sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Crítica - "Os Descendentes" (2011)

"Filme traz homem de meia idade buscando sua redenção como pai e marido de maneira bem dinâmica, abordando diversos temas de maneira sutil e comovente".

Com 5 indicações para o Oscar, produção independente, o novo filme do diretor Alexander Payne lembra um bocado sua película mais famosa: "Sideways - Entre Umas e Outras".

Entretanto, quem "Os Descendentes" realmente "imita" são os dois bons filmes "Flores Partidas" (2005) e "Transamérica" (2005). A fórmula destes três é muito parecida: road movie onde vemos o personagem principal em busca de sua redenção pessoal e de sua reconciliação com os filhos.

Outra semelhança são as cenas filmadas em plano curto, bem próxima do espectador, focando sempre em mostrar as espressões e reações faciais dos personagens, sem entretanto abusar de closes.

Mais ainda, os três filmes acima possuem trilha sonora bem peculiar e marcante, que aumentam nossa sensação de "estarmos dentro do filme". Em "Flores Partidas" o tom é de um Jazz meio africano; em "Transamérica" vemos músicas Country e Gospel de raíz. Finalmente, aqui em "Os Descendentes" temos música havaiana. Não é a toa, já que a história se passa no Havaí.

Mesmo com algumas cenas cômicas, este filme é o mais sério e sutil dos três. Sem se tornar chato, o filme aborda superficialmente vários assuntos, como por exemplo a desestruturação familiar, a herança de sangue (daí o título do filme), e pessoas à beira da morte.

O competente George Clooney está concorrendo ao Oscar de melhor ator principal por este filme. Ele está realmente bem, porém não o suficiente pra impressionar. Quem para mim rouba a cena é a atriz Shailene Woodley, de 20 anos, que faz o papel da filha mais velha do personagem de Clooney. Mas claro, ela não recebeu indicação nenhuma.

"Os Descendentes" segue uma fórmula não muito convencional, mas que dificilmente erra. Filmes que seguem esta estrutura são sempre muito bons, valendo a pena ser assitido; ao mesmo tempo, nunca são fortes o suficientes para ganhar um Oscar de melhor filme, por exemplo.

Nota: 8,0.

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