Diretor: David Fincher
Atores principais: Ben Affleck, Rosamund Pike, Kim Dickens, Carrie Coon
Outro ótimo suspense de David Fincher, com grande atuação de Rosamund Pike
Eu iria assistir Garota Exemplar nos cinemas de qualquer jeito, Afinal, se trata de um filme do diretor David Fincher, que está na minha lista dos maiores diretores da atualidade (você já leu?). Porém, antes de ver o filme, li na internet que as atuações de Ben Affleck e Rosamund Pike são dignas dos principais prêmios. Bem Affleck? Sério? Bem, fui lá conferir...
E de fato, embora seja adequedo ao papel de seu personagem, e também tenha alguns bons momentos, em geral é o Ben Affleck de sempre... o canastrão sem expressão no rosto, ator mediano e só. Mas não duvido que, querido por Hollywood como é, que surja alguma (injusta) indicação de melhor ator para ele por aí...
O mesmo não posso falar de Rosamund Pike. A atuação dela é excelente, suficiente para que eu sempre a olhe com outros olhos a partir de agora. Sua interpretação é irretocável, passando pelas mais diversas emoções. E seu personagem, ótimo. Só ela já vale o filme.
Voltando a Garota Exemplar, este novo suspense de David Fincher é uma adaptação de um livro best-seller de Gillian Flynn, e que leva o mesmo nome do filme. Curiosidade: é a própria Flynn a roteirista de Garota Exemplar.
Na história, Nick Dunne (Ben Affleck) e Amy Dunne (Rosamund Pike) são casados há alguns anos, e já no primeiro diálogo do filme vemos que Nick está bem insatisfeito com sua esposa. Poucas cenas depois já nos deparamos com a verdadeira trama: a casa do casal é aparentemente invadida e Amy some. Após algum tempo de investigação da polícia, liderada pela competente detetive Rhonda Boney (Kim Dickens), o marido se torna o principal suspeito.
É então que a história se divide em 3 narrativas paralelas. Uma com as ações de Nick, outra com as investigações de Rhonda, e finalmente, uma narrativa em flashback feita por Amy, de onde descobrimos a história passada do casal.
Importante destacar a marcante trilha sonora do ótimo compositor britânico Atticus Ross, em sua 3ª parceria com Fincher. Ela soa forte e retumbante em todas as narrativas de Amy, dando uma sensação de melancolia, de sonho, ou ainda, uma sensação de perigo iminente. Perfeita para o que a história conta.
Não vou dizer se Nick era culpado ou não, nem posso revelar mais nada da trama, para não estragar. Mas digo que no final, a trilha sonora de Atticus Ross mais uma vez é empregada com bastante sentido e propriedade.
Em geral, o filme é muito bom, com roteiro bem escrito, que prende a atenção do expectador o tempo todo. Nick é inocente? Culpado? Ficamos o tempo todo remoendo esta dúvida. E não se trata apenas de um (bom) drama policial. A história também aproveita para criticar duramente o casamento, a mídia sensacionalista, e, porque não, o quanto todos nós vivemos de aparências.
Apesar de tantas qualidades, porque Garota Exemplar não leva uma nota ainda maior? Simples... há alguns problemas em seu ritmo. No começo, as 3 narrativas paralelas discorrem em uma velocidade e tensão crescentes, até que pouco após a metade do filme, ambas são freadas abruptamente. Além disto, o filme não possui um clímax propriamente dito, e após 2h29min de projeção, esta ausência se faz sentir.
Em alguns momentos Garota Exemplar é longo a ponto de cansar. Se com a própria autora escrevendo o roteiro se garante a fidelidade ao livro, por outro lado sua inexperiência com o mundo do cinema deve ter sido a causa da evolução irregular de sua história nas telas. Outro problema é que o filme se explica demais. Com menos explicações, e mais curto, ele seria bem mais eficiente.
Mais uma vez entregando um ótimo suspense, Fincher não decepciona seus fãs, e de quebra traz uma Rosamund Pike que todos precisam conhecer. Nota: 8,0.
PS: os fãs de How I Met Your Mother poderão matar saudades de Neil Patrick Harris, o Barney, que aparece por um tempo razoável na tela, como ex-namorado de Amy
E de fato, embora seja adequedo ao papel de seu personagem, e também tenha alguns bons momentos, em geral é o Ben Affleck de sempre... o canastrão sem expressão no rosto, ator mediano e só. Mas não duvido que, querido por Hollywood como é, que surja alguma (injusta) indicação de melhor ator para ele por aí...
O mesmo não posso falar de Rosamund Pike. A atuação dela é excelente, suficiente para que eu sempre a olhe com outros olhos a partir de agora. Sua interpretação é irretocável, passando pelas mais diversas emoções. E seu personagem, ótimo. Só ela já vale o filme.
Voltando a Garota Exemplar, este novo suspense de David Fincher é uma adaptação de um livro best-seller de Gillian Flynn, e que leva o mesmo nome do filme. Curiosidade: é a própria Flynn a roteirista de Garota Exemplar.
Na história, Nick Dunne (Ben Affleck) e Amy Dunne (Rosamund Pike) são casados há alguns anos, e já no primeiro diálogo do filme vemos que Nick está bem insatisfeito com sua esposa. Poucas cenas depois já nos deparamos com a verdadeira trama: a casa do casal é aparentemente invadida e Amy some. Após algum tempo de investigação da polícia, liderada pela competente detetive Rhonda Boney (Kim Dickens), o marido se torna o principal suspeito.
É então que a história se divide em 3 narrativas paralelas. Uma com as ações de Nick, outra com as investigações de Rhonda, e finalmente, uma narrativa em flashback feita por Amy, de onde descobrimos a história passada do casal.
Importante destacar a marcante trilha sonora do ótimo compositor britânico Atticus Ross, em sua 3ª parceria com Fincher. Ela soa forte e retumbante em todas as narrativas de Amy, dando uma sensação de melancolia, de sonho, ou ainda, uma sensação de perigo iminente. Perfeita para o que a história conta.
Não vou dizer se Nick era culpado ou não, nem posso revelar mais nada da trama, para não estragar. Mas digo que no final, a trilha sonora de Atticus Ross mais uma vez é empregada com bastante sentido e propriedade.
Em geral, o filme é muito bom, com roteiro bem escrito, que prende a atenção do expectador o tempo todo. Nick é inocente? Culpado? Ficamos o tempo todo remoendo esta dúvida. E não se trata apenas de um (bom) drama policial. A história também aproveita para criticar duramente o casamento, a mídia sensacionalista, e, porque não, o quanto todos nós vivemos de aparências.
Apesar de tantas qualidades, porque Garota Exemplar não leva uma nota ainda maior? Simples... há alguns problemas em seu ritmo. No começo, as 3 narrativas paralelas discorrem em uma velocidade e tensão crescentes, até que pouco após a metade do filme, ambas são freadas abruptamente. Além disto, o filme não possui um clímax propriamente dito, e após 2h29min de projeção, esta ausência se faz sentir.
Em alguns momentos Garota Exemplar é longo a ponto de cansar. Se com a própria autora escrevendo o roteiro se garante a fidelidade ao livro, por outro lado sua inexperiência com o mundo do cinema deve ter sido a causa da evolução irregular de sua história nas telas. Outro problema é que o filme se explica demais. Com menos explicações, e mais curto, ele seria bem mais eficiente.
Mais uma vez entregando um ótimo suspense, Fincher não decepciona seus fãs, e de quebra traz uma Rosamund Pike que todos precisam conhecer. Nota: 8,0.
PS: os fãs de How I Met Your Mother poderão matar saudades de Neil Patrick Harris, o Barney, que aparece por um tempo razoável na tela, como ex-namorado de Amy