Filme espanhol de terror que mistura temas como o horror da guerra, terror sobrenatural, paranóia, e as consequências de alimentar seu medo interior. A história nos mostra a família do menino Diego (Asier Flores), que vive com seu pai (Roberto Álamo) e sua mãe (Inma Cuesta) no campo. A história se passa no século XIX, e a família mora isolada de tudo e todos para fugir de qualquer conflito armado.
Bem vindo ao Cinema Vírgula! Com foco principal em notícias e críticas de Cinema e Filmes, este blog também traz informações de Séries de TV, Quadrinhos, Livros, Jogos de Tabuleiro e Videogames. Em resumo, o melhor da Cultura Pop.
sexta-feira, 1 de abril de 2022
Dupla Crítica Filmes Netflix - Sorte de Quem? (2022) e O Páramo (2021)
Filme espanhol de terror que mistura temas como o horror da guerra, terror sobrenatural, paranóia, e as consequências de alimentar seu medo interior. A história nos mostra a família do menino Diego (Asier Flores), que vive com seu pai (Roberto Álamo) e sua mãe (Inma Cuesta) no campo. A história se passa no século XIX, e a família mora isolada de tudo e todos para fugir de qualquer conflito armado.
domingo, 27 de março de 2022
Curiosidades Cinema Vírgula #009 - Tudo sobre a estatueta do Oscar!
Hoje é dia da cerimônia dos Oscars 2022, onde literalmente centenas de pessoas estarão disputando a honra de levar para casa sua cópia da tão sonhada estatueta da foto acima. Momento melhor para aprendermos tudo sobre este tão cobiçado objeto não há, não é mesmo? Então bora conhecer.
- Presente desde a primeira cerimônia, o nome oficial da estatueta é Academy Award of Merit, sendo que seu nome foi oficialmente aceito como Oscar em 1939. Sua imagem foi criada por Cedric Gibbons, então diretor de arte da MGM, e esculpida pelo artista George Stanley.
- O prêmio mede cerca de 34 centímetros de altura e pesa cerca de 3,8 quilos. Desde sua primeira aparição em 1929 ele não sofreu alterações, com exceção de sua base que sofreu leves mudanças de forma e tamanho até 1945, quando se chegou no formato atual.
- A imagem retrata um cavaleiro medieval (que representaria os valores da Indústria do Cinema) empunhando uma espada e em pé sob um rolo de filme com cinco raios. Estes representam os ramos originais da Academia: Atores, Escritores, Diretores, Produtores e Técnicos.
- Em seus primeiros anos, as estátuas eram de bronze sólido e banhadas a ouro, porém logo seu material foi substituído por uma liga de metal banhada a ouro, formato que permaneceu por muitas décadas... até um recente 2016, quando a Academia resolveu retornar o bronze como principal material da estatueta. Curiosidade: durante a Segunda Guerra Mundial a escassez de metais fez com que por três anos os vencedores do Oscar recebessem estatuetas de gesso. Alguns anos após a guerra, a Academia se propôs a trocar as estátuas dos vencedores pelos prêmios de metal banhados a ouro tradicionais.
- Em alguns anos dentro do intervalo entre 1935 e 1961, doze atores receberam o prêmio especial Academy Juvenile Award, ou "Oscar Juvenil", um prêmio honorário a quem "contribuiu excepcionalmente para o cinema com menos de 18 anos". E o vencedor levava para casa uma bizarra estatueta versão miniatura do Oscar!! Dentre os vencedores do prêmio tivemos Shirley Temple, Mickey Rooney e Judy Garland. A foto abaixo mostra Judy segurando sua cópia da estranha premiação, com Mickey Rooney ao seu lado.
- Não há uma explicação oficial do porquê o Oscar tem este nome, embora existam três versões concorrendo. A primeira e mais conhecida vêm de Margaret Herrick, então bibliotecária da Academia, que ao ver a estatueta pela primeira vez disse que ela se parecia com seu "Tio Oscar", um de seus primos. Já a atriz Bette Davis relatou outra história, e em sua versão a estátua ganhou esse nome pois ela a fazia se lembrar de seu marido Harmon Oscar Nelson Jr saindo do banho. Finalmente, o jornalista Sidney Skolsky também diz ser o "criador" do nome Oscar, inspirado em um antigo bordão "Will you have a cigar, Oscar?". Embora seja a versão menos provável das três, o fato é que foi em um artigo de 1934 de Sidney que o termo "Oscar" foi publicado pela primeira vez na história como sinônimo do famoso prêmio da Academia.
- O vencedor do Oscar não pode vender sua estatueta. Ou melhor, pode: a Academia obriga que os vencedores assinem um contrato que exige que eles ofereçam a estatueta à Academia por US$ 1,00 (um dólar!) antes de vendê-la a qualquer outra pessoa. Se você não assinar o acordo, nada de levá-lo pra casa! A regra vale "apenas" para os prêmios a partir de 1950, respeitando a data em que ela entrou em vigor.
- A regra acima foi criada para que não exista um mercado de pessoas lucrando com a premiação, mas ela não impediu a continuação das já existentes (e muitas) transações para as estatuetas anteriores à 1950: o ilusionista David Copperfield por exemplo pagou US$ 232 mil pelo Oscar de Melhor Direção de Casablanca (1944), e 10 anos depois o vendeu por mais de US$ 2 milhões; Michael Jackson comprou o Oscar de Melhor Filme de E o Vento Levou (1939) por US$ 1,5 milhão; infelizmente após sua morte o paradeiro da peça é desconhecido.
- Já Steven Spielberg seguiu o caminho "contrário" deste mercado e em pelo menos três vezes "resgatou" estatuetas antigas em leilões, comprando-as para posteriormente doá-las para a Academia. Ele fez isso com um Oscar de Melhor Ator de Clark Gable (de 1934) e com dois Oscars de Melhor Atriz de Bette Davis, um de 1935 e outro de 1938. O total do dinheiro gasto pelo diretor nestas compras supera um milhão de dólares (e relembro que Bette Davis é justamente uma das três pessoas que dizem ter dado o nome de Oscar à estatueta).
- E a regra "anti-venda" também não impediu o mercado ilegal. A revista Forbes publicou uma matéria em 2006 estimando que cerca de 75 Oscars pós-1950 haviam sido vendidos ilegalmente até então.
- Em 2000, todas as 55 estatuetas encomendadas para o prêmio daquele ano foram roubadas no porto de Los Angeles, antes mesmo de desembarcarem. Dias depois elas foram encontradas abandonadas em uma lixeira próxima.
- O compositor Oscar Hammerstein II foi a primeira pessoa - e até hoje a única - de nome Oscar a receber um prêmio Oscar da Academia. Foram duas vezes, e faz muito tempo! A primeira vez em 1942 e a segunda em 1946.
- E por falar em nomes, sabiam que todos Oscars entregues no palco permanecem totalmente sem nome? Isto é feito para garantir o segredo dos vencedores antes que os apresentadores os revelem de dentro dos envelopes. São criadas as plaquetas para todos os nomes finalistas e, somente após a cerimônia os vencedores pegam sua plaqueta e a colam no seu troféu.
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Ufa! Enfim acabou! Agora bora assistir o Oscar de hoje! |
sábado, 26 de março de 2022
Crítica - Drive My Car (2021)
sexta-feira, 18 de março de 2022
Crítica - Batman (2022)
domingo, 13 de março de 2022
Crítica - O Beco do Pesadelo (2021)
quinta-feira, 10 de março de 2022
Curiosidades Cinema Vírgula #008 - Entenda porque em Eu Sou a Lenda (filme de 2007) te contaram a história errada!
Tive a idéia de escrever este texto após a surpreendente notícia desta semana, que Will Smith e Michael B. Jordan irão atuar e produzir um novo filme de Eu Sou A Lenda. E tudo que vocês lerão a partir de agora terá grandes spoilers sobre o filme de 2007, portanto, só continue se você já tenha visto o filme antes.
Eu Sou A Lenda é sem dúvida um bom filme de suspense e ação. Mas seu final é bastante controverso (e ruim). Lembrem-se que nele o personagem de Will Smith (Robert Neville) se sacrifica. Então como ele poderá aparecer no novo filme? Seria através de flashbacks? Ou a história se passaria antes do evento do filme original?
Pois saibam que existe a chance de não ser nenhum dos dois: na verdade, este filme de Eu Sou A Lenda possui dois finais. Além do final "oficial" dos Cinemas, há o final alternativo presente no DVD. Nele, Will Smith não morre. Então talvez o novo filme passe a considerar esse final o "verdadeiro"? Daqui uns anos saberemos...
Mas a questão principal é que, independente do final, em nenhum momento do filme há uma explicação do porquê ele se chama Eu Sou A Lenda. Pois bem, no livro de mesmo nome escrito por Richard Matheson em 1954, onde a história é contada originalmente, temos esta resposta de maneira bem explicita.
No livro, o personagem Robert Neville descobre nos capítulos finais que existem dois tipos bem distintos de infectados ("vampiros"): os "vivos" e os "mortos-vivos", sendo que o primeiro grupo ainda é bastante racional e não perdeu sua humanidade; estavam tentando retomar a vida normal e reconstruir a sociedade. E lembrem-se que Neville dedicava a sua vida em matar qualquer tipo de vampiro (mas sem saber distinguir ou ter consciência da diferença entre eles).
Pouco antes de morrer - sim, no livro Neville também morre - o protagonista avalia sua vida e conclui que para os infectados "vivos", ele - Neville - era um monstro; algo que os matava durante a noite enquanto dormiam. Para a nova humanidade que surgiu após a infecção da bactéria apocalítica, ele passou a ser o "bicho-papão"... seu nome seria usado em histórias para assustar as crianças futuras. No novo mundo que estava nascendo, os monstros e lendas mudariam... e então ele conclui, triste: "Eu sou a lenda", que são literalmente as últimas palavras que pensa antes de morrer.
Esta conclusão espetacular e arrepiante muda completamente a história de Eu Sou A Lenda que vimos o filme, pois afinal, o personagem de Will Smith não é o "mocinho", e sim o "vilão". O final alternativo presente no DVD até "lembra" um pouco dessa conclusão, ao mostrar um vampiro com sinais de racionalidade, e um Neville arrependido ao se deparar com isso. Ainda assim, é algo bem sutil e muito longe do desfecho sensacional do livro.
Quem quiser ver os dois finais do filme de 2007, clique aqui para assistir (está em inglês e sem legendas, porém são pouquíssimos diálogos).
terça-feira, 8 de março de 2022
Especial Dia Internacional da Mulher: conheça Roberta Williams e suas revoluções para o mundo dos Videogames
Feliz dia Internacional da Mulher para todas as mulheres que acompanham o Cinema Vírgula! E mais uma vez, trago aqui a história de uma mulher memorável para cultura pop. Desta vez, falo de Roberta Williams, famosa empresária, designer e produtora de videogames. Se muitos sonham com a fama e prestígio de revolucionar alguma área do conhecimento UMA vez na vida... bem, ela revolucionou a indústria dos jogos para computador pelo menos TRÊS vezes!!! Confira um breve resumo de sua história e conquistas.
Os primeiros Adventures e Mystery House
Nos últimos anos da década de 70, Roberta Williams vivia com seu marido Ken (ambos programadores de computador) em Los Angeles, com seus dois filhos. Até que em um belo dia Ken apresentou a Roberta o jogo para computador Colossal Cave Adventure (considerado o primeiro jogo adventure já feito, onde o jogador, apenas através de frases em texto, explorava uma caverna em busca de tesouros). Foi amor a primeira vista (ou jogatina). Empolgada pela descoberta de um jogo interativo onde ela poderia resolver mistérios, e imediatamente decepcionada ao descobrir não haver muitos outros games do tipo, ela resolveu então criar seus próprios jogos do gênero.
Roberta e Ken Williams em foto fofa de início de carreira |
Igualmente apaixonada por livros de aventura policial, sua idéia inicial era fazer um jogo ao estilo dos livros de Agatha Christie. Foi então que nasceu Mystery House (lançado em 1980): o jogador começa o jogo trancado dentro de uma velha mansão, onde também se encontram mais 7 pessoas. Não demora muito para que estas comecem a ser assassinadas uma a uma... resta ao jogador descobrir quem é o assassino... antes que ele mesmo morra!
Roberta desenvolveu toda a história de Mystery House, e Ken foi responsável pela sua programação. Porém a dupla teve uma idéia inovadora: ao invés de mostrar apenas textos, que tal passar também a exibir imagens para o jogador (mesmo que estáticas)? Os desenhos foram programados pela própria Roberta, e nascia então o primeiro jogo adventure com gráficos da história! Para divulgar e vender seu novo jogo, o casal criou a empresa On-Line Systems.
Uma imagem de Colossal Cave Adventure (1976), e depois três imagens de Mystery House (1980) |
King's Quest e Sierra On-Line
A On-Line Systems crescia em bom ritmo, lançando novos jogos para os limitados computadores caseiros Apple II e Atari 8-bit, e ainda que a maioria fossem adventures (e quase sempre com participação de Roberta Williams), alguns jogos até fugiram do estilo, como por exemplo Crossfire (um jogo de tiro) e Jawbreaker (um clone de Pac-Man), ambos de 1981. No ano seguinte a empresa do casal já beirava 100 funcionários, e então a companhia se mudou para uma grande estrutura na pequena comunidade de Oakhurst (ainda na Califórnia), e a dupla aproveitou para alterar o nome da companhia para Sierra On-Line, uma homenagem a cadeia de montanhas de mesmo nome que se situava ao lado das novas instalações.
Em 1983 a Sierra On-Line balançou com a famosa grande crise dos videogames, porém teve uma grande oportunidade ao ser contratada pela IBM para criar um jogo exclusivo para seu futuro novo computador pessoal de nome PCjr, que tinha o objetivo de ser mais barato e mais voltado a jogos do que seus concorrentes, contando com gráficos e som mais avançados.
Para fechar o contrato, Ken prometera para a IBM um jogo inovador: um adventure onde o jogador controlaria um personagem que interagia com um mundo tridimensional na tela. Roberta foi decisiva para estudar, liderar e mostrar ao grupo de 6 programadores deste projeto que o desafio não era, afinal, impossível. Após 18 meses de trabalho, chegava as lojas o incrível King's Quest: o primeiro adventure da história com animações gráficas.
King's Quest também impressionava pelos gráficos: foi o primeiro jogo de computador a aceitar 16 cores distintas simultâneas via EGA |
King's Quest era uma aventura medieval, onde o jogador assumia o papel do cavaleiro Sir Graham, requisitado pelo Rei para encontrar três artefatos mágicos que salvariam seu Reino da destruição. O jogador ainda dependia de digitar textos para fazer as ações, porém, ele podia de fato mover seu personagem pelo cenário através das teclas direcionais do teclado, navegando por 48 telas diferentes, em uma espécie de mapa cíclico que dava a impressão de um mundo aberto; tudo absurdamente inovador. O design e história do jogo foram ambos feitos por Roberta Williams: a progressão do jogo era não-linear (você podia por exemplo buscar os 3 tesouros na ordem que quisesse), o que era muito incomum. O jogo permitia que o jogador morresse de várias formas, e trazia quebra-cabeças bem difíceis: essas duas características se tornariam no futuro "marcas registradas" dos jogos da Sierra. E, outra surpresa: não era necessário resolver todos os enigmas para vencer o jogo.
King's Quest foi um enorme sucesso de crítica, impressionando o mundo dos jogos de computador; porém, foi mal de vendas... mas isso devido ao fracasso do IBM PCjr. Com isso, a Sierra correu para lançar o jogo em outras plataformas e meses depois King's Quest já podia ser jogado nos IBM PC's tradicionais. No ano seguinte ele chegou ao computador Tandy 1000 com enorme sucesso, e alguns anos depois ele chegou até ao Master System!
King's Quest IV (1988), também criado por Roberta, tinha uma mulher como protagonista, algo raro para a época |
O sucesso de King's Quest foi um divisor de águas para a Sierra On-Line, que passaria a ser "a" empresa de jogos de adventures a partir de então, continuando com novos jogos King's Quest (foram 8 no total), e também desenvolvendo novas franquias como Leisure Suit Larry, Space Quest, Police Quest e Gabriel Knight.
Phantasmagoria e legado
No inicio dos anos 90 os jogos de adventure para computador estavam no auge, com a Sierra On-Line liderando o mercado deste tipo de game juntamente com a poderosa LucasArts (propridade de ninguém menos que George Lucas). Roberta Williams já havia participado da criação de mais de 10 jogos do gênero, porém ela ainda iria surpreender o mundo pela terceira vez.
Após anos de trabalho com jogos com tema de fantasia medieval ou de investigação policial, faltava a Roberta Williams homenagear outra de suas paixões: os livros de suspense / terror ao estilo de Stephen King, de quem também era grande fã. Seu objetivo era criar um adventure que fosse verdadeiramente assustador, mas a limitação da tecnologia sempre a fez duvidar se isso era mesmo possível.
A atriz Victoria Morsell foi escalada para protagonizar o futuro jogo |
Mas em 1993 ela resolveu tornar seu sonho realidade e iniciou seu mais ambicioso projeto, um jogo adventure de terror 100% feito com filmes interativos. Sim, o jogo teria apenas imagens de atores reais, que você controlaria com o mouse normalmente, algo simplesmente inacreditável na época. Com orçamento inicial previsto de US$ 800 mil e vários adiamentos, depois de mais de 2 anos de desenvolvimento seria lançado em Agosto de 1995 o jogo Phantasmagoria, cujo custo de produção acabou chegando em US$ 4,5 milhões.
Me lembro até hoje do quanto Phantasmagoria causou uma enorme comoção em toda a comunidade de jogadores de videogames da época. Foram meses de propagandas em revistas especializadas dizendo o quanto o jogo seria assustador e revolucionário graficamente; quando ele chegou às lojas, descobrimos que o jogo estava dividido em impensáveis 7 CD-Roms (as maiores produções da época chegavam no máximo a 4 CDs).
Phantasmagoria alternava muitas partes interativas (a esq.) com mini-filmes (a dir.) |
Na história de Phantasmagoria (baseada em um roteiro de 550 páginas de Roberta), você assume o papel da escritora Adrienne, que se muda para uma antiga e luxuosa mansão junto com seu marido. A mansão no passado pertencera a um famoso mágico, cujas cinco esposas morreram misteriosamente. Após um tempo, Adrienne começar a ter constantes pesadelos, descobrir coisas "perturbadoras" na casa, além de ver seu esposo começar a mudar de comportamento...
Quando saiu, Phantasmagoria foi um grande sucesso de vendas, dando um bom lucro para a Sierra e se tornando o jogo mais vendido da história da empresa. Porém, em termos de crítica sua recepção foi apenas morna: se em termos técnicos o jogo era muito elogiado, por outro lado seus quebra-cabeças eram considerados muito simples, e o jogo sofreu várias críticas pelo excesso de violência, o que aliás fez Phantasmagoria ser vendido nos EUA com um selo para maiores de 17 anos.
Eu joguei Phantasmagoria e de fato em termos de enigmas o jogo me decepcionou, assim como a sua duração, bem curta para o que eu esperava. Os gráficos também não eram exatamente iguais a de um filme, o que também me frustrou um pouco... Porém, o que Roberta Williams prometeu ela cumpriu: visualmente o jogo estava bem acima dos concorrentes, não deixava de ser algo realmente impressionante e bem diferente de tudo o que havia sido feito antes; e principalmente, o jogo era realmente assustador! Somando prós e contras, posso dizer tranquilamente que aprovei o game. Jogar Phantasmagoria foi uma experiência bem memorável e alguns de seus "sustos" eu me lembro até hoje.
A interface do jogo de Phatasmagoria em detalhes |
Em 1996 a Sierra foi comprada pela CUC International por mais de US$1 Bilhão, sendo que Roberta foi inicialmente foi contra a venda, pois duvidava da credibilidade dos compradores; entretanto, ela acabou cedendo devido a pressão do restante de seus co-acionistas. Em 1998 a CUC International foi pega em um escândalo fiscal (sim, ela estava certa sobre a CUC) e Roberta - que já estava trabalhando bem menos após a venda por ter perdido sua liberdade criativa - deixou a Sierra em definitivo, juntamente com seu marido Ken, e ambos se aposentaram.
Além de todo seu legado em termos de jogos (cerca de 30) e indústria, Roberta Williams também ajudou ao dar voz feminina no mundo dos jogos de computadores. Por exemplo, alguns de seus jogos tinham protagonistas femininas; mas principalmente, Roberta deu espaço e formou outras grandes mulheres para o mundo dos games, como por exemplo Lorelei Shannon (de King's Quest VII e Phantasmagoria II), e principalmente Jane Jensen, criadora da franquia Gabriel Knight e futura co-fundadora das empresas de jogos Oberon Media e Pinkerton Road.
Roberta Williams e Lorelei Shannon trabalhando na Sierra |
PS: sobre os jogos adventures
Vale a pena explicar: ao citar "adventure" em meu texto o tempo todo, isso não foi um jeito "preguiçoso" ou "esnobe" para não traduzir a palavra aventura. Pois de fato adventure neste contexto se trata de um estilo bem específico de jogo, que privilegia a história e a resolução de quebra-cabeças ao invés de ação. Com a chegada do mouse, esse tipo de jogo também passou a ter como sinônimo o nome de point-and-click. Como eu já disse no texto acima, os anos de Ouro dos adventures foram na década de 90, lideradas por duas empresas: Sierra On-Line (originalmente On-Line Systems) e a LucasArts (originalmente Lucasfilm Games).
Dentre os grandes clássicos dos jogos de adventure, e que ainda recomendo a todos jogarem, posso citar: Maniac Mansion, Day Of The Tentacle, a franquia Monkey Island, Indiana Jones and the Fate of Atlantis, The Dig, Full Throttle (todos da LucasArts), as franquias King's Quest e Gabriel Knight (esses são da Sierra); e também sucessos de outras empresas diversas, como por exemplo Myst, The 7th Guest, a franquia Tex Murphy e a franquia The Legend of Kyrandia.
quinta-feira, 3 de março de 2022
Crítica - No Ritmo do Coração (2021)
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
Saíram os indicados ao Oscar 2022!! Começa aqui a cobertura do Cinema Vírgula!
Ontem saiu a lista dos indicados ao Oscar 2022, e com algumas consideráveis surpresas! Segue abaixo a lista dos indicados a Melhor Filme, ordenado pelo número de total de indicações, e aonde vocês podem assisti-los:
- Ataque dos Cães - 12 indicações (Netflix)
- Duna - 10 indicações (HBO Max e cinemas)
- Amor, Sublime Amor - 7 indicações (cinemas)
- Belfast - 7 indicações (estreou nos cinemas em 10/03)
- King Richard: Criando Campeãs - 6 indicações (HBO Max, Looke)
- O Beco do Pesadelo - 4 indicações (Star+ e cinemas)
- Drive My Car - 4 indicações (estreou nos cinemas em 17/03)
- Não Olhe Para Cima - 4 indicações (Netflix)
- No Ritmo do Coração - 3 indicações (Prime Video, Looke)
- Licorice Pizza - 3 indicações - (cinemas)
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
Crítica - Matrix Resurrections (2021)
Você PRECISA conhecer Supergirl: Mulher do Amanhã (e tem Brasileira envolvida!)
Tom King é um dos principais escritores de quadrinhos da DC Comics da última década. E na minha opinião, bastante irregular... já que entre...

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A Trilogia Baztán é uma série de livros da escritora espanhola Dolores Redondo, que alcançou fama em diversos países e é uma das publicações...
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Título : Coringa ("Joker", Canadá / EUA, 2019) Diretor : Todd Phillips Atores principais : Joaquin Phoenix, Robert De Nir...
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Título : Elementos ("Elemental", EUA, 2023) Diretor : Peter Sohn Atores principais (vozes) : Leah Lewis, Mamoudou Athie, Ronnie de...