Bom dia, boa tarde, boa noite. Segue a critica de mais dois lançamentos da Netflix Brasil, e que curiosamente não são produções originais da empresa do logotipo vermelho... são filmes de outros estúdios cujos direitos de transmissão foram comprados posteriormente. Temos aqui dois suspenses... um que se aproxima do terror, e outro policial. Vamos a eles!
Diretor: Aneesh Chaganty
Atores principais: Sarah Paulson, Kiera Allen
A história começa com uma Diane (Sarah Paulson) dando luz a um bebê. Algo dá errado, e a criança é levada a uma incubadora. Então as imagens param e aparece na tela a definição de algumas doenças. Novo corte: vemos nos dias de hoje a adolescente Chloe (Kiera Allen), filha de Diane, e sua vida de dificuldades e superação, devido a problemas como a paralisia das pernas e asma. Mãe e filha vivem bem, até que Chloe vê algo estranho em uma das medicações que toma... e a trama efetivamente começa.
Dentre os pontos fortes de Fuja, primeiro temos as boas atuações da dupla principal. Além disto, o clima de suspense / terror do filme é bem construído... embora as vezes até demais: algumas cenas que deveriam ser "normais" também recebem uma trilha sonora "assustadora", o que não faz muito sentido. Fuja, aliás, em geral abusa da trilha sonora para fazer seu suspense.
A história contada é sem dúvida interessante, e prende a atenção. Há um mistério a ser resolvido, e quando enfim descobrimos as explicações, embora não haja nenhum furo de roteiro, ele não faz muito sentido. E é nisso que Fuja perde muitos pontos. Entretanto quem está em busca de um filme de terror / suspense básico, Fuja não deverá decepcionar.
Curiosidade: a atriz Kiera Allen é cadeirante na vida real. Suas pernas paralisaram quando ela se aproximou dos 18 anos, e até hoje não se sabe o motivo. Keira é a segunda atriz verdadeiramente cadeirante a protagonizar um filme de terror / suspense. A pioneira foi Susan Peters, por O Signo de Aries (1948). Atriz de considerável fama em Hollywood, Susan perdeu o movimento das pernas em 1945, após levar um tiro acidental que a acertou no abdômen, atingindo a coluna cervical. Nota: 6,0.
Diretores: Andrea Di Stefano
Atores principais: Joel Kinnaman, Rosamund Pike, Common, Mateusz Kosciukiewicz, Karma Meyer, Ana de Armas, Clive Owen, Eugene Lipinski
Confesso que não estava com vontade de ver
O Informante após ler algumas críticas não muito favoráveis a ele. Porém, por ser fã da Rosamund Pike e quer avaliar melhor o trabalho de Joel Kinnaman como ator (que foi mal em
Robocop (2014) e em
Esquadrão Suicida (2016), mas sempre tive dúvida se a "culpa" não era dos filmes, que certamente não ajudaram), e acabei assistindo.
Bem, se Rosamund não decepciona, o mesmo não se pode dizer de Joel... de fato, ele é um ator no máximo mediano. Como protagonista em um papel de ex-presidiário e infiltrado em entre traficantes, Kinnaman é incapaz de convencer como "malvado". Se fosse na vida real em questão de minutos ele teria sido desmascarado pelos bandidos.
A história, baseada em um livro sueco de 2009 de nome Tre Sekunder (Três Segundos), é bem genérica. Temos vários clichês, e uma enfadonha "briga" entre o FBI e a Polícia de Nova York. Entretanto, para minha surpresa, o filme tem algumas reviravoltas e a trama melhora com o passar do tempo. Pena que o desfecho joga tudo isso fora sendo desanimador de tão previsível.
O Informante teve custos aproximados de US$ 60 milhões, mas é uma produção consideravelmente simples. Imagino que boa parte do dinheiro tenha sido gasto para trazer os vários nomes famosos que participam da produção. Nota: 5,0.