Bem vindo ao Cinema Vírgula! Com foco principal em notícias e críticas de Cinema e Filmes, este blog também traz informações de Séries de TV, Quadrinhos, Livros, Jogos de Tabuleiro e Videogames. Em resumo, o melhor da Cultura Pop.
domingo, 23 de maio de 2021
Crítica Netflix - Army of the Dead: Invasão em Las Vegas (2021)
sábado, 22 de maio de 2021
Dupla Crítica Filmes Netflix - Fuja (2020) e O Informante (2019)
Confesso que não estava com vontade de ver O Informante após ler algumas críticas não muito favoráveis a ele. Porém, por ser fã da Rosamund Pike e quer avaliar melhor o trabalho de Joel Kinnaman como ator (que foi mal em Robocop (2014) e em Esquadrão Suicida (2016), mas sempre tive dúvida se a "culpa" não era dos filmes, que certamente não ajudaram), e acabei assistindo.
quarta-feira, 19 de maio de 2021
Curiosidades Cinema Vírgula #003 - Darth Vader foi atleta Olímpico!!!!
Essa os fanáticos por Star Wars devem saber: quem foi o ator que interpretou Darth Vader na trilogia clássica? Foi David Prowse (1935-2020), o homem na foto acima. E ele foi medalhista olímpico? Não, embora tenha sido um atleta profissional antes de, já mais velho, virar ator.
Prowse, muito forte e com 1,92m de altura, foi primeiro fisiculturista e depois halterofilista. No halterofilismo chegou a representar a Inglaterra nos Jogos da Commonwealth de 1962, uma espécie de "Olimpíada" disputada apenas por países do "mundo britânico" (países da Grã Bretanha, além de suas colônias e ex-colônias).
Porém, o que poucos sabem é que a pessoa que vestia o traje de Darth Vader nas longas cenas de batalha com sabre de luz, tanto em O Império Contra-Ataca (1980) quanto em O Retorno de Jedi (1983) não era David, e sim, o grande Bob Anderson (1922-2012). Grande não pela estatura (embora tivesse 1,85m), mas sim pelo que fez dentro e fora dos cinemas.
Nascido Robert James Gilbert Anderson, o também inglês Bob Anderson foi soldado condecorado da Segunda Guerra Mundial, e disputou as Olimpíadas de Helsinque em 1952, fazendo parte da equipe britânica de esgrima. Ele e seu time terminaram em 5o lugar. Após disputar o Campeonato Mundial de esgrima de 53, Bob se aposentou definitivamente de campeonatos e teve sua primeira chance em Hollywwod ao ser contratado para fazer as coreografias de luta do filme Minha Espada, Minha Lei (1953), além de também treinar o ator principal Errol Flynn.
Bob Anderson, esse sim foi "o" cara! |
Bob Anderson é certamente o mais famoso e importante coreógrafo e treinador de lutas de espadas da história do cinema estadunidense. Se como "dublê" a única atuação relevante foi a de Darth Vader, já como coreógrafo e treinador ele foi o nome responsável das espadas em filmes como Highlander: O Guerreiro Imortal (1986), Os Três Mosqueteiros (1993), Lancelot, o Primeiro Cavaleiro (1995), A Máscara do Zorro (1998) e A Lenda do Zorro (2005), Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003) e os três filmes da trilogia do Senhor dos Anéis (2001-2003)!!
E aí, conheciam a história de Bob Anderson? E de David Prowse? Para encerrar a homenagem, seguem mais fotos dos dois.
Mark Hamill antes de tomar uma "surra" de Bob Anderson |
David Prowse (esq.) e Bob Anderson (dir.) em uma das últimas fotos juntos |
sábado, 15 de maio de 2021
Crítica Netflix - Oxigênio (2021)
quarta-feira, 12 de maio de 2021
Curiosidades Cinema Vírgula #002 - Tom Selleck, o Indiana Jones
Sabem aqueles casos onde um ator recusa um filme que posteriormente se tornaria um enorme sucesso? Bem, isso aconteceu com Tom Selleck. Ou melhor, não aconteceu, já que ele aceitou o papel e a culpa não foi dele. Deixem-me explicar melhor:
Quando Os Caçadores da Arca Perdida foi desenvolvido, Steven Spielberg queria originalmente Harrisson Ford para o papel de Indiana Jones, mas George Lucas era contra, alegando que o ator já havia participado de seus últimos três filmes (American Graffiti e dois Star Wars) e não queria que Ford se tornasse o "seu Robert de Niro" (em referência aos vários trabalhos de De Niro com Martin Scorsese). O primeiro nome de consenso entre Spielberg e Lucas para o papel do protagonista foi então o ator Tom Selleck.
Tom chegou a fazer testes para o papel e topou o projeto; entretanto, ele já havia assinado um contrato para estrelar o futuro seriado de TV, Magnum P.I. cujas filmagens deveriam começar no mesmo ano de Os Caçadores da Arca Perdida. O coitado até tentou cancelar o contrato, mas o estúdio que iria produzir a série recusou e o manteve "preso" em seu compromisso. Com isso, Spielberg e Lucas optaram por Harrison Ford e o resto é história. E para uma infelicidade ainda maior de Selleck, as filmagens de Magnum atrasaram meses, e quando o primeiro filme de Indiana Jones foi completado, o seriado ainda não havia sido iniciado.
Mas a história não para por aí! Saibam que as 4 fotos deste artigo são reais, não são nenhuma montagem! Esta foto aqui acima é dos testes feitos por Tom Selleck para Os Caçadores da Arca Perdida. Mas a foto do topo deste texto, mais as duas fotos abaixo, no final do artigo, vieram de outra fonte...
Nada como aprender a ri de si mesmo: em 1988, 7 anos após Indiana Jones estrear nos cinemas, eis que na 8ª e última temporada de Magnum P.I surge o episódio Legend of the Lost Art (algo como Os Caçadores da Arte Perdida). Sim! Uma paródia de Indiana Jones! Na história, Magnum é contratado para recuperar um importante manuscrito de uma civilização perdida antes que ele "caia em mãos erradas". E então Tom Selleck pega um chapéu e chicote e sai em selvas e cavernas para recuperar o artefato. Curioso, não? ;)
segunda-feira, 10 de maio de 2021
Crítica - Druk - Mais Uma Rodada (2020)
domingo, 2 de maio de 2021
Curiosidades Cinema Vírgula #001 - Jackie Chan e as comédias de corrida
O elenco de Quem Não Corre, Voa (1981) |
A capa do DVD do filme de 2004 com algumas de suas estrelas |
domingo, 25 de abril de 2021
É hoje! Confira meus palpites para o Oscar 2021, que acontecerá nesta noite!
Para indicados a Melhor Filme, volto a listar aqui os oito filmes. Infelizmente assisti apenas 6 dos 8, ainda que eu pretenda assistir os dois restantes nas próximas semanas. Os 6 filmes que assisti tiveram suas críticas publicadas por aqui. São os filmes listados abaixo em negrito. Clique no nome para ler minha análise sobre eles:
- Os 7 de Chicago
- Bela Vingança
- Judas e o Messias Negro
- Mank
- Meu Pai
- Minari
- Nomadland
- O Som do Silêncio
Neste ano, até porque assisti um número menor de filmes, vou dar meus palpites apenas nas 6 categorias principais. E, como sempre, dou meu palpite em quem eu acho que vence, e em quem eu votaria. Confiram!
Melhor Ator Coadjuvante
- Comentários: quase não coloco meu voto aqui, ja que só vi 2 dos 5 indicados. Ainda assim resolvi prestigiar Paul Raci e o filme que ele participa. O vencedor da noite deve ser Daniel Kaluuya, que venceu a maioria dos prêmios deste ano até agora.
Melhor Atriz Coadjuvante
- Em quem eu votaria: Glenn Close (Era Uma Vez Um Sonho)
Melhor Atriz
- Quem vai levar: Carey Mulligan (Bela Vingança)
- Comentários: das 5 indicadas, só vi 2 em cena: Carey Mulligan e Viola Davis (por A Voz Suprema do Blues). Ambas estão igualmente excelentes e provam sua versatilidade ao fazer personagens bem "diferentes" de seu visual "normal". Meu voto vai para Carey simplesmente por ela ainda não ter nenhuma estatueta e Viola já ter a sua, ainda que seja de Melhor Atriz Coadjuvante.
- Quem vai levar: Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
- Em quem eu votaria: Anthony Hopkins (Meu Pai)
sábado, 24 de abril de 2021
Meu Pai – Reflexões sobre cuidados e perdas
O texto a seguir apresentará vários spoilers, portanto é bem melhor que você o leia apenas após ter visto o filme. Vá assistir Meu Pai e depois volte aqui para apender um bocado. Espero que vocês gostem tanto do texto da Vanessa quanto eu gostei. Abraços!
O filme é muito comovente. Mostra o demenciamento a partir da vivência de Anthony, o mesmo nome do ator (Anthony Hopkins), e isso no decorrer do filme nos confunde e nos faz questionar se é a perspectiva do ator ou apenas uma coincidência com o nome do personagem. A sensação de confusão é uma característica importante na forma como a história é narrada, o que nos leva a ficar mais próximo da experiência emocional da senilidade.
Nos sentimos perdidos e vulneráveis frente ao processo de desrealização que a demência provoca. Alucinações visuais, auditivas, perda da noção de tempo e espaço são sintomas psicóticos da demência, muito bem representada no filme. A regressão das capacidades mentais de Anthony é uma decorrência da senilidade, ou seja, um processo de desligamento "natural" do cérebro.
Pensando nos vínculos é possível perceber que foi uma família com uma história marcada por conflitos e perdas, ou seja, uma família comum. Não temos a oportunidade de conhecer mais a fundo tais relações familiares, mas vemos um contexto de cuidado e amor. Anne é o vínculo real, aquele que Anthony busca para saber que está seguro no fim da vida, assim como a mãe e o bebê, no início de tudo. Está com medo, não aceita outras cuidadoras, recusa-as assim como à doença.
De maneira geral, a constatação da vulnerabilidade da vida, do não controle e da impotência frente às perdas e ao envelhecimento, gera sentimentos ambivalentes que são demonstrados, por exemplo, através da agressividade e carinho de Anthony à filha. Já Anne se dedica ao pai até o limite de suas possibilidades e os seus sentimentos naturais de ambivalência aparecem também: amor, raiva, medo, coragem, desejo de morte, acolhimento, etc. Ela sofre pelo paradoxo de lidar com sua impotência frente à doença e pelo desejo de viver uma nova vida. Decide por trata-lo numa instituição e isso em nossa sociedade é uma decisão muito difícil e passível de julgamento.
É inevitável pensar nas diferenças entre a elaboração da morte como um processo natural da vida e na dificuldade de elaboração do luto no caso de morte acidental. Anthony perdeu a outra filha vítima de um acidente que deixou marcas de difícil assimilação para ele. Por fim, o filme nos mostra o processo triste e irreversível da constatação do envelhecimento e da morte como um processo solitário, frente à demência. Sim, as folhas caem, os galhos secam, o tronco enfraquece, perde-se a sensação do vento!!
Em relação aos detalhes cenográficos que me chamam a atenção, o primeiro que me deixa intrigada são as várias portas que aparecem no apartamento, em todas as cenas, e que nos aproxima da vivência de Anthony, nos deixando meio perdidos, com muitas entradas e saídas que levam ao mesmo lugar; os vários objetos no apartamento, que podem indicar uma vida cheia de histórias e vão saindo de cena no decorrer do filme e os dois homens que trazem um clima de rivalidade masculina às cenas. Em relação aos objetos e aos homens a confusão fica por conta de não sabermos ao certo se é pelo impacto da notícia da mudança da filha ou se são parte do delírio. Nem sabemos se a mudança da filha para Paris é real. As roupas de Anne se tornam um marcador temporal e espacial, como se cada roupa indicasse um dia específico. Outro objeto importante e central é o relógio, pela referência ao tempo, controle e claro, realidade. A desorientação temporal é um dos sintomas psicóticos, na demência.
Ao final, já no quarto da instituição, existe apenas uma porta, ou seja, uma possibilidade de acessar a realidade o que leva Anthony a um momento de lucidez (sustentada por pouco tempo) e então, ele sente! Essa cena é para mim a mais comovente, marcada pela constatação da perda da onipotência. Ele 'desmonta' nos braços da enfermeira, chora (e nós também) como uma criança pequena pedindo pela mãe. Na última cena com as árvores cheias de folhas do lado de fora mostra que a vida segue acontecendo e que a morte pelo envelhecimento é um processo, não um acidente.
Vanessa T. Calderelli Winkler
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