sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Crítica Netflix - O Céu da Meia-Noite (2020)

Título
O Céu da Meia-Noite ("The Midnight Sky", EUA, 2020)
Diretor: George Clooney
Atores principais: George Clooney, Felicity Jones, David Oyelowo, Tiffany Boone, Demián Bichir, Kyle Chandler, Caoilinn Springall
Tom emocional é a melhor parte deste filme mediano

Desta vez foi George Clooney, que seguindo a moda de diversos atores e atrizes famosos, fechou com a Netflix para dirigir e estrelar um filme. A produção Netflix da vez é O Céu da Meia-Noite, lançado no Brasil no dia 23 especialmente para aproveitar o clima Natalino. Embora de Natal o filme não tenha nada, a data do lançamento foi apropriada, já que o tom emocional do filme é seu ponto forte.

Baseado em um livro de mesmo nome escrito em 2016 por Lily Brooks-Dalton, na história de O Céu da Meia-Noite estamos em 2049, e diversas naves já saíram para o espaço para "testar" a colonização da lua K-23 de Júpiter (que é fictícia), cujas condições para abrigar a vida humana foi descoberta pelo cientista Augustine Lofthouse (George Clooney). Porém algo deu muito errado na Terra e o ar do planeta todo virou veneno. Ao descobrir que uma das naves que estava em Júpiter está retornando para nosso planeta, Augustine faz seus últimos esforços para alertar os astronautas a não descerem mais aqui.

A trama já de cara não faz muito sentido... como o próprio filme mostra em sua parte final, assim que a nave visualiza a Terra eles já percebem que não conseguirão voltar. A história se divide em 3 partes, cuja montagem também não é muito boa e as vezes confunde, que são a vida dos astronautas dentro da nave, flashbacks do passado de Augustine, e a situação presente do cientista, que já bastante velho e debilitado ainda tem que tomar conta de uma criança, Iris (Caoilinn Springall). As atuações de Clooney e da garota Springall são muito boas, e é mais impressionante ao sabermos que é a estréia da menina em filmes.

O Céu da Meia-Noite é repleto de clichês do gênero e nem tenta fugir deles. Como já aconteceu em milhares de filmes, claro que tanto a viagem dos astronautas como a vida do cientista na Terra serão repletas de desastres e dificuldades. Apenas o desfecho da trama é um pouco diferente. Ainda que um pouco piegas, o final é bonito e salva a produção.

Em termos técnicos temos uma trilha sonora genérica, uma boa fotografia, bons efeitos de computador, e um design de produção com altos e baixos. Por exemplo, embora estamos em 2049, não há praticamente nada nos cenários e figurinos da Terra que mostrem se tratar do "futuro"... parece os tempos de hoje. Por outro lado, reforçado pelos bons efeitos especiais, a nave Æther (onde estão os 5 astronautas voltando pra casa) é bem bacana, sendo bonita, futurista na maneira adequada, e convencendo em ser "funcional".

Em resumo O Céu da Meia-Noite acaba sendo um filme mediano, que pode agradar quem gosta de filmes com finais emotivos, ou quem seja fã de George Clooney ou Felicity Jones. Se fosse mais curto (ele tem 2h de duração mas poderia facilmente ser reduzido pra menos de 1h30) e tivesse se dedicado um pouco mais nas explicações da trama, receberia uma nota maior. Como não o fez, leva Nota 5,0

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Crítica Netflix - I Am Mother (2019)

Título :  I Am Mother (idem, Austrália, 2019) Diretor : Grant Sputore Atores principais :  Clara Rugaard, Hilary Swank, Luke Hawker, R...