um lugar pra outro do universo em um piscar de olhos, e eles também enxergam uns aos outros o tempo todo, não importa qual a distância entre eles... fo**-se o conceito de "campo de visão".

Reconheço que seria uma tarefa quase impossível - e admirável - encerrar a saga Star Wars dando coesão para tudo o que aconteceu em seus 9 filmes... principalmente conseguir trazer uma coerência completa após os eventos de direção contrária do Episódio anterior. Porém a tentativa de J.J. e sua trupe de realizar este milagre não somente falha, como exagera - em muito - em repetir os filmes passados.

Hoje fica claro que não houve nenhum planejamento decente da Disney e Lucasfilms para realizar a trilogia final (o que é um absurdo, aliás, dado o tamanho da franquia envolvida). Ao invés de querer dar coesão em 9 filmes ao mesmo tempo, a obrigação de Star Wars: A Ascensão Skywalker deveria ser apenas garantir uma consistência para os 3 filmes finais, fechando a trilogia como um todo. Porém, foi feito o oposto disto! Através do pior roteiro de toda a saga, o Episódio IX propositalmente contraria o Episódio VIII, e pior ainda, de uma maneira que referencia porém enfraquece os atos heroicos dos filmes de IV a VI.

Finalmente, chega a beirar o inacreditável o quanto diretor J. J. Abrams e a presidente da Lucasfilms Kathleen Kennedy - os principais nomes por trás desta nova trilogia - não conseguem compreender os gostos do público que gosta de Star Wars. E presenciei uma cena que simboliza muito isto:

Eu assisti o filme em uma das últimas fileiras do cinema, e de lá eu conseguia ter uma visão geral de toda a sala. Em uma determinada cena do filme, cerca de um terço da platéia (e eu inclusive) levou a mão ao rosto em triste desaprovação. Nunca na minha vida vi tantas pessoas fazerem um "facepalm" ao mesmo tempo. Inesquecível.

E é justamente com imagens de "facepalm" que encerro minha crítica. Nada mais apropriado e emblemático para o desfecho que deram para a saga Star Wars. Como parte de uma franquia, Star Wars 9 recebe nota ZERO. Como filme isolado, recebe Nota: 4,0.




sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Debatendo o filme Coringa: minhas interpretações, as teorias na Internet, e ainda + notícias e curiosidades


Mais um texto sobre o melhor filme do ano (até agora)! Notícias, curiosidades e meu entendimento sobre os pontos polêmicos do filme.

Vamos começar direto com o mais polêmico: as teorias e reclamações que bombaram na Internet, e minha opinião sobre elas. Lembrando que a partir daqui, teremos muitos spoilers! Portanto, quem não assistiu o filme ainda, não leia mais este texto!

Teoria: todo o filme se passou na imaginação do Coringa, nada é real
Apesar de não haver nada no filme que refute completamente esta idéia, ela é muito pouco provável. Isto porque, principalmente, temos dois momentos (a que ele é elogiado e adorado na TV pelo apresentador Murray (Robert De Niro) e a que ele tem um relacionamento amoroso feliz com sua vizinha Sophie (Zazie Beetz)) em que o filme mostra explicitamente que estávamos dento da "cabeça" de Arthur Fleck e saímos para o mundo real. Achar que o "mundo real" também fosse imaginação seria estar em outro filme... dentro de A Origem ("Inception").

Há outra questão, que é o claro interesse do diretor de nos chocar com a violência do mundo real atual. Então, não faz sentido querer nos alertar sobre a realidade com cenas "imaginadas".

Além disto tanto o diretor do filme Todd Phillips quanto o diretor de fotografia Lawrence Sher negaram oficialmente tudo ser "alucinação". Sher, inclusive, diz que dá para o espectador distinguir o real do imaginário através de dicas e simbologias deixadas no filme, e na maneira com que as cenas foram filmadas. De minha parte, só assistindo de novo pra ver se descubro o que ele está falando rs.

Teoria: quais são as cenas que são apenas delírios do Coringa?
Em minha opinião, além das duas cenas que expliquei na teoria anterior, há uma terceira: a cena em que ele sai do carro de polícia (após o acidente), acorda, e é ovacionado pelos manifestantes.

Surpresos? Eu explico. Se não estou enganado, o Coringa está sendo transportado dentro do carro algemado. Até o momento da batida, tudo é real. A partir daí, entretanto, acredito que Arthur Fleck tenha ficado inconsciente por muito tempo e alucinado muitas das cenas. Vejam que quando retiram ele do carro, o Coringa já não possui nenhuma algema. E após isto, ele é "amado incondicionalmente". Lembrem que as outras duas únicas cenas do filme em que ele é amado por alguém, são justamente aquelas que o filme "prova" ser imaginação, como já dito anteriormente.

E mais um último indício: notem que após o acidente o Coringa está livre. E não o vemos ser preso novamente. Como o capturaram? Não sabemos... ele simplesmente "acorda" dentro do "hospital" Arkham. Entendo que não é mostrado como ele foi recapturado pois isto nunca aconteceu... ele continuou preso dentro da viatura.

Explicando: a genialidade da cena final
Eu disse, na minha crítica do filme, que o final é espetacular e necessita de um pouco de atenção para entendê-lo. Pois bem, como aqui eu posso dar spoilers, segue a descrição da cena. Notem que o Coringa começa a rir "de uma piada que a psicóloga nunca entenderia", e então ele explica qual é a piada e começa a cantarolar uma história onde "no mundo real, as pessoas pisoteiam às outras". Então a cena corta e vemos ele fugindo no corredor, deixando pegadas de sangue. Ou seja, ele certamente matou a moça pisoteando-a até a morte.

Teoria: Arthur Fleck matou sua vizinha e a filha
Mais uma vez, não há nada que "prove definitivamente" que isto não aconteceu. Ainda assim, é pouco provável. Até aquele momento do filme, Arthur apenas tinha atacado as pessoas que lhe fizeram mal, o que não era o caso das duas mulheres. Mais ainda, não há nenhum indício de violência quando ele deixa o apartamento delas. Note que ele aqui no corredor saindo do apê é basicamente a mesma cena dele deixando a psicologa no hospital... e vejam como no caso da vizinha não há nenhum sangue.

Também aqui tanto o diretor do filme quanto o de fotografia garantem que ambas permaneceram vivas, dando exatamente a mesma explicação que dei acima.

Crítica: este não é o Coringa que dos quadrinhos que conhecemos
Uma tremenda bobagem. Mesmo nos quadrinhos, ao longo de quase 80 anos, houve várias versões e interpretações do Coringa. Há versões onde ele é completamente doido, outras, onde ele é um gangster mais sensato, e outras muito próximas ao do Coringa deste filme.

Uma demonstração de que isto não passa de "mimimi" é que já tivemos outros 4 atores na TV e Cinema interpretando o personagem, cada um deles trazendo um Coringa completamente diferente, e nenhum dos 4 foi acusado de "não ser o Coringa que conhecemos"...

Crítica: este Coringa não é um agente do caos
Respeito um pouco esta opinião pois, se compararmos o Coringa de Heath Ledger em Batman: O Cavaleiro das Trevas com este de Joaquin Phoenix, o primeiro é mesmo muito mais imprevisível e caótico. Ainda assim, não concordo com esta crítica pois este Coringa só agiu de improviso!

Notem que TODOS os assassinatos cometidos por Arthur Fleck foram improvisados: ele não planejou as mortes no metrô, não planejou matar a mãe (ainda estava em dúvida se ela o havia enganado ou não), e não planejou a morte do palhaço que lhe deu a arma. Ele também só matou a psicóloga porque naquele momento achou que fosse engraçado, e até mesmo a morte do apresentador Murray não foi planejada... Arthur queria ir na TV para se matar (ele ensaiou isto), e só matou Murray porque este o contestou, o irritou. Querem mais caos que isto??

Indo além do filme: as inspirações dos quadrinhos e cinema
Para quem gostou de Coringa, saiba que o filme não é tão "original" já que "copia" (ou homenageia) fortemente os filmes Taxi Driver (1976) e O Rei da Comédia (1982), ambos do Scorsese; e ao contrário do que a maioria dos sites diz (ou copia um dos outros), o filme não tem nada a ver com O Homem que Ri (1928), cujo visual do protagonista inspirou o visual do Coringa original. Já nos quadrinhos, há muita inspiração em O Cavaleiro das Trevas (1986) e Batman: A Piada Mortal (1988).

Notícias
Primeiro, no começo desta semana soubemos que Coringa ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais, sendo o primeiro filme "adulto" (com classificação para maiores de 18 anos) da história a bater esta marca!

E, na quarta feira, veio a notícia de que "Coringa vai ter continuação, e seu diretor, Todd Phillips iniciou hoje as conversas com a Warner". Porém em menos de 24h Todd desmentiu tudo. Segundo ele, uma reunião com a Warner de fato ocorreu, mas o objetivo era ver a possibilidade dele contar a origem de algum outro vilão da DC nos cinemas. O diretor afirmou categoricamente que "até agora, nem ele nem Joaquin Phoenix foram procurados pela Warner para discutir uma sequencia". Será?



Concordam? Gostaram? Aguardo debates e comentários!

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Crítica - Ford vs Ferrari (2019)

TítuloFord vs Ferrari ("Ford v Ferrari", EUA / França, 2019)
Diretor: James Mangold
Atores principais: Matt Damon, Christian Bale, Jon Bernthal, Caitriona Balfe, Josh Lucas, Noah Jupe, Tracy Letts, Remo Girone, Ray McKinnon
Mais do que um filme sobre corrida de carros

Tudo começou em meados dos anos 60. Henry Ford II, neto do fundador da Ford Motor Company, estava preocupado com o legado de sua empresa e decidiu então transformar sua marca numa vencedora em carros de corrida. Sua primeira tentativa foi comprar a Ferrari; porém após uma negativa constrangedora, a Ford então colocou como sua prioridade número um "se vingar" e construir um carro para vencer a multi-campeã Ferrari na prestigiadíssima corrida das 24hs de Le Mans. Para realizar o impossível em tão pouco tempo, eles contratam o ex-piloto e atual construtor de carros Carroll Shelby (Matt Damon) que traz consigo o excepcional porém genioso piloto Ken Miles (Christian Bale).

Ford vs Ferrari é um filme bem fiel aos fatos reais. As maiores "distorções" estão apenas no exagero do envolvimento pessoal dos donos da Ford e Ferrari nesta briga entre construtores. E além de verídica, a história é muito boa! Me surpreende que ela não tinha sido contada até hoje nos cinemas.

Ford vs Ferrari é mais do que um filme sobre corridas de carros. Aliás, a parte mais fraca do filme são justamente as corridas... as imagens nos eventos mostram apenas closes de ultrapassagens, tornando quase impossível visualizar a corrida como um todo. O forte da produção, portanto, é o mundo ao redor da corrida: os bastidores, a paixão pela velocidade, e ainda... o quanto as pessoas podem ser desonestas neste mundo.

Assistindo ao trailer, dá a impressão que em apenas poucos meses a dupla Shelby e Miles consegue derrotar a Ferrari. Mas assistindo a Ford vs Ferrari... não é bem assim. Se prepare para pelo menos três grandes surpresas/reviravoltas do roteiro; que aliás insisto, apenas reflete a vida real.

O diretor James Mangold nunca havia feito um filme de corridas antes, mas aqui o faz com maestria:  é impressionante como ele consegue fazer que uma história "mais ou menos conhecida" tenha tantos momentos de tensão. O perigo constante das insanas corridas do passado é transmitido de maneira muito forte. Sensacional!

Já em relação aos aspectos técnicos e as atuações, Ford vs Ferrari vai bem em ambos, mas não se destaca. Talvez o ponto mais positivo sejam os poucos efeitos especiais: os carros filmados são de verdade, aumentando o realismo. Ainda assim, é um filme que deve ser assistido nos cinemas para preservar toda sua emoção.

Ford vs Ferrari conta uma ótima história que todo fã de corridas de automóveis PRECISA ver. Mas além disto, graças ao tom bem humorado e ao carisma de seus atores, é um filme que pode ser assistido por qualquer público adolescente pra cima. E outra coisa boa, o filme dá o merecido reconhecimento a Ken Miles, que merecia ser mais famoso e agora será. Nota: 8,0

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Crítica - Parasita (2019)

TítuloParasita ("Gisaengchung", Coréia do Sul, 2019)
Diretor: Joon-ho Bong
Atores principais: Kang-ho Song, Sun-kyun Lee, Yeo-jeong Jo, Woo-sik Choi, Hye-jin Jang, So-dam Park, Ji-so Jung, Seo-joon Park
Pesado e surpreendente

Após fazer sucesso no Ocidente com os filmes O Hospedeiro (2006), Mother - A Busca Pela Verdade (2009), Expresso do Amanhã (2013) e Okja (2017), o cineasta sul-coreano Joon-ho Bong volta com Parasita, aquele que pra mim é seu melhor filme até agora.

Muito elogiado pela crítica, Parasita chamou a atenção mundial ao ser o grande vencedor de Cannes 2019, levando a cobiçada Palma de Ouro. E é aposta para receber mais indicações ao Oscar além do tradicional "Melhor Filme Estrangeiro".

É difícil descrever Parasita. Mas não consigo deixar de associá-lo com o italiano A Vida É Bela (1997). Claro, ambos são muito diferentes em tema e estilo; porém ambos compartilham de uma característica bem incomum: ser "dois filmes em um", onde temos em sua primeira metade uma comédia, e uma segunda parte bem chocante, com um drama psicologicamente bem pesado.

Na história conhecemos Ki-woo (Woo-sik Choi) e sua família, que vive em condições precárias e sobrevive fazendo pequenos bicos, ainda que nenhum deles se esforce "de verdade" para mudar de condição de vida. Devido a um amigo em comum, Ki-woo consegue um emprego para ser professor de inglês da adolescente Da-hye (Ji-so Jung), filha de um jovem e inocente casal milionário. Com o passar do tempo, Ki-woo e sua família fazem armações para que o casal rico empregue todo o restante da casa: pai (Kang-ho Song), mãe e filha. E é claro que o serviço da trupe não é o que eles dizem fazer...

Parasita conta com ótimas atuações e fotografia, porém é seu excelente roteiro que faz a diferença. A parcela "comédia" de Parasita não é muito engraçada nem original, principalmente - acredito eu - para nós aqui do Brasil. Trapalhadas e trambiques no estilo "jeitinho brasileiro" (ou seria "jeitinho coreano"?) são comuns até demais para nós.

É no drama, portanto, que Parasita surpreende. Fora o violento desfecho, o filme é brilhante ao mostrar de maneira velada o explosivo conflito de classes entre ricos e pobres. Aqui, ao contrário de Coringa, os ricos são "boas pessoas", e ainda assim o conflito acontece e é muito real. Joon-ho Bong fez seu Expresso do Amanhã - que não gostei - para explicitar a luta de classes... e seis anos depois, em um filme onde a mesma luta é muito mais sutil, quase implícita, o cineasta enfim consegue passar seu recado de maneira surpreendente e poderosa. Sendo ele também o roteirista desta produção, arrisco a dizer que Bong beirou o genial.

Parasita não é um filme fácil de assistir e só por isso não levou maior nota. Mais demorado do que deveria (2h e 12min de projeção), com uma primeira metade sonolenta e com várias situações que incomodam o espectador, não prevejo que o filme caia no gosto do público geral. Ainda assim, Parasita é um filme forte, diferente, e com potencial para gerar vários debates sociais, morais e comportamentais. Para quem também busca no Cinema fazer reflexões, aí Parasita passa a ser bastante recomendável. Nota: 7,0

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Homenagem a Space Harrier


Começo com um desafio para vocês: o jurássico Atari 2600, console de 2a geração, foi lançado em 1977 (e em 1983 no Brasil). O NES ("Nintendinho") foi lançado em 1983 (chegando nos EUA em 1985 e no Brasil só em 1989); já o Mega Drive foi lançado em 1988 e chegou aqui em 1990. Dado este histórico, de que ano vocês acham que é o jogo das imagens acima??

Pois saibam o jogo das imagens acima é Space Harrier, e ele foi lançado nos arcades japoneses em 1985! Ok, é verdade que na década de 80 as máquinas de fliperama eram muito superiores aos consoles caseiros; ainda assim, Space Harrier estava muito acima do seu tempo. Ver um jogo naquela época com gráficos simulando 3D com tanta qualidade e velocidade chegava a ser assustador. Outra prova do quanto este jogo foi incrível é que uma versão praticamente "idêntica" ao arcade original só chegou aos consoles de mesa em 1994 - longos nove anos depois - sob título Space Harrier 32X, que como o próprio nome já entrega, rodava pelo Mega Drive somente com o Mega 32X embutido.

Voltando à versão original, Space Harrier foi lançado nos arcades em 3 formato diferentes de cabine: a versão mais simples, onde o jogador jogava em pé, a versão intermediária, onde o jogador se sentava em uma pequena poltrona estática, e finalmente, a versão "avançada", onde o jogador entrava numa espécie de cockpit com total movimentação. Para ter uma idéia de como esta última versão funcionava, só olhar este vídeo aqui. Particularmente, acho seria uma experiencia bem ruim rs.


Space Harrier teve como criador/desenvolvedor o genial Yu Suzuki, que foi por 18 anos o diretor/líder do time de desenvolvimento de jogos da SEGA de nome "AM2". Segundo ele o visual "estranho" do jogo, que incluiu bastante fantasia, veio principalmente de três fontes, o mangá Cobra, o filme A História Sem Fim (1984) e os trabalhos do artista Roger Dean (que naquela época era mais famoso por artes em capas de discos, porém justamente a partir de meados da década de 80 passou a trabalhar em MUITOS jogos de videogames, e futuramente seria inspiração para os filmes Avatar (2009)).

Durante sua longa passagem pela SEGA, Suzuki e sua equipe também produziram clássicos como Hang-On, Enduro Racer, Out Run, After Burner (em todos estes ele também foi desenvolvedor), e posteriormente jogos como Dynamite DüxSword of Vermilion, Virtua Racing, Virtua Cop, Virtua Fighter 2 e Daytona USA (já nesses últimos ele era apenas o diretor responsável pelo time).

Como curiosidade, em seu início Space Harrier não tinha um protagonista humano, e sim, foi pensado como um simples avião. Porém, segundo Yu Suzuki, desenhar o veículo em todas as projeções seria bem difícil e ocuparia muita memória; já desenhar uma pessoa era muito mais simples e não precisaria ser muito realista. Então, a necessária troca foi feita. Leia mais detalhes sobre esta curiosidade no "Extra 2" ao final do texto.

Além das adaptações para consoles da SEGA (Master System, Game Gear, 32X e Sega Saturn), Space Harrier teve conversões para mais de uma dezena de consoles e computadores, inclusive para dispositivos da rival Nintendo, sendo que até o NES recebeu sua versão. Com a chegada de coletâneas de jogos antigos da SEGA nos consoles mais modernos, o super-clássico Space Harrier não poderia ficar de fora(!), sendo publicado também para o Game Boy Advance, Nintendo 3DS, os PlayStations 2 e 3, Nintendo Wii, Xbox 360 e Nintendo Switch.


A versão para o Switch, lançada há apenas alguns meses (Agosto de 2019), possui uma funcionalidade inédita (acima), a Komainu Barrier Attack, que permite o jogador a contar com um "escudo" de duração limitada, deixando o jogo um pouco mais fácil. Este port também conta com modo widescreen e a presença do chefão final Haya Oh (composto por dois "dragões de fogo" simultâneos) que não entrou no arcade original mas que esteve presente pela primeira vez na versão do Master System, e depois na versão do Nintendo 3DS.

Mas talvez a mais surpreendente maneira de se jogar Space Harrier foi via Dreamcast, DENTRO do jogo Shenmue, um dos jogos mais complexos e revolucionários de todos os tempos. Lançado no final de 1999, Shenmue (Que foi criado adivinhem por quem? Yu Suzuki!) era um jogo de mundo aberto que interagia com um mundo real e dava ao usuário uma liberdade sem precedentes. Nele, o protagonista podia ir numa casa de Fliperamas, comprar fichas e jogar alguns jogos... dentre eles o arcade Space Harrier original, na íntegra!


Depois desta incrível homenagem, ela foi repetida em vários outros jogos como por exemplo na seqüência Shenmue II, e jogos da franquia Yakuza, como por exemplo Yakuza 0 e Yakuza 6: The Song of Life, estes dois últimos já para o PlayStation 4.


As três continuações

Space Harrier teve poucas continuações. A primeira delas, Space Harrier 3-D, foi lançada em 1988 de maneira exclusiva para o Master System e feito principalmente para promover o Óculos 3D do console (ainda que seja possível jogar em 2D, graças a um truque que ensino mais adiante neste post). Sendo uma sequência do jogo original, o jogo traz novas fases e inimigos em um tom mais dark (algumas fases são até noturnas). Mas sua grande vantagem em relação ao jogo anterior do mesmo console de 8 bits é que aqui os gráficos estão um pouco mais refinados, a movimentação do jogador é mais rápida, e o jogo ainda tem suporte para som FM.


A próxima continuação, Space Harrier II, também foi lançada em 1988, e também é jogo exclusivo de um console, neste caso o Mega Drive, sendo um dos primeiros jogos que a SEGA desenvolveu para seu console de 16 bits. Com gráficos muito superiores ao do Master System, mas ainda bem inferiores aos do arcade de 1985, Space Harrier II trazia como maior novidade a possibilidade de escolher em qual das 12 fases/cenários começar a jogar. Além disto, gosto mais da jogabilidade deste jogo aqui do que o da versão fliperama.


Já a última continuação é uma especie de spin-off, de nome Planet Harriers. Lançado em 2000, infelizmente esta pequena maravilha apenas saiu nos fliperamas. Apresentado em uma máquina de cabine dupla, o jogo trazia muitos aperfeiçoamentos que nunca estiveram em Space Harrier: seleção de personagens (dentre 4 possíveis), dois tipos diferentes de armas (o tiro normal e mísseis teleguiados - ambos disponíveis via dois botões distintos em um controle no formato manche), e até barra de vida (hit points). Uma outra diferença que estranhei bastante é que quando não estão tocando os pés no chão, os personagens voam "deitados". Planet Harriers recebeu muitos elogios da crítica especializada em seu lançamento, destacando os gráficos e velocidade acima dos outros arcades da época. Como "defeitos", Planet Harriers tinha dois: a curta duração (apenas 5 fases) e o fato de parecer mais com Panzer Dragoon do que o próprio antecessor Space Harrier.


De certa forma a versão de Space Harrier para o Playstation 2, que remodela o jogo original em gráficos verdadeiramente 3D e foi lançada em 2003 (três anos depois), é um meio termo entre a versão inicial arcade e o Planet Harriers. Afinal, aqui também temos o jogador voando "deitado", dois tipos de tiros, e mais alguns power-ups para serem capturados. Esta versão do PS2 não ficou tão boa para se jogar, mas se ficaram curiosos para ver suas imagens, são as duas últimas fotos, no final da galeria deste artigo.


E vocês? Gostam de Space Harrier? Qual versão? De qual console? Conte suas experiências com o jogo nos comentários!!



Extra 1: truques / cheats para os Space Harriers do Master System e Mega Drive

Space Harrier (Master System)
Continue (até 3x):
-- Na tela de Game Over, aperte Diagonal(Esq+Baixo) + Botão 1 simultaneamente.
Continue (até 9x):
-- Na tela de Game Over, aperte Esq, Dir, Esq, Dir, Baixo, Cima, Baixo, Cima.
Continue (infinito):
-- Na tela de Game Over, aperte Cima, Cima, Dir, Dir, Baixo, Baixo, Esq, Esq, Dir, Dir, Esq, Esq, Baixo, Baixo, Cima, Cima. Você poderá usar este código quantas vezes quiser.
Sound Test:
-- Na tela inicial, aperte Dir, Esq, Baixo, Cima.
Menu de Opções Extra:
-- Dentro da tela do Sound Test, toque as músicas na ordem: 7,4,3,7,4,8,1.

Space Harrier 3D (Master System)
Modo 2D:
-- Termine o jogo com um placar que te qualifique no mínimo nas 6 primeiras posições na tela de High Score. Digite o nome "THREE" na tela de High Score com o Controle 2. Obs: as letras não irão aparecer no nome enquanto digitadas.
Continue:
-- Para continuar o jogo após perder todas as vidas, pressione os botões 2,1,2,1,1 na tela de Game Over. Essa dica funciona duas vezes.

Space Harrier II (Mega Drive)
Seleção de Fases:
-- Não é exatamente um truque, mas perceba que ao aparecer a tela "Stuna Area", é possível selecionar as fases clicando para Esq ou Dir. Observação: não importa em que fase você comece, será necessário passar por todas elas para vencer o jogo.

Space Harrier 32X (Mega Drive)
Cheat Mode:
-- Aperte A + C + Start no no Controle 2 quando aparecer o logo da SEGA. NÃO solte os botões!, e quando a tela-título aparecer, aperte A + B + C e duas vezes o botão Start no Controle 1. Só agora você pode soltar todos os botões dos dois controles. Se o truque deu certo, aparecerá na tela opções para alterar a dificuldade, número de vidas e números de continues no jogo.
Continues:
-- Aperte A + C + Start no Controle 2 quando aparecer o logo da SEGA. A frase "Insert Coin" irá aparecer na tela-título caso o truque tenha funcionado. Isto lhe dará 3 continues.



Extra 2: Jet mode no Master System e no Arcade

Lembram do tal "avião" que no início dos tempos seria o personagem controlável de Space Harrier? Pois bem. Existe uma imagem que circula pela Internet que mostra uma versão jogável desta versão demo em arcade. Difícil, entretanto, dizer se é verdadeira ou não.


Porém, a história de que o jogo era para ser de "navinha" no começo é verdadeira, e tanto é real que na versão de Space Harrier para Master System ela existe sob forma de homenagem. Lembra do Menu de Opções Extra que ensino a fazer acima como truque? Pois então, ele permite a opção do "jet mode", que por sua vez, permite jogar no modo "nave", conforme as imagens abaixo.




Galeria




Gosta de suspense e terror? Você deveria conhecer Locke & Key

Locke & Key é uma série de HQs de terror/suspense que já de cara deveria chamar a atenção devido ao nome de seu escritor: Joe Hill...