Sherlock Holmes é um grande personagem, e o detetive mais famoso de todos os tempos. E até 2009 estava meio sumido das telas, seja da TV ou dos cinemas.
Sim, sempre há alguma adaptação do mesmo sendo feita em algum lugar... por exemplo na década de 90 tivemos seriados de Holmes tanto nos EUA quanto na Inglaterra. Mas ambos tiveram vida curta. Acho que a filmagem mais relevante de Sherlock, voltando no tempo, é o bizarro filme Sherlock & Eu ("Without a Clue") de 1988, com Michael Caine fazendo o detetive, e Ben Kingsley sendo o Dr. John Watson. Nunca assisti, mas sei a trama: Holmes é um bêbado incompetente, contratado para ser um “disfarce” para o verdadeiro detetive: Watson. E também sei que não agradou a crítica.
Voltando a 2009, foi o ano em que o diretor Guy Richie e o ator Robert Downey Jr. colocaram o velho Sherlock na moda novamente. Um Blockbuster bem feito, bem divertido, onde entretanto vemos um Sherlock muito diferente do que o dos livros, usando mais a força do que a inteligência para derrotar os inimigos.
Quase em paralelo, mas apenas em 2010, estréia na BBC o seriado “Sherlock”. Este sim com um Holmes e um Watson muito parecido com os livros... mas o cenário não. Ele se passa na Londres atual. De qualquer forma, é talvez a melhor adaptação para TV do personagem que já vi. Altamente recomendado!!
E agora, a notícia que me fez escrever todo este texto acima. A TV estadunidense BBC vai mesmo produzir o seriado “Elementary”, trazendo Sherlock Holmes e JOAN Watson (sim, será uma mulher interpretada pela Lucy Liu) na Nova York atual.
Admito que criticar antes de conhecer é preconceito hehe. Mas me perdoem, está virando palhaçada. Incrível como sempre que algo faz sucesso todos da TV e dos cinemas querem fazer a sua versão do mesmo algo. Até esgotar tanto a fórmula que nos faz ver o “algo” em questão com desprezo.
Bem, para finalizar, no fundo no fundo há tempos que eu queria falar bem do "Sherlock" da BBC por aqui... então o tal "Elementary" foi mais um pretexto para citar a série inglesa do que eu estar de fato mal humorado hehe.
PS: no fim de semana eu volto a falar de cinema... vou comentar o resultado do Oscar 2012, o qual eu gabaritei aqui no meu blog! :)
Bem vindo ao Cinema Vírgula! Com foco principal em notícias e críticas de Cinema e Filmes, este blog também traz informações de Séries de TV, Quadrinhos, Livros, Jogos de Tabuleiro e Videogames. Em resumo, o melhor da Cultura Pop.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Oscar 2012 – Vamos adivinhar os vencedores desde domingo? (Parte 2)
Finalmente, comentando sobre o prêmio principal, o Oscar de Melhor Filme! Quem não viu meus comentários sobre as demais categorias, é só descer um pouco a página e ver a “Parte 1” deste meu texto.
Melhor Filme
- Quem deve levar: O Artista
- Em quem eu votaria: A Invenção de Hugo Cabret
- Comentários:
Consegui assistir 7 dos 9 indicados. Eis minha ordem de preferência:
* O Artista – Nota: 8,5
* A Invenção de Hugo Cabret – Nota: 8,0
* Os Descendentes – Nota: 8,0
* O Homem Que Mudou o Jogo – Nota: 8,0
* Histórias Cruzadas – Nota: 8,0
* Meia-Noite em Paris – Nota: 7,5
* A Árvore da Vida – Nota: 7,0
A conclusão que chego é que temos uma boa safra de filmes, mas nenhum deles é tão excepcional a ponto de marcar história. E de fato, esta é a mesma opinião de vários críticos brasileiros que vi. Também torço o nariz para o fato de “Melancolia” e “A Separação” não estarem nesta lista. Ambos são superiores a mais de metade da lista.
Sobre os indicados, “O Artista” é mesmo o melhor deles e também tem sido o filme mais premiado por outros concursos até aqui. Seria portanto fácil presumir que ele levará o Oscar?
Nem tanto. Pois se trata de um filme estrangeiro e a Academia JAMAIS premiou um filme estrangeiro como “Melhor Filme”. Outro ponto que pesa é ser um filme de pouco apelo popular, com baixíssima bilheteria.
São pontos válidos, mas eu ainda acredito na vitória do filme francês pois: a) mesmo estrangeiro, se trata de um filme sobre Hollywood e filmado em Hollywood; b) a baixa popularidade não impediu o “Guerra ao Terror” vencer o prêmio em 2010.
Se não der “O Artista”, eu acredito que quem levará será “Os Descendentes”, por exclusão:
“Hugo Cabret” não levará pois tem a injusta fama de ser um filme infantil (eu o acho “parcialmente” infantil... leiam minha crítica em http://cinemavirgula.blogspot.com/2012/02/critica-invencao-de-hugo-cabret-2011.html). Deverá, portanto, levar apenas os Oscars técnicos (e deverão ser vários). Também acho que pesa contra o fato de Scorsese ter levado (injustamente, aliás) o prêmio em 2007, com “Os Infiltrados”. Nas últimas décadas a Academia não vem premiando com “Melhor Filme” o mesmo diretor em um curto intervalo. O menor intervalo, para vocês terem uma idéia, fica com Clint Eastwood... que levou o “Melhor Filme” em 1993 e 2005, ou seja, com 12 anos de diferença!
“O Homem Que Mudou o Jogo” e “Histórias Cruzadas” são respectivamente filmes voltados para o público masculino e feminino. Já “Os Descendentes” não distingue gêneros, além de ter um tipo de estrutura e roteiro que agrada a Academia. Podem anotar aí: se “Os Descendentes” não levar o “Melhor Filme”, irá com certeza levar pelo menos o “Melhor Roteiro”.
Encerrando meu texto, só falta eu explicar meu voto para “Hugo Cabret” no Em quem eu votaria. Oras, já disse acima que “O Artista” é realmente melhor. Portanto, admito que meu voto em “A Invenção de Hugo Cabret” é mesmo contraditório e puramente passional.
Eu queria que “Hugo” ganhasse simplesmente por ser uma homenagem a Georges Méliès. Como amante de cinema, de história, não consigo me conformar com o fato de que um gênio deste porte seja ignorado pelo grande público. É apenas por isto que torço muito pelo sucesso deste filme. Quanto mais prêmios ele levar – principalmente se for o Oscar de Melhor Filme – mais atenção o filme ganhará e conseqüentemente, mais pessoas irão assisti-lo.
Me digam os seus palpites!
Mais uma vez, convido-os a entrarem na brincadeira também! Escrevam aqui nos comentários quais são vossos palpites para hoje! Vamos ver quem é o(a) melhor adivinho(a) de todos nós!
Começa as 22h00, com transmissão pela Globo e TNT.
A cerimônia do Oscar 2012 é hoje, domingo dia 26, com previsão de início para as 22hs. Não sei como é a transmissão via TNT mas vou me arriscar por lá... via Globo, José Wilker é horrível!
Melhor Filme
- Quem deve levar: O Artista
- Em quem eu votaria: A Invenção de Hugo Cabret
- Comentários:
Consegui assistir 7 dos 9 indicados. Eis minha ordem de preferência:
* O Artista – Nota: 8,5
* A Invenção de Hugo Cabret – Nota: 8,0
* Os Descendentes – Nota: 8,0
* O Homem Que Mudou o Jogo – Nota: 8,0
* Histórias Cruzadas – Nota: 8,0
* Meia-Noite em Paris – Nota: 7,5
* A Árvore da Vida – Nota: 7,0
A conclusão que chego é que temos uma boa safra de filmes, mas nenhum deles é tão excepcional a ponto de marcar história. E de fato, esta é a mesma opinião de vários críticos brasileiros que vi. Também torço o nariz para o fato de “Melancolia” e “A Separação” não estarem nesta lista. Ambos são superiores a mais de metade da lista.
Sobre os indicados, “O Artista” é mesmo o melhor deles e também tem sido o filme mais premiado por outros concursos até aqui. Seria portanto fácil presumir que ele levará o Oscar?
Nem tanto. Pois se trata de um filme estrangeiro e a Academia JAMAIS premiou um filme estrangeiro como “Melhor Filme”. Outro ponto que pesa é ser um filme de pouco apelo popular, com baixíssima bilheteria.
São pontos válidos, mas eu ainda acredito na vitória do filme francês pois: a) mesmo estrangeiro, se trata de um filme sobre Hollywood e filmado em Hollywood; b) a baixa popularidade não impediu o “Guerra ao Terror” vencer o prêmio em 2010.
Se não der “O Artista”, eu acredito que quem levará será “Os Descendentes”, por exclusão:
“Hugo Cabret” não levará pois tem a injusta fama de ser um filme infantil (eu o acho “parcialmente” infantil... leiam minha crítica em http://cinemavirgula.blogspot.com/2012/02/critica-invencao-de-hugo-cabret-2011.html). Deverá, portanto, levar apenas os Oscars técnicos (e deverão ser vários). Também acho que pesa contra o fato de Scorsese ter levado (injustamente, aliás) o prêmio em 2007, com “Os Infiltrados”. Nas últimas décadas a Academia não vem premiando com “Melhor Filme” o mesmo diretor em um curto intervalo. O menor intervalo, para vocês terem uma idéia, fica com Clint Eastwood... que levou o “Melhor Filme” em 1993 e 2005, ou seja, com 12 anos de diferença!
“O Homem Que Mudou o Jogo” e “Histórias Cruzadas” são respectivamente filmes voltados para o público masculino e feminino. Já “Os Descendentes” não distingue gêneros, além de ter um tipo de estrutura e roteiro que agrada a Academia. Podem anotar aí: se “Os Descendentes” não levar o “Melhor Filme”, irá com certeza levar pelo menos o “Melhor Roteiro”.
Encerrando meu texto, só falta eu explicar meu voto para “Hugo Cabret” no Em quem eu votaria. Oras, já disse acima que “O Artista” é realmente melhor. Portanto, admito que meu voto em “A Invenção de Hugo Cabret” é mesmo contraditório e puramente passional.
Eu queria que “Hugo” ganhasse simplesmente por ser uma homenagem a Georges Méliès. Como amante de cinema, de história, não consigo me conformar com o fato de que um gênio deste porte seja ignorado pelo grande público. É apenas por isto que torço muito pelo sucesso deste filme. Quanto mais prêmios ele levar – principalmente se for o Oscar de Melhor Filme – mais atenção o filme ganhará e conseqüentemente, mais pessoas irão assisti-lo.
Me digam os seus palpites!
Mais uma vez, convido-os a entrarem na brincadeira também! Escrevam aqui nos comentários quais são vossos palpites para hoje! Vamos ver quem é o(a) melhor adivinho(a) de todos nós!
Começa as 22h00, com transmissão pela Globo e TNT.
A cerimônia do Oscar 2012 é hoje, domingo dia 26, com previsão de início para as 22hs. Não sei como é a transmissão via TNT mas vou me arriscar por lá... via Globo, José Wilker é horrível!
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Oscar 2012 – Vamos adivinhar os vencedores desde domingo? (Parte 1)
Uma de minhas diversões é tentar acertar os vencedores do Oscar nas categorias mais relevantes, que são: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante.
Os 2 Oscar de Melhor Roteiro (Original e Adaptado) também entrariam na lista acima... mas como eu sempre erro meus palpites deles, então ficam de fora! Hehehe.
Das 6 primeiras categorias acima, no ano passado eu acertei 5! E não errei nenhuma já que me abstive de votar no “Melhor Atriz Coadjuvante”. Mas, admito, 2011 foi um ano fácil. Ao contrário de 2012, onde tudo está bem equilibrado. Quantas categorias será que acerto desta vez? Meus palpites estão nos “Quem deve levar” abaixo. Já os “Em quem eu votaria” são aqueles em quem eu mais gostei, baseado no que assisti.
Melhor Ator
- Quem deve levar: Jean Dujardin ("O Artista")
- Em quem eu votaria: Jean Dujardin ("O Artista")
- Comentários:
De todos os indicados, o francês é quem tem a atuação mais destacada. Caso ele não leve, Brad Pitt ("O Homem que Mudou o Jogo") corre por fora. Que também seria meu voto seguinte no “Em quem eu votaria”.
Brad Pitt é um ator muito bom, muito versátil, e infelizmente ainda não levou seu Oscar. Este ano ele não só está muito bem no "O Homem que Mudou o Jogo", como também no “Árvore da Vida”. Ganhar em 2012 seria merecidíssimo... se não fosse Jean Dujardin em seu filme mudo.
Melhor Ator Coadjuvante
- Quem deve levar: Christopher Plummer ("Toda Forma de Amor")
- Em quem eu votaria: não tenho como opinar
- Comentários:
Apenas vi 1 dos 5 indicados... Jonah Hill por "O Homem que Mudou o Jogo", que aliás está muito bem! Mas não posso opinar nestas condições. Aliás, dizem que o Oscar para Christopher Plummer é a maior “barbada” para esta edição do Oscar.
Melhor Atriz
- Quem deve levar: Meryl Streep ("A Dama de Ferro")
- Em quem eu votaria: não tenho como opinar
- Comentários:
Mais uma vez., vi apenas 1 dos 5 indicados... Viola Davis por "Histórias Cruzadas", onde está muito bem. Portanto abstenho do meu voto “pessoal”.
Por outro lado, sinto que enfim será a vez de Meryl Streep. Recordista de indicações ao Oscar (17), ela venceu apenas duas vezes... sendo que a última vez no longínquo ano de 1982!
Michelle Williams ("Sete Dias com Marilyn") corre por fora. E estou descartando a vitória da Viola Davis aqui porque estou apostando na vitória da Octavia Spencer como atriz coadjuvante.
Melhor Atriz Coadjuvante
- Quem deve levar: Octavia Spencer ("Histórias Cruzadas")
- Em quem eu votaria: Jessica Chastain ("Histórias Cruzadas")
- Comentários:
O grande diferencial de "Histórias Cruzadas" é a atuação de suas atrizes. 3 delas foram indicadas ao Oscar, e por mim este número poderia chegar a 5 sem nenhum problema.
Octavia Spencer e Viola Davis possuem muito boas chances em suas respectivas categorias. Entretanto (fazer o quê...), não dá para acreditar que a Academia premie duas atrizes negras no mesmo ano. Ainda mais sendo ambas do mesmo filme.
Voltando a esta categoria, tanto Octavia Spencer quanto Jessica Chastain estão excelentes. Vencendo qualquer uma delas, o troféu ficará em ótimas mãos. Mas minha preferência aqui é a Jéssica pelo “conjunto da obra”. Lembram o que escrevi sobre Brad Pitt? Aqui igualmente temos que Jessica Chastain não só mandou muito bem no "Histórias Cruzadas” como também mandou muito bem no “Árvore da Vida”. E em papéis bem distintos, o que valoriza sua versatilidade.
Melhor Diretor
- Quem deve levar: Michel Hazanavicius ("O Artista")
- Em quem eu votaria: Michel Hazanavicius ("O Artista")
- Comentários:
Historicamente a Academia entende que o diretor do Melhor Filme deveria ser o vencedor deste prêmio. Por exemplo, nas 11 edições de Oscar do século XXI em apenas 3 ocasiões o prêmio de “Melhor Diretor” não ficou nas mãos do diretor do filme vencedor.
Porém temos neste ano um “Melhor Filme” extremamente disputado, e então eu não me surpreenderia se 2012 fosse ano de exceção à regra: para “justificar” o equilíbrio a Academia pode optar por “dividir” os Oscars entre os filmes... aproveitando então para premiar filme e diretor distintos.
Mesmo assim, vou ser conservador aqui e votar em Michel Hazanavicius porque entendo que “O Artista” será o vencedor do Oscar de Melhor Filme. E também porque fazer um filme mudo com tanta precisão o faz merecedor do prêmio.
A “Cereja do Bolo”
Não será agora que divulgarei para vocês meus palpites para “Melhor Filme”. Vou reservar a “Cereja do Bolo” pro final e só publicarei o que acho desta categoria no Domingo na hora do almoço.
Na verdade, se prestarem atenção, já deixei escapar acima que meu “Quem deve levar” será "O Artista". Porém já adianto que não será ele quem irei colocar no “Em quem eu votaria”. Fica o suspense até lá.
Me digam os seus palpites!
Entrem na brincadeira também! Escrevam aqui nos comentários quais são vossos palpites para Domingo! Vamos ver quem é o(a) melhor adivinho(a) de todos nós! :)
Os 2 Oscar de Melhor Roteiro (Original e Adaptado) também entrariam na lista acima... mas como eu sempre erro meus palpites deles, então ficam de fora! Hehehe.
Das 6 primeiras categorias acima, no ano passado eu acertei 5! E não errei nenhuma já que me abstive de votar no “Melhor Atriz Coadjuvante”. Mas, admito, 2011 foi um ano fácil. Ao contrário de 2012, onde tudo está bem equilibrado. Quantas categorias será que acerto desta vez? Meus palpites estão nos “Quem deve levar” abaixo. Já os “Em quem eu votaria” são aqueles em quem eu mais gostei, baseado no que assisti.
Melhor Ator
- Quem deve levar: Jean Dujardin ("O Artista")
- Em quem eu votaria: Jean Dujardin ("O Artista")
- Comentários:
De todos os indicados, o francês é quem tem a atuação mais destacada. Caso ele não leve, Brad Pitt ("O Homem que Mudou o Jogo") corre por fora. Que também seria meu voto seguinte no “Em quem eu votaria”.
Brad Pitt é um ator muito bom, muito versátil, e infelizmente ainda não levou seu Oscar. Este ano ele não só está muito bem no "O Homem que Mudou o Jogo", como também no “Árvore da Vida”. Ganhar em 2012 seria merecidíssimo... se não fosse Jean Dujardin em seu filme mudo.
Melhor Ator Coadjuvante
- Quem deve levar: Christopher Plummer ("Toda Forma de Amor")
- Em quem eu votaria: não tenho como opinar
- Comentários:
Apenas vi 1 dos 5 indicados... Jonah Hill por "O Homem que Mudou o Jogo", que aliás está muito bem! Mas não posso opinar nestas condições. Aliás, dizem que o Oscar para Christopher Plummer é a maior “barbada” para esta edição do Oscar.
Melhor Atriz
- Quem deve levar: Meryl Streep ("A Dama de Ferro")
- Em quem eu votaria: não tenho como opinar
- Comentários:
Mais uma vez., vi apenas 1 dos 5 indicados... Viola Davis por "Histórias Cruzadas", onde está muito bem. Portanto abstenho do meu voto “pessoal”.
Por outro lado, sinto que enfim será a vez de Meryl Streep. Recordista de indicações ao Oscar (17), ela venceu apenas duas vezes... sendo que a última vez no longínquo ano de 1982!
Michelle Williams ("Sete Dias com Marilyn") corre por fora. E estou descartando a vitória da Viola Davis aqui porque estou apostando na vitória da Octavia Spencer como atriz coadjuvante.
Melhor Atriz Coadjuvante
- Quem deve levar: Octavia Spencer ("Histórias Cruzadas")
- Em quem eu votaria: Jessica Chastain ("Histórias Cruzadas")
- Comentários:
O grande diferencial de "Histórias Cruzadas" é a atuação de suas atrizes. 3 delas foram indicadas ao Oscar, e por mim este número poderia chegar a 5 sem nenhum problema.
Octavia Spencer e Viola Davis possuem muito boas chances em suas respectivas categorias. Entretanto (fazer o quê...), não dá para acreditar que a Academia premie duas atrizes negras no mesmo ano. Ainda mais sendo ambas do mesmo filme.
Voltando a esta categoria, tanto Octavia Spencer quanto Jessica Chastain estão excelentes. Vencendo qualquer uma delas, o troféu ficará em ótimas mãos. Mas minha preferência aqui é a Jéssica pelo “conjunto da obra”. Lembram o que escrevi sobre Brad Pitt? Aqui igualmente temos que Jessica Chastain não só mandou muito bem no "Histórias Cruzadas” como também mandou muito bem no “Árvore da Vida”. E em papéis bem distintos, o que valoriza sua versatilidade.
Melhor Diretor
- Quem deve levar: Michel Hazanavicius ("O Artista")
- Em quem eu votaria: Michel Hazanavicius ("O Artista")
- Comentários:
Historicamente a Academia entende que o diretor do Melhor Filme deveria ser o vencedor deste prêmio. Por exemplo, nas 11 edições de Oscar do século XXI em apenas 3 ocasiões o prêmio de “Melhor Diretor” não ficou nas mãos do diretor do filme vencedor.
Porém temos neste ano um “Melhor Filme” extremamente disputado, e então eu não me surpreenderia se 2012 fosse ano de exceção à regra: para “justificar” o equilíbrio a Academia pode optar por “dividir” os Oscars entre os filmes... aproveitando então para premiar filme e diretor distintos.
Mesmo assim, vou ser conservador aqui e votar em Michel Hazanavicius porque entendo que “O Artista” será o vencedor do Oscar de Melhor Filme. E também porque fazer um filme mudo com tanta precisão o faz merecedor do prêmio.
A “Cereja do Bolo”
Não será agora que divulgarei para vocês meus palpites para “Melhor Filme”. Vou reservar a “Cereja do Bolo” pro final e só publicarei o que acho desta categoria no Domingo na hora do almoço.
Na verdade, se prestarem atenção, já deixei escapar acima que meu “Quem deve levar” será "O Artista". Porém já adianto que não será ele quem irei colocar no “Em quem eu votaria”. Fica o suspense até lá.
Me digam os seus palpites!
Entrem na brincadeira também! Escrevam aqui nos comentários quais são vossos palpites para Domingo! Vamos ver quem é o(a) melhor adivinho(a) de todos nós! :)
Crítica – “A Invenção de Hugo Cabret” (2011)
“Scorsese acerta em cheio no 3D e na escolha do seu homenageado”
Os dois líderes em indicações do Oscar deste ano, “O Artista” (10) e “A Invenção de Hugo Cabret” (11) possuem em comum o fato de serem homenagens aos filmes antigos. Assistindo ao último, descobri que as semelhanças não param aí. Mas falaremos disto mais tarde.
“Hugo” é o primeiro filme “família” do diretor Martin Scorsese. Mais ainda, é seu primeiro filme 3D, característica esta que leva grande destaque. O diretor abusa de ambientes "compridos", o que realça muito a sensação de profundidade e com isto faz deste filme um dos melhores e mais perfeitos 3Ds que já vi. Se você ainda não assistiu, faça questão de assistir este filme em cinema e em 3D.
O filme começa apresentando a história do menino Hugo (Asa Butterfield), órfão, e que vive e trabalha como relojoeiro numa estação de trem de Paris no início dos anos 30. Não demora muito e seu caminho se cruza com o de Georges Méliès (Ben Kingsley), um velhinho que possui uma loja de brinquedos dentro da mesma estação.
É a partir daí que o filme realmente empolga. Méliès é simplesmente um dos mais importantes e revolucionários diretores de cinema de todos os tempos. É ele o pioneiro dos filmes de fantasia e do uso de diversos efeitos especiais. Habilidades estas adquiridas em sua profissão pré-filmes, a de mágico.
Temos então, na verdade, duas histórias em paralelo. A história de Hugo, e a história – auge e declínio – de Méliès. E no meio destas duas histórias também há um pequeno espaço para aprendermos outras coisas de cinema... por exemplo, pequenos trechos de diversos filmes branco-e-preto emblemáticos são jogados na tela ao longo da projeção.
Se o personagem Hugo é fictício, a história contada sobre Méliès é bastante próxima do real. Apesar da enorme importância deste diretor francês, infelizmente ele é amplamente desconhecido do grande público. Portanto, o fato de Scorsese resolver homenagear Méliès pela primeira vez em uma superprodução Hollywoodiana é digna de aplausos, em pé.
Muito bem feito tecnicamente, com uma fotografia impressionante, “A Invenção de Hugo Cabret” merece as mesmas palavras que dediquei à crítica do filme “O Artista”, que são: “merece a grande maioria das indicações, mas tem no roteiro seu ponto fraco”.
Explico: a história de George Méliès é bem interessante... já a do menino Hugo, não. Ela é bastante previsível e infantil, e pior, suas ligações com a outra história são um pouco forçadas.
Admito, mesmo a história de Hugo tem qualidades. A atuação do garoto Asa Butterfield é excepcional e te emociona muitas vezes; interessantes comparações filosóficas entre mundo, homem e máquinas também aparecem implicitamente. Mesmo assim a história do menino tem mais defeitos que virtudes... em alguns momentos ela é até cansativa.
Em resumo, “A Invenção de Hugo Cabret” é um filme muito bom, com a qualidade de poder agradar público de todas as idades. Reforço o convite: vá aos cinemas conhecer Méliès e assistir este brilhante 3D.
Nota: 8,0.
Os dois líderes em indicações do Oscar deste ano, “O Artista” (10) e “A Invenção de Hugo Cabret” (11) possuem em comum o fato de serem homenagens aos filmes antigos. Assistindo ao último, descobri que as semelhanças não param aí. Mas falaremos disto mais tarde.
“Hugo” é o primeiro filme “família” do diretor Martin Scorsese. Mais ainda, é seu primeiro filme 3D, característica esta que leva grande destaque. O diretor abusa de ambientes "compridos", o que realça muito a sensação de profundidade e com isto faz deste filme um dos melhores e mais perfeitos 3Ds que já vi. Se você ainda não assistiu, faça questão de assistir este filme em cinema e em 3D.
O filme começa apresentando a história do menino Hugo (Asa Butterfield), órfão, e que vive e trabalha como relojoeiro numa estação de trem de Paris no início dos anos 30. Não demora muito e seu caminho se cruza com o de Georges Méliès (Ben Kingsley), um velhinho que possui uma loja de brinquedos dentro da mesma estação.
É a partir daí que o filme realmente empolga. Méliès é simplesmente um dos mais importantes e revolucionários diretores de cinema de todos os tempos. É ele o pioneiro dos filmes de fantasia e do uso de diversos efeitos especiais. Habilidades estas adquiridas em sua profissão pré-filmes, a de mágico.
Temos então, na verdade, duas histórias em paralelo. A história de Hugo, e a história – auge e declínio – de Méliès. E no meio destas duas histórias também há um pequeno espaço para aprendermos outras coisas de cinema... por exemplo, pequenos trechos de diversos filmes branco-e-preto emblemáticos são jogados na tela ao longo da projeção.
Se o personagem Hugo é fictício, a história contada sobre Méliès é bastante próxima do real. Apesar da enorme importância deste diretor francês, infelizmente ele é amplamente desconhecido do grande público. Portanto, o fato de Scorsese resolver homenagear Méliès pela primeira vez em uma superprodução Hollywoodiana é digna de aplausos, em pé.
Muito bem feito tecnicamente, com uma fotografia impressionante, “A Invenção de Hugo Cabret” merece as mesmas palavras que dediquei à crítica do filme “O Artista”, que são: “merece a grande maioria das indicações, mas tem no roteiro seu ponto fraco”.
Explico: a história de George Méliès é bem interessante... já a do menino Hugo, não. Ela é bastante previsível e infantil, e pior, suas ligações com a outra história são um pouco forçadas.
Admito, mesmo a história de Hugo tem qualidades. A atuação do garoto Asa Butterfield é excepcional e te emociona muitas vezes; interessantes comparações filosóficas entre mundo, homem e máquinas também aparecem implicitamente. Mesmo assim a história do menino tem mais defeitos que virtudes... em alguns momentos ela é até cansativa.
Em resumo, “A Invenção de Hugo Cabret” é um filme muito bom, com a qualidade de poder agradar público de todas as idades. Reforço o convite: vá aos cinemas conhecer Méliès e assistir este brilhante 3D.
Nota: 8,0.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Está chegando! Se preparem!
O Oscar já está chegando... é neste domingo, dia 25.
E aqui no meu blog, uma "programação especial". Amanhã eu posto minha crítica para o "A Invenção de Hugo Cabret". E no sábado, a véspera, posto aqui meus palpites de vencedores e meus preferidos.
Até lá! :)
E aqui no meu blog, uma "programação especial". Amanhã eu posto minha crítica para o "A Invenção de Hugo Cabret". E no sábado, a véspera, posto aqui meus palpites de vencedores e meus preferidos.
Até lá! :)
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Crítica - “A Separação” (2011)
“Um ótimo filme, que me surpreendeu ao trazer uma história universal”.
Ao me deparar com o cartaz do filme iraniano “A Separação” (ver foto ao lado) - indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e vencedor do Urso de Ouro de Melhor Filme do festival de Berlin - imaginei se tratar de uma história que retratasse a opressão feminina sofrida em muitos dos países árabes.
Me enganei. A submissão feminina está sim presente, de maneira constante, mas indireta. A própria atriz em destaque da foto sequer é a protagonista principal; na verdade seu personagem é apenas o gatilho que desencadeia toda a história a seguir: uma história sobre os efeitos da separação de um casal em seus filhos, uma história sobre pobreza, sobre religião, sobre Alzheimer... todos assuntos universais.
E também, é uma história onde vemos uma dupla briga judicial entre duas famílias. Talvez aí encontremos mais “particularidades” iranianas, já que seu sistema judiciário aparenta ser bem diferente do que conhecemos. Mesmo nesta esfera, o foco do filme continua acessível a todos: o provérbio “Todos os fatos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira.” resume perfeitamente o que este filme trata.
Composto de excelentes fotografia, enquadramento e montagem, por ser filmado em plano fechado (bem de perto) as câmeras no fazem sentir "dentro" do filme, como se estivéssemos lado a lado com os personagens e os acompanhando em suas descobertas e reviravoltas da trama.
Filme tecnicamente muito bom, com história muito boa, é uma pena portanto que “A Separação” tenha levado apenas duas indicações ao Oscar (além do melhor filme estrangeiro, melhor roteiro original). Merecia mais.
Nota: 8,0.
Ao me deparar com o cartaz do filme iraniano “A Separação” (ver foto ao lado) - indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e vencedor do Urso de Ouro de Melhor Filme do festival de Berlin - imaginei se tratar de uma história que retratasse a opressão feminina sofrida em muitos dos países árabes.
Me enganei. A submissão feminina está sim presente, de maneira constante, mas indireta. A própria atriz em destaque da foto sequer é a protagonista principal; na verdade seu personagem é apenas o gatilho que desencadeia toda a história a seguir: uma história sobre os efeitos da separação de um casal em seus filhos, uma história sobre pobreza, sobre religião, sobre Alzheimer... todos assuntos universais.
E também, é uma história onde vemos uma dupla briga judicial entre duas famílias. Talvez aí encontremos mais “particularidades” iranianas, já que seu sistema judiciário aparenta ser bem diferente do que conhecemos. Mesmo nesta esfera, o foco do filme continua acessível a todos: o provérbio “Todos os fatos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira.” resume perfeitamente o que este filme trata.
Composto de excelentes fotografia, enquadramento e montagem, por ser filmado em plano fechado (bem de perto) as câmeras no fazem sentir "dentro" do filme, como se estivéssemos lado a lado com os personagens e os acompanhando em suas descobertas e reviravoltas da trama.
Filme tecnicamente muito bom, com história muito boa, é uma pena portanto que “A Separação” tenha levado apenas duas indicações ao Oscar (além do melhor filme estrangeiro, melhor roteiro original). Merecia mais.
Nota: 8,0.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Crítica – “O Artista” (2011)
“Filme de imersão às décadas de 20 e 30, merece a maioria
das 10 indicações ao Oscar que recebeu”
Filme franco-belga, “O Artista” vai além de homenagear os
filmes de Hollywood do final da década de 20: ele se propõe a fazer o
espectador a reviver esta época dentro da sala dos cinemas. Portanto, o filme de 1h40min é
inteiramente mudo, em branco e preto, com os "movimentos" (frame rate) um pouco mais
acelerados que o normal (mas não tanto como seria nos filmes antigos). E mais ainda, no formato 1,37:1 (a tela é quase
quadrada, bem diferente do formato 2,35:1, o maior formato atual). Exatamente como
seria se você entrasse num cinema em 1927. A experiência causa estranheza, não
sendo portanto agradável para boa parte do público. Mas para quem consegue
superar o estranhamento, vale toda a pena assisti-lo.
Nele vemos a decadência do grande astro do cinema mudo, George
Valentin (Jean Dujardin), com a chegada dos filmes falados. Simplesmente incapaz
de se adaptar com os novos tempos, sua queda é vertiginosa. Em paralelo uma
jovem admiradora, Peppy Miller (Bérénice Bejo), surge ao mundo do Cinema (com
alguma ajuda de Valentin) e se adapta muito bem ao cenário, se transformando em
uma grande estela. Esta contraposição, e a relação entre os dois atores é o
tema principal da película.
É sem dúvida uma belíssima história de drama, de amor. Suportada
por excelentes atuações da dupla de atores principal e tecnicamente bem feito,
dá gosto ver a preocupação do diretor com os mímimos detalhes da produção.
É o melhor filme que assisti até agora em 2012, mas ele possui
um pequeno defeito: a falta de originalidade do roteiro, que se encontra
no tênue limite entre homenagem e plágio. É uma história já bastante explorada
por diversos filmes, como por exemplo “Cantando na Chuva” e "Nasce uma Estrela". Eu mesmo, logo nos
primeiros segundos de várias cenas já sabia como elas se encerrariam.
Mais uma vez, definitivamente não espere por surpresas no enredo. A única
novidade que o filme traz são as cenas que abusam da metalinguagem. Mas mesmo elas, brilhantes no
começo, se desgastam ao longo da projeção.
Como disse no começo, o filme merece a maioria das 10
indicações de Oscar que recebeu. Só discordo do “Roteiro” e “Trilha Sonora”
devido a falta de originalidade de ambos. Acho pouco provável que Jean Dujardin
deixe de levar o Oscar de melhor ator. Mas, vamos aguardar. Nem sempre a
Academia é justa e/ou lógica.
Nota: 8,5.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Crítica - "O Homem Que Mudou o Jogo" (2011)
"Um bom filme, uma ótima história para quem gosta de esporte"
O que eu sei sobre Baseball? Das regras, só o suficente pra conseguir jogá-lo no Atari e no Master System. Sei também que EUA, Cuba e Japão são potências deste esporte. E que o famoso New York Yankees era zoado no genial seriado Seinfeld por seu (então) jejum de títulos.
E o filme começa justamente com imagens reais da eliminação do pequeno Oakland Athletics pelo grande Yankees nos playoffs de 2001. O filme deixa bem claro, via letreiro, que a folha de pagamento dos Yankees é 5 vezes maior que a do Oakland. É uma competição desigual. E nos leva a pergunta: como um time pequeno, de baixo orçamento, pode um dia ser campeão contra times grandes, com muito mais dinheiro?
Esta é a dúvida que atormenta o General Manager dos Atletics, Billy Beane (Brad Pitt). E ele encontra uma solução, com a ajuda do economista Peter Brand (Jonah Hill): estatística. Eis a teoria: para vencer, não se precisa dos melhores e mais completos jogadores (leia-se, mais caros e badalados). Basta que cada jogador seja muito bom em uma função específica e como um time eles se completem. Então Brand vai atrás destes jogadores, não se importando por exemplo com como eles se comportam fora de campo.
No final, será que a estratégia deu certo? Vocês terão que assistir para descobrir. Baseado em fatos reais, credito ao meu desconhecimento da história o motivo de ter gostado tanto do filme. São várias reviravoltas e surpresas... como só a vida proporciona. Outra coisa bem bacana do enredo é acompanhar a evolução comportamental de Billy Beane, tanto pessoal quanto profissional.
Mais uma vez: entendo que desconhecer a história (e gostar de esportes) são fatores importantes para curtir o filme. Para quem unir estes atributos, a história será ótima. Caso contrário, nem tanto. E se a história é ótima, o filme em si é "apenas" bom. É tecnicamente bem feitinho, mas não tem nenhum grande destaque.
Pensando bem, há um "pequeno algo a mais" no filme. Gostei bastante, por exemplo, da maneira que o filme nos apresenta o "som da derrota" e o usa posteriormente dentro das partidas. Talvez por coisas como esta o filme está indicado ao Oscar de melhor edição de som.
Aliás, são 6 as indicações ao Oscar, dentre elas a de melhor filme, e a de melhor ator para Brad Pitt. Darei aqui a mesma descrição para sua atuação a que dei para o também concorrente George Clooney em "Os Descendentes": "Ele está realmente bem, porém não o suficiente pra impressionar.". Entre Clooney e Pitt entretanto, fico com o últmo. Primeiro por sua atuação ser aqui levemente melhor. E segundo porque Pitt é muito bom ator, faz ótimos trabalhos há tempos, mas nunca venceu um Oscar. Seria bacana se conseguisse.
Nota: 8,0.
O que eu sei sobre Baseball? Das regras, só o suficente pra conseguir jogá-lo no Atari e no Master System. Sei também que EUA, Cuba e Japão são potências deste esporte. E que o famoso New York Yankees era zoado no genial seriado Seinfeld por seu (então) jejum de títulos.
E o filme começa justamente com imagens reais da eliminação do pequeno Oakland Athletics pelo grande Yankees nos playoffs de 2001. O filme deixa bem claro, via letreiro, que a folha de pagamento dos Yankees é 5 vezes maior que a do Oakland. É uma competição desigual. E nos leva a pergunta: como um time pequeno, de baixo orçamento, pode um dia ser campeão contra times grandes, com muito mais dinheiro?
Esta é a dúvida que atormenta o General Manager dos Atletics, Billy Beane (Brad Pitt). E ele encontra uma solução, com a ajuda do economista Peter Brand (Jonah Hill): estatística. Eis a teoria: para vencer, não se precisa dos melhores e mais completos jogadores (leia-se, mais caros e badalados). Basta que cada jogador seja muito bom em uma função específica e como um time eles se completem. Então Brand vai atrás destes jogadores, não se importando por exemplo com como eles se comportam fora de campo.
No final, será que a estratégia deu certo? Vocês terão que assistir para descobrir. Baseado em fatos reais, credito ao meu desconhecimento da história o motivo de ter gostado tanto do filme. São várias reviravoltas e surpresas... como só a vida proporciona. Outra coisa bem bacana do enredo é acompanhar a evolução comportamental de Billy Beane, tanto pessoal quanto profissional.
Mais uma vez: entendo que desconhecer a história (e gostar de esportes) são fatores importantes para curtir o filme. Para quem unir estes atributos, a história será ótima. Caso contrário, nem tanto. E se a história é ótima, o filme em si é "apenas" bom. É tecnicamente bem feitinho, mas não tem nenhum grande destaque.
Pensando bem, há um "pequeno algo a mais" no filme. Gostei bastante, por exemplo, da maneira que o filme nos apresenta o "som da derrota" e o usa posteriormente dentro das partidas. Talvez por coisas como esta o filme está indicado ao Oscar de melhor edição de som.
Aliás, são 6 as indicações ao Oscar, dentre elas a de melhor filme, e a de melhor ator para Brad Pitt. Darei aqui a mesma descrição para sua atuação a que dei para o também concorrente George Clooney em "Os Descendentes": "Ele está realmente bem, porém não o suficiente pra impressionar.". Entre Clooney e Pitt entretanto, fico com o últmo. Primeiro por sua atuação ser aqui levemente melhor. E segundo porque Pitt é muito bom ator, faz ótimos trabalhos há tempos, mas nunca venceu um Oscar. Seria bacana se conseguisse.
Nota: 8,0.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Crítica - "Histórias Cruzadas" (2011)
"Repleto de boas atuações, um bom e diferente filme sobre racismo."
Situado na racista Mississipi dos anos 60, no auge da segregação racial, após seus 20 minutos inciais "Histórias Cruzadas" me pareceu ser um enfadonho mais do mesmo: lá estavam lá as ricas familías brancas americanas, absurdamente superficiais, hipócritas e egoístas. O mal encarnado. Humilhando seus empregados negros sempre que podiam.
Porém, passado o tempo de apresentação dos personagens o filme começa a ficar interessante. Logo vemos duas cenas em sequencia de um mesmo drama sob pontos de vistas diferentes: a empregada negra Aibileen (Viola Davis) se desespera ao ver que a criança que ela cuida - e "adota" como filha - está sendo traumatizada pela indiferente mãe biológica, a patroa. E vemos a jovem branca - e aspirante a jornalista - Skeeter (Emma Stone) lamentando a perda de Charlote, a empregada negra que a criou desde o nascimento.
Com um romance em mente, posteriormente Skeeter pede às empregadas que conhece para contarem suas histórias, expressarem seus pontos de vista. Aibileen e a sua espalhafatosa amiga Minni (Octavia Spencer)) são as primeiras negras a contar seus "causos", que nem sempre são mostrados como narrativa, mas também em tempo real.
Mas o filme também apresenta histórias do ponto de vista dos "brancos": Skeeter e a "perua" Celia Foote (Jessica Chastain) também possuem problemas pessoais que não tem a ver com o racismo ao seu redor. E mesmo assim todas as histórias, sejam dos brancos os dos negros, se interferem de alguma maneira, mostrando a alta qualidade do roteiro.
Todos os personagens principais são mulheres. E talvez por isto o filme seja tão delicado, leve. A violência física quase inexiste; não vemos o racismo em "pancadarias nas ruas", mas vemos o racismo presente no simples cotidiano destas mulheres. É dentro das casas, em conversas e situações corriqueiras, que cenas dramáticas se alternam com cenas de humor. Também não há nenhum dramalhão, nenhuma cena muito forte. Mas o drama está lá, e te faz emocionar várias vezes.
Se não impressiona tanto tecnicamente, Histórias Cruzadas impressiona pelas atuações. Há várias ótimas atuações neste filme, e não a toa o Oscar deste ano indicou 3 das 4 atrizes cujos nomes já citei acima para a premiação. Mas além destas quatro, há outras grandes interpretações, dais quais destaco as atrizes Bryce Dallas Howard (pausa para meu suspiro apaixonado) e Sissy Spacek.
O principal defeito do filme, entretanto, é ter um final feliz demais. "Falha" esta que tem como possíveis explicações o fato de ser uma história de ficção voltada para o público feminino (a violência física que o filme não exibe com certeza existiria na vida real), e que os direitos de distribuição serem da Disney.
Nota: 8,0.
Situado na racista Mississipi dos anos 60, no auge da segregação racial, após seus 20 minutos inciais "Histórias Cruzadas" me pareceu ser um enfadonho mais do mesmo: lá estavam lá as ricas familías brancas americanas, absurdamente superficiais, hipócritas e egoístas. O mal encarnado. Humilhando seus empregados negros sempre que podiam.
Porém, passado o tempo de apresentação dos personagens o filme começa a ficar interessante. Logo vemos duas cenas em sequencia de um mesmo drama sob pontos de vistas diferentes: a empregada negra Aibileen (Viola Davis) se desespera ao ver que a criança que ela cuida - e "adota" como filha - está sendo traumatizada pela indiferente mãe biológica, a patroa. E vemos a jovem branca - e aspirante a jornalista - Skeeter (Emma Stone) lamentando a perda de Charlote, a empregada negra que a criou desde o nascimento.
Com um romance em mente, posteriormente Skeeter pede às empregadas que conhece para contarem suas histórias, expressarem seus pontos de vista. Aibileen e a sua espalhafatosa amiga Minni (Octavia Spencer)) são as primeiras negras a contar seus "causos", que nem sempre são mostrados como narrativa, mas também em tempo real.
Mas o filme também apresenta histórias do ponto de vista dos "brancos": Skeeter e a "perua" Celia Foote (Jessica Chastain) também possuem problemas pessoais que não tem a ver com o racismo ao seu redor. E mesmo assim todas as histórias, sejam dos brancos os dos negros, se interferem de alguma maneira, mostrando a alta qualidade do roteiro.
Todos os personagens principais são mulheres. E talvez por isto o filme seja tão delicado, leve. A violência física quase inexiste; não vemos o racismo em "pancadarias nas ruas", mas vemos o racismo presente no simples cotidiano destas mulheres. É dentro das casas, em conversas e situações corriqueiras, que cenas dramáticas se alternam com cenas de humor. Também não há nenhum dramalhão, nenhuma cena muito forte. Mas o drama está lá, e te faz emocionar várias vezes.
Se não impressiona tanto tecnicamente, Histórias Cruzadas impressiona pelas atuações. Há várias ótimas atuações neste filme, e não a toa o Oscar deste ano indicou 3 das 4 atrizes cujos nomes já citei acima para a premiação. Mas além destas quatro, há outras grandes interpretações, dais quais destaco as atrizes Bryce Dallas Howard (pausa para meu suspiro apaixonado) e Sissy Spacek.
O principal defeito do filme, entretanto, é ter um final feliz demais. "Falha" esta que tem como possíveis explicações o fato de ser uma história de ficção voltada para o público feminino (a violência física que o filme não exibe com certeza existiria na vida real), e que os direitos de distribuição serem da Disney.
Nota: 8,0.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Vem aí... Doctor Who no Brasil !!!
Como amante de história e de ficção científica, tenho esta "falha de caráter": jamais assisti sequer 1 segundo do famoso seriado britânico "Doctor Who". Em breve, terei como corrigir isto.
Transmitida pela inglesa BBC, é a "a mais longa série de ficção científica do mundo", produzida entre 1963 a 1989; voltou a TV em nova versão em 2005, onde é exibida até hoje.
A série mostra as aventuras do misterioso "Doutor", em viagens no tempo e no espaço. Desde 2009, é produzida por Steven Moffat, também produtor e co-criador da excelente série "Sherlock", da qual um dia também comentarei aqui.
É esta versão de 2005 que será exibida pela TV Cultura, provavelmente a partir de março e em versão dublada. Apesar da dublagem, estou empolgado com a notícia.
Tem até site oficial, embora "vazio": http://tvcultura.cmais.com.br/doctorwho
Para junho é prevista a chegada dos primeiros DVDs e Blu-Ray da série aqui no Brasil.
E aí, algum de vocês já assiste a série atualmente?
Transmitida pela inglesa BBC, é a "a mais longa série de ficção científica do mundo", produzida entre 1963 a 1989; voltou a TV em nova versão em 2005, onde é exibida até hoje.
A série mostra as aventuras do misterioso "Doutor", em viagens no tempo e no espaço. Desde 2009, é produzida por Steven Moffat, também produtor e co-criador da excelente série "Sherlock", da qual um dia também comentarei aqui.
É esta versão de 2005 que será exibida pela TV Cultura, provavelmente a partir de março e em versão dublada. Apesar da dublagem, estou empolgado com a notícia.
Tem até site oficial, embora "vazio": http://tvcultura.cmais.com.br/doctorwho
Para junho é prevista a chegada dos primeiros DVDs e Blu-Ray da série aqui no Brasil.
E aí, algum de vocês já assiste a série atualmente?
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
A volta do bom e velho Dr. House (atualizado)
Olá pessoal, pela primeira vez estou postando aqui algo que não seja relacionado a cinema... E sim, séries de TV, pra justificar o "vírgula" do nome do meu blog.
Para quem não sabe, assisto religiosamente todos os episódios do seriado House MD. É um dos melhores seriados de drama que já assisti.
House já está em sua oitava temporada. E como acontece em TODOS os seriados, com o passar dos anos os personagens ficam cada vez mais caricatos.
Não foi diferente neste seriado, principalmente com o personagem principal, o Dr. Gregory House. A cada dia ele é mais rude, faz pegadinhas e brincadeiras cada vez mais exageradas e inverossímeis (por exemplo, transformar uma parede de sua sala em parede móvel apenas para poder vigiar e atormentar melhor o seu amigo Dr. Wilson).
A inesperada saída da atriz Lisa Edelstein (Dra. Cuddy), que deixou a série após a 7a temporada deixou o seriado um pouco sem rumo. Sim, a série continua boa, bem acima da média, mas sem seu eterno par romântico no programa Dr. House deixou de vez seu lado sério para ficar fazendo gracinhas durante os 45 min de cada episódio...
... isto até o episódio desta semana, o 11o da 8a temporada, intitulado "Nobody's fault".
Os roteiristas mandaram muito bem ao escrever uma história que vejam só, exploram justamente o fato de que exagerar nas gracinhas e brincadeiras podem gerar graves consequências. É facilmente o melhor episódio desta temporada.
Apesar do episódio ser auto-suficiente, estou bastante ansioso pra ver mais repercussões do acontecido nas próximas semanas... que os roteiristas continuem mandando bem e não parem de explorar o assunto. :)
E vocês, curtem House? Que outros seriados de drama vcs gostam/acompanham? Estou pensando em assistir algum seriado de drama novo... minha idéia atual é começar a ver o "Luck", da HBO. O que acham?
Atualização: acabo de ler que os produtores de House decidiram fazer mesmo da 8a temporada sua última. Anunciaram isto oficialmente algumas horas atrás. Acho que estão certos, tem que encerrar o seriado enquanto ele é bom. House vai deixar saudades. :)
Para quem não sabe, assisto religiosamente todos os episódios do seriado House MD. É um dos melhores seriados de drama que já assisti.
House já está em sua oitava temporada. E como acontece em TODOS os seriados, com o passar dos anos os personagens ficam cada vez mais caricatos.
Não foi diferente neste seriado, principalmente com o personagem principal, o Dr. Gregory House. A cada dia ele é mais rude, faz pegadinhas e brincadeiras cada vez mais exageradas e inverossímeis (por exemplo, transformar uma parede de sua sala em parede móvel apenas para poder vigiar e atormentar melhor o seu amigo Dr. Wilson).
A inesperada saída da atriz Lisa Edelstein (Dra. Cuddy), que deixou a série após a 7a temporada deixou o seriado um pouco sem rumo. Sim, a série continua boa, bem acima da média, mas sem seu eterno par romântico no programa Dr. House deixou de vez seu lado sério para ficar fazendo gracinhas durante os 45 min de cada episódio...
... isto até o episódio desta semana, o 11o da 8a temporada, intitulado "Nobody's fault".
Os roteiristas mandaram muito bem ao escrever uma história que vejam só, exploram justamente o fato de que exagerar nas gracinhas e brincadeiras podem gerar graves consequências. É facilmente o melhor episódio desta temporada.
Apesar do episódio ser auto-suficiente, estou bastante ansioso pra ver mais repercussões do acontecido nas próximas semanas... que os roteiristas continuem mandando bem e não parem de explorar o assunto. :)
E vocês, curtem House? Que outros seriados de drama vcs gostam/acompanham? Estou pensando em assistir algum seriado de drama novo... minha idéia atual é começar a ver o "Luck", da HBO. O que acham?
Atualização: acabo de ler que os produtores de House decidiram fazer mesmo da 8a temporada sua última. Anunciaram isto oficialmente algumas horas atrás. Acho que estão certos, tem que encerrar o seriado enquanto ele é bom. House vai deixar saudades. :)
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
A falta de criatividade em Hollywood...
Muito legal este demonstrativo intitulado "Movie Poster Cliche" publicado hoje no 9Gag.com.
Confiram! http://9gag.com/gag/2461956
Confiram! http://9gag.com/gag/2461956
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Crítica - "Meia-Noite em Paris" (2011)
"Suave e agradável de assistir, Woody Allen presta sua homenagem a Paris"
Woody Allen por diversas vezes idolatrou sua cidade natal, Nova York. Desta vez, entretanto, sua apologia é para a Cidade-Luz, Paris. E me surpreendeu a maneira com que ele faz isto, já que se trata de um filme com toques de ficção científica e fantasia.
O personagem principal, protagonizado por Owen Wilson, é um escritor apaixonado pelos tempos antigos. E, em meio a crises de noivado, eis que de repente ele começa a ter "viagens no tempo", retornando à Paris dos anos 1920. Lá ele encontra e convive com uma lista enorme de artistas: Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, Pablo Picasso, Salvador Dali, Luis Buñuel, etc.
"Suave" é uma palavra que define bem este filme. Afinal, é com muita suavidade que vemos as transições do presente para o passado (e como acontecimentos nos tempos distintos interferem um no outro), que os personagens são apresentados, e que algumas sacadas de humor muito boas aparecem.
É um filme bem agradável para se assistir (e curioso historicamente), mas ao mesmo tempo encontra em sua suavidade seu maior defeito: não possui nenhum climax, nenhuma grande emoção, nem em sua história, nem de seu personagem principal. Por outro lado, além de agradável, a história ainda tem tempo para ensinar sobre o quão equivocados estamos ao pensar que "no passado é que as coisas eram boas". Outro ponto positivo da película, portanto, de nos fazer refletir.
Owen Wilson faz o personagem que seria o próprio Woody Allen. E surpreendentemente foi uma boa escolha para o papel, já que o ator americano consegue não ser irritante, e convence fazendo o estilo "desligado" e "admirado" do personagem. Por outro lado, sua atuação está longe de ser perfeita: ele simplesmente não convence nos momentos em que o personagem estaria sofrendo, ou estaria apaixonado.
Meia-Noite em Paris foi indicado para 4 Oscars. Dentre eles, Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original. Até agora assisti apenas 4 dos principais filmes do Oscar deste ano, mas já adianto que se não vejo muita força deste filme para os 2 primeiros prêmios, pelo menos da parte do roteiro, se Allen vencer, o Oscar ficaria em boas mãos.
Antes de eu dar minha nota para o filme, uma ressalva: infelizmente não conheço bem a fundo nenhum dos personagens históricos apresentados. Com certeza, se conhecesse, encontraria mais auto-referências na história e a nota aumentaria.
Nota: 7,5.
Woody Allen por diversas vezes idolatrou sua cidade natal, Nova York. Desta vez, entretanto, sua apologia é para a Cidade-Luz, Paris. E me surpreendeu a maneira com que ele faz isto, já que se trata de um filme com toques de ficção científica e fantasia.
O personagem principal, protagonizado por Owen Wilson, é um escritor apaixonado pelos tempos antigos. E, em meio a crises de noivado, eis que de repente ele começa a ter "viagens no tempo", retornando à Paris dos anos 1920. Lá ele encontra e convive com uma lista enorme de artistas: Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, Pablo Picasso, Salvador Dali, Luis Buñuel, etc.
"Suave" é uma palavra que define bem este filme. Afinal, é com muita suavidade que vemos as transições do presente para o passado (e como acontecimentos nos tempos distintos interferem um no outro), que os personagens são apresentados, e que algumas sacadas de humor muito boas aparecem.
É um filme bem agradável para se assistir (e curioso historicamente), mas ao mesmo tempo encontra em sua suavidade seu maior defeito: não possui nenhum climax, nenhuma grande emoção, nem em sua história, nem de seu personagem principal. Por outro lado, além de agradável, a história ainda tem tempo para ensinar sobre o quão equivocados estamos ao pensar que "no passado é que as coisas eram boas". Outro ponto positivo da película, portanto, de nos fazer refletir.
Owen Wilson faz o personagem que seria o próprio Woody Allen. E surpreendentemente foi uma boa escolha para o papel, já que o ator americano consegue não ser irritante, e convence fazendo o estilo "desligado" e "admirado" do personagem. Por outro lado, sua atuação está longe de ser perfeita: ele simplesmente não convence nos momentos em que o personagem estaria sofrendo, ou estaria apaixonado.
Meia-Noite em Paris foi indicado para 4 Oscars. Dentre eles, Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original. Até agora assisti apenas 4 dos principais filmes do Oscar deste ano, mas já adianto que se não vejo muita força deste filme para os 2 primeiros prêmios, pelo menos da parte do roteiro, se Allen vencer, o Oscar ficaria em boas mãos.
Antes de eu dar minha nota para o filme, uma ressalva: infelizmente não conheço bem a fundo nenhum dos personagens históricos apresentados. Com certeza, se conhecesse, encontraria mais auto-referências na história e a nota aumentaria.
Nota: 7,5.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Crítica - "O Espião Que Sabia Demais" (2011)
"Muito bom tecnicamente e inteligente, filme não empolga pela frieza e por exigir demais do expectador"
Baseado no livro de mesmo nome do escritor John le Carré, vemos aqui mais um filme de seu principal personagem, o agente secreto britânico George Smiley interpretado desta vez pelo ator Gary Oldman.
É uma história típica da espionagem na época da guerra fria, e presumo eu, bastante fiel aos acontecimentos da época.
Assim como todo espião deveria ser, o filme é frio e discreto... até demais. Os personagens principais, em geral, não possuem qualquer expressão. E não há nada do auto-didatismo comum dos filmes Hollywoodianos; pelo contrário, as explicações são mínimas. Há uma enxurrada de nomes e personagens participantes, mas em raros momentos eles são apresentados, ou entendemos suas motivações. O que torna o filme invariavelmente confuso.
Há, entretanto, inteligência nesta abordagem. As pistas para o entendimento da história não estão apenas nas palavras, mas estão também nas imagens: pequenos detalhes focalizados pela câmera que explicam o que está acontecendo, ou no que Simley está pensando. A grande quantidade de reviravoltas que vemos também são demonstrações de um roteiro inteligente e bem feito.
Acredito ter entendido grande parte do filme, mas me incomodou ter que ficar o tempo todo tão atento a tudo que era falado e mostrado, sem me dar espaço para simplesmente "curtir" o que era projetado.
Em termos de fotografia, e até de edição, o filme é muito bom. Mas não foram estes os pontos indicados pela Academia: "O Espião Que Sabia Demais" teve 3 indicações para o Oscar: Melhor Ator (Gary Oldman), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Vi poucos filmes do Oscar 2012, mas não votaria neste filme para nenhuma destas 3 categorias.
Aliás, sobre a atuação de Gary Oldman: é realmente uma boa atuação, ainda mais se levarmos em conta que ele realiza um papel bem diferente do que costuma fazer. O problema é que seu personagem praticamente não possui qualquer tipo de emoção. É quase um Cigano Igor. Assim, lamento, não dá pra ganhar Oscar... não deveria nem ser indicado.
Nota do filme, assim como para o Tintim, leva um 6,5, puxado mais pelas qualidades técnicas do que pelo filme em si.
Baseado no livro de mesmo nome do escritor John le Carré, vemos aqui mais um filme de seu principal personagem, o agente secreto britânico George Smiley interpretado desta vez pelo ator Gary Oldman.
É uma história típica da espionagem na época da guerra fria, e presumo eu, bastante fiel aos acontecimentos da época.
Assim como todo espião deveria ser, o filme é frio e discreto... até demais. Os personagens principais, em geral, não possuem qualquer expressão. E não há nada do auto-didatismo comum dos filmes Hollywoodianos; pelo contrário, as explicações são mínimas. Há uma enxurrada de nomes e personagens participantes, mas em raros momentos eles são apresentados, ou entendemos suas motivações. O que torna o filme invariavelmente confuso.
Há, entretanto, inteligência nesta abordagem. As pistas para o entendimento da história não estão apenas nas palavras, mas estão também nas imagens: pequenos detalhes focalizados pela câmera que explicam o que está acontecendo, ou no que Simley está pensando. A grande quantidade de reviravoltas que vemos também são demonstrações de um roteiro inteligente e bem feito.
Acredito ter entendido grande parte do filme, mas me incomodou ter que ficar o tempo todo tão atento a tudo que era falado e mostrado, sem me dar espaço para simplesmente "curtir" o que era projetado.
Em termos de fotografia, e até de edição, o filme é muito bom. Mas não foram estes os pontos indicados pela Academia: "O Espião Que Sabia Demais" teve 3 indicações para o Oscar: Melhor Ator (Gary Oldman), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Vi poucos filmes do Oscar 2012, mas não votaria neste filme para nenhuma destas 3 categorias.
Aliás, sobre a atuação de Gary Oldman: é realmente uma boa atuação, ainda mais se levarmos em conta que ele realiza um papel bem diferente do que costuma fazer. O problema é que seu personagem praticamente não possui qualquer tipo de emoção. É quase um Cigano Igor. Assim, lamento, não dá pra ganhar Oscar... não deveria nem ser indicado.
Nota do filme, assim como para o Tintim, leva um 6,5, puxado mais pelas qualidades técnicas do que pelo filme em si.
Crítica - Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023)
Título : Indiana Jones e a Relíquia do Destino ("Indiana Jones and the Dial of Destiny", EUA, 2023) Diretor : James Mangold Atores...
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