As atenções do mundo até podem estar na estréia do novo Superman de James Gunn, que está previsto para Julho deste ano. Porém este filme, alardeado como o primeiro passo do novo Universo DC nos cinemas não é tão primeiro passo assim...
Bem vindo ao Cinema Vírgula! Com foco principal em notícias e críticas de Cinema e Filmes, este blog também traz informações de Séries de TV, Quadrinhos, Livros, Jogos de Tabuleiro e Videogames. Em resumo, o melhor da Cultura Pop.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Crítica - Creature Commandos (Primeira Temporada)
As atenções do mundo até podem estar na estréia do novo Superman de James Gunn, que está previsto para Julho deste ano. Porém este filme, alardeado como o primeiro passo do novo Universo DC nos cinemas não é tão primeiro passo assim...
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Curiosidades Cinema Vírgula #028 - Se você gosta de Cinema, PRECISA conhecer You're All The World To Me, de Fred Astaire
Há literalmente dezenas de apresentações de dança absolutamente incríveis e memoráveis de Astaire ao longo de sua carreira. Afinal, só nos cinemas foram mais de 40 filmes, além de muitas e muitas apresentações especiais na TV.
E uma de suas performances mais surpreendentes é a da canção You're All the World to Me, presente no filme Núpcias Reais (1951). Em uma época onde ainda não se existiam efeitos especiais por computador, Fred chocou sua audiência ao dançar de maneira natural e crível pelas paredes e teto de um quarto. Toda esta sequência do filme vocês podem (e devem) assistir no vídeo abaixo:
No trecho do filme em questão, o personagem de Fred Astaire, apaixonado por uma jovem e bela mulher que assim como ele, ama dançar, não se contém de emoção e sai dançando pela sala. A idéia e concepção dessa cena, entretanto, veio à mente de Astaire muitos anos antes de Núpcias Reais ser filmado. Demorou um bocado para que esta sua idéia de desafiar a gravidade fosse colocada em prática.
Mas como, afinal de contas, Fred Astaire fez isso? Com efeitos práticos, oras! Toda a sala foi construída dentro de um gigantesco barril de metal, que era girado. Porém a câmera ficava sempre fixa no que seria o chão do cômodo. Tudo girava, inclusive a câmera, enquanto Fred, de modo muito hábil (e com 51 anos de idade!), não. No vídeo abaixo você poderá ver de maneira muito clara o segredo revelado (ATENÇÃO: antes assistir o segundo vídeo, recomendo fortemente você NÃO ter pulado o primeiro vídeo, acima deste!!).
Este "truque" de rotacionar a sala foi usado posteriormente em vários outros filmes, como por exemplo em 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968), A Caçada ao Outubro Vermelho (1990), A Origem (2010); e também já foi replicado na música, como por exemplo no clipe de Lionel Richie, Dancing On The Ceiling (1986), e bem mais recentemente em 2019 por Billie Eilish em apresentação para o Saturday Night Live (ver vídeo abaixo). Nenhum deles entretanto, tem a primazia e perfeição de Fred Astaire. ;)
domingo, 12 de janeiro de 2025
ATENÇÃO! Ajuda para começar o Ano Novo! Agora toda Segunda-feira é dia de Curiosidade inédita aqui no Cinema Vírgula!!
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Crítica - Nosferatu (2024)
O Nosferatu original é um clássico filme expressionista alemão, lançado em 1922 pelo diretor F.W. Murnau, e que foi base para os filmes de Drácula no mundo cinematográfico. Já este Nosferatu, que estreou nos cinemas brasileiros neste dia 02 de Janeiro, é uma refilmagem (ou seria uma reimaginação?) deste mesmo filme, agora pelo diretor de terror estadunidense Robert Eggers. É a segunda vez que ele é "refeito", já que em 1979 o também diretor alemão Werner Herzog lançou sua versão de Nosferatu.
A história, que se passa em 1838 na fictícia cidade de Wisborg na Alemanha, nos mostra o casal Thomas (Nicholas Hoult) e Ellen Hutter (Lily-Rose Depp). Com a promessa de ser contratado em definitivo por um estranho agente imobiliário de nome Knock (Simon McBurney), Thomas viaja para a Transilvânia para fechar pessoalmente o contrato da venda de uma propriedade com um recluso e temido Conde Orlok (Bill Skarsgård). Enquanto isto acontece, sua esposa agoniza em casa tendo convulsões e delírios.
O filme de 2024 pode ser separado em duas partes, sendo a fuga de Thomas dos domínios do castelo do Conde Orlok / Nosferatu este grande divisor.
Até a fuga do castelo, o filme se comporta como basicamente como uma "cópia melhorada" do filme de 1922, com cenas e roteiro muito parecidos, porém trazendo melhores explicações ao espectador, amarrando algumas pontas soltas, e principalmente, através de cenas bem curtas, explicando melhor as motivações dos personagens.
A partir da fuga, entretanto, este novo Nosferatu muda um bocado, ou talvez dizendo melhor, expande. É que então os personagens Prof. Von Franz (Willem Dafoe) e Ellen Hutter passam a ganhar grande destaque, atenção essa que não existe no filme original. Aliás, o personagem de Dafoe é um personagem "novo", baseado no personagem Professor Bulwer de 1922, que lá tem pouca importância.
Estas adições fazem que Nosferatu discuta dois temas inéditos para a obra: ciência versus ocultismo, e a opressão sofrida pelas mulheres na sociedade patriarcal. São dois assuntos relevantes para os dias de hoje, e fortaleceriam mais o filme se não tivessem sido colocados com falhas: ao tentar achar explicações para tudo, o filme perde um bocado de seu tom de horror e passa mais a ser um filme de aventura / romance bizarro. Já em termos do que deveria ser uma defesa da mulher, Ellen mostra sua grande força no desfecho tanto deste filme quanto no original, porém aqui - ironicamente - um filme que se auto explica tanto, afirma que Ellen também tem um pouco de culpa pelo que está acontecendo - devido a um "momento de pecado" - mas fica nisso, sem dar mais detalhes. A situação não somente é incondizente com o restante do filme, como também apenas serviu para enfraquecer a personagem.
Outro ponto que me desagradou neste Nosferatu foi a representação visual do Conde Orlok. Se no filme de 1922 isso fui muito marcante, com a imagem do ator Max Schreck fantasiado de Nosferatu entrando para a história do Cinema, o visual deste Nosferatu não me convenceu. E eu não tenho nenhum problema com ele ser visualmente diferente do original (inclusive, o Conde Orlok de 2024 é muito mais coerente em termos históricos com o que se espera de alguém que nascesse na Transilvânia na Idade Média). Meu problema é que ele em nenhum momento lembra um vampiro, em nenhum momento vemos seus dentes, em nenhum momento ele é visualmente assustador. A única coisa assustadora nele - e aí é o contrário, merece bastante elogio - é sua voz: imponente, e levemente inumana.
Depois de vários filmes de terror "incomuns", que acabaram trazendo (boa) fama para Robert Eggers, este seu Nosferatu é seu filme menos assustador, mais padrão e mais comercial. Para quem nunca viu o Nosferatu original, pela novidade que seria o filme, eu daria nota 7,0; para quem já viu, daria nota 6,0. Portanto, como nota média final, este Nosferatu 2024 leva Nota 6.5.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
Retrospectiva Cinema Vírgula 2024: confira os Melhores e Piores filmes e séries do ano que passou!
FELIZ ANO NOVO! Obrigado por passar mais um ano acompanhando o Cinema Vírgula! E dá para dizer que foi um ano agitado por aqui... foram 60 artigos, o segundo maior número de publicações em um ano desde que criei este blog, em 2012!
Mantendo a tradição, começaremos o ano novo com a retrospectiva do melhor e pior de filmes e seriados do ano que se passou. Lembrando que o critério para ser citado aqui é de eu ter assistido e de ter sido lançado no Brasil em 2024.
Os filmes de 2024
Infelizmente, 2024 foi um dos anos mais fracos em termos de filmes nos últimos tempos. Depois dos "filmes do Oscar" aparecerem no começo do ano, vimos pouca coisa boa sendo lançada. A baixa qualidade até tem algumas explicações, como a greve dos roteiristas de 2023 nos EUA, que durou cerca de 5 meses. Porém, é inegável que o Cinema enfrenta uma crise de qualidade e audiência, e seu futuro a curto prazo é bem preocupante.
Melhores: meu "Top 5" de 2024 foi: Anatomia de uma Queda, Duna: Parte Dois, Ficção Americana, Furiosa: Uma Saga Mad Max e Pobres Criaturas, e você pode clicar no nome de qualquer um deles para (re)ler a minha crítica. Apenas um comentário extra de que fiquei triste que Furiosa: Uma Saga Mad Max desempenhou mal nas bilheterias, apesar de ser um filmaço. Muito injusto.
E um filme de que não escrevi crítica, mas queria registrar aqui é A Substância, filme de terror / horror da diretora francesa Coralie Fargeat estrelado por Demi Moore e Margaret Qualley. O filme é bom (dou nota 7,0), tem uma ótima fotografia, fala sobre auto-aceitação, e principalmente sobre a objetificação do corpo feminino. Porém mais do que tudo isso, é um filme muito perturbador, pra chocar, com cenas ao estilo A Mosca (1986). E perturba mesmo, tanto que não me esqueci dele aqui. Como disse um amigo meu, hoje o mundo (e os filmes) está tão violento, que para chocar o público, só mesmo fazendo cenas assim.
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A Substância |
Outro filme que gostei bastante e que também não escrevi crítica foi Jurado Nº 2, filme de tribunal dirigido por Clint Eastwood aos NOVENTA E TRÊS anos de idade! A trama mostra de maneira interessante dilemas morais, e eventuais falhas no sistema judiciário, isso mesmo quando várias pessoas envolvidas tentam ser "honestas". Uma pena que o filme não recebeu nenhuma atenção aqui no Brasil, porém boa parte da culpa vai para a Warner, que optou por não lançá-lo nos cinemas e colocá-lo direto nos streamings (HBO/Max). Além de burrice, para mim um desrespeito a Clint, já que estamos falando de seu provável último filme.
Piores: a grande decepção do ano, facilmente, foi Coringa: Delírio a Dois, ainda que o filme não seja de todo ruim. Porém quando você mistura um estúdio louco por dinheiro fácil, com um diretor arrogante que acha que precisa desconstruir seu filme anterior porque o público não entendeu sua obra, só poderia dar m...
Outro filme que entra na lista dos piores é Bad Boys: Até o Fim. Filme de ação absurdamente genérico cujo roteiro não faz sentido em nenhum momento. É uma franquia que piora muito a cada filme, e mesmo assim continuam fazendo novos capítulos... Será que as pessoas ainda querem ver Will Smith? Pois eu já perdi a vontade...
E finalmente, o ápice da ruindade. Aquele que mereceu a honra de ser o PIOR filme que já assisti desde que montei este blog, em 2012. Trata-se de Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes, de Zack Snyder. Após a péssima Parte 1, eu achava que a seqüência seria menos pior, já que a parte chata de apresentar os personagens já havia sido no primeiro filme. Ledo engano, a Parte 2 conseguiu ser bem pior, muito mais lenta, chata e repetitiva. Pra quem gosta de notas, para Rebel Moon - Parte 2 dou a nota 1,0 (de 10,0). Só não vai zero pelo esforço do pessoal técnico.
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A Vida Por Philomena Cunk |
Mas se tivemos um 2024 questionável, pelo menos em 2025 há a esperança de que tudo comece bem... Afinal AMANHÃ, dia 02 de Janeiro, estreia na Netflix a comédia A Vida Por Philomena Cunk, que se for tão bom quanto a série O Mundo por Philomena Cunk foi, vou adorar!
As séries de 2024
Melhores: em 2024 assisti mais séries que em 2023, mas ainda assim fiquei abaixo do número que gostaria e portanto alguns títulos que provavelmente iriam entrar aqui nesta minha de melhores eu deixei para ver só em 2025... Me refiro a Duna: a Profecia (Max), Hacks (HBO), Only Murders in the Building (Disney/Star+) e as temporadas finais de Arcane: League of Legends (Netflix) e Curb Your Enthusiasm (HBO).
A série que pra mim fica como a melhor do ano foi Fallout (Prime Vídeo), a qual ninguém esperava muito, mas surpreendeu pela qualidade técnica, personagens e roteiro. Também gostei bastante da animação Dungeon Meshi (Netflix), e coloco Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (Disney/Star+) como uma das melhores do ano, ainda que sendo ela a grande vencedora do Emmy 2024, eu esperasse mais.
Piores: a quarta temporada de The Boys (Prime Vídeo) foi bem ruim, de longe a pior até agora. Desde a temporada anterior (que eu já havia colocado na categoria "decepções" na retrospectiva passada) a série claramente fica apenas se repetindo e enrolando, felizmente a quinta temporada será a última. Outra série bem ruim foi Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft (Netflix): trama genérica envolvendo magia, personagens chatos... ficou longe de uma "aventura arqueológica".
A surpresa: série britânica sobre um grupo de jornalistas investigando um possível assassinato, Bodkin (Netflix) foi minha agradável surpresa do ano. Sem ser excepcional, ainda assim, gostei e manteve minha atenção o tempo todo.
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Bodkin |
Decepções: a lista tem alguns nomes: Guga por Kuerten (Disney+) é um documentário legal, mas poderia ser muito mais; Irmãos Sun (Netflix) tinha artes marciais e Michelle Yeoh como atrativos, porém achei a série apenas mediana. Curiosidade: em 2025 teremos na Prime Vídeo a estréia da série Blade Runner 2099, e um dos seus principais nomes também é Michelle Yeoh. Será que teremos nova frustração por aí? Espero que não.
Mas a minha maior decepção fica para O Problema dos 3 Corpos, cujos responsáveis pela produção e adaptação são David Benioff e D. B. Weiss, os mesmos dois "jênios" da série Game of Thrones. Não é que a série seja ruim, achei a primeira temporada entre razoável e boa... porém esperava uma história melhor já que ela é baseada em uma série de livros tão premiada. Pelo que investiguei, parte das coisas que não gostei do roteiro são assim mesmo nos livros (seriam eles então superestimados?), mas boa parte do que não gostei foram justamente adaptações mal feitas para a TV, com revelações sendo feitas antecipadamente (comparados aos livros), e/ou explicações mal dadas. Quem diria que a dupla "jenial" faria isso de novo, não? Tsc, tsc...
- Crítica - Megalópolis (2024)
- Curiosidades Cinema Vírgula #019 - Não confunda! Muttley NÃO é o Rabugento!
- Especial Dia Internacional da Mulher: Atriz e inventora, conheça a incrível (e conturbada) história de Hedy Lamarr
- Crítica - Coringa: Delírio a Dois (2024)
- Especial: 35 anos do Master System no Brasil (com direito a recorde Mundial!)
Abaixo segue a lista. Os filmes em laranja negrito e com um (*) são aqueles a que dou uma nota de no mínimo 8,0 e portanto, recomendo fortemente.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Dupla Crítica - Alien: Romulus (2024) e Gladiador II (2024)
Encerrando a safra 2024 de críticas de filmes do Cinema Vírgula, trago duas críticas que compartilham algumas características em comum. As duas são de filmes-continuação de grandes franquias associadas a Ridley Scott, e cujos resultados finais entretiveram, mas ainda assim ficaram abaixo do que poderiam ser. Leiam a seguir o que mais eu achei de cada uma destas produções.
Ridley Scott volta com a continuação de seu grande sucesso Gladiador (2000) quase 25 anos depois, sendo que agora o protagonista é o exilado ainda criança Lucius (Paul Mescal), filho de Lucilla (Connie Nielsen), irmã do tirano e vilão Imperador romano Commodus, que foi interpretado por Joaquin Phoenix no primeiro filme.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Crítica Amazon Prime - Operação Natal (2024)
Após falhar em bilheteria nos cinemas, Operação Natal demorou apenas cerca de um mês para estrear na Amazon Prime e... está indo muito bem, sendo um dos maiores sucessos de audiência do ano desta plataforma. Uma boa notícia afinal, já que Operação Natal é um filme divertido e merecia melhor destino.
Na trama, Papai Noel (J. K. Simmons) existe e isto é de conhecimento de alguns humanos, como por exemplo de Zoe Harlow (Lucy Liu), chefe da M.O.R.A. (Autoridade de Supervisão e Restauração Mitológica), pequena e secreta estrutura militar responsável por intermediar as relações entre criaturas mágicas e humanas. A um dia do Natal, Noel é sequestrado em pleno Polo Norte, e resta então a seu chefe de segurança Callum Drift (Dwayne Johnson) e o mercenário Jack O'Malley (Chris Evans) resgatá-lo em menos de 24 horas, antes que o Natal do mundo todo esteja arruinado.
Mais do que qualquer coisa, Operação Natal é um filme de ação, e por isto, mesmo não tendo mortes e tiroteios, há bastante lutas, alguns diálogos mais adultos, e o filme não é propriamente infantil. Sua indicação mínima para 12 anos é adequada. O filme também possui bastante humor, em sua grande maioria das briguinhas entre os personagens de Dwayne Johnson e Chris Evans. Felizmente, apesar da repetição, isto funciona bem e não fica cansativo.
Minha maior surpresa foi Operação Natal focar em algumas coisas natalinas, mesmo sendo o filme de ação que é: ainda que seja um aspecto pequeno de sua trama, sobrou espaço para trazer "família" ao falar de Jack O'Malley e seu filho, e trazer monstros relacionados a mitologia natalina que nós não estamos familiarizados, como por exemplo Krampus e a bruxa Gryla.
Sendo uma produção com um bocado de efeitos especiais, Operação Natal não conseguiu impressionar por elas e nem como "filme de aventura", porém, como filme descompromissado para entreter as pessoas em suas casas, no Natal, ele serve perfeitamente. Dito isto, é muito fácil compreender porque ele fracassou nos cinemas mas vai muito bem nos streamings. Nota: 6,0
sábado, 14 de dezembro de 2024
Lançado Indiana Jones and the Great Circle, o novo jogo de Indiana, que é como se fosse um novo filme!
Apesar de ser uma das maiores franquias de filmes do planeta, o último jogo de videogame para Indiana Jones havia sido lançado no hoje longínquo 2009 - Indiana Jones and the Staff of Kings - para os consoles Nintendo DS, Nintendo Wii, PlayStation 2 e PSP.
E então 15 anos depois, mais precisamente na semana passada, tivemos o lançamento mundial de Indiana Jones and the Great Circle, para Xbox Series X/S e PC. A espera parece ter valido a pena, pois o jogo tem sido amplamente aclamado por fãs, jogadores e mídia especializada, e já está sendo considerado um dos melhores jogos deste ano.
O jogo foi desenvolvido pela MachineGames e publicado pela Bethesda Softworks, mesma dupla que assumiu em 2014 a franquia de jogos de tiro em primeira pessoa Wolfenstein, ambientada na 2ª Guerra Mundial. Indiana Jones and the Great Circle também é um jogo de ação em primeira pessoa, feito portanto por quem sabe do assunto.
O jogo mistura bastante ação e quebra-cabeças para o jogador resolver, porém, mais que tudo isso, Indiana Jones and the Great Circle também se preocupou bastante em trazer uma história. Aliás, se preocupou até demais: são quase quatro horas de cutscenes (!), o que torna esta produção muito próxima de um novo filme. Ambientado em 1937, ou seja, entre os filmes Os Caçadores da Arca Perdida e Indiana Jones e a Última Cruzada, a trama mostra Indiana percorrendo por diversos sítios arqueológicos do mundo - que se ligam pelo globo formando um "Grande Círculo" - tudo isso para evitar a liberação de um grande e antigo poder.
Este roteiro permite o jogador explorar diversos lugares famosos, como por exemplo, Roma, Egito e Machu Picchu e também traz um número bem grande de referências aos filmes antigos do Indiana. O ator contratado para fazer a captura de movimentos e as vozes de Indiana Jones foi Troy Baker, o mesmo ator responsável pelo personagem Joel nos jogos da franquia The Last of Us. A voz de Troy imitando Harrison Ford ficou muito parecida, bastante impressionante!
Além das imagens que coloquei aqui no artigo para vocês babarem um pouco com o jogo (sim, até a foto inicial deste artigo é uma foto real do game), segue mais abaixo um vídeo de 15 minutos (em inglês) lançado pela própria Bethesda apresentando o gameplay de Indiana Jones and the Great Circle.
Ah, para quem quiser jogar este jogo no Playstation 5, há um acordo entre a Microsoft e a Bethesda para que seus jogos tenham prioridade no Xbox... Ainda assim, o lançamento para o PS5 vai acontecer um dia, e a previsão atual é que seja entre Abril e Maio de 2025.
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Crítica Netflix - O Poço 2 (2024)
domingo, 10 de novembro de 2024
Crítica - Megalópolis (2024)
Embora tenha chegado em poucas salas no Brasil (mas não tão poucas assim) Megalópolis está entre nós! (e já no meio da sua segunda semana!). A tão polêmica obra autoral e megalomaníaca de Francis Ford Coppola, que durou 4 décadas para ser concluída (clique aqui para saber um pouco mais de sua história), estreou em terras nacionais em 31 de Outubro.
Na trama, que se passa no atual Século 21, somos apresentados à gigantesca Nova Roma, que apesar de ter um prefeito - o conservador Frank Cicero (Giancarlo Esposito) - tem status de país. Também em Nova Roma reside Cesar Catilina (Adam Driver), um arquiteto futurista que também é uma espécie de "Ministro do Design" (em termos de arquitetura). A dupla, com suas idéias totalmente opostas, acaba se envolvendo em constantes brigas, ao mesmo tempo que o povo já está bastante insatisfeito com Cicero, mas também não confia muito em Cesar. Para "apimentar" ainda mais a situação, Julia Cicero (Nathalie Emmanuel), filha do prefeito, começa a trabalhar com o arquiteto e se apaixonar por ele. E Clodio Pulcher (Shia LaBeouf), um invejoso primo de Cesar, começa a planejar para destruir o arquiteto e tomar seu poder.
Todo o começo acima parece bem... romano. E de fato, não à toa, quando Coppola teve as ideias iniciais para seu filme no comecinho dos anos 80, seu objetivo era fazer um paralelo entre a queda do Império Romano com uma futura queda dos EUA transportando para uma Nova York atual a história da Conspiração Catilinária (onde, olhem só... o senador romano Lúcio Catilina arquiteta um complô contra o então cônsul Cícero).
Porém, a impressão que tenho é que depois que Megalópolis nos contextualiza em seu universo, que mistura nosso mundo com o romano, boa parte dos seu conceitos originais são esquecidos. E então o desfecho do filme foi transformado em um recado de Coppola pensando nas aflições atuais... coisas que ele só poderia estar pensando quando ele efetivamente começou a filmar o que foi agora para os cinemas, ou seja, a partir de 2022. Pois por exemplo, temos um personagem vítima de edição de imagem; ou uma pessoa que não é da política se candidatando e dizendo não ser nem de direita nem de esquerda... sendo "do povo" (hummm... em que eleição recente eu vi isso mesmo?).
Esqueça esse pano de fundo romano... até temos algumas intrigas aqui, um bocado de Romeu e Julieta ali, mas o que Megalópolis realmente fala é que a democracia falhou, a tecnologia atual falhou, o capitalismo falhou... em suma, a sociedade humana atual falhou como um todo.
E o mais interessante, não vemos nem um Cícero ("da direita") nem um Cesar ("da esquerda") serem maus... a mensagem de Coppola é que não é mais possível que eles melhorem o mundo na atual sociedade, mesmo que eles queiram. E qual a solução apontada por Megalópolis? Um vago e utópico "tecnologia e arte".
Pois é, o desfecho de Megalópolis é um verdadeiro manifesto, com Cesar declamando coisas do tipo "a sociedade corrompe" seguido de "o homem é bom", e que devemos abandonar o passado e pensar só no futuro... tecnologias novas, artes novas, idéias novas, tudo novo. De fato, na teoria tudo maravilhoso. Mas não há nenhuma explicação prática para como se ao menos começar a fazer isso. É apenas otimismo, e mais nada.
Inclusive, tudo indica que Coppola realmente não tem a menor idéia de como seria este mundo do futuro, já que vimos muito pouco da tal Megalópolis de Cesar no filme... apenas alguns esboços de idéias, imagens genéricas de prédios "diferentões"... ou demonstrações que parecem mais magia que ciência. De "prático" mesmo só uma versão de luz daquelas esteiras móveis que já temos nos aeroportos. O senhor Francis Ford se mostra bem ruim em Ficção Científica...
Como filme, Megalópolis tem bons momentos, sejam de espetáculo visual, de boas atuações, mas igualmente, tem momentos péssimos, várias cenas desconexas e/ou outras sem nenhum sentido, em especial as que contém os "delírios mentais" de Cesar.
Como resultado final, não deixa de ser admirável que Coppola queira ter deixado como seu "último legado" (já que este pode ter sido seu último filme) uma obra com trechos visualmente memoráveis, uma narrativa incomum, e com um importante e ousado alerta apocalíptico dele para a humanidade, mostrando que ele se preocupa com nosso futuro (e tenha gasto mais de 100 milhões de dólares próprios para isso). Por outro lado, ao mesmo tempo Megalópolis é uma obra caótica, meio prepotente, desnecessariamente longa, difícil para assistir, e que entra na lista de trabalhos mais fracos do diretor. Nota: 5,0.
PS: Segundo Coppola, uma das inspirações para o personagem arquiteto Cesar e suas idéias dentro do filme vieram da cidade de Curitba e do ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, que governou o estado entre 1994 e 2002. O diretor estadunidense esteve em Curitba em 2003 e ficou impressionado com as soluções diferentes para mobilidade urbana e sustentabilidade que encontrou no local.
Você PRECISA conhecer Supergirl: Mulher do Amanhã (e tem Brasileira envolvida!)
Tom King é um dos principais escritores de quadrinhos da DC Comics da última década. E na minha opinião, bastante irregular... já que entre...

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Título : Coringa ("Joker", Canadá / EUA, 2019) Diretor : Todd Phillips Atores principais : Joaquin Phoenix, Robert De Nir...
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Título : Elementos ("Elemental", EUA, 2023) Diretor : Peter Sohn Atores principais (vozes) : Leah Lewis, Mamoudou Athie, Ronnie de...