Diretor: Seth MacFarlane
Atores principais: Mark Wahlberg, Seth MacFarlane (vozes), Amanda Seyfried, Jessica Barth, Giovanni Ribisi, Morgan Freeman
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=znssIpxQVa4
Nota: 6,0
Superior ao anterior, Ted melhora no formato mas não no conteúdo
Três anos atrás, as aventuras do ursinho Ted foram um surpreendente sucesso de bilheteria, ultrapassando a marca de US$ 500 milhões de arrecadação. Eu, entretanto, não partilhei desta empolgação. Em seu retorno, e agora com mais bagagem como diretor, Seth MacFarlane aprendeu com algumas deficiências do filme anterior e trouxe para Ted 2 um formato muito mais próximo do seriado que o consagrou, o Family Guy: o uso constante de cenas curtas non-sense, trazendo muito mais humor ao filme.
Saem portanto os enfadonhos romances de John (Mark Wahlberg) e entram ainda mais piadas aleatórias, melhorando o resultado final da produção. Se, entretanto, em Ted 2 temos mais humor e mais piadas, o conteúdo das mesmas não mudou em relação ao filme anterior: muitas piadas sobre sexo (e pênis), apologia a maconha, críticas a celebridades, e muitas... muitas referências a cultura pop atual e dos anos 80.
Na história desta continuação, Ted (Seth MacFarlane) está casado com Tami-Lynn (Jessica Barth), porém em plena crise conjugal. Para salvar o casamento, resolvem adotar uma criança. Mas... Ted não pode ser pai pois não é considerado um ser humano pela lei. É então que junto com seu amigo de sempre John eles contratam a advogada novata Samantha (Amanda Seyfried) para ajudá-los na justiça. O roteiro é bem fraco, sequer faz sentido. Apenas serve de ligação entre as esquetes cômicas.
É claro que Mark Wahlberg e Amanda Seyfried vão se tornar o par romântico do filme. Mas felizmente, o enfoque a este namoro é muito pequeno. Desta vez as atenções estão muito mais no ursinho, o que é uma notícia positiva. E por falar em Mark Wahlberg, em vários momentos ele me passou a sensação de estar entediado com o filme. Ainda bem que o mesmo não acontece com os demais atores, que levam a atuação a sério e vão bem.
Me diverti bem mais com Ted 2, comparando com o filme inicial. O aumento das piadas - e muitas delas são realmente bem engraçadas - dão mais dinamismo e velocidade ao filme. Por outro lado, também há outras piadas muito ruins, de puro mal gosto. Uma coisa que talvez MacFarlane ainda não tenha se apercebido é que algumas piadas que funcionam em um desenho adulto tem efeito contrário quando feitas por atores de carne e osso.
Outro ponto curioso da trama é que seu desfecho se passa dentro da Comic Con de Nova York. Se por um lado isto proporciona uma cena de luta generalizada bizarra e bastante engraçada, por outro, também traz algumas das piores piadas do filme, com o personagem do ator Patrick Warburton batendo e abusando de nerds. Aliás, a Comic Con multiplica as referências a cultura pop. O fato do mesmo Warburton fazer cosplay do herói The Tick (sendo que ele mesmo foi o interprete do personagem em uma série de TV de 2001) é um detalhe bem bacana.
Engraçado, mas longe de ser uma grande comédia, Ted 2 é superior ao seu antecessor, porém MacFarlane ainda não conseguiu em qualquer um dos seus filmes live-action chegar perto da mesma graça que ele alcança com seu Family Guy. E ironicamente, mesmo sendo este filme melhor, Ted 2 caminha para não arrecadar nem metade do que o primeiro filme arrecadou. Seria reflexo de que o humor de MacFarlane já não ser algo novo nos cinemas? Nota: 6,0
Saem portanto os enfadonhos romances de John (Mark Wahlberg) e entram ainda mais piadas aleatórias, melhorando o resultado final da produção. Se, entretanto, em Ted 2 temos mais humor e mais piadas, o conteúdo das mesmas não mudou em relação ao filme anterior: muitas piadas sobre sexo (e pênis), apologia a maconha, críticas a celebridades, e muitas... muitas referências a cultura pop atual e dos anos 80.
Na história desta continuação, Ted (Seth MacFarlane) está casado com Tami-Lynn (Jessica Barth), porém em plena crise conjugal. Para salvar o casamento, resolvem adotar uma criança. Mas... Ted não pode ser pai pois não é considerado um ser humano pela lei. É então que junto com seu amigo de sempre John eles contratam a advogada novata Samantha (Amanda Seyfried) para ajudá-los na justiça. O roteiro é bem fraco, sequer faz sentido. Apenas serve de ligação entre as esquetes cômicas.
É claro que Mark Wahlberg e Amanda Seyfried vão se tornar o par romântico do filme. Mas felizmente, o enfoque a este namoro é muito pequeno. Desta vez as atenções estão muito mais no ursinho, o que é uma notícia positiva. E por falar em Mark Wahlberg, em vários momentos ele me passou a sensação de estar entediado com o filme. Ainda bem que o mesmo não acontece com os demais atores, que levam a atuação a sério e vão bem.
Me diverti bem mais com Ted 2, comparando com o filme inicial. O aumento das piadas - e muitas delas são realmente bem engraçadas - dão mais dinamismo e velocidade ao filme. Por outro lado, também há outras piadas muito ruins, de puro mal gosto. Uma coisa que talvez MacFarlane ainda não tenha se apercebido é que algumas piadas que funcionam em um desenho adulto tem efeito contrário quando feitas por atores de carne e osso.
Outro ponto curioso da trama é que seu desfecho se passa dentro da Comic Con de Nova York. Se por um lado isto proporciona uma cena de luta generalizada bizarra e bastante engraçada, por outro, também traz algumas das piores piadas do filme, com o personagem do ator Patrick Warburton batendo e abusando de nerds. Aliás, a Comic Con multiplica as referências a cultura pop. O fato do mesmo Warburton fazer cosplay do herói The Tick (sendo que ele mesmo foi o interprete do personagem em uma série de TV de 2001) é um detalhe bem bacana.
Engraçado, mas longe de ser uma grande comédia, Ted 2 é superior ao seu antecessor, porém MacFarlane ainda não conseguiu em qualquer um dos seus filmes live-action chegar perto da mesma graça que ele alcança com seu Family Guy. E ironicamente, mesmo sendo este filme melhor, Ted 2 caminha para não arrecadar nem metade do que o primeiro filme arrecadou. Seria reflexo de que o humor de MacFarlane já não ser algo novo nos cinemas? Nota: 6,0