Com este post eu inicio uma série com críticas de 4 filmes produções da Netflix, e que estrearam no Brasil neste ano de 2019. Neste texto trago dois filmes, e nos próximos dias publicarei as duas críticas restantes.
O primeiro é um filme espanhol sobre viagem no tempo; e o segundo é um filme dirigido e estrelado pela nova grande estrela de Hollywood, Brie Larson. Confiram as críticas!
Diretor: Oriol Paulo
Atores principais: Adriana Ugarte, Chino Darín, Javier Gutiérrez, Álvaro Morte, Nora Navas, Miquel Fernández, Aina Clotet, Julio Bohigas-Couto
Como já disse aqui algumas vezes, sou bastante crítico com filmes sobre viagem no tempo. E Durante a Tormenta me agradou bastante, o que por si só já mostra sua qualidade.
Na história, no mesmo dia da queda do Muro de Berlim (1989), conhecemos Nico (Julio Bohigas-Couto), um menino de 12 anos que acaba morrendo em um acidente. 25 anos depois, na mesma casa onde Nico morava, Vera Roy (Adriana Ugarte), uma mãe casada e feliz, acaba conseguindo se comunicar com o garoto no passado, salvando sua vida. Porém seu ato altera completamente a linha temporal, e ela encara uma realidade onde sua filha sequer tinha nascido. Desesperada, Vera tenta entender como pode reverter o tempo para que tudo volte como era antes.
Durante a Tormenta não traz um primor de roteiro, mas que dentro de sua simplicidade é um roteiro redondo, sem falhas. O que este filme traz de diferente em relação à muitos filmes de mesmo tema é sua abordagem muito mais policial e drama familiar do que de ficção científica. Pouco importa como a viagem do tempo ocorreu; ou ainda, a personagem principal em nenhum momento precisa entender física, ter grandes aprendizagens... Vera é uma mãe como qualquer outra, e talvez seu maior desafio seja o dilema moral entre escolher entre duas realidades distintas, onde seus conhecidos vivem bem ou mal, pouco ou muito. O que é "justo" escolher neste caso?
Além do bom roteiro, Durante a Tormenta possui um ritmo frenético, que prende a atenção do espectador. Pra quem quer ver um filme de viagem no tempo que não seja muito "cabeça", Durante a Tormenta é uma ótima pedida. Nota: 7,0.
Na história, no mesmo dia da queda do Muro de Berlim (1989), conhecemos Nico (Julio Bohigas-Couto), um menino de 12 anos que acaba morrendo em um acidente. 25 anos depois, na mesma casa onde Nico morava, Vera Roy (Adriana Ugarte), uma mãe casada e feliz, acaba conseguindo se comunicar com o garoto no passado, salvando sua vida. Porém seu ato altera completamente a linha temporal, e ela encara uma realidade onde sua filha sequer tinha nascido. Desesperada, Vera tenta entender como pode reverter o tempo para que tudo volte como era antes.
Durante a Tormenta não traz um primor de roteiro, mas que dentro de sua simplicidade é um roteiro redondo, sem falhas. O que este filme traz de diferente em relação à muitos filmes de mesmo tema é sua abordagem muito mais policial e drama familiar do que de ficção científica. Pouco importa como a viagem do tempo ocorreu; ou ainda, a personagem principal em nenhum momento precisa entender física, ter grandes aprendizagens... Vera é uma mãe como qualquer outra, e talvez seu maior desafio seja o dilema moral entre escolher entre duas realidades distintas, onde seus conhecidos vivem bem ou mal, pouco ou muito. O que é "justo" escolher neste caso?
Além do bom roteiro, Durante a Tormenta possui um ritmo frenético, que prende a atenção do espectador. Pra quem quer ver um filme de viagem no tempo que não seja muito "cabeça", Durante a Tormenta é uma ótima pedida. Nota: 7,0.
Diretor: Brie Larson
Atores principais: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Joan Cusack, Bradley Whitford, Mamoudou Athie, Hamish Linklater
Loja de Unicórnios é um filme que foi apresentado pela primeira vez ao público em 2017, através de festivais, mas que só agora foi lançado mundialmente pela Netflix, obviamente para que o mesmo se aproveite do grande sucesso do ótimo Capitã Marvel (2019).
A história deste filme - que é o primeiro longa metragem dirigido pela jovem Brie Larson - conta a história de Kit (Larson), que não conseguiu se formar como artista e então, fracassada, voltou a morar com os pais. Deprimida, ela acaba conhecendo "A Loja", um estranho estabelecimento onde "O Vendedor" (Samuel L. Jackson) promete lhe vender um Unicórnio real, desde que ela prove ser digna dele.
O roteiro de Loja de Unicórnios não ajuda. Mesmo com Kit tendo que "mudar sua vida" para obter o mítico animal (ou seja, crescer como pessoa), o desenvolvimento do personagem não é muito perceptível. Mesmo sendo "forçada" a virar uma adulta, Kit é tratada como uma pessoa infantil o tempo todo, sem grandes traumas pra ela, e ao mesmo tempo, sem que isso faça muito sentido no "mundo real". Parece que tirando os críticos de arte, todas as outras pessoas do planeta a querem bem.
Repleto de clichês, o filme tenta fazer o personagem crescer sem abandonar seu mundo de fantasia, o que é um bocado incoerente... Ainda assim, o carisma de Brie Larson é gigante, e ela consegue tornar o filme assistível... até agradável. Brie já provou ser uma ótima e versátil atriz, mas se ela quiser continuar com a ótima imagem que tem hoje, precisa ser mais criteriosa nos filmes que aceita participar. Nota: 5,0.