Bem vindo ao Cinema Vírgula! Com foco principal em notícias e críticas de Cinema e Filmes, este blog também traz informações de Séries de TV, Quadrinhos, Livros, Jogos de Tabuleiro e Videogames. Em resumo, o melhor da Cultura Pop.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
Crítica Netflix - Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out (2025)
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Relembrando / Homenageando o SEGA Saturn e o SEGA Dreamcast
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| Panzer Dragoon 2 Zwei |
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| Virtua Fighter e Clockwork Knight foram dois dos primeiros lançamentos para o Saturn |
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| Apesar de alguns problemas de renderização, Daytona USA é tão bom que sozinho já justificaria a aquisição do console |
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| Dois jogos bem diferentes: Guardian Heroes misturava beat'em up com RPG, já Radiant Silvergun serviu de inspiração para o inovador jogo Ikaruga, do Dreamcast |
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| Sonic R (a esq.) e Nights Into Dreams (a dir.) foram o mais próximo de um "novo Sonic" que o Saturn teve |
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| SoulCalibur |
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| A icônica cena da Sonic fugindo da orca em Sonic Adventure foi um dos cartões de visita do Dreamcast |
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| Crazy Taxi e Space Channel 5, franquias da SEGA conhecidas até hoje, iniciaram suas histórias no Dreamcast |
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| Phantasy Star Online foi um marco para a história dos videogames |
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| Virtua Tennis e NFL 2K1 foram dois dos jogos de esporte mais aclamados do console |
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| Ikaruga e Sega Rally 2: dois sucessos de público do Dreamcast |
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| Jet Set Radio: um dos mais icônicos e diferentes lançamentos do Dreamcast |
domingo, 7 de dezembro de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #050 - Conheça aqui o filme de MENOR bilheteria de todos os tempos!!
Vira e mexe aparece citações na Internet comentando sobre os filmes de maior bilheteria de todos os tempos. Neste caso, descontando a inflação, atualmente o topo ainda é de Avatar (2009), com US$ 2,9 bilhões de arrecadação nos cinemas. Mas se considerarmos a inflação - que infelizmente não é uma conta 100% precisa - com dados até 2024 vemos que Avatar fica em segundo lugar com US$ 4 bilhões, e o topo fica com outro vencedor: ... E o Vento Levou (1939), com seus talvez inalcançáveis US$ 4,45 bilhões.
Mas... e qual seria o filme de MENOR bilheteria de todos os tempos? É bem difícil responder essa pergunta, se formos levar em conta todos os países do planeta, e também, todos os tipos de filme da mais baixa qualidade que existem por aí... De qualquer forma, o Cinema Vírgula traz aqui um fortíssimo candidato ao de filme de pior bilheteria de todos os tempos:
Zyzzyx Rd (2006)
Conheça Zyzzyx Rd, que no Brasil teve o título traduzido para Estrada da Morte. E por incrível que pareça, este nome bizarro tem algum sentido. Na trama, um contador se envolve com uma mulher que já tem namorado, e após acabar brigando fisicamente com ele, acredita tê-lo matado. Então, ele e a mulher saem pela estrada para encontrar algum lugar para despejar o corpo. A tal estrada, é a Interstate 15, que fica na Califórnia, e na vida real ela dá acesso á uma rua de terra de nome "Zzyzx road". Então o filme tem o nome dessa rua... ou melhor, teria.. pois os responsáveis pela produção conseguiram errar o nome dela, colocando um "z" a mais... A foto título do artigo (ver acima) é a placa real da saída para esta rua via Interstate 15.
Zyzzyx Rd, apesar de produção independente, não era também um filme tão caseiro. Ele custou US$ 1,2 milhões (!), e dois dos atores principais do seu elenco eram famosos: Katherine Heigl e Tom Sizemore. O que aconteceu foi que a distribuidora do filme queria primeiro lançar Zyzzyx Rd internacionalmente para só depois lançar nos EUA; e acabou descobrindo que devido a uma regra do Sindicato dos Atores estadunidense, só poderia fazer isso após lançar o filme em salas dos cinemas americanos.
Então, os produtores alugaram uma sala de cinema em Dallas, e exibiram nesta sala, por uma semana, uma única sessão diária, ao meio-dia. Ao longo de todos estes dias, foram vendidos apenas SEIS ingressos. E como cada ingresso custou 5 dólares, a renda foi de US$ 30. E na verdade foi um pouco pior... Destes 6 ingressos, 2 deles foram comprados pela maquiadora do filme e sua amiga, e inclusive elas tiveram o dinheiro reembolsado rs. Portanto, se você procurar na Internet, os sites poderão dizer que a renda total foi de US$ 30 ou de US$ 20.
Depois deste fracasso, a produtora mudou de idéia e nem lançou Zyzzyx Rd nos cinemas internacionais... esta bomba acabou saindo diretamente para DVD no mundo inteiro.
Obs.: The Worst Movie Ever! (2011)
Em 2011 tivemos essa "maravilha" produzida, dirigida, escrita e estrelada por Glenn Berggoetz, que no caso, foi exibido em apenas um cinema de Los Angeles. The Worst Movie Ever! teve apenas UM ingresso vendido em sua primeira semana de exibição (o ingresso custou US$ 11 dólares), batendo então o recorde negativo de Zyzzyx Rd apenas para o caso da semana de estréia.
Porém, o recorde acabou saindo na mídia e trouxe alguma repercussão ao filme, e devido a isso, algumas pessoas começaram a ir no cinema assistir essa tragédia, que ficou alguns meses em exibição e totalizou cerca de US$ 25 mil de bilheteria.
The Worst Movie Ever! teve um orçamento de apenas US$ 1.100 dólares, e foi feito propositalmente para ser ruim. A trama mistura coisas como robôs alienígenas, criaturas que roubam almas, e não há uma história contínua, apenas uma sucessão de cenas desconexas. Felizmente isso nunca chegou ao Brasil, e igualmente felizmente, esse lixo não desbancou o título do grande Zyzzyx Rd, que não trapaceou para conquistar seu lugar na História!
PS: Já viu as outras curiosidades do Cinema Vírgula? É só clicar aqui!
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
Crítica - Bugonia (2025)
Pelo terceiro ano consecutivo, após Pobres Criaturas (2023) e Tipos de Gentileza (2024) a atriz Emma Stone e o diretor grego Yorgos Lanthimos estão juntos para entregar um filme esquisito. Algo novo, entretanto, é que se a maioria dos filmes de Yorgos usam roteiros originais escritos por ele, este Bugonia na verdade é uma refilmagem do filme sul-coreano Jigureul Jikyeora! de 2003 (Salvem o Planeta Verde!, em tradução livre).
Na trama de Bugonia, somos apresentados à Michelle Fuller (Emma Stone), uma aparentemente insensível CEO de uma megacorporação farmacêutica, que então é sequestrada por dois cidadãos "comuns": o conspiracionista Teddy Gatz (Jesse Plemons) e seu primo Don (Aidan Delbis). O motivo? Teddy acredita que Michelle na verdade seja de uma raça alienígena maligna que está destruindo a Terra, e portanto, quer que ela o coloque em contato com seu líder para negociar o fim desta destruição.
Além dos personagens / atores citados acima, há outro bem importante em Bugonia: a trilha incidental. Forte e marcante, ela dita os momentos de tensão e os surtos psicóticos de Teddy. Portanto é o som de Bugonia que dá ritmo ao filme, e se ele não estivesse presente, o resultado seria bem menos impactante.
A trama vai direto ao ponto, sem muitas enrolações, focando nos diálogos entre captor e vítima; mas ainda assim o filme tem 2h de duração com várias partes clichês... as acusações que Teddy faz mostrando que Michelle é "malvada", e as maneiras que ela, por sua vez tenta enganar seus algozes, já foi mostrado em filmes tantas vezes que chega a ser um pouco tedioso.
Mesmo assim, o elemento "alienígena" traz algumas novidades, e, claro, a trama têm mais de uma reviravolta. A maior delas eu previ, o que foi um pouco frustrante... porém as demais me surpreenderam. A dúvida se Michelle seria de fato alienígena é curiosamente abordada de forma realista e adequada, enquanto que o personagem de Teddy também não é deixado de lado, com sua complexidade sendo revelada aos poucos, ao mesmo tempo que vemos o aumento de suas manipulações sobre o primo; tudo isso também contribui para uma crescente em caos e tensão.
Jesse Plemons e Emma Stone atuam muito bem, especialmente a atriz. Mais uma vez ela mostra o quanto é versátil, e uma das melhores atrizes de sua geração.
Como bônus, Bugonia se encerra contando uma historinha que nos faz refletir e que me entreteve um bocado pela novidade. Não é um dos melhores trabalhos de Yorgos Lanthimos, mas até por não ser uma obra original dele, é um de seus filmes menos bizarros. E principalmente, muito melhor e mais satisfatório que seu anterior, Tipos de Gentileza. Nota: 7,0
domingo, 23 de novembro de 2025
Crítica Prime Video - Éden (2024)
Lançado nos cinemas mundiais ano passado, Éden, o mais recente filme do prestigiado diretor estadunidense Ron Howard (já vencedor do Oscar pelo filme Uma Mente Brilhante) sequer chegou nos cinemas brasileiros, e por aqui estreou diretamente nos streamings, mês passado, via Prime Video.
A chocante história, que ocorre no início dos anos 1930, é baseada em fatos reais, onde um pequeno grupo de pessoas, por motivos diversos, decidiu recomeçar sua vida na ilha Floreana, a ilha mais ao sul do arquipélago vulcânico que conhecemos popularmente como Ilhas Galápagos, e que já se encontrava desabitada há décadas.
A trama começa com a família Wittmer chegando à ilha: Heinz (Daniel Brühl), Margret (Sydney Sweeney) e o filho Harry (Jonathan Tittel) perderam praticamente tudo e, inspirados pela história dos "heróicos aventureiros" Dr. Friedrich Ritter (Jude Law) e sua companheira Dore Strauch (Vanessa Kirby), que já estavam em Floreana há vários anos, resolveram começar uma nova vida por lá.
Todos eles eram alemães, mas mesmo assim, Friedrich não gostou nem um pouco de receber novos integrantes no local. O clima na ilha ficou tenso, mas ainda controlável. Porém tudo explodiu quando um terceiro grupo chegou: a Baronesa Eloise (Ana de Armas) com seus dois amantes / empregados Robert (Toby Wallace) e Rudolph (Felix Kammerer). A interação entre os três grupos iria escalar a tal ponto de tensão onde a história de Éden chegaria até a mortes.
Como ponto mais forte do filme, o elenco estrelar de Éden faz jus a sua contratação e temos ótimas atuações, só por isto valendo a pena assisti-lo. Os conflitos e clima de constante tensão e imprevisibilidade são mais destacados pelos atores do que pelo próprio roteiro.
O que sabemos hoje do que aconteceu na ilha provêm de 3 fontes: dos relatos de Dore Strauch, dos relatos de Margret Wittmer, e das cartas enviadas via correio por Friedrich Ritter (além, é claro, das evidências encontradas via investigações ao longo dos anos pós incidente). Claro que todos os relatos foram bem parciais e muita coisa ficou sem resposta; com isso, os roteiristas Noah Pink e o próprio Ron Howard, disseram que para escrever o roteiro "simplesmente juntaram todas as histórias para criar a única versão que faria sentido". Mas não é bem assim. E no "PS" ao final deste texto eu conto as maiores diferenças do que o filme conta e o que aconteceu na vida real.
De qualquer forma, em linhas gerais, Éden é bem fiel aos fatos verdadeiros dos fatídicos eventos ocorridos na ilha Floreana, e tudo o que aconteceu lá é perturbadoramente interessante. A lamentar, a escolha do diretor / roteirista de praticamente ignorar o desenvolvimento dos personagens, e focar quase em 100% neles fazendo maldades um com os outros. Isso deu mais espaço para os atores brilharem, porém, enfraqueceu a história, tirando dela seus detalhes, além de praticamente impedir a empatia do público com qualquer um dos humanos em tela.
É uma pena em que Éden fracassou absurdamente nas bilheterias, e os motivos disso foram vários: marketing e divulgação fracos, recepção apenas morna da crítica especializada, e chegada aos cinemas no auge da polêmica quanto ao (racista?) comercial de jeans estrelado por Sydney Sweeney para a marca American Eagle.
Pela enorme audiência que programas de "real crime" alcançam na TV e na Internet, mesmo não sendo literalmente deste gênero, Éden tem tudo para manter o interesse deste mesmo tipo de público, e mais ainda, de despertar o interesse nas pessoas que curtem "mistérios do passado", ou ainda, quem simplesmente gosta de ver grandes atuações. Em suma, Éden poderia e merecia um roteiro melhor, porém sua história real mais que se sustenta por conta própria, e seus atores justificam que ele mereça uma melhor chance. Nota: 7,0.
PS: as principais diferenças entre o filme e os fatos reais (são spoilers grandes do filme, leia por conta e risco)
As maiores diferenças são em relação ao "desaparecimento" da Baronesa Eloise e seu amante Robert. O filme mostra todos os homens restantes da ilha em grupo para matá-los, e posteriormente o Dr. Ritter enviando uma carta ao governador acusando Heinz Wittmer de ter assassinado o casal. Para começar, na vida real, esta carta não existiu... ou melhor, existiu, porém de modo diferente... Só depois de 6 meses após o sumiço de Eloise e Robert, foi então que o Dr. Ritter escreveu uma carta contando que a dupla havia desaparecido, mas que ele não pôde enviar a carta antes porque os Wittmer o haviam impedido (ou seja, não houve uma acusação direta de assassinato).
Pelos relatos de Margret Wittmer, a Baronesa lhe disse que havia chegado em um iate para levá-la ao Taiti, e que ela deixaria seus pertences para Lorenz; já pela versão de Dore Strauch, ela comenta que na noite anterior ao desaparecimento ela ouviu um grito, e que não viu nenhum barco no dia seguinte, o que a fez suspeitar que ambos teriam sido assassinados pelo outro amante, Rudolf Lorenz. Hoje, a teoria mais "votada" pelos especialistas no caso é que este teria sido mesmo o ocorrido... Lorenz matado os dois e se livrado dos corpos.
Sobre a morte do Dr. Ritter, oficialmente ficou registrado que ele morreu por intoxicação alimentar e desidratação; mas teria sido ele "assassinado" de verdade por Dore? Não dá para saber. Nos relatos de Margret Wittmer há apenas uma leve indireta sobre isso. Ainda assim parece pouco provável que o Dr. Ritter real tivesse se deixado "enganar" daquele jeito. De qualquer forma, o filme não deixa isso claro, mas a Dore real já odiava Ritter quando as demais pessoas chegaram a ilha. E, de fato, as últimas palavras dele antes de morrer, segundo o livro escrito por Margret, foram realmente ele amaldiçoando Dore Strauch.
E finalmente, outra "mentira" que considero relevante, é que embora os 3 grupos se odiassem (e principalmente, que todos odiassem a Baronesa), não há nenhum relato de que ela mandava roubar provisões dos outros grupos, e que ficasse maquiavelicamente jogando um grupo contra o outro; de qualquer forma, alguns incidentes (como o da morte do burro), de fato aconteceram.
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Conheça QUINZE novos ótimos jogos lançados para o Mega Drive nos últimos dez anos
Uma das vantagens de ser um console de videogames tão bom e memorável é que mesmo após mais de 35 anos de seu lançamento, o SEGA Mega Drive mantém uma grande e apaixonada comunidade que continua desenvolvendo novos jogos para seus fãs.
A cada ano temos vários bons jogos inéditos sendo lançados mundialmente, e sendo eu mesmo um destes fãs do Megão, resolvi fazer uma seleção e trazer para vocês 15 dos melhores jogos que vi serem lançados nos últimos 10 anos. A lista segue abaixo, em ordem alfabética.
16Bit Rhythm Land (2019)
Lançada pela desenvolvedora japonesa Columbus Circle, o jogo traz 4 "mini-games" de rítmo, onde você tem que apertar um ou mais botões no momento exato para cumprir alguma ação. Dos quatro, gostei mais dos que trouxe as imagens acima: um onde você tem 3 botões para ativar escudos e se defender de bolas de fogo que vêm do espaço, e outro onde você é um rebatedor no Baseball. Se desde o surgimento de games como Guitar Hero e Rock Band jogos assim ficaram "comuns", para a biblioteca original do Mega Drive este tipo de jogo é praticamente inédito, o que torna tudo mais interessante.
Astebros (2023)
Astebros é um jogo de plataforma roguelike, ou seja, além de combater muitos inimigos, terá que explorar muitos cenários resolvendo alguns quebra-cabeças. Ele permite até 2 jogadores simultâneos e dá o opção de jogar com 3 tipos de personagens com poderes bem distintos: Arqueiro, Cavaleiro e Mago, sendo esse último visualmente muito parecido com o personagem Gorpo do He-Man (ver na imagem acima à esquerda). São seis fases, e todas elas geradas randomicamente.
O jogo é bem bonito, com arte pixelada, e tem uma dificuldade alta. Ele permite a seleção de vários idiomas inclusive nosso Português e também está disponível para Nintendo Switch e Steam.
The Curse of Illmoore Bay (2021)
The Cursed Knight (2022)
A primeira vista The Cursed Knight aparenta ser apenas mais um jogo de plataforma... Ledo engano. Criado pela empresa francesa GGS Studio Creation, o jogo tem sim sua parte "plataforma", que aliás utiliza bastante de uma interessante mecânica: com um dos botões você altera a gravidade do cenário, fazendo seu personagem ser "puxado" para cima ou para baixo da tela.
Porém, em várias partes do jogo, o "Cavaleiro Amaldiçoado" que controlamos acaba voando e atirando raios nos inimigos, como se fosse uma "nave"; ou seja, The Cursed Knight também tem partes de shoot‘em up!
Com 10 fases distribuídas em 5 estágios, The Cursed Knight tem inimigos variados (e chefões de fase bem desafiadores), você controlando alguns veículos, gráficos e trilha sonora muito boas e abuso (de modo muito bem feito) dos efeitos parallax. Uma boa pedida para quem procura um jogo bem diferente, difícil, mas não muito longo.
Demons of Asteborg (2021)
Na trama, você controla Gareth, filho de um lendário guerreiro com uma feiticeira, para impedir a invasão do demônio Zadimus e seu exército que está destruindo a humanidade. É curioso ver que além das homenagens óbvias a jogos como Castlevania e Ghouls’n Ghosts, há uma fase em que o jogo se torna algo similar ao Space Harrier, com tiro em primeira pessoa em 3D, conforme imagem acima, à direita.
Tanto Demons of Asteborg quanto Astebros são jogos que não devem nada em qualidade, duração e complexidade comparado aos grandes jogos clássicos licenciados lançados pelas grandes produtoras de jogos dos anos 90.
Hayato's Journey (2024)
Aqui temos uma surpreendente "continuação" do clássico jogo Kenseiden, do Master System, feito por dois brasileiros: o desenvolvedor Master Linkuei e o compositor Edmo Caldas. Com belos gráficos e trilha sonora, o game aproveita elementos de jogos como o próprio Kenseiden, de Spellcaster (também do Master System) e jogos da franquia Shinobi no Mega Drive.
O resultado foi um jogão de samurais no mais alto nível, confesso que me diverti muito ao jogá-lo. E a ROM do jogo está disponível para baixar gratuitamente no site oficial de Hayato's Journey.
Life on Mars: Genesis (2022)
Mais um jogo do estilo Metroidvania, criado pela desenvolvedora espanhola Kai Magazine Software. Curiosamente, eles são especializados em criar jogos para computador - especialmente MSX - e lançá-los via revista, inclusive criaram e lançaram um Life on Mars para o MSX em 2015. Este Life on Mars: Genesis é uma versão "remake" deste jogo... expandida e com gráficos melhorados, já que foi feita para uma plataforma com mais capacidade, o Mega Drive.
Em Life on Mars: Genesis uma base científica foi instalada em Marte, ela descobre uma bactéria no planeta, e dias depois, para de se comunicar com o exterior. Você é o técnico que foi convocado para entrar na colônia e reestabelecer as comunicações...
O jogo é bem difícil, com mapas extensos e com aquela música de suspense / terror constante para não te dar sossego. Um dos jogos mais difíceis desta minha lista, mas que por ter savepoints, pelo menos terminá-lo se torna possível. Gráficos excelentes, o estilo de jogo lembra os jogos Alien 3 e Abuse, ambos da década de 90.
Hunter Girls (2023)
Porém, uma enorme diferença é que Hunter Girls é um jogo de plataforma / ação, e os 3 personagens (as 3 caçadoras, no caso), estão sempre correndo, sem parar, em direção à direita da tela; portanto, resolver os obstáculos do jogo são na verdade uma corrida contra o tempo. Agnes resolve as coisas no corpo-a-corpo: ela possui uma espada e um escudo; Kim atira à distância com seu arco e flecha; e Flora defende o grupo de ataques mágicos. Jogo bem difícil e desafiador, mas um bocado diferente do que existe para o Mega Drive.
Mad Stalker: Full Metal Forth (2020)
Em 2020 o jogo foi resgatado, finalizado e lançado pela Columbus Circle. O que eu acho muito empolgante em Mad Stalker: Full Metal Forth é que apesar de ser um jogo de ação lateral, você controla um robô bem grande com direito a muitas variedades de golpes, como se estivesse em um jogo de luta 1 contra 1. O jogo é difícil e bem bonito. Vale bem a pena conhecer!
P-47 II MD (2025)
O game é um jogo de tiro horizontal para 1 jogador e que se passa na 2ª Guerra Mundial. Você controla um avião modelo Republic P-47 Thunderbolt, e diferentemente da versão arcade, aqui você está sempre acompanhado de 1 ou 2 aviões menores com habilidades diferentes, que soltam bombas ou habilitam escudos, e também enfrenta gigantes chefões de fase. Os gráficos são realmente excelentes; já em termos de som, diria estar na média do console.
Pier Solar and the Great Architects (2010)
Existem dezenas de novos jogos de RPG para o Mega Drive por aí, e optei então por trazer para esta minha lista apenas um deles - talvez o mais famoso - mesmo que seja uma pequena trapaça, já que ele foi lançado em 2010, ou seja, há mais tempo do que os tais dez anos atrás.
Lançado pelo pequeno estúdio independente estadunidense WaterMelon, o jogo é uma superprodução que levou mais de 5 anos de desenvolvimento e resultou em um cartucho de 64 megabits de tamanho, o que o tornou o maior jogo do Mega Drive até então.
Na história controlamos Hoston, um jovem aprendiz de botânica que sai de casa em busca de uma misteriosa erva que "pode" curar seu pai doente. Porém, ao longo de várias aventuras, a trama vai crescendo até ele se envolver com o "Pier Solar e os Grandes Arquitetos".
O jogo é um RPG japonês das antigas, com batalhas por turnos, e foi elogiadíssimo pela crítica especializada pelos seus gráficos, trilha sonora e história. Porém em termos de jogabilidade, teve notas apenas medianas. Como pontos negativos, foram apontados muitos labirintos difíceis e mecanismo de batalha repetitivo. Por outro lado, o jogo ficou tão famoso que foi portado anos depois até para os PlayStation 3 e 4, Wii U e Xbox One. Nada mal para um modesto game indie.
Curiosidade: o jogo tem tradução para 6 idiomas, sendo um deles o Português, e isso não foi uma simples coincidência, afinal, um dos principais designers do jogo é o brasileiro Túlio Adriano Gonçalves.
Shaolin Carcará (2022)
Tanglewood (2018)
Tanglewood é um jogo indie lançado por um grupo de desenvolvedores britânicos da Big Evil Corporation, e que recebeu muitos prêmios da crítica especializada. Trata-se de um jogo de plataforma, com vários "quebra-cabeças". Nele você controla Nymn, uma criatura parecida com uma pequena raposa, que se perdeu do seu grupo ao entardecer. Seu objetivo é chegar são e salvo até sua casa, sobrevivendo aos perigos da noite e as aventuras da manhã.
O jogo, como se pode ver nas imagens, é belíssimo. E lembra muito os grandes clássicos dos 16 bits dos jogos da Disney. Devido o alto número de prêmios recebidos, e atenção que recebeu da mídia especializada, Tanglewood foi responsável por impulsionar mais desenvolvedoras a criar novos jogos para o Mega Drive a partir de então.
Xeno Crisis (2019)
Paprium (2020)
A primeira e menor polêmica vem do fato de que ele tem gráficos tão elaborados, que para rodar no Mega Drive dentro do seu cartucho (sim, ele foi lançado em mídia física e até hoje só funciona 100% desta maneira) há um chip de processamento extra, chamado de "DT128M16VA1LT". Então com isso pode se dizer que o jogo "trapaceou" para rodar no Megão? Não necessariamente, já que o jogo de corrida Virtua Racing, lançado oficialmente pela SEGA em 1994, também tinha um chip de processamento extra dentro dele, o "Sega Virtua Processor" (SVP), e nem por isso houve na época qualquer contestação de que não seria um jogo legítimo do console.
Outra polêmica é sobre o produto entregue em si: Paprium, que também foi produzido pelo ambicioso estúdio WaterMelon, o mesmo do jogo Pier Solar, vendeu seu game via financiamento coletivo, no qual arrecadou quase 1 milhão de dólares. Após quase 8 anos de adiamentos, muitos compradores receberam seu jogo direitinho, porém muitos outros nunca receberam seu produto até hoje.
Além disso, existiram várias reclamações de usuários de que Paprium não rodava em seu Mega Drive. A WaterMelon retrucou dizendo que o jogo foi feito para rodar apenas em consoles nativos da SEGA e, de fato, a maioria das reclamações vinham de consoles mais novos produzidos por outras empresas, como por exemplo a Analogue, que se deu ao trabalho de lançar um firmware para corrigir o problema. Conforme este vídeo de gameplay feito por um brasileiro, o jogo rodou no Mega Drive modelo 1 da TecToy de 1992, e inclusive já automaticamente se configurou para o idioma Português. Em 2021 a WaterMelon lançou outra campanha no Kickstarter, agora para lançar seu Paprium no Steam, PlayStation 4 e 5, e Nintendo Switch. A promessa de entrega era pra Dezembro de 2022... mas até agora o jogo não saiu para nenhuma destas plataformas...
Polêmicas a parte, Paprium é um jogo de beat 'em up para 1 ou 2 jogadores, com gráficos e som espetaculares, e inspirado em Streets of Rage (principalmente) e Final Fight. Pode se dizer que as "homenagens" destes jogos foram até exageradas, pois há quem acuse que o visual de vários inimigos de Paprium foram "copiados" destes dois jogos. Ah sim: com sua chegada, Paprium superou Pier Solar e passou a ser o maior jogo do console em tamanho de dados: 80 megabits.
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| Os 5 personagens do modo "Original" e os 3 do modo "Arcade" |
Para quem jogou Paprium, a análise é que o jogo é realmente bom, embora falte originalidade em termos de gameplay. O maior destaque fica mesmo para gráficos e som, estes sim acima de tudo que se espera para um console 16 Bits. O game pode ser jogado com o controle original de 3 botões, mas foi feito para ser jogado com o controle de 6 botões. São 5 personagens distintos para se jogar no modo "Original" (maior, mais difícil, e com direito a breves cutscenes) e outros 3 personagens para se jogar na versão "Arcade". Além dos tradicionais itens de "comida" para recuperar sua vida/energia, há também "pílulas" de uma substância que te deixa mais forte e aplicando apenas golpes especiais por um tempo bem limitado.
Ah... e lembram que eu disse acima que o jogo só funciona 100% em mídias físicas? Pois é... mesmo tendo sido lançado em 2020, até hoje não conseguiram emular ele direito. Depois de muito esforço da comunidade gamer, somente no final do primeiro semestre de 2025 conseguiram realizar o feito... mas com restrições. A emulação de só funciona em um RetroArch modificado, e ainda assim, com alguns pequenos bugs gráficos e principalmente sonoros.
PS (jogo bônus): a imagem que aparece no título deste artigo não é de nenhum dos quinze jogos da lista, e sim do ainda inédito jogo Earthion, cujo lançamento para o Mega Drive, incluindo em mídia física, está previsto para 2026. O jogo foi lançado em Julho de 2025 na Steam, e em Setembro de 2025 para PlayStation 4 e 5, Xbox Series X/S e Nintendo Switch.
O grande diferencial de Earthion é que sua trilha sonora é feita por Yuzo Koshiro, lendário compositor e produtor de músicas de videogames, responsável pela trilha sonora de dezenas de jogos, dentre elas os das séries Ys, The Revenge of Shinobi e Streets of Rage. Ainda assim, o brilho de Earthion não deve ficar só na música... seus gráficos prometem ser excepcionais, e com uso incrível de efeitos parallax.
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