Diretor: Bill Condon
Atores principais: Ian McKellen, Laura Linney, Milo Parker, Hiroyuki Sanada, Hattie Morahan
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=TPOGn7DKcZo
Nota: 7,0
Nota: 7,0
Ainda que seja muito mais sobre velhice e solidão do que investigação de mistérios, filme agradará bastante os fãs do famoso detetive
Sr. Sherlock Holmes estava na minha lista de "filmes mais aguardados de 2015". Esperei, esperei, e agora oficialmente posso dizer que ele não veio e não virá. Sua distribuidora, a Sony, lamentavelmente optou por lançar o filme diretamente em DVD, deixando-o de fora das telonas. O novo filme de Holmes chegou as lojas brasileiras neste mês de janeiro.
Na história, situada em 1947, vemos um Sherlock (Ian McKellen) de 93 anos, aposentado há 30 anos, vivendo sossegado no campo em companhia da governanta Mrs. Munro (Laura Linney) e o filho Roger (Milo Parker). Com muitas dificuldades de movimento, mas principalmente, com progressivos episódios de perda de memória, Holmes resolve escrever sobre seu último caso, o qual fracassou. O motivo? Watson mentiu sobre ele, colocando o detetive como vencedor novamente. Sherlock quer retificar sua biografia antes que morra. O problema? Ele mal se lembra do que aconteceu...
Como se pode ver pelo título e pelo parágrafo anterior, o enfoque de Sr. Sherlock Holmes está em comentar a solidão, os problemas da velhice. Sim, até há um enigma detetivesco a ser desvendado, e ele é interessante, embora curto. Mas o filme está bem mais interessado no ser humano que no detetive.
Não que isto seja ruim. A atuação de McKellen, com todo seu carisma, é o grande trunfo de Sr. Sherlock Holmes. Ele está muito bem. Tão bem que não deixa de ser chocante em algumas cenas vê-lo tão velho, tão decrépito. Felizmente o ator ainda está "jovem" com seus 76 anos, e o choque vem mesmo apenas de sua atuação.
Contando com bom elenco coadjuvante, além de McKellen outro bom atrativo do filme é a maneira com que ele é montado. Com a história contada de maneira não-linear, com vários flashbacks, o grande mistério passa a ser descobrirmos como Sherlock falhou e se ele vai alcançar sua redenção ou não. E esta dúvida vai sendo respondida aos poucos, de maneira bem competente, prendendo a atenção do espectador.
Também é bacana ver o detetive reclamando de alguma coisas de Watson, de seu passado - mitologia sherlockiana pura! Mesmo com a memória ruim, Holmes continua com sua observação afiada. E é muito legal ver algumas cenas em que com apenas um olhar ele já descobre algo, ponto positivo para o diretor, que nos conta sobre a investigação sem precisar de palavras.
Quando um personagem bom e carismático se une com um ator bom e carismático as chances de termos um bom filme são grandes. Felizmente é o que foi concretizado aqui. Mesmo sem muita investigação policial, Sr. Sherlock Holmes é uma ótima pedida para todo fã do detetive. Nota: 7,0
Na história, situada em 1947, vemos um Sherlock (Ian McKellen) de 93 anos, aposentado há 30 anos, vivendo sossegado no campo em companhia da governanta Mrs. Munro (Laura Linney) e o filho Roger (Milo Parker). Com muitas dificuldades de movimento, mas principalmente, com progressivos episódios de perda de memória, Holmes resolve escrever sobre seu último caso, o qual fracassou. O motivo? Watson mentiu sobre ele, colocando o detetive como vencedor novamente. Sherlock quer retificar sua biografia antes que morra. O problema? Ele mal se lembra do que aconteceu...
Como se pode ver pelo título e pelo parágrafo anterior, o enfoque de Sr. Sherlock Holmes está em comentar a solidão, os problemas da velhice. Sim, até há um enigma detetivesco a ser desvendado, e ele é interessante, embora curto. Mas o filme está bem mais interessado no ser humano que no detetive.
Não que isto seja ruim. A atuação de McKellen, com todo seu carisma, é o grande trunfo de Sr. Sherlock Holmes. Ele está muito bem. Tão bem que não deixa de ser chocante em algumas cenas vê-lo tão velho, tão decrépito. Felizmente o ator ainda está "jovem" com seus 76 anos, e o choque vem mesmo apenas de sua atuação.
Contando com bom elenco coadjuvante, além de McKellen outro bom atrativo do filme é a maneira com que ele é montado. Com a história contada de maneira não-linear, com vários flashbacks, o grande mistério passa a ser descobrirmos como Sherlock falhou e se ele vai alcançar sua redenção ou não. E esta dúvida vai sendo respondida aos poucos, de maneira bem competente, prendendo a atenção do espectador.
Também é bacana ver o detetive reclamando de alguma coisas de Watson, de seu passado - mitologia sherlockiana pura! Mesmo com a memória ruim, Holmes continua com sua observação afiada. E é muito legal ver algumas cenas em que com apenas um olhar ele já descobre algo, ponto positivo para o diretor, que nos conta sobre a investigação sem precisar de palavras.
Quando um personagem bom e carismático se une com um ator bom e carismático as chances de termos um bom filme são grandes. Felizmente é o que foi concretizado aqui. Mesmo sem muita investigação policial, Sr. Sherlock Holmes é uma ótima pedida para todo fã do detetive. Nota: 7,0