quarta-feira, 10 de março de 2021

Crítica Netflix - Relatos do Mundo (2020)


Título
: Relatos do Mundo ("News of the World", China / EUA, 2020)
Diretor: Paul Greengrass
Atores principais: Tom Hanks and Helena Zengel
Nota: 7,0

Bom faroeste com recado político atual

Ainda que não seja uma produção Netflix (seu direito de exibição foi comprado para exibição via streaming no mundo todo menos EUA), Relatos do Mundo é mais um lançamento de Faroeste que chega em nossas TVs, desta vez com a estrela Tom Hanks como grande nome e protagonista.

Nesta história que se passa alguns anos após o fim da Guerra Civil Estadunidense (ou seja, por volta do ano de 1870), e baseada em um livro de mesmo nome, conhecemos a vida do Capitão Kidd (Tom Hanks), que viaja pelo país lendo notícias de jornal em público em troca de dinheiro. Em uma de suas viagens ele encontra a menina Johanna (Helena Zengel), que há muitos anos foi sequestrada pelos índios Kiowa e a criou como tal. Kidd coloca como sua missão atravessar os EUA para levar a garota até seus verdadeiros familiares.

Se trata portanto de um road movie, mas que por se tratar de faroeste, como geralmente acontece, mostra o pior do ser humano. A diferença aqui é que os defeitos escolhidos para criticar fazem referência ao mundo atual: racismo, violência à mulher, e manipulação da população através de notícias (que nem sempre são verdadeiras).

As atuações de Hanks e da menina Helena são boas e o grande atrativo do filme. Helena Zengel, aliás, é favorita a receber alguma das indicações de Melhor Atriz Coadjuvante no Oscar desse ano (vamos descobrir se isto vai se realizar daqui há poucos dias, em 15 de Março). Mas embora eu tenha gostado bastante do trabalho da garota, não acho que mereceria tanto.

Em termos técnicos o filme também não decepciona, principalmente pela boa música e boa fotografia. O diretor Paul Greengrass, bem mais conhecido pelos filmes da franquia Bourne, também faz um bom trabalho.

Relatos do Mundo mistura faroeste, política e a humanidade da atuação de Tom Hanks para entragar um filme tocante, as vezes tenso, e com certo recado político e moral. Dentre os poucos filmes que têm chegado até nós devido o confinamento necessário pela pandemia de Covid-19 - e que acaba de alcançar a marca de 1 ano - é um dos melhores lançamentos que vi recentemente. Nota: 7,0.

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