As críticas da vez são de dois filmes de drama que estrearam na Prime Video recentemente, e que, em ambos os casos, investiram pesado em grandes nomes para seu elenco. A Avaliação é produção original Prime Video, e estreou mundialmente em Maio; o que não é o caso de Aqui, que foi feito para ir aos cinemas - e estreou nas telas grandes brasileiras em Janeiro de 2025 - mas teve bem pouca repercussão; aliás, foi um fracasso de publico mundialmente. Posteriormente ele teve seus direitos de exibição comprados pela Prime Video. Confira o que achei de cada um dos dois filmes.
Bem vindo ao Cinema Vírgula! Com foco principal em notícias e críticas de Cinema e Filmes, este blog também traz informações de Séries de TV, Quadrinhos, Livros, Jogos de Tabuleiro e Videogames. Em resumo, o melhor da Cultura Pop.
quinta-feira, 19 de junho de 2025
Dupla Crítica Filmes Prime Video - A Avaliação (2024) e Aqui (2024)
As críticas da vez são de dois filmes de drama que estrearam na Prime Video recentemente, e que, em ambos os casos, investiram pesado em grandes nomes para seu elenco. A Avaliação é produção original Prime Video, e estreou mundialmente em Maio; o que não é o caso de Aqui, que foi feito para ir aos cinemas - e estreou nas telas grandes brasileiras em Janeiro de 2025 - mas teve bem pouca repercussão; aliás, foi um fracasso de publico mundialmente. Posteriormente ele teve seus direitos de exibição comprados pela Prime Video. Confira o que achei de cada um dos dois filmes.
terça-feira, 10 de junho de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #043 - Sabia que em Hollywood existem DUAS (ou seriam TRÊS?) Calçadas da Fama?
Um ponto turístico muito famoso de Hollywood, em Los Angeles, Califórnia, é a sua Calçada da Fama. Porém, entre o público comum há certa confusão sobre este local: por exemplo não é nela onde as celebridades deixam as marcas de seus pés e mãos. Surpreso? Vamos às explicações.
A Calçada da Fama de Hollywood
A Calçada da Fama de Hollywood (Hollywood Walk of Fame) hoje é composta por mais de 2800 placas de celebridades (reais ou fictícias) classificadas em 6 categorias. Usando a imagem da estrela acima, começando ao "meio-dia" e girando em sentido horário temos: "Televisão", "Rádio", "Música", "Teatro" e "Cinema". A sexta categoria, criada apenas em 2023, é a de "Esportes", e seu símbolo é representado por um troféu em forma de taça.
Sua história começa em 15 de Agosto de 1958, onde 8 placas provisórias foram instaladas, e hoje a Calçada cobre um espaço de quase 3 Km de extensão. Ela percorre 15 quarteirões da rua Hollywood Boulevard e mais 3 quarteirões da Vine Street, ambas localizadas no distrito de Hollywood, em Los Angeles.
Teoricamente qualquer pessoa pertencente a uma destas 6 categorias pode ganhar uma estrela na Calçada da Fama. Para isto entretanto, sua indicação precisa ser aprovada por um comitê, e também pagar uma taxa que hoje é de US$ 85 mil, que supostamente não apenas cobre os custos da criação e instalação da placa com seu nome, mas também de sua manutenção. Geralmente quem faz as indicações e pagam as taxas não são as personalidades indicadas, e sim, seus fãs e/ou amigos, ou então associações de Los Angeles. Foi por exemplo o caso da mais recente estrela colocada lá, onde em 30 de Maio de 2025, o comediante inglês Ricky Gervais recebeu sua placa da Câmera de Comércio de Hollywood.
O "Pátio das Estrelas" do Chinese Theatre
Abaixo mostro as fotos de algumas placas de quando estive por lá, ano passado. Atualmente, há cerca de 200 blocos no Pátio do Chinese Theatre. Alguns poucos deles, mais recentes, foram feitos em ações promocionais de estúdios, e são blocos "coletivos". É o caso da placa dos Vingadores, a primeira das imagens que trago abaixo:
Um das histórias a respeito destas placas que adoro é a do produtor, comediante e ator Mel Brooks. Maluco como só ele, Brooks não resistiu a tentação de aplicar uma pequena peça quando deixou sua marca na placa de concreto. Como se pode ver em duas das fotos abaixo (a primeira é de Marilyn Monroe), ele usou uma prótese para um 6º dedo em sua mão esquerda. Fiz questão de tirar uma foto da peripécia deste gênio da comédia.
A Calçada da Fama do Grammy Museum
Sim! Vamos agora para a "terceira" das Calçadas da Fama que se encontram em Los Angeles. Ela não fica exatamente em Hollywood, e sim em Downtown Los Angeles, que é consideravelmente perto. Trata-se da calçada do Grammy Museum de Los Angeles, cujo prédio é localizado na esquina entre as ruas Olympic Boulevard e Figueroa Street.
E é na calçada da Olympic Boulevard que temos o que seria a "Calçada da Fama do Grammy". Ao invés de homenagear uma pessoa em específico, cada placa comemorativa homenageia um ano, ou melhor, um grupo de vencedores do Grammy Awards daquele ano: Melhor Artista Revelação, Melhor Canção, Melhor Gravação e Melhor Álbum. Os blocos começam no ano 1958, e dá pra você ver na foto acima eles passando pela entrada principal da calçada do Museu.
Ah. E se assim como eu, você ficou em dúvida quanto a diferença entre os prêmios de Melhor Canção (Song of the Year) e Melhor Gravação (Record of the Year), este último se refere literalmente ao som gravado, já o primeiro se refere a letra da música.
domingo, 1 de junho de 2025
Crítica - Lilo & Stitch (2025)
Mais de duas décadas da animação original, de 2002, a Disney lança a versão live-action de Lilo & Stitch, após uma seqüência de adaptações questionáveis pela empresa do Mickey. Felizmente desta vez temos uma boa adaptação, com um filme divertido, engraçado, mas que fez mudanças para "atualizar" a história para os tempos atuais, e que como veremos a seguir, teve seus prós e contras.
Na história base, praticamente idêntica ao filme original, conhecemos Stitch, também chamado de Experimento 626, um pequenino alienígena azul criado para ser uma arma de destruição. E quando ele é apresentado pelo seu criador, o Dr. Jumba Jookiba (Zach Galifianakis) à Federação Galáctica Unida, Stitch é preso e condenado ao exílio. Porém a pequena criatura acaba fugindo e caindo no Planeta Terra, no Havaí, onde é "adotado" como um cachorro por Lilo (Maia Kealoha), uma garotinha de 6 anos órfã e solitária. Enquanto Lilo tenta "educar" Stitch, o pequeno alienígena precisa fugir dos enviados da Federação Galáctica que tentam recapturá-lo. Ao mesmo tempo, Nani (Sydney Elizebeth Agudong), a irmã mais velha de Lilo, luta para convencer a assistente social Sra. Kekoa (Tia Carrere) à não perder a guarda da irmã.
Há várias cenas neste Lilo & Stitch que são cópias do desenho original, porém há outras - em destaque para cenas de ação e cenas de piadas - que são novas para o filme, e isto é muito bom. Em geral Lilo & Stitch é um filme dinâmico, engraçado e "fofo", assim como o original, e deve encantar o mesmo tipo de público que agradou quando surgiu em desenho muitos anos atrás. O personagem de Stitch é bem feito, parece bem real, mas a grande qualidade de ter transformado este filme em live-action é a relação Lilo-Nani. Encarar a possibilidade da irmã perder a guarda de Lilo e se separarem tem um peso muito maior com pessoas reais sendo vistas em tela. A presença da nova personagem Sra. Kekoa, mais empática e menos cômica, também reforça este sentimento, sendo então um acerto.
Por outro lado, quando eu disse anteriormente que este Lilo & Stitch é "dinâmico", ele o é até demais. Tudo é muito corrido, e temos menos atenção dada a emoção dos personagens do que se deveria. No desenho de 2002, vemos Stitch passar por várias situações que vão "amolecendo" seu coração, e gradualmente o transformando em um ser bom; já neste live-action a quantidade de cenas que fazem isto são menores e mais curtas, fazendo com que nós na verdade nos apaixonemos e torcemos pelo Stitch mais pela memória afetiva que temos dele do que pelo que vimos no filme de agora.
O outro problema é a questão da "família", a Ohana tão falada e repetida no filme original e nesse aqui. De que família sempre fica unida. Bem, a correria deste Lilo & Stitch também enfraquece a força deste recado, mas além de tudo, o desfecho do filme não é o mesmo do desenho, e o novo final escolhido pode ou não enfraquecer esta mensagem de "família" (comentarei sobre isso no meu PS 2 mais abaixo).
Ainda que com mudanças, Lilo & Stitch mantém as qualidades principais do filme original e o reapresenta para as novas gerações. Ele é menos emocionante e engraçado que a animação de 2002, mas ainda assim uma ótima diversão e, por outro lado, consegue de fato ser mais real. Talvez com isso, consiga deixar Stitch algo mais palpável para as crianças atuais. Nota: 7,0.
PS 1: curiosidade, sabiam que Tia Carrere, a atriz que faz a assistente social Sra. Kekoa neste Lilo & Stitch foi quem dublou a Nani do filme original de 2002? E Chris Sanders, que dublou Stitch originalmente, dublou o animalzinho aqui também. Só que Sanders também foi o diretor e roteirista do primeiro desenho; aqui ele só dublou mesmo.
PS 2: aqui comentarei sobre a diferença entre o final deste Lilo & Stitch em comparação ao filme de 2002, não leia se não quiser spoilers. Uma adição que foi feita para este filme de 2025 foi fazer com que Nani tivesse a possibilidade de para a universidade ser bióloga marinha, opção que largou para cuidar de Lilo. Porém no final do filme ela de fato vai para a faculdade, deixando a irmã sob os cuidados de Tūtū (Amy Hill), sua vizinha, e outra personagem nova criada para este filme. Então aí fica o questionamento... com esta atitude, por um lado, é passada a mensagem que "família" é algo além de laços de sangue. Mas por outro lado, o desfecho diminui o sacrifício de Nani. Teria ela "afrouxado" seus votos de Ohana? Fica para você tirar suas conclusões ;)
terça-feira, 27 de maio de 2025
Crítica - Missão: Impossível - O Acerto Final (2025)
Depois de quase 30 anos, quando tivemos o primeiro Missão Impossível (1996), chegamos ao oitavo e último capítulo da saga: Missão: Impossível - O Acerto Final, que é uma continuação de Missão: Impossível - Acerto de Contas - Parte Um (2023), cuja trama não havia terminado. Pela lógica, este filme aqui deveria se chamar Parte Dois, porém como a bilheteria do capítulo anterior ficou abaixo do esperado, a Paramount Pictures achou comercialmente mais interessante mudar para este nome.
Obviamente, é bem importante que você tenha assistido a primeira parte antes de ver Missão: Impossível - O Acerto Final. Mas ainda assim já nos primeiros minutos de projeção temos um breve e eficiente resumo do que aconteceu no filme anterior, o que já é suficiente para contextualizar os novos espectadores.
Dois meses após conseguir a chave para obter o código-fonte da inteligência artificial Entidade, Ethan Hunt (Tom Cruise) fica sabendo que agora ele tem uma apertada corrida contra o tempo: em cerca de 3 a 4 dias a Entidade terá assumido todo o arsenal nuclear do planeta, e fará um ataque total contra a humanidade. Para impedir que isto ocorra, Hunt e seu time precisa obter do vilão Gabriel (Esai Morales) a localização do submarino afundado Sevastopol (onde o código fonte da Entidade se encontra), retirá-lo de lá, e usá-lo contra esta maligna IA, para destruí-la.
Assim como em Missão: Impossível - Acerto de Contas - Parte Um, mais uma vez temos uma trama com referências e ligações aos filmes antigos da franquia, e também temos um número enorme de personagens. Porém, ao contrário do que vimos no episódio passado, aqui temos um foco muito maior em Ethan Hunt, que disparadamente ocupa mais tempo em tela. Porém ironicamente, as duas vezes do filme em que temos cenas de ação acontecendo em modo paralelo - e de forma tripla, cortando de um dos três "núcleos de ação" para outro - com toda a trupe de Ethan trabalhando em conjunto, é que temos o melhor de Missão: Impossível - O Acerto Final: tensão, ação e emoção nas medidas certas.
Com personagens carismáticos, ritmo acelerado e boas cenas de ação, certamente este novo Missão: Impossível não desagradará seu público. Ainda assim, o roteiro de O Acerto Final é fraco, trazendo de volta muito de ruim que fez, por exemplo, Missão: Impossível 2 virar piada: coincidências absurdas, situações tão bizarramente forçadas que beiram o ridículo. Exemplos: por duas vezes Tom Cruise tem alguns poucos minutos para salvar uma pessoa que está em outro prédio. Como ele vai salvá-la? Oras... correndo(!), afinal, ele é rápido igual ao Flash e todos os prédios do mundo são vizinhos uns dos outros. Ou ainda, quando ele está dentro do gigantesco submarino Sevastopol que pesa milhares de toneladas: basta ele fazer um mínimo movimento lá dentro, que o veículo inteiro se mexe como se fosse um lápis...
Apesar dos pesares, Missão: Impossível - O Acerto Final se conclui de maneira "épica" e aceitável, com uma trama que pode ser definida com palavras como "resumo", "conclusão" e "nostalgia". MAS ainda assim sua cena final é uma cena sem nenhum impacto, vaga, e com consideráveis ganchos para a história continuar.
Eu torço para que Missão Impossível tenha se encerrado. E olhe que sou bastante fã da franquia. Mas ela já se esgotou. O próprio filme, com este seu roteiro contestável, tira sarro dele mesmo várias vezes durante a história, com os inimigos de Ethan ironizando que ele sempre faz a mesma coisa... que Hunt sempre coloca em risco o mundo inteiro só para salvar a mocinha. Missão Impossível precisa se encerrar porque isto é verdade. E também porque se ficava cada vez melhor a partir do filme 4 e chegou em seu ápice no filme 6, agora vem piorando a cada sequência.
Mas se Tom Cruise não mentiu, Missão: Impossível - O Acerto Final é de fato o desfecho de tudo. Em uma Première duas semanas atrás, o ator declarou (sobre o filme): "É o último. Ele não se chama 'Final' à toa". Vou dar meu voto de confiança no astro e acreditar em suas palavras. Nota: 6,0
sexta-feira, 23 de maio de 2025
Crítica - Mickey 17 (2025)
Mickey 17 era um dos filmes de 2025 que estava na minha lista dos que mais despertou interesse. Ficção científica, dirigido e roteirizado pelo sul coreano Bong Joon Ho, que já venceu Oscar de Direção e Roteiro por Parasita (2019).
Na história, baseada no livro de Edward Ashton de nome Mickey 7, estamos no ano de 2050, onde para fugir de um agiota assassino, vemos o fracassado Mickey Barnes (Robert Pattinson) embarcar em uma nave espacial para colonizar o planeta gelado Niflheim na profissão de "Dispensável", ou seja, uma pessoa que faz trabalhos extremamente perigosos e que, quando morrer, volta a vida através de um clone com memórias restauradas através de um processo chamado "reimpressão".
Porém, as coisas não são fáceis para Mickey. Não apenas ele é tratado mal por todos, como toda a tripulação vive em regime de economia, dada a escassez de recursos, e a enorme incompetência de seus líderes, o casal Kenneth e Ylfa Marshall (Mark Ruffalo e Toni Collette).
Os trabalhos de Bong Joon Ho costumam criticar o capitalismo, mostrar luta de classes, escancarar o egoísmo humano, ter humor sombrio... e aqui em Mickey 17 tudo isto está mais uma vez presente. Porém, tudo é feito sem surpresas e sem muito impacto. Há também um fator que ajuda a explicar a falta de força nas críticas políticas e sociais do roteiro: com exceção de um ou outro personagem, os demais são extremamente idiotas, fazendo este filme lembrar um bocado o clássico cult Idiocracia (2006). A diferença é que neste último há uma explicação para todos se comportarem de modo tão burro; aqui não.
Outro aspecto que poderia se esperar do roteiro de Mickey 17 era explorar os dilemas do personagem de Mickey Barnes morrer constantemente, e de encontrar com uma cópia dele mesmo (ok, isso é spoiler, porém aparece no trailer). Porém exatamente como todo o resto do filme, isto também é feito sem surpresas e sem muito impacto. Aliás, com um agravante: a "cópia" que Mickey 17 encontra tem um comportamento bem diferente do dele e para isso não é dada nenhuma explicação. Pelo menos Robert Pattinson atua bem, e isso é um ponto positivo.
Ainda que exageradamente cinza e marrom, o melhor em Mickey 17 é a parte visual, com boa fotografia e efeitos visuais. E ainda assim, também aqui falta originalidade... por exemplo as criaturas alienígenas são praticamente idênticas a um tipo de animal visto em Nausicaä do Vale do Vento (1984), de Hayao Miyazaki.
Em resumo, Mickey 17 é um passatempo aceitável. Bons efeitos visuais, mas de resto, digamos que é tudo um "médio"... até cogitei dar uma nota 6,0 pra ele... porém o desnecessário sonho que o personagem de Mickey tem perto do fim do filme foi demais para a minha boa vontade. Nota: 5,0
PS: o livro Mickey 7 possui uma continuação de nome Antimatter Blues, que se passa 2 anos após os eventos da primeira história. Porém é pouco provável que teremos esta continuação nos cinemas, já que o filme Mickey 17 mal se pagou nas bilheterias.
terça-feira, 20 de maio de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #042 - Jason Voorhees e as máscaras dos Goleiros de Hóquei
Um dos personagens mais icônicos dos filmes de terror é Jason, o assassino protagonista dos filmes da franquia Sexta-Feira 13. E se hoje reconhecemos imediatamente sua assustadora imagem, de seu "rosto" impassível coberto por uma máscara de goleiro de hóquei, saibam que nem sempre foi assim.
Até o presente momento, tivemos 12 filmes (!!!) de Sexta-Feira 13, porém Jason Voorhees vestiu sua máscara de hóquei apenas a partir do terceiro filme, Sexta-Feira 13 - Parte 3 (1982). No filme inicial, ele ainda não é adulto e aparece sem máscaras; já no segundo, ele simplesmente aparece com um saco de estopa cobrindo sua cabeça. Na imagem acima, vemos o famoso assassino com seu visual do filme 2 (à esquerda), e estreando a famosa máscara no filme 3 (à direita).
O que poucos sabem é que Jason só ganhou a máscara de goleiro de hóquei por puro acaso. Para o filme Sexta-Feira 13 - Parte 3 o roteiro apenas dizia que Jason "usava uma máscara", sem trazer nenhum detalhe adicional.
Em um dos primeiros dias de produção, o diretor Steve Miner pediu um teste de iluminação, e então a equipe saiu a caça de uma máscara qualquer para que o ator Richard Brooker (que interpretava Jason neste filme) pudesse ser filmado. Quem lhe deu a máscara foi supervisor de efeitos especiais Martin Jay Sadoff, que era um grande fã de hóquei e, por coincidência, trazia em seu carro uma máscara de goleiro do Detroit Red Wings.
O teste foi feito, Miner gostou do visual e a máscara foi "oficializada" para o filme. Como a máscara original não cobria toda a cabeça de Jason, um novo molde foi feito, ampliando-a. Terry Ballard, do departamento de arte, adicionou a ela os triângulos vermelhos e mudou a disposição de alguns furos para dar uma aparência única e marcante. Pronto! A primeira máscara de goleiro de hóquei de Jason Voorhees estava finalmente finalizada!
As máscaras em goleiros de Hóquei no Gelo
Curiosamente, a máscara usada por Jason em Sexta-Feira 13 - Parte 3 já era "antiga" quando o filme foi feito. Para ser mais exato, o objeto em questão é uma 1970 Jacques Plante Elite FibroSport model 103. Ou seja, o filme era do começo dos anos 80, mas aquela máscara foi utilizada no começo dos anos 70. E em se tratando de ser uma máscara do Red Wings, isso significa que na vida real ela foi usada por goleiros como Doug Grant, Bill McKenzie e Terry Richardson.
Mas vamos voltar ao nome presente no modelo da máscara: Jacques Plante. Quem é ele? Bem, além de ser o dono da empresa que fez esta máscara, o canadense Plante também foi goleiro da NHL e na verdade, o inventor das máscaras para goleiros no Hóquei no Gelo!
Entretanto, no dia 1º de novembro de 1959, em uma partida contra o New York Rangers, o nariz de Plante foi quebrado quando seu rosto foi atingido por um disco de borracha (puck) arremessado contra seu gol. Ele foi levado ao vestiário para costurar pontos no nariz e quando voltou, ele estava usando sua máscara de goleiro caseira dos treinos. O técnico Blake ficou furioso, mas como não havia outro goleiro e Plante se recusava a retornar para o jogo sem a máscara, Blake cedeu e os Canadiens venceram o jogo por 3 a 1. Para as partidas seguintes, Plante continuou recusando a deixar a máscara, mas como os Canadiens continuaram a vencer, Blake também foi aceitando a exigência de seu goleiro. No final das contas, os Canadiens seriam os campeões daquela temporada. Seria a quinta Stanley Cup consecutiva do time, e o último título de Jacques Plante como profissional.
Após esta temporada, Plante começou a projetou suas próprias máscaras e as de outros goleiros; trabalho que ficou muito mais sério após sua aposentadoria, quando investiu em uma empresa dedicada a isso. E apenas para reforçar, Jacques Plante não foi o primeiro goleiro da NHL a usar uma máscara facial. Por exemplo em 1930 Clint Benedict, do Montreal Maroons, usou uma máscara de couro para proteger um nariz quebrado. A diferença é que Plante introduziu a máscara como equipamento diário, e não apenas para proteção de machucados.
Mas a conclusão é: por cerca de 50 anos, os goleiros da NHL não usavam máscara nenhuma! Goleiros usarem máscaras só passou a ser maioria no começo da década de 70. E somente a partir da temporada da NHL de 1979-80 o equipamento inventado por Jacques Plante enfim se tornou obrigatório. Coisa de maluco!
domingo, 11 de maio de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #041 - Reese Witherspoon: feminista, entusiasta e adaptadora de livros
Porém Reese também é empresária e produtora, onde aliás tem trabalhado mais do que na função de atriz nos últimos anos. Estes outros "aspectos" da pessoa Reese Witherspoon não são muito conhecidos pelo público brasileiro. Portanto, comentarei um pouco deles aqui no Cinema Vírgula. ;)
Seu lado empresária e produtora se iniciou no ano de 2000, quando ela, juntamente com Debra Siegel, fundaram a Type A Films, uma empresa para produzir filmes. Inclusive, os dois Legalmente Loira já seriam produzidos por esta companhia. Em 2012 houve uma fusão da Type A Films com a também produtora Make Movies de Bruna Papandrea, para criar uma nova empresa chamada Pacific Standard. Sob o nome da Pacific Standard foram produzidos filmes como Garota Exemplar e a série da HBO Big Little Lies. Em 2016, Witherspoon e Papandrea se separariam, com Witherspoon ficando com o controle total da empresa.
Em 2015, Reese Witherspoon lançaria seu segundo empreendimento: a Draper James, uma linha (e loja) de roupas e objetos de decoração inspirados no sul dos EUA (ela é da Louisiana, um dos estados desta região estadunidense).
E finalmente, em 2016, Witherspoon e Seth Rodsky fizeram uma joint venture da Pacific Standard com uma empresa chamada Otter Media. Nascia então a Hello Sunshine: uma empresa focada em produzir, para diversas mídias (cinema, TV, etc), histórias protagonizadas por mulheres.
Como exemplos de séries, a Hello Sunshine produziu The Morning Show (Apple TV+), Recomeço (Netflix) e Daisy Jones & The Six (Prime Video). Já em filmes, temos como exemplos Um Lugar Bem Longe Daqui (de 2022, mas que acabou de chegar na Netflix), Um Presente da Tiffany (Prime Video), Na Sua Casa ou na Minha? (Netflix) e Casamentos Cruzados (lançado recentemente na Prime Video).
E ainda tem mais. Reese Witherspoon criou em 2017 seu próprio "clube de livros", o Reese's Book Club. Nele, todo mês, a atriz mensalmente indica um livro para seus seguidores. Os livros também sempre possuem mulheres como protagonistas, e Reese garante que é realmente ela quem faz a indicação dos títulos. Como curiosidade, as indicações do seu book club costumam ser elogiados devida sua diversidade, e também por serem obras bem recentes de autores que em geral ainda não são famosos; por exemplo uma boa parcela delas foram os livros inaugurais de seus respectivos escritores!
Claro que Reese e a Hello Sunshine não iriam perder a oportunidade, e alguns dos seus livros indiciados já foram adaptados em séries ou filmes por eles mesmos, algo que está se tornando cada vez mais comum. É o caso, por exemplo, dos já citados Um Lugar Bem Longe Daqui e Daisy Jones & The Six, e também de Little Fires Everywhere (Prime Video) e A Última Coisa que Ele Me Falou (Apple TV+).
Seu book club é um negócio milionário, disparando a venda de qualquer um de seus livros escolhidos, gerando bastante conteúdo associado nas mídias sociais, além é claro, de estimular o hábito da leitura principalmente entre o público feminino.
A título de curiosidade, em 2021 Witherspoon vendeu a Hello Sunshine para uma dupla de executivos por estimados 900 milhões de dólares, porém com ela e a antiga CEO Sarah Harden continuando a mandar na empresa normalmente. Já em 2023, Reese vendeu 70% da Draper James, onde ela permanece como acionista minoritária e membro do conselho.
Caso queira saber todos os livros que o Reese's Book Club já indicou na vida, é só clicar aqui (está tudo em inglês). As 4 indicações mais recentes estão na imagem mais acima.
Já viu algum filme / série / livro produzido por Reese Witherspoon? Agora não tem desculpa. Só pegar um nome aqui neste artigo e começar. :)
quarta-feira, 7 de maio de 2025
Crítica - Thunderbolts* [ou agora seria *Os Novos Vingadores?] (2025)
Eu tinha curiosidade sobre o quanto este filme Thunderbolts* seria diferente dos demais trabalhos da Marvel. Afinal, eles fizeram um bom esforço em associá-lo à A24, produtora de filmes e séries queridinha do mercado atual, e responsável por filmes consideravelmente "alternativos". Como exemplos de suas produções: Midsommar - O Mal Não Espera a Noite (2019), A Baleia (2022), X - A Marca da Morte (2022), Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (2022) e Guerra Civil (2024).
A tentativa de associação entre marcas de Marvel e A24 para este filme foi tal, que chegaram a fazer um trailer especificamente para isto, destacando que Thunderbolts* teria atores que já trabalharam na A24 (Florence Pugh, Sebastian Stan e Julia Louis-Dreyfus), assim como roteiristas (Jake Schreier e Joanna Calo), editor (Harry Yoon), diretores de fotografia, diretora de produção e compositora (Andrew Droz Palermo, Grace Yun e Son Lux respectivamente).
Porém Yelena é conduzida a uma missão suicida, pois ela também é uma "evidência" das atividades ilegais de Valentina, que portanto a quer morta. E o mesmo acontece com outros ex-contratados da diretora da CIA, que escapam da armadilha, e se unem virando os Thunderbolts.
E qual é o vilão que eles enfrentam? Bem, além da própria Valentina, seria o personagem Bob / Sentinela (Lewis Pullman)... porém na verdade o que eles estão mesmo enfrentando é a depressão. Inicialmente representada na melancolia da personagem de Yelena, e posteriormente, na "desesperança" encontrada nela e em Bob.
Então é neste aspecto em que Thunderbolts* se difere de todos os outros filmes da Marvel. O inimigo é uma doença, é um sentimento, é algo que você carrega. E o filme martela várias vezes que a cura é pedir ajuda, é não ficar sozinho. E é bom passar esta mensagem.
E por ter este tema, o filme é um pouco sombrio, com vários diálogos e menos ação do que o padrão Marvel... mas as "mudanças" param por aí. Como qualquer outro filme do MCU (Universo Cinematográfico Marvel), a produção é repleta de piadas, de atos heróicos e de efeitos especiais, e isso mesmo com os personagens não tendo muitos poderes sobre-humanos.
Quem rouba a cena em Thunderbolts* é Florence Pugh, não apenas pela qualidade de sua atuação, mas também pelo seu tempo em tela. Yelena é o fio condutor da trama, e temos aqui algo muito próximo do que seria um filme só seu... O que nos leva a um problema: a Marvel continua incapaz de "recomeçar" um ciclo de verdade, e sempre depende de seu gigantesco passado de filmes e séries. Claro, Thunderbolts* é um filme de história fechada e independente. Porém, metade de seus personagens vêm do filme Viúva Negra (2021), e a outra metade, do seriado Falcão e o Soldado Invernal (também 2021). Dá pra entender e curtir o filme sem ter assistido estas obras? Dá. Mas principalmente sem ter assistido Viúva Negra e sem conhecer o passado de Yelena Belova, um pouco se perde, até para compreender melhor a depressão da personagem, ponto central deste filme.
Diferente, e falando quase exclusivamente de um único tema (depressão), Thunderbolts* acaba sendo um bom filme, menos Marvel, mas até por ainda ser bastante intrínseco ao mundo de super-heróis, acaba ironicamente sendo mais DC do que A24. E depois de vários filmes ruins da "Casa das Idéias", é bom ver que este não é um deles. Nota: 7,0.
PS1: muito se especulava o motivo de ter um " * " no título do filme de Thunderbolts*. E não demorou muito para sabermos a resposta. Quatro dias após o seu lançamento mundial nos cinemas, ou seja nesta segunda-feira dia 05/05, a Marvel fez uma ação comercial "mudando" o nome do filme, que agora não é mais Thunderbolts*, e sim *Os Novos Vingadores. Abaixo segue o vídeo com o elenco do filme fazendo a revelação da "surpresa". Na minha opinião, uma estratégia de marketing meio idiota... mas vamos ver se ela terá algum impacto nas bilheterias...
PS2: Thunderbolts* possui duas cenas pós créditos. A primeira, curta e bobinha, aparece no começo da rolagem de créditos. Já a segunda, consideravelmente longa, acontece no final de todos os créditos e antecipa algumas coisas do futuro do MCU... o principal delas, é um considerável spoiler sobre o Quarteto Fantástico. Quero ver se eles vão mesmo manter na cronologia o que foi mostrado na cena, ou se vão simplesmente ignorá-la no futuro.
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #040 - A Piada do Palhaço Pagliacci
Esta triste anedota virou até meme, e por exemplo graças ao seu desfecho melancólico, foi bastante relembrada durante a morte do ator e comediante Robin Williams, devido suicídio, em 2014. O "Paradoxo do Palhaço Triste", em que palhaços e comediantes bem sucedidos, ao mesmo tempo sofrem de ansiedade, depressão, solidão e outros distúrbios mentais, é um fenômeno existente na vida real e estudado pela psicologia.
Mas o que poucos sabem é que a tal piada do Palhaço Pagliacci não foi inventada por Alan Moore. Aliás, ela já possui alguns séculos de idade. Também há o detalhe que em italiano, pagliacci é o plural de pagliaccio, a palavra “palhaço”. Além de que Pagliacci também é o nome de uma famosa ópera italiana do final do séc XIX, onde seu protagonista Canio é um ator infeliz e ciumento que atuava como palhaço e foi traído pela esposa com o amigo.
De todo este contexto, podemos imaginar que Moore intencionalmente optou por adaptar as versões predecessoras da piada colocando o nome de Pagliacci em sua obra para representar a classe dos atores de comédia em geral.
Como exemplos de versões anteriores da piada do Palhaço Pagilacci, por exemplo podemos encontrá-la dentro do conto The Comic ("O Cômico"), escrito e publicado pelo estadunidense Ralph Waldo Emerson em 1875 (onde neste caso o "paciente" se chamava Carlini); e também dentro do poema Reir Llorando ("Rindo Chorando"), do escritor mexicano Juan de Dios Peza (1852-1910):
Certa vez, um homem com uma expressão sombria procurou um médico famoso: "Eu sofro", disse ele, "de uma doença tão terrível quanto essa palidez do meu rosto".
(...)
Tome este conselho como uma receita hoje: Somente vendo Garrik você poderá se curar.
(...)
Assim disse o doente, ele não me curou; Eu sou Garrik!... Mude minha receita.
Outras versões desta mesma história são menos curiosas e mais tristes, pois remetiam a pessoas reais. No poema acima, já se especulava que Garrik fosse uma referência ao ator, mímico e palhaço inglês Joseph Grimaldi (1778-1837), que embora tenha sido um grande sucesso em sua época, teve uma vida difícil e passou seus últimos anos no alcoolismo e depressão.
O "Garrik" de Dios Peza poderia até não ser Grimaldi, mas a versão da piada que mais corria pelos anos 1910 colocava Grimaldi nominalmente como sendo o palhaço da história. Já nos anos 1930, a versão mais popular da mesma anedota colocava como protagonista o palhaço "Grock", mesmo nome artístico de Charles Adrien Wettach (1880-1959) um palhaço suíço que foi um dos maiores artistas europeus de sua geração.
Com registros escritos desde pelo menos o ano de 1814, a estrutura do conto que hoje conhecemos como a piada do Palhaço Pagliacci, graças a Alan Moore e a natureza humana, deverão se manter para a posteridade.
sexta-feira, 4 de abril de 2025
Crítica Netflix - The Electric State (2025)
segunda-feira, 10 de março de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #036 - Sabiam que a "espada de Excalibur" existe na vida real?
Ainda sobre a Excalibur, há duas versões sobre sua origem. Uma dela, mais tardia (meados do Séc. 13), diz que Arthur a recebeu de presente da Dama do Lago, uma fada (ou se preferir, bruxa) de nome Viviane (ou se preferir, Nimue), sendo uma esta uma espada mágica e indestrutível forjada na mítica ilha de Avalon. Outra, diz que a espada ficava encravada em uma pedra, e que ninguém conseguia tirá-la de lá. E apenas quem merecesse ser o "verdadeiro Rei da Inglaterra" conseguiria realizar a façanha. Então um Arthur ainda jovem tentou removê-la da pedra e o fez com facilidade, tornando-se Rei. A primeira referência desta versão é de um poema francês de 1200, onde Arthur retira uma espada de uma bigorna que está em uma pedra de um cemitério de uma igreja.
Esta segunda explicação para a origem inspirou, por exemplo, a criação do livro infanto-juvenil The Sword in the Stone (1938) do escritor britânico T. H. White, que por sua vez foi adaptada em 1963 pela Disney em um filme de animação chamado A Espada Era a Lei, que é de onde tiro a imagem-título acima. Quem ainda não viu esse desenho, recomendo muito. Além de divertidíssimo, tem uma das batalhas mágicas mais épicas da história, entre o Mago Merlin e a Madame Min.
Galgano Guidotti e a "Excalibur" real
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A "Espada na Pedra" do mundo real |
Em 1148 nascia Galgano Guidotti, filho de um senhor feudal, e que na vida adulta era um cavaleiro impiedoso que também vivia uma vida, digamos... impura. Até que, segundo a lenda, por volta de 1180, ele começou a ter sonhos com Arcanjo Miguel, que lhe dizia para mudar de vida. Em um sonho em específico, Miguel o levou à colina de Montesiepi, e disse para Guidotti construir uma casa para a glória de Deus, desistir de suas posses mundanas e viver como um eremita.
Ainda no sonho, Guidotti retrucou dizendo que isso seria tão difícil quanto cortar uma pedra com sua espada, e para "provar" seu ponto, resolveu cortar uma pedra ao seu lado. Porém sua espada cortou a pedra como se fosse manteiga.
Continuando a história contada pela tradição local, dias depois Guidotti estava cavalgando, e seu cavalo passou a recusar suas ordens e acabou o levando à Montesiepi, ou seja, onde as imagens do seu sonho ocorreram. Entendendo como um sinal divino, um comovido Galgano quis colocar uma cruz no local. Porém ele não tinha uma cruz com ele e, em vez disso, mergulhou sua espada em uma pedra próxima. A espada, que deslizou dentro da pedra facilmente, ficou com a maior parte da lâmina enfincada, e com isto o que restou para fora da pedra ficou parecendo uma cruz.
Para decepção de sua família, Galgano Guidotti viveu o resto de sua curta vida (ele morreu em 1181) como um eremita e dedicado a Deus, conforme os sonhos lhe haviam pedido. Em 1185 o Papa Lúcio III santificou o homem (desde então São Galgano) e uma capela redonda foi construída em volta da espada para preservá-la, onde ela está até hoje.
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Cappella di San Galgano a Montesiepi |
Também dizem as lendas que muitos tentaram retirar a espada de Galgano da pedra, e não conseguiram. E que entre sua morte e a construção da capela, um ladrão tentou roubar a espada mas foi completamente devorado por lobos, sobrando-lhe apenas as mãos e braços. Os ossos da mãos e braços do "ladrão" também se encontram conservadas dentro da Capela de Montesiepi.
A Ciência não pode comprovar estes relatos lendários, mas as análises feitas em 2001 por cientistas da Universidade de Pavia atestam que tanto a espada como os ossos são de fato do Século 12, ou seja, estão de acordo com a época vivida por Galgano Guidotti.
Também não é possível afirmar que há uma relação entre a lenda Arturiana da espada de Excalibur e a história de São Galgano. Entretanto, os primeiros textos em que a Excalibur aparece como sendo retirada de uma pedra, aparecem apenas algumas décadas depois da morte de Galgano Guidotti. Portanto, dá para desconfiar que isto não seja apenas "coincidência".
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Galgano Guidotti e sua espada em detalhe |
segunda-feira, 3 de março de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #035 - Conheça quais são as grandes premiações internacionais do Cinema e quais filmes brasileiros já brilharam nelas!
Provavelmente o segundo maior prêmio do mundo do Cinema, a Palma de Ouro é entregue em Cannes, na França. O Festival de Cannes se iniciou em 1946, sendo que seu prêmio máximo de "melhor filme", a Palma de Ouro, começou a ser entregue em 1955. O primeiro e único filme brasileiro a vencer este prêmio é o Pagador de Promessas, de 1962, escrito e dirigido por Anselmo Duarte, filme este que também foi o primeiro a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
Curiosidade: a primeira edição deste Festival era para acontecer em 1939, inclusive tendo Louis Lumière como presidente. O Festival inclusive chegou a ter a primeira noite de eventos, porém no dia seguinte, em 01 de Setembro, a Alemanha invadiu a Polônia, e a programação então foi adiada... depois cancelada... com o Festival de Cannes retornando apenas décadas depois.
O Festival Internacional de Veneza é o festival de Cinema em vigor mais antigo do mundo, sendo iniciado em 1932. Já seu prêmio máximo de "melhor filme", o Leão de Ouro, passou a ser entregue a partir de 1949. O Brasil nunca conseguiu levar um Leão de Ouro para casa, mas em 1981, o filme Eles Não Usam Black-tie, de Leon Hirszman e Gianfrancesco Guarnieri venceu o Grande Prêmio do Júri, que é o segundo prêmio mais importante do evento, logo abaixo do Leão de Ouro. É a única premiação do Festival de Veneza levada por brasileiros até hoje.
Curiosidade: a origem do Festival de Veneza não é muito "elogiável", já que ele foi criado pelo empresário e político Giuseppe Volpi para desenvolver o cinema Italiano... mas também para ajudar a promover o governo fascista em vigor na época.
Urso de Ouro (Festival de Berlim)
Globo de Ouro
Encerrando a minha lista de maiores premiações internacionais do Cinema, chego ao Globo de Ouro, segunda maior premiação estadunidense. Que aliás, é uma premiação bem diferente das outras. Primeiro, porque ela é dada pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, ou seja, são jornalistas estrangeiros que fazem especificamente a cobertura de notícias de Los Angeles para o mundo. Segundo que é uma premiação que premia Cinema e TV... e terceiro, que eles separam as premiações de Cinema em duas categorias: temos os filmes "de Drama", e os filmes "de Comédia ou Musical".
O evento existe desde 1944, e seu(s) prêmio(s) máximo(s) são o Globo de Ouro para Melhor Filme de Drama, e Globo de Ouro para Melhor Filme de Comédia ou Musical. O Brasil nunca levou nenhum destes prêmios, mas já levou dois Globos de Ouro pra casa. Em 1998, Central do Brasil com Fernanda Montenegro venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. E agora mesmo, na mais recente edição de 2024, sua filha Fernanda Torres levou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático. Na foto inicial do artigo podemos ver a atriz exibindo seu inédito troféu.
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